tag:blogger.com,1999:blog-2233380835273240642024-03-29T00:29:08.420-03:00 Contraprosa Bahia - Sergipe - Brasil Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comBlogger4458125tag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-35238448734792156292024-03-24T17:46:00.000-03:002024-03-24T17:46:02.303-03:00Bom Jesus da Lapa - Cidades do Velho Chico 17<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="777" src="https://www.youtube.com/embed/aNjoKSQwsIg" width="935" youtube-src-id="aNjoKSQwsIg"></iframe></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Bom Jesus da Lapa faz parte da mesorregião do Vale São-Franciscano da Bahia e da microrregião que leva o seu nome. Para se chegar ao município, trafega-se pelas BA 161 e 160, e pelas BRs 349 e 430. A cidade fica distante de Salvador por 796 kms e a 672 kms de Brasília. Ocupa uma área de 4.115,524 km², abrigando uma população de 65.550 pessoas, censo de 2022, com uma ocupação de quase 16 pessoas por km². Bom Jesus da Lapa faz limites com os municípios de Paratinga, Riacho de Santana, Malhada, Macaúbas, Serra do Ramalho e Sítio do Mato. É considerada a Capital Baiana da Fé e o terceiro centro de turismo católico mais visitado do Brasil. Mas como surgiu tudo isso? Neste episódio de Cidades do Velho Chico conheceremos a história de Bom Jesus da Lapa.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>A região de Bom Jesus da Lapa era habitada pelos índios tapuias. O desbravamento do território iniciou-se no final do século XVII pelas bandeiras organizadas pelo mestre de Campo Antônio Guedes de Brito, proprietário da sesmaria da Casa da Ponte. Com a penetração bandeirante nasce a fazenda Morro, origem do povoado Bom Jesus, que logo depois passou a ser Bom Jesus da Lapa. Doze anos depois de chegar à Bahia, o português Francisco Mendonça Mar, que trabalhava como ourives e pintor, depois de cumprir penitência, despojou-se de todos os bens e veio caminhando pelo sertão, conduzindo uma imagem do Senhor Bom Jesus, até encontrar uma aldeia de índios tapuias, situada entre o morro e o rio. Instalou-se na gruta mais oculta no ano de 1791 e foi encontrado por garimpeiros, que espalharam a notícia da existência de um homem santo que habitava uma gruta. Daí em diante, o morro passou a ser ponto de afluência de peregrinos e aventureiros que ali se estabeleceram, formando o povoado. </b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>O Monge construiu, ao lado do Santuário, um hospital e um asilo para os pobres e doentes. Com um número cada vez maior de peregrinos a busca de curas, Bom Jesus da Lapa começou a crescer e a se desenvolver. Em 1890 passou à condição de município com a denominação de Bom Jesus da Lapa, por Lei publicada em 18 de setembro daquele ano, desmembrado do município de Urubu, atual Paratinga, com instalação ocorrida em 7 de janeiro de 1891. A condição de cidade só ocorreu em 31 de agosto de 1923. A área do município era bem maior e abrigava os distritos de Sítio do Mato e Gameleira da Lapa, hoje já emancipados. Atualmente, o município conta com dois distritos: a sede e Favelândia.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Mas a grande atração de Bom Jesus da Lapa é a beleza natural da formação rochosa, que abriga todo o santuário. O morro fica à margem direita do São Francisco, formado por um bloco de granito e calcário com quinze grutas em seu interior e fendas estreitas. Já o território do município contrasta com o morro porque é quase todo plano, surgindo, de vez em quando, no meio das planícies ou tabuleiros, alguns poucos morros. Numa votação feita em todo o país, foi denominada de Primeira Maravilha do Brasil. Isso talvez justifique os mais de 300 anos de romaria que fazem ao local. Claro que a base econômica é o turismo religioso. Mas isso não é tudo. Bom Jesus da Lapa tem forte agricultura, bom comércio e atividade pesqueira ao longo do rio São Francisco. Vale lembrar que há intensa agricultura irrigada, abrigando a 2ª maior atividade de irrigação da Bahia, o Projeto Formoso.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Bom Jesus da Lapa não é um lugar abençoado somente pela beleza do morro, mas também pela presença do Velho Chico. Durante muito tempo, os peregrinos chegavam nos diversos tipos de barcos. Ao rio o município deve sua povoação e também o peixe que alimentou gerações. Poucos lugares do Brasil reúnem tanta riqueza num só lugar. Por isso que Bom Jesus da Lapa não tinha como dar errado. A beleza do Velho Chico é somada à beleza natural das grutas do morro. Para completar, habita um povo trabalhador e cheio de fé, recebendo outros povos, de tantos outros lugares, com a mesma fé guiadora sempre para um mundo de harmonia no convívio entre todas as raças. </b></span></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-83005736378440927582024-03-18T12:19:00.001-03:002024-03-18T13:30:05.786-03:00Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?<p><span style="text-align: justify;"></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ76Q0CiqvTg_KXA2hmw8jbd3Q9T2i33E1Uo5Fi1ZEtXwq_tBqgASMc04wkvj7oAo9rMzN1uf4bPoaP_ZchtSZ4Eii4V6ARBSEmrpp83-ifXRy-0pjfl8uBoQqIpnZeVNuuQ70KG-uTs0Q9xbtrN3hx8IUfKUdEiKABwC8pMYT0f8vzPAxcXps-JcDhYA/s629/Mendon%C3%A7a.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="295" data-original-width="629" height="432" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ76Q0CiqvTg_KXA2hmw8jbd3Q9T2i33E1Uo5Fi1ZEtXwq_tBqgASMc04wkvj7oAo9rMzN1uf4bPoaP_ZchtSZ4Eii4V6ARBSEmrpp83-ifXRy-0pjfl8uBoQqIpnZeVNuuQ70KG-uTs0Q9xbtrN3hx8IUfKUdEiKABwC8pMYT0f8vzPAxcXps-JcDhYA/w923-h432/Mendon%C3%A7a.png" width="923" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Prefeito de Heliópolis e aliados na reinauguração da UBSF do povoado Tijuco, dia 16.03.24, no município de Heliópolis - Bahia.</td></tr></tbody></table><p></p><p><span style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;">No partido</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Agora é oficial. José Mendonça
Dantas não é mais do PL. Trocou o 22 pelo 15, do MDB de Ricardo Maia. Se o
velho Ulisses Guimarães estivesse vivo, não acreditaria em que seu partido se
transformou. Mas a culpa não é tanto da legenda, mas do sistema que se adapta
às vontades dos seus dirigentes. Aqui não se cumpre Leis. Elas são
transformadas para atender a manutenção dos poderosos no poder. Seria um
incômodo para Mendonça continuar num partido que apoiou uma tentativa de golpe
e está frontalmente esmurrando a nossa inteligência todos os dias. Ir para o
MDB foi uma jogada inteligente porque o partido é aliado de Jerônimo e de Lula.
