O Costa Concórdia naufragando após encalhe em banco de areia (foto: Enzo Russo.Efe) |
O navio de luxo Costa Concordia, que naufragou na noite de
sexta-feira perto da ilha italiana de Giglio, matando ao menos três pessoas,
transportava 53 brasileiros entre os 4.229 a bordo, segundo informações do
Ministério das Relações Exteriores. Desse total, havia 47 passageiros e seis
tripulantes. Anteriormente, o ministério havia informado que 46 brasileiros
estavam no acidente. Segundo o Itamaraty, os 53 brasileiros foram identificados
e retirados da área, na região da Toscana.
O ministério disse ainda que a origem das informações, até o
momento, é a "companhia de cruzeiros que organiza o resgate e distribui os
resgatados pelos hotéis da região da Toscana, ao norte da Itália", informou
o ministério pelo telefone. Parentes de brasileiros que estavam na embarcação
podem ligar para a operadora Costa Cruzeiros para pedir informações sobre o
acidente: 0/xx/112123-3673 ou 0/xx/11/2123-3679.
Entre os mortos confirmados, há dois turistas franceses e um
peruano, membro da tripulação, de acordo com a imprensa italiana. A equipe
médica que realiza o resgate das vítimas afirmou que as três pessoas teriam se
afogado. Os corpos se encontram no necrotério de Orbetello, próximo ao porto de
São Stefano. O prefeito de Grosseto, Giuseppe Linardi, confirmou a morte de
apenas três pessoas e afirmou que há 14 feridos. A empresa Costa Cruzeiros,
dona do Costa Concordia, informou em comunicado neste sábado que oito pessoas
morreram após a tragédia e ao menos 80 estão desaparecidas. O Concordia fazia
uma rota com duração de sete dias pelo mar Mediterrâneo, com escalas nas
cidades de Savona (Itália), Marselha (França), Barcelona (Espanha) e nas
italianas Parma, Cagliari e Palermo.
Segundo a imprensa italiana, o navio começou a afundar após
encalhar em um banco de areia. A empresa Costa Crociere destacou que "até
o momento não é possível definir as causas do problema". O arquipélago
onde está situada a Ilha de Giglio fica a cerca de 80 km de distância de Roma.
Segundo relatos da imprensa europeia, após o encalhe da embarcação pequenas
barcos tentaram a ajudar no resgate dos passageiros e tripulantes. A Guarda
Costeira chegou a informar que "os passageiros não corriam perigo" e
eram retirados em botes salva-vidas do navio Costa Concordia. Porém, ao retirar
os últimos membros da tripulação uma fenda se abriu, causando vazamentos
internos. De acordo com o site do Costa Concordia, a embarcação "é o maior
e mais imponente navio de toda a frota Costa com 112 mil toneladas, mais de 500
varandas privativas nas 1.500 cabines".
Informações da FOLHA DE SÃO PAULO.