O Palácio do Planalto comunicou aos partidos aliados ao governo que a presidente Dilma Rousseff só mexerá novamente na sua equipe se eles pedirem, numa tentativa de conter a insatisfação crescente da base governista com as mudanças no ministério, informa reportagem de Natuza Nery e Maria Clara Cabral, publicada na Folha desta quarta-feira.Após perder quatro ministro em oito meses de governo, outros dois ministros entraram na linha de tiro nos últimos dias por conta de suspeitas de irregularidades: Pedro Novais, indicado pelo PMDB para o Turismo, e Mário Negromonte, nome do PP nas Cidades.
Ontem, em depoimento no Senado, Novais se defendeu das acusações na pasta, alvo de operação da PF, e disse que as irregularidades apontadas até agora são das gestões anteriores. Segundo ele, sua permanência no cargo tem o apoio de caciques do PMDB. Negromonte, por outro lado, está órfão de padrinhos influentes, após perder o comando do PP na Câmara. O PP está rachado na Câmara há duas semanas, desde que o grupo ligado ao ex-ministro da pasta Márcio Fortes assumiu a liderança da bancada. O grupo destituiu da liderança o deputado paranaense Nelson Meurer e emplacou o nome do paraibano Aguinaldo Ribeiro, aliado do ex-ministro Márcio Fortes.