Desembargador tentou impedir que juiz fosse punido pelo crime
UM JUIZ SOB SUSPEITA O desembargador Francisco Betti. Grampeado pela PF, ele foi acusado de vender sentenças (Foto: reprodução) |
Uma conversa gravada pela Polícia Federal em 2007 revela que o desembargador Francisco de Assis Betti, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, tentou usar um encontro com o então secretário-geral da Presidência da República, Luiz Dulci, para exibir prestígio e blindar o juiz federal Welinton Militão, seu interlocutor, de uma possível punição por venda de sentenças. No meio da conversa, Betti diz a Militão: "Vou te contar, eu sou bandido". Trechos de conversas dos dois magistrados e da desembargadora Ângela Maria Catão (TRF-1), os três investigados pela Operação Pasárgada, foram mostrados na última edição da revista "Época". Eles foram acusados de favorecer, em troca de vantagens, prefeituras mineiras que acumulavam dívidas com a Previdência Social, mas mesmo assim continuaram a receber os repasses do Fundo de Participação dos Municípios por ordem judicial. As gravações e outras provas levaram o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a aposentar Militão compulsoriamente. Veja a reportagem completa de ÉPOCA clicando aqui.