Embora seja hoje um dos partidos do Centrão, servirá aqui para amarrar a
vice-prefeita e o marido, que estavam bandeando para o lado da oposição.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Nas roupas</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Na inauguração da UBS do povoado
Tijuco, reformada com recursos do antigo Orçamento Secreto, não se viu nenhuma
transformação ou mudança em relação aos últimos movimentos políticos. É fato
que todos estavam com roupas diferentes, mas foi só isso. Não conseguem nem
mesmo mudar os discursos. Quem duvida, veja lá no canal <i>Impacto Jovem</i>, do
jornalista Jorge Souza, no YouTube. A seleção de falas é fantasia para fazer
criança dormir e sonhar. A realidade passa longe. O que também não mudou foi o puxa-saquismo.
Até o presidente da Câmara Municipal, que não estava tão contente com a administração,
rasgou elogios ao prefeito, não sem antes pedir a reforma também da UBS do
povoado Riacho.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Na proposta I</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Quem conhece a política de Heliópolis
sabe que o prefeito José Mendonça está desesperado à procura de um vice que lhe
traga os votos necessários para garantir sua reeleição. Não é segredo a
insistência para ter a vereadora Ana Dalva como companheira de chapa. Mas,
desta feita, a proposta foi direcionada ao marido, com oferta para que ele
transformasse a escola do povoado Cajazeiras em escola de tempo integral,
ficando ainda com o controle total sobre a educação do município. A missão era
só convencer a mulher a mudar de ideia. Como o casal não vive de ilusão, a
resposta foi um “Agora?”. Como é possível fazer uma transformação radical desta
com o ano letivo em andamento? Claro, nada prosperou.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Na proposta II</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Ao mesmo tempo que assediavam Ana
Dalva para vice, um conhecido empresário seguia para Aracaju a busca de Beto
Fonseca. A proposta era turbinar a candidatura de Ildinho a prefeito com todos
os recursos disponíveis, inclusive o apoio direto do comerciante. Sim, isso
mesmo! Teríamos 3 candidatos fortes, com a oposição rasgada ao meio. Quem
venceria? Mendonça, certamente. A charada foi logo decifrada. Alguns fazem
política com o fígado e não têm a inteligência de perceber que as pessoas podem
também pensar. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O que ficou patente foi a
certeza de que a coisa não está lá boa para o lado dos governantes. Claro que
tudo é possível mudar, mas para isso é preciso ter a capacidade de agir de
forma transformadora.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Na BA 393</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O mês de março está indo para as
cucuias e lá se vão chegando os 3 meses de paralização da obra da rodovia BA 393. Até aí nada de
novo. Não é a primeira vez que isso acontece, mas a transformação está
acontecendo na estrada. O trecho de Heliópolis - BA até o município de Poço
Verde – SE já apresenta os primeiros buracos no tratamento superficial simples.
Como tudo está em silêncio, porque nenhum pai da desobra aparece, não dá para
saber se a culpa é do Governo do Estado ou da GL Empreendimentos. Certamente
vão culpar as chuvas que, aqui e ali, poderiam sim causar transtornos
temporários.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Na data</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A oposição em Heliópolis tem
números que verdadeiramente indicam a possibilidade concreta de uma vitória de
larga margem nas eleições deste ano. O problema maior é a própria oposição. Ela
briga consigo mesma ao não se organizar. Acreditem: ainda não foi feita nenhuma
reunião para estabelecer quem é quem e onde as coisas devem ficar, mesmo depois
de inúmeros encontros entre Thiago Andrade, Beto Fonseca e Ildinho. Ou será que
o grupo se resume a estes três? Ana Dalva disse uma vez a um eleitor que teria
vários motivos para sair do grupo, mas nenhum contra Thiago. Também há o dobro
de motivos para não aderir ao grupo da situação. Entretanto, verdade seja dita,
o grupo da oposição não dialoga. Parece que não gostam de ouvir os nomes dos remédios que são
bons para curar as feridas. A boa notícia é que finalmente uma reunião foi
marcada para o último final de semana. Só que não! A data foi remarcada para
até o dia 22 de março. Uma mudança visível!</span></b><o:p></o:p></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-70131735496544425062024-03-14T17:04:00.004-03:002024-03-14T17:06:41.410-03:00Carira - Um Lugar no Sertão 13<p style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="761" src="https://www.youtube.com/embed/pHqgZmDLAVU" width="916" youtube-src-id="pHqgZmDLAVU"></iframe></b></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O município sergipano de Carira, localizado no Oeste do estado, faz divisa com a Bahia. A cidade de Coronel João Sá é a cidade baiana mais próxima, distante apenas 35 kms. Sua posição geográfica permite o encontro de várias rodovias estaduais e federais. É o caso da BR 235, da SE 179, SE 240, SE 310 e a SE 412. Toda a sua história está retratada no livro de João Hélio de Almeida, que leva o nome do município. O trabalho de pesquisa é esclarecedor sobre fatos que fazem parte da construção cultural, sociológica e de formação da localidade.