Rita Lee (foto: Maria Odília - FolhaPress) |
O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), negou que tenha
intenção de processar Rita Lee. Em mensagem postada em seu Twitter e enviada à
imprensa pela assessoria do governo nesta terça-feira, ele afirma que o cachê
pela apresentação já foi pago. "A hipótese de reaver o cachê foi aventada
durante a confusão na madrugada do domingo e logo arquivada", diz o
comunicado. "Show feito, cachê pago, caso encerrado." A ameaça de
processo foi feita por Déda ainda durante a apresentação de Rita Lee após a
cantora provocar a Polícia Militar.
Rita estava em
Sergipe fazendo a última apresentação de sua carreira. O imbróglio começou no
meio do show, quando a cantora afirmou ter visto membros de seu fã clube --que
viaja atrás dela pelo Brasil para vê-la ao vivo-- sendo agredidos por
policiais. Primeiro, declarou que não os queria em sua apresentação. Ainda
calma, disse: "Vocês são legais, vão lá fumar um baseadinho". Mas,
quando os policiais vieram para a frente do palco, formando uma parede humana
de frente para ela, a cantora se alterou. Lembrou já ter vivido o período da
ditadura e disse não ter medo deles. Chamou os PMs de "cavalo",
"cachorro" e "filho da puta".
Terminado o show, Rita foi levada pela polícia à delegacia,
onde prestou depoimento e assinou um boletim de ocorrência. A ex-senadora e
hoje vereadora de Maceió Heloisa Helena (PSOL) estava no show e também assinou
o documento como testemunha a favor da cantora. Logo após a apresentação, Déda
disse ter testemunhado "um espetáculo deprimente" por parte de Rita.
"A polícia não tinha feito nenhum tipo de ação que justificasse [a atitude
da cantora]". Para o governador, a cantora tentou colocar o público
--estimado em 20 mil pessoas pela organização-- contra os policiais, o que
poderia levar a uma "confusão generalizada".
Informações da ILUSTRADA – FOLHA DE SÃO PAULO.