O relatório da Situação da Adolescência Brasileira do Fundo
das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgado nesta quarta-feira (30),
apontou que o adolescente no Brasil está mais pobre e permanece exposto a casos
de violência em nível preocupante. Na Bahia, dos cerca de 1,6 milhões de jovens
baianos entre 12 a 17 anos, 31,7% – pouco mais de 500 mil jovens vivem na
extrema pobreza, em famílias com até 1/4 do salário mínimo per capita por mês -
R$ 136,25. Com relação a cor da pele, do total, 300 mil baianos são declarados
brancos e 1,3 milhões são negros. O levantamento do Unicef utilizou dados
oficiais do governo brasileiro entre 2004 e 2009. Neste período, a taxa de
homicídios na Bahia nesta faixa etária saltou de 8,6 habitantes em 2004 para
31,1 pessoas a cada 100 mil em 2009. A boa notícia é que no mesmo período, os
indicadores da educação são favoráveis ao estado. Os indivíduos com o ensino
fundamental concluído – no mínimo oito anos de estudo – saltaram de 24,5% em
2004 para 33,9% em 2009. Já os que frequentam o ensino médio pulou de 27,4%
para 36% dos jovens. A taxa de abandono no ensino médio também reduziu de 21%
para 18% dos jovens que deixaram as salas de aula em 2009 e o analfabetismo
caiu no mesmo ano e atingiu 2,1% da população jovem contra 3,8% em 2004. Estes números não medem a qualidade. Esta, sem dúvida, piorou.
Por David Mendes – do Bahia Notícias.