Recomendação da Comissão de
Ética não foi suficiente para tirar o Ministro do Trabalho do cargo. Falou mais
alto a influência que ele exerce sobre o PDT . Mas, no governo, Carlos Lupi (foto) já
é considerado página virada.
Alvo de uma decisão inédita
da Comissão de Ética da Presidência da República, que recomendou ao Palácio do
Planalto sua demissão por violação de conduta, o ministro do Trabalho, Carlos
Lupi, resistiu mais um tempo no cargo. A duras penas. Convocado pela presidenta
Dilma Rousseff a explicar as novas denúncias de duplo emprego, Lupi pediu
prazo para provar inocência. Mas sua validade está se esgotando. Esperava-se
que ele caísse, porém Dilma contrariou as expectativas, surpreendendo a
oposição, o PT e outros partidos da base aliada, que não foram poupados em
episódios anteriores. Enquanto outros seis ministros tombaram, Lupi ganha
sobrevida, embora pesem contra ele acusações graves (leia o quadro). Desde
agosto, ISTOÉ vem denunciando a cobrança de propina na Secretaria de Relações
do Trabalho para a liberação de cartas sindicais. Agora se sabe que Lupi,
acusado de acumular ilegalmente salários da Câmara dos Deputados e do gabinete
de um vereador, também recebia como funcionário da Prefeitura do Rio de
Janeiro. ISTOÉ teve acesso a seus contracheques, o último deles, inclusive, é
de março de 2007 – mês em que assumiu a função de ministro de Estado.
Leia a reportagem completa de Claudio Dantas Sequeira e Izabelle Torres clicando aqui.