Em levantamento de Veja, Feira, Itabuna e Conquista são destaques negativos. Só Camaçari se salva.


Camaçari. 3ª melhor em emprego.
Feira de Santana

     A publicação da Revista Veja desta semana trouxe um extenso levantamento realizado entra as 106 cidades brasileiras que não são capitais e que possuem mais de 200 mil habitantes e classificou os municípios baseada em diversos temas, como educação, saúde, emprego e internet. Das 17 cidades nordestinas que entraram na lista, Camaçari foi a única cidade baiana que se destacou por um aspecto positivo: o crescimento no número de empregos entre 2009 e 2010. A cidade da Região Metropolitana de Salvador, que conseguiu um índice de 17,8% na geração de vagas neste período, foi apontada como a segunda do país entre as melhores na oferta. Motivado pelo setor industrial, o município é apresentado pela revista como o mais industrializado do estado e por possuir um polo petroquímico responsável por 20% da riqueza baiana. A publicação também lembra que Camaçari ainda é a única cidade do Nordeste que abriga um polo automotivo. Coincidentemente, as três primeiras na lista foram todas da região: Paulista (PE) ficou em primeiro lugar e Caucaia (CE) em terceiro.
Vitória da Conquista
     Do outro lado, no levantamento realizado entre as 106 cidades brasileiras que não são capitais e que possuem mais de 200 mil habitantes, realizado pela Revista Veja, as outras únicas vezes que os municípios baianos aparecem em destaque são de maneira negativa. No quesito Ensino Básico, o estado coloca duas cidades entre as cinco piores do país. Além de Feira de Santana, que apresentou uma nota média de 3,5 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e ficou como quarta pior, o topo do ranking também é local: Vitória da Conquista, com 2,9 de média e apontada como a pior cidade de todo o Brasil. “Lá, algumas crianças ingressam no 1º ano do ensino fundamental da rede pública sem reconhecer letras, números ou mesmo o nome das cores. Em 2009, a prefeitura fez um levantamento aterrador: no 3º ano, metade dos alunos não estava alfabetizada”, diz parte do texto que descreve a cidade do sudoeste baiano. A terceira maior cidade baiana também aparece como a segunda pior em Mortalidade Infantil. Com 23 mortes a cada mil nascidos vivos, o município gerido pelo médico Guilherme Menezes (PT) só perde para a também baiana Itabuna.
Itabuna
     Ainda de acordo com o levantamento realizado entra as 106 cidades brasileiras que não são capitais e que possuem mais de 200 mil habitantes, realizado pela Revista, as cidades baianas que conseguiram a proeza de aparecer em dois quesitos entre as cinco piores de todo o país foram Vitória da Conquista e Itabuna. Esta última, ironia do destino, é gerida por um capitão de Polícia Militar (Capitão Azevedo, do DEM) e tem a segunda maior taxa de homicídio entre todas as pesquisadas. Com 133,8 mortes a cada 100 mil habitantes, a cidade grapiúna só perde para Marabá (PA). Em outra lista, Itabuna lidera quando o estudo avalia as piores cidades em Mortalidade Infantil. Com 29,4 mortes a cada mil nascidos vivos, o município foi descrito como de estrutura precária. “Não há sequer um leito de UTI para recém-nascidos no hospital público da cidade. Apenas a rede particular oferece o serviço – e, ainda assim, há apenas sete vagas”, relata o texto. Neste quesito, a Bahia conquistou a vergonhosa “casadinha”: Itabuna e Vitória da Conquista são as duas cidades que mais têm recém-nascidos mortos entre as 106 pesquisadas. Tudo isso fruto de uma política que só rima com uma palavra: negócio. As preocupações sociais ficam sempre em outros planos terciários.
     As informações são do Bahia Notícias. Para ver as dez maiores megalópoles do mundo (São Paulo é a 9ª), em levantamento da revista Veja, dê um clique aqui