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">No livro, está claro que no início do século XIX toda a região conhecida como Matas de Itabaiana, tinha a cidade de Lagarto como sede do território. O município na Bahia que fazia limite era Jeremoabo, onde estavam localizadas as terras de Coronel João Sá e Pedro Alexandre. Mas a povoação branca começou com o vaqueiro João Martins de Souza, mandado pelos Dantas da então cidade de Bom Conselho, atual Cícero Dantas. João Martins veio das margens do Rio do Peixe, afluente do Vaza-Barris. Mais tarde, a região passou a ser conhecida por Mãe Carira, nome da chefe da tribo dos Cariris que morreu de forma trágica.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A história trágica de Mãe Carira aconteceu entre o Tanque do Carira e o Saco Torto, local onde vivia a tribo. Era o dia 25 de novembro de 1865. Os índios foram buscar algumas espigas de milho numa roça, e Mãe Carira estava com eles. Os donos do roçado soltaram cães ferozes sobre os índios, que fugiram em debandada. Os mais jovens conseguiram escapar, mas Mãe Carira, a mais velha da tribo, foi atacada violentamente pelos cães e foi cair próximo à sombra de um pé de Jequiri. A casa de João Martins ficava próxima. O vaqueiro acudiu a índia e tentou curá-la dos ferimentos, mas veio a falecer alguns dias depois. Mãe Carira foi enterrada na sobra do jequiri e lá João afixou uma cruz sobre seu túmulo. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A partir da morte de Mãe Carira, João Martins, que já tinha sua casa construída nas proximidades, passou a organizar uma pequena feira. Várias famílias são atraídas ao local e um arraial se forma. Em 1897, edificou-se a Capela do Sagrado Coração de Jesus. Em 1929 é criado o distrito de Paz, no mesmo ano em que Lampião fez a 1ª visita ao local e quando surgem as primeiras manifestações para emancipar o município. Dez anos depois chega a rodovia estadual, que mais tarde será a BR 235. Nesta época, Carira já era distrito pertencente ao antigo município de São Paulo (hoje Frei Paulo). A emancipação só chega com a lei estadual nº 525-A, de 25 de novembro de 1953, desmembrado de Frei Paulo e instalado somente em 6 de fevereiro de 1955, constituído de apenas um distrito. Uma outra lei estadual nº 823, de 24 de maio de 1957, cria o distrito de Altos Verdes, anexado ao município de Carira.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Com a chegada dos bancos, do asfalto, de grandes lojas, Carira cresceu e hoje se apresenta como uma cidade em franco desenvolvimento. Faz limites com os municípios sergipanos de Nossa Senhora da Glória, Pinhão, Frei Paulo e Nossa Senhora Aparecida; e com os municípios baianos de Paripiranga, Coronel João Sá e Pedro Alexandre. Sua distância para Aracaju é de 112 kms. Em 2022, a população de Carira foi de 19.938 habitantes, numa área total de 636,404 km², com densidade de 31,3 pessoas por km². Sua economia está hoje bem diversificada, mas é o milho que desponta como puxador de renda. Carira figura sempre como o maior produtor de milho do estado. Para quem quer conhecer melhor a cidade e se divertir, há boas opções ao longo do ano com inúmeras festas: Festival do Forró de Carira, Festa de Reis, Festa de São João, Festa do Vaqueiro e do Milho e a Festa do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus e da Santa Cruz.</span></b></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-39341205317931356312024-03-09T14:41:00.002-03:002024-03-09T14:41:50.199-03:00Morpará - Cidades dos Velho Chico 16<p style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="764" src="https://www.youtube.com/embed/pspNEJ0UTes" width="920" youtube-src-id="pspNEJ0UTes"></iframe></b></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Saindo de Ibotirama e seguindo pela BR 242, depois de 25 kms na direção de Seabra, encontramos novamente com a BA 160, no povoado de São Lourenço, no município de Oliveira dos Brejinhos. Dali até Morpará seriam 63 kms. Sabíamos que o Governo do Estado da Bahia estava asfaltando o trecho até o povoado Quixaba, mas queríamos saber as condições dos outros 30 kms. Para nossa surpresa e alegria geral da suspensão capenga do nosso carro, toda a estrada estava asfaltada. E o asfalto estava novo, construído no ano da eleição de 2022, depois de promessas e juras de inauguração. Restava-nos agora desvendar o percurso, registrando povoações como Mocambo Alto, Capim Raiz e o distrito de Quixaba. Não demorou muito e fomos recebidos pela avenida Rui Barbosa e, ao lado, a Praça Velho Chico. Enquanto desvendamos a cidade, vale contar sua história e formação.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">É provável que o primeiro homem não índio a pisar em Morpará foi um vaqueiro em 1812, que andava a procura de gado para levar à fazenda Picada. Encontrou vários índios que pescavam às margens do Rio São Francisco, região era povoada pelos indígenas acroás, na margem esquerda do Rio São Francisco, e pelos indígenas mocoazes, na direita. Mas havia lugar para outras tribos: os Tupiniquins, Xacriabás, Caiapós, Cariris e Aricobés. No local onde o vaqueiro ainda sem nome chegou, muitos anos depois virou ponto de ancoragem dos navios a vapor, daí o surgimento de seu primeiro nome: Porto do Vapor.