Ministro Orlando Silva - PC do B |
O ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), voltou a ser
manchete na imprensa nacional, nesta quinta-feira (1º). A coleção de denúncias
de mau uso do dinheiro público pode custar o cargo de chefe da pasta na
“faxina” que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem promovido na alta cúpula do
seu governo (ela nega a operação). O mais novo escândalo, que compromete a
gestão do comunista baiano, é um convênio feito no valor de R$ 6,2
milhões. Sem licitação, a pasta contratou o Sindicato Nacional das Associações
de Futebol Profissional e suas Entidades Estaduais de Administração e Ligas
(Sindafebol) para fazer o cadastramento das torcidas organizadas dentro dos
preparativos para a Copa de 2014. O contrato foi assinado no dia 31 de dezembro
de 2010 e todo o dinheiro liberado, de uma vez só, em 11 de abril deste ano. O
projeto, porém, jamais saiu do papel. De acordo com reportagem do Estadão, as
empresas que aparecem como responsáveis pelos serviços nunca foram contratadas
pela entidade dos cartolas e dirigentes de clubes. Os atestados de capacidade
técnica entregues ao governo, por exemplo, foram feitos pelo próprio
Sindafebol. Questionado pela reportagem do diário, o presidente da
entidade admitiu que não tem estrutura para tocar o convênio. No Congresso, as
denúncias serviram para aumentar o coro dos que pedem a instalação da CPI da
Corrupção, para apurar todos os possíveis malfeitos cometidos dentro do
Executivo federal. O clima não é favorável nem mesmo entre os governistas. O
senador Humberto Costa (PT-SP), líder do governo na Casa, afirmou que espera
uma explicação do ministro. O discurso foi acompanhado pelo líder do PR na
Câmara, deputado Lincoln Portela (MG). Já a Controladoria-Geral da União
(CGU) também pediu nesta quinta explicações sobre as acusações.
Informações do Bahia Notícias e do Estadão.