O professor e escritor Landisvalth Lima começa os estudos para criação do Estado da Bahia do Norte. A primeira etapa começou com a seleção dos prováveis municípios que formariam o novo estado. Inicialmente foram selecionados 62 municípios: Abaré, Acajutiba, Adustina, Andorinha, Antas, Antonio Gonçalves, Aporá, Araci, Banzaê, Campo Formoso, Cansanção, Canudos, Cardeal da Silva, Chorrochó, Cícero Dantas, Cipó, Conde, Coronel João Sá, Crisópolis, Curaçá, Entre Rios, Esplanada, Euclides da Cunha, Fátima, Filadélfia, Glória, Heliópolis, Inhambupe, Itapicuru, Itiúba, Jaguarari, Jandaíra, Jeremoabo, Macururé, Juazeiro, Mirangaba, Monte Santo, Nordestina, Nova Soure, Novo Triunfo, Olindina, Paripiranga, Paulo Afonso, Pedro Alexandre, Pindobaçu, Ponto Novo, Queimadas, Quinjigue, Ribeira do Amparo, Ribeira do Pombal, Rio Real, Rodelas, Santa Brígida, Santaluz, Sátiro Dias, Senhor do Bomfim, Sento Sé, Sítio do Quinto, Sobradinho, Tucano, Uauá e Umburanas. A população total do Bahia do Norte seria de 1.810.364 habitantes, pelos dados do IBGE 2010. Os municípios maios populosos são Juazeiro - com 194.327 pessoas, Paulo Afonso – com 107.520 e Senhor do Bomfim – com 74.166 habitantes.
Para a formação do novo estado, o professor diz que a luta será longa. Muitos vão dizer que é oportunismo, demagogia. Vão apelar para o espírito de baianidade, vão dizer que o custo é muito alto, etc. Mas o autor do livro A Esquerda Bastarda deixa claro que esta região selecionada é uma das menos desenvolvidas do país. “Tirando Juazeiro e Paulo Afonso, a miserabilidade é comparada a níveis da África subdesenvolvida. É só perguntar onde está um hospital regional de grande porte que a resposta é o silêncio. Não custa também lembrar os níveis baixíssimos de desempenho em educação básica. A Bahia só aparece mesmo de Feira de Santana para Salvador.”, justifica.
Para que o progresso e o desenvolvimento sejam distribuídos de forma mais igualitária possível, o professor Landisvalth pensa numa capital projetada, localizada próxima a Canudos, no encontro das Br`s 235 e 116. Ficaria bem no centro do novo estado e facilitaria o contato com todos os municípios. Além disso, a nova capital seria bolada de forma a privilegiar o desenvolvimento urbano sustentável e proporcionar uma melhor qualidade de vida. “Ciclovias, acessibilidade aos portadores de deficiências, parques, áreas de lazer, ruas largas com fácil estacionamento, bairros comerciais, bairros dedicados à saúde, à educação e aos serviços públicos. Tudo para facilitar a vida numa cidade moderna que não agrida o meio ambiente e nem o ato de viver.”, explica. Até que a capital ficasse pronta, o governo poderia funcionar em três municípios: Juazeiro (Poder Judiciário), Paulo Afonso (Poder Legislativo) e Euclides da Cunha (Poder Executivo). O professor está aguardando manifestos de apoio à ideia.