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A localidade de Morpará tem origem nas fazendas Poço de Gado, Ema e Picadas. Seu primeiro nome foi dado por pescadores aglomerados no Rancho Velho, proveniente dos ranchos feitos e cobertos com palhas de carnaúba, produto natural da região. Mais tarde, surge um nome mais óbvio: Morro do Paramirim, local onde há o encontro dos rios São Francisco e Paramirim.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Em 1891, o fazendeiro Antônio Bittencourt Mariani permitiu glebas e lotes para vender a quem interessasse. Foi aí que chegaram homens para abrir lojas comerciais. O pioneiro foi o Major Benedito Marcelino de Almeida, que teve a oportunidade de receber os militares quando vieram em busca dos revoltosos da Sedição de Juazeiro, confronto ocorrido em 1914 entre as oligarquias cearenses e o Governo Federal. Em 1916, com a chegada dos Brejeiros, que se instalaram comprando peixes, cera de carnaúba, peles e couro de todos os animais, começa então o movimento, com mercadorias despachadas para Juazeiro, Petrolina e para o estado de Sergipe.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O desenvolvimento marcou presença e Morpará recebeu os primeiros serviços públicos, como a instalação de uma agência dos Correios e Telégrafos. Isso permitiu uma melhor comunicação, facilitando mercadorias vindas em lombos de burros de várias localidades da Bahia para serem transportadas pelo Velho Chico. Era sabidamente o melhor porto daquelas bandas do São Francisco. Através dos barcos a vapor, mercadorias saiam dali para o Piauí, Minas Gerais, Maranhão, Goiás e outros estados.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Finalmente Morro de Paramirim deixa de ser povoado e é criado o distrito com a denominação de Morpará, pela lei estadual nº 9251, de 1934, subordinado ao município de Brotas de Macaúbas, atual Brotas. Morpará é uma forma abreviada do nome Morro (Mor) do Paramirim (Pará), que, convenhamos, ficou bem mais bonito. Em 16 de julho de 1962, o município foi criado com parte do território do distrito de Morpará, desmembrado de Brotas de Macaúbas, e com o território do distrito de Quixaba, desmembrado de Oliveira dos Brejinhos, por força de Lei Estadual nº 1.722. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Hoje, Morpará continua com apenas os seus dois distritos originários e faz limites com Barra, Xique-Xique, Gentio do Ouro, Ipupiara, Brotas, Ibotirama e Oliveira dos Brejinhos. Fica distante de Salvador por 548 km. Sua área total é de 1.731,929 km², abrigando uma população de 7.982, censo de IBGE de 2022, com uma densidade 4,6 hab./km². O rio São Francisco era a principal fonte de economia de Morpará. Como as estradas passaram a ser o caminho mais fecundo do dinheiro, a chegada do asfalto somente em 2022 contribuiu para que a cidade perdesse seu potencial econômico. Por sua beleza e localização, espera-se um novo fluxo de progresso para o município e isso dependerá muito dos seus agentes públicos. A cidade precisa melhorar sua estrutura urbana para receber mais turistas. Fundamental seria asfaltar a BA 160 até o encontro com o trecho que segue para Barra e Xique-Xique. É uma região com várias povoações carentes de um progresso mais acelerado. Para quem segue para Barra, a melhor opção é pegar uma única balsa, localizada a pouco mais de 6 kms de Morpará e sair no povoado Torrinha, com a BA 161 em ótimas condições.</span></b></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-61949977374586963452024-03-04T13:09:00.000-03:002024-03-04T13:09:36.655-03:00Quem se importa?<p style="text-align: justify;"><b><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv49scOD77PG3pWJmsGy3H5hOYus2cqH1ZjvIoIinfxtN2sglH3xDaErYeozhbNvQpt076XAGIK9_JWNivazttaHrXuYiYsRkP1zLVBjDHWjBIxRRmotP4krulKUkImeTj0-caadC5PH_firX0Dv1rFEAkPcMP7quSu2mXdzVzFZlIOtLOOiT0mVuYY90/s899/Paulo%20da%20Pizzaria.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="643" data-original-width="899" height="637" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv49scOD77PG3pWJmsGy3H5hOYus2cqH1ZjvIoIinfxtN2sglH3xDaErYeozhbNvQpt076XAGIK9_JWNivazttaHrXuYiYsRkP1zLVBjDHWjBIxRRmotP4krulKUkImeTj0-caadC5PH_firX0Dv1rFEAkPcMP7quSu2mXdzVzFZlIOtLOOiT0mVuYY90/w890-h637/Paulo%20da%20Pizzaria.jpg" width="890" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">João Paulo (Paulo da Pizzaria) foi mais uma vítima do abandono das nossas estradas. (Foto: Divulgação)</td></tr></tbody></table></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Não estamos vivendo numa época comum. A morte de João Paulo
Cândido dos Santos, conhecido popularmente como Paulo da Pizzaria, é mais uma
prova concreta de que vivemos tempos infernais. Nós vivemos o tempo todo em
constante perigo. Paulo morreu numa pista que está em obras há dois anos.
Apenas o primeiro tratamento superficial está pronto. Não há sinalização e,
para completar, os animais estão soltos. No acidente que matou Paulo da
Pizzaria tinha um animal no meio da pista, no meio da pista tinha um animal.
Mais um batalhador pela vida pela vida perde a sua. No subir e descer, no vai e
vem não conseguiu se desviar a tempo do perigo. Morreu Paulo, morreram tantos
outros nas mesmas condições e morrerão muitos outros amanhã. Mas quem se
importa?</span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Quem se importa se quando um administrador desvia verbas
ficamos em silêncio? Se suas contas são aprovadas, mesmo sabendo que existiram
desvios, ficamos em silêncio? Se alguém está sofrendo uma injustiça, ficamos em
silêncio. Se um filho de Deus resolve ajudar, ficamos em silêncio porque não é
da minha conta ou não é comigo. Se passa diante de nós um destes motoqueiros e
faz aquelas piruetas, ficamos irritados! Cadê a polícia que não faz nada? Se a
polícia faz, vem sempre alguém dizer que foi injusto e que a PM deveria prender
os vagabundos que estão soltos. Se tem uma criança fora da escola, a culpa é do
Conselho Tutelar que não faz nada! Se o Conselho atua, dizem logo que não há
solução por culpa dos pais. Caso os pais sejam atuantes, são perversos.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">No fundo, todos procuram uma sombra porque o sol é
escaldante. Para que arranjar mais problemas? Vejam o caso da nossa política
regional, onde encontramos canalhas a perder de vista.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas se um canalha passar para o nosso lado,
seus pecados são perdoados. O importante é estar no poder. Quando lá estiver, o
cavalo solto na estrada não tem dono e pode continuar matando. Não se pode
responsabilizar alguém que um dia poderá ser meu eleitor! Paulo está morto e
não votará mais em ninguém! Olhem o governador que responsabilizou os
professores pelas reprovações? Lembram? Quem se importa com o nível cultural do
nosso povo? Quanto mais desinformado, melhor para se controlar. Quem foi que
disse que Bolsonaro queria dar um golpe, mesmo ele agindo, com gravações de
imagens e sons, com a finalidade de dar um golpe de estado? Ele é um mito! A
culpa é do Lula, inocentado depois de várias provas robustas que o
incriminavam. Foi ele quem mandou as pessoas se vestirem de verde e amarelo e
depredar os poderes em Brasília. A polarização do caos!<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Ninguém está se importando com aquilo que importa! A vida é
curta e precisamos organizá-la! Se construímos estradas, elas precisam ser
seguras. As escolas foram feitas para ensinar, a família para educar, a igreja
para elevar nossos espíritos ao Todo Poderoso. A festa e o bar são para se
divertir e o estádio foi feito para torcer pelo seu time preferido. Estamos transformando
tudo em guerra, discórdia, difusão de ódio e perigo de morte! Paulo foi levar
apenas dez pizzas no povoado Tijuco. Não tinha que, na volta, morrer vítima de
uma irresponsabilidade. Mas será mais uma morte em que se registrará lamentos
nas redes sociais e tudo ficará como antes, contrariando Lulu Santos. Ninguém
se importa. Pode até se lamentar e ficar horrorizado, mas logo tudo voltará a
ser como sempre foi. </span></b><o:p></o:p></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-10234655032321402362024-03-02T12:09:00.003-03:002024-03-04T10:15:23.837-03:00Poucas & Boas nº 109: O que há de novo?<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;"></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCpqu_xvyeRKDqU08F972sJE1XNmnX848xS-iE4jey1yZ4X27mlFkTUAUA25HLT3RYPNu-WnwTFFn9gi1pIs-x5LOcD4OxBAIoxzzYrCUW4ekaPOxbfENrFqlIyyWeQ-wNTK7Ka_TTUlSVfY8DwjFEkaOC7R42zpVJcwd9ZNWIM2HEqK8qo4Yc3toHdjg/s900/posse-pedro-maia_politica%20livre-900x615.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="615" data-original-width="900" height="637" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCpqu_xvyeRKDqU08F972sJE1XNmnX848xS-iE4jey1yZ4X27mlFkTUAUA25HLT3RYPNu-WnwTFFn9gi1pIs-x5LOcD4OxBAIoxzzYrCUW4ekaPOxbfENrFqlIyyWeQ-wNTK7Ka_TTUlSVfY8DwjFEkaOC7R42zpVJcwd9ZNWIM2HEqK8qo4Yc3toHdjg/w930-h637/posse-pedro-maia_politica%20livre-900x615.jpg" width="930" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Governador Jerônimo entre a anterior e o novo Chefe do Ministério Público Estadual da Bahia (Foto: Política Livre)</td></tr></tbody></table><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;">Novo conselheiro</span><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Fabrício Falcão (PCdoB) foi afastado da disputa por uma vaga de conselheiro e o deputado Paulo Rangel (PT) é agora o único candidato da base do governador Jerônimo Rodrigues ao TCM. Embora já desfile como eleito, ele terá que enfrentar Marcelo Nilo, ex-deputado federal, candidato da oposição. O episódio prova, mais uma vez, que o PCdoB tem um papel reservado de ser sempre submisso ao PT, sem direito a nada. O normal é que o candidato do governo vença, mas não seria nenhum absurdo a vitória de Marcelo, que conseguiu o ineditismo de ser presidente da Assembleia Legislativa da Bahia por trocentas vezes. Curioso é que os petistas estão tomando conta do TCM. Se Rangel chegar lá, o PT garante maioria absoluta e poderá transformar o estado em uma monarquia.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;"></span></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVunEFZup9Ccrgr4lyu876FHqeiqddyyf-8qzT4Yi1bNz67gzkA0-uBmMuAFP2A1_ErVt-_B8GBNW34vBLQ1jXPxeg3gd8b_cogD1tlors5ryCoEz77nM6UGm7k6ovPSIG35L2_D2RpukrCUwHMAMnxsrqGtPEHReAxaQIBB9EJMWTbBhC-dkap3UqZsw/s225/Mendon%C3%A7a.jpg" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="225" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVunEFZup9Ccrgr4lyu876FHqeiqddyyf-8qzT4Yi1bNz67gzkA0-uBmMuAFP2A1_ErVt-_B8GBNW34vBLQ1jXPxeg3gd8b_cogD1tlors5ryCoEz77nM6UGm7k6ovPSIG35L2_D2RpukrCUwHMAMnxsrqGtPEHReAxaQIBB9EJMWTbBhC-dkap3UqZsw/s1600/Mendon%C3%A7a.jpg" width="225" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Prefeito Mendonça</td></tr></tbody></table><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;">Novas ressalvas</span><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">E por falar em TCM, o ex petista Nelson Pelegrino foi o relator das contas de 2022 da Prefeitura Municipal de Heliópolis. O leitor esperançoso e desavisado, que porventura desejar ler o Parecer, perceberá que a quantidade de irregularidades é assustadora. O documento tem 41 páginas e boa parte eivada de problemas detectados pelo órgão julgador. O prefeito José Mendonça até conseguiu entregar 4 contas mensais fora do prazo e gastou quase 100 mil do Fundeb em despesas fora da finalidade da rubrica. Os apontamentos das irregularidades são numa quantidade tão absurda que o leitor do relatório tem pena do gestor, porque sabe que ele vai ser trucidado ao final. Só que não! Acreditem, o ex-deputado federal petista consegue aprovar – com ressalvas! – as contas, mesmo sabendo que há denúncias contra o alcaide que ainda não foram apuradas. Pior! O Ministério Público de Contas também opina pela aprovação. Cabe uma pergunta final: Qual o limite para o uso da palavra “<i>ressalvas</i>”?</span></b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;">Novas dívidas</span></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">As contas aprovadas do prefeito Mendonça de 2022 também revelam o nível de importância que os nossos políticos dão ao sistema de arrecadação de recursos. Acreditem, ainda há multas, determinadas pelo mesmo TCM, e devoluções de numerários aos cofres públicos que não foram realizadas. Um ex-prefeito ainda deve 1 mil reais, um outro também ex-prefeito deve 19 mil reais, um ex-presidente da Câmara Municipal deve 3 mil reais aos cofres públicos. E, pasmem! Um outro ex-presidente, que se orgulhou de ter suas contas aprovadas sem ressalvas, deve a Heliópolis 22.608,00 reais. E não importa se é adversário ou não! Ninguém cobra de ninguém, mas as contas estão aprovadas! Viva nossa Bahia!</span></b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;">Novo chefe do MP</span></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O portal Política Livre, do jornalista Raul Monteiro, destacou a posse bastante concorrida do promotor Pedro Maia como procurador geral de Justiça do Estado da Bahia, na sede do Ministério Público Estadual, no CAB, neste dia 1º de março. O discurso foi curto e contundente. Disse que era preciso defender o papel da instituição na tarefa de tornar a Bahia mais justa, igualitária e solidária e de encampar a luta contra o crime, a corrupção e a impunidade. Pedro Maia foi eleito depois de cinco tentativas consecutivas como 1º mais votado. Só agora veio a escolha. Foi candidato único e vai substituir Norma Angélica, a antiga PGE. O governador Jerônimo Rodrigues e um sem-número de autoridades marcaram presença. Será que a PGE vai virar protagonista ou continuará com seu papel meramente burocrático, para não dizer outra coisa?</span></b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyFFV5bMZVaI6GUqaBNcLpKFwE6Xq2KQpY0rXaIz9jiZ2d1BZvYVuZsKTGYqSEyufZZAmukjllbbr8j96_ISw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></span></div><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;">Novas denúncias</span><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Chega a ser desanimador ser vereador ou vereadora em nossa região, notadamente de oposição. As denúncias são feitas, mas parece que a ordem é não apurar nada e, se o fizer, é para inocentar o prefeito. Vamos a só um caso denunciado pelo vereador Nenê de Nedito na Câmara Municipal de Cícero Dantas. No povoado Campinas de Castro, quem procurar a ambulância da prefeitura para socorro precisará ser partidário e eleitor do grupo do prefeito. O motorista, sem a menor cerimônia, diz que não pode levar tal pessoa porque não votou no grupo do alcaide. Um motorista de ambulância não faz isso se não tiver sido orientado. O diabo é que ninguém faz nada para mudar isso.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyH1Ld11WYZdK3Z9cvxJ9mU0s0RfFGw5jY8iD7AkIzAjqGHllJnLedv8PIdncB5DL-JamvrqN1l_dk1rXBgEQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></span></div><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;">Novo empurrão</span><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Uma cena chamou a atenção dos passantes que trafegavam em frente ao Colégio Monsenhor Galvão, em Cícero Dantas. Vários alunos empurravam um ônibus escolar. E a cena é cada vez mais corriqueira nas cidades da nossa região. A frota escolar está sucateada, sem manutenção, obrigando os motoristas e servidores a improvisar. As garagens de muitas prefeituras são apenas depósitos de sucatas armengadas para levar e trazer estudantes. Um dia ocorrerá uma tragédia e muitos dirão que foi coisa do acaso. Não! A culpa é de todos! Dos eleitos, dos que elegem, dos que fiscalizam e daqueles que nunca punem. É o retrato de um país que não quer ser civilizado!</span></b></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwkFygwt3F2lt1umbEsdfXA8W59_fNYFM0qYIDJdKREIguqY75gwW6gdCE4HsMZUBPFpY3TaaYhyT2fU8bTbw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyDsbQz20haFt65h6JZW4EGyFIEGhJTQhNmWtxLqfB88n1UZVC3daPhYfKYSHwf9HjBILj20Ve2BIIWNPU6rA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>Nova morte</span><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Uma mãe desesperada grava um áudio e espalha nas redes sociais a ideia de que seu filho morreu no hospital de Cícero Dantas por falta de estrutura e condições da unidade de saúde. Falta investimento e não se encontra insumos básicos. A mãe culpou o prefeito. Quem justificou a fala da mãe foi a denuncia feita pelo vereador Guilherme de Weldon, quando apresentou números dos gastos da saúde, onde claramente o prefeito foca no empreguismo. Mesmo com o empenho do vereador, anotem, as contas de Dr. Ricardo serão aprovadas, caso nada mude nesta Bahia do Senhor do Bonfim!</span></b></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-71022518382307460882024-02-26T10:09:00.003-03:002024-02-26T11:28:38.884-03:00Ibotirama - Cidades do Velho Chico - Ep. 15<p style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="759" src="https://www.youtube.com/embed/H--NNnav1CY" width="913" youtube-src-id="H--NNnav1CY"></iframe></b></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Chega-se a Ibotirama basicamente por três rodovias: BR 242, BA 160 e BA 161, todas em perfeito estado. A cidade margeia o rio São Francisco do lado Leste no Estado da Bahia. A riqueza de sua história começa pelo significado do seu nome. O termo </b><i>Iboti</i><b> vem do tupi-guarani e significa flor. O sufixo </b><i>rama</i><b> significa o que será, aquilo em que se transformará, o que será no futuro. Ou seja, Ibotirama é a flor que brotará no futuro ou, como comumente se popularizou: terra das flores ou terra da rica flor. E tudo isso tem a ver com sua história e formação. Antes de chegarem os portugueses, a região tinha como grupo predominante os indígenas tuxás. Os registros indicam que somente com a chegada do latifundiário Antônio Guedes de Brito é que o território passou a ser povoado. Guedes de Brito formou o segundo maior latifúndio do Brasil-colônia, perdendo apenas para Garcia D’Ávila. Brito foi também reconhecido pela extinção de grande parte da população indígena utilizando armas. Os indígenas restantes foram escravizados.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O município de Ibotirama foi formado a partir de fazendas de gado do período colonial. Em 1732 já havia um pequeno arraial nas terras do município de Paratinga. O nome original era Bom Jardim. Isso porque era a antiga sede da fazenda de Joana da Silva Caldeira Pimentel Guedes de Brito, neta do latifundiário e proprietária de várias fazendas. Bom Jardim era um dos pontos de passagem de boiadeiros e tropeiros que faziam a travessia do Rio São Francisco e virou parada obrigatória para o descanso. Sem dúvida, o comércio e o transporte fluvial no São Francisco, com localidades próximas como Santo Antônio do Urubu de Cima (atual Paratinga), o Santuário do Bom Jesus da Lapa e várias outras pequenas povoações, foram fundamentais no desenvolvimento e povoamento de Bom Jardim. Registre-se que até o século 20 este crescimento foi bem lento, como era comum em toda a região.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">No início do século 20, precisamente em 1912, Bom Jardim passa a figurar como povoação do município de Rio Branco, antigo Santo Antônio do Urubu de Cima. Essa condição perdura até a publicação da Lei Estadual nº 11089, de 30 de novembro de 1938, quando Bom Jardim passa a ser denominada de Jardinópolis. No mesmo decreto em que Santo Antônio do Urubu de Cima passa a se chamar de Paratinga, datado de 31 de dezembro de 1943, o distrito de Jardinópolis tem seu nome oficializado para Ibotirama. Essa condição vai até o ano de 1958 quando, por força da Lei Estadual nº 1029, de 14 de agosto de 1958, os distritos de Ibotirama e Boa Vista do Lagamar são desmembrados de Paratinga para formar o novo município de Ibotirama, instalado em 7 de abril do ano seguinte.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Hoje, Ibotirama recebe uma quantidade significativa de visitantes e fica distante por cerca de 650 kms de Salvador. Sua população em 2022 chegou aos 26.309 habitantes, numa área total de 1.391,232 km², abrigando 18,9 habitantes por km². Situa-se na microrregião de Barra e mesorregião do Vale São-Franciscano da Bahia, fazendo limites com Barra, Muquém de São Francisco, Paratinga, Oliveira dos Brejinhos e Morpará. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A cidade de Ibotirama tem uma estrutura bastante desenvolvida, com uma rede hoteleira equipada e com preços bem populares. Os restaurantes oferecem comida farta e barata. É comum ver centenas de caminhões estacionados ao longo da BR 242 nas horas de descanso ou das refeições. Para quem vem visitar a cidade, há um largo em frente ao cais do São Francisco, diante da Igreja de Nossa Senhora da Guia e com uma praça ao lado, onde são realizadas as principais festas da cidade. De lá é possível ver a ponte da BR 242 sobre o São Francisco e um pôr-do-sol encantador. Para os amantes da música e da arte, Ibotirama realiza o Ibotifolia, o carnaval fora de época, na festa da emancipação em agosto; o Festival de Poesia e o Festival de Música de Ibotirama.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A cidade pulsa o dia inteiro num vai e vem de pessoas e no tráfego intenso de carros pelas rodovias. Seu comércio é pujante e conta com diversas opções ao gosto do freguês. Mas o maior encanto da cidade é o São Francisco. Da pequena igreja de Nossa Senhora da Guia é possível ver pessoas do Brasil inteiro chegando e registrando sua passagem por aqui, mesmo que seja por apenas alguns minutos. Todos param, respiram, olham as águas do Velho Chico e os homens com seus barcos a singrar na correnteza suave, num subir e descer, de remo ou de motor, navegando pela vida.</span></b></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-88209534423851965302024-02-20T11:25:00.001-03:002024-02-20T11:29:22.665-03:00Poucas & Boas nº 108: De quem é a culpa?<p style="text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBuJ5qnkHxF1NdIi9kRnB1pRM-3BGMXu9qQm3g7JvutYib2SIUxQTJ1lFEV6jzH7BOjTEjmxDLIpMmKGWc6zUCsu-sWKpIhJdAoGDBYmTbtTT7jdOfBqHdX3e9H-u4tbVI4wHz_Vh6KsjXg4fSH7OZ53zDOyyBnS5Amq5VDybmetss72YLORc8FJq13Kc/s280/Igor.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="175" data-original-width="280" height="544" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBuJ5qnkHxF1NdIi9kRnB1pRM-3BGMXu9qQm3g7JvutYib2SIUxQTJ1lFEV6jzH7BOjTEjmxDLIpMmKGWc6zUCsu-sWKpIhJdAoGDBYmTbtTT7jdOfBqHdX3e9H-u4tbVI4wHz_Vh6KsjXg4fSH7OZ53zDOyyBnS5Amq5VDybmetss72YLORc8FJq13Kc/w871-h544/Igor.png" width="871" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vereador Igor Leonardo rompe com grupo do prefeito Mendonça. (Foto: Divulgação)</td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;">A culpa é do professor</span></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O discurso do governador Jerônimo Rodrigues colocando nas
costas dos professores toda a culpa pelo fracasso da educação da Bahia soou
como lugar comum. Não é a primeira vez. E não adianta indicar onde estão os
problemas. O que se quer é massificar uma ideia, ou várias. Querem disseminar a
ignorância, sem se importar com os diplomas e certificados vazios ou
artificiais. O que interessa é desconstruir a história. O professor é sempre
culpado, o Hamas defende o povo palestino, a Rússia não invadiu a Ucrânia, a
Venezuela é uma democracia, Cuba é um país progressista, não houve mensalão e
nem mesmo petrolão, Dilma sofreu um golpe e Navalny cometeu suicídio naquela
prisão russa. É só repetir até a exaustão! Há sempre alguém que acredita.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">A culpa é de Alexandre de Morais</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Como é comum, políticos inescrupulosos sempre procuram um
culpado para encobrir suas falhas e desconstruir os fatos da história.
Bolsonaro escolheu um alvo óbvio: Alexandre de Morais. Até mesmo na elaboração
do documento do golpe, a prisão do ministro do STF estava determinada. O que
espanta é que não há o menor constrangimento em mentir descaradamente na frente
das câmeras, mesmo tendo gravações desdizendo tudo o que o próprio afirmou em
dado momento. Nunca a classe política mentiu tanto. Além disso, escolhem alvos
para despejar seus torpedos de longas pernas, vitaminados pela disseminação das
redes sociais. O alvo em questão é o juiz. Ontem foi Moro, hoje é Alexandre de
Morais. Virão outros!<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">A culpa é das mulheres</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Na sessão da Câmara Municipal, iniciando o último semestre
legislativo, depois da saída do grupo governista anunciada pelo vereador Igor
Leonardo, que revelou algumas verdades, motivou o seu ex-colega de bancada,
vereador Giomar, a escolher seu alvo para soltar torpedos de mentiras. As
vereadoras Maria da Conceição e Ana Dalva foram as premiadas. Disse o vereador que
as famílias das duas administraram no passado, inclusive com suas famílias, a
pasta da saúde e não tinham nada a apresentar. Da parte de Maria, o ex-vereador
Renilson já foi secretário de saúde e a esposa de Thiago Andrade também, mas
daí a dizer que administrou com a família é um pouco demais. No caso de Ana
Dalva é ainda pior. Quando foi secretária de saúde, e também em época nenhuma,
a família da vereadora participou da administração. Suas filhas trabalham em
Lagarto, no Instituto Federal de Educação, e em Barra dos Coqueiros. Seu enteado
é funcionário concursado da Universidade Federal de Sergipe. Este articulista
todos já sabem que é professor da rede estadual. A única ligação de parentesco
de Ana Dalva com um servidor municipal é com uma irmã sua que é professora
concursada. A mentira foi grotesca e ele ainda afirmou que fez isso de coração.
Já pensou se usasse o cérebro?<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">A culpa é do gestor</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O vereador Igor Leonardo fez nesta segunda-feira, 19 de
fevereiro, um discurso histórico. Nem todas as verdades foram ditas, mas o
rompimento com o grupo do prefeito Mendonça foi consolidado. A oposição soltou
fogos, mas vamos devagar com andor. Não houve rompimento definitivo porque o
vereador deixou a porta aberta. E tudo passa pela razão de se confirmar que Igor
está certo. Alguém aposta que Mendonça fará uma mea-culpa, organizará sua administração
e dará a Igor o que é de Igor? Não vamos aqui detalhar tudo, mas sugiro assistir
à sessão totalmente gravada no canal Impacto, de Jorge Souza, no YouTube. Basta
clicar <a href="https://www.youtube.com/live/cVMDVA4Cyqk?si=i6fLCfSoligPVjRK" target="_blank">A Q U I </a>. Diferentemente de buscar culpados pelo seu fracasso pessoal, Iggor mostra que
a atividade política é um trabalho coletivo para melhorar a coletividade. É
claro que ele está dizendo que o responsável pelo fracasso do grupo é do
prefeito. Foi o mais mortal golpe que Mendonça recebeu.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">A culpa é do coração</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Diferentemente de seu desligamento do time do prefeito para
fazer parte do Independente Futebol Clube, Igor Leonardo não deve ter pensado
na questão da apresentação do nome de sua mãe, conhecida popularmente por Dona
Minininha, matriarca de 17 filhos, esposa do lendário Chico de Minininha, para
nomear uma rua em Heliópolis. O problema é o coração de filho que atrapalha a
lógica. O projeto deveria ser uma iniciativa de outro vereador ou, de preferência,
que fosse uma indicação coletiva. O reconhecimento de Dona Minininha está muito
além do terreno familiar. Vai ser aprovado, menos mal, mas fica um gosto de
lugar comum, de coisa corriqueira. O marido, Chico de Minininha, já tem uma rua
com o seu nome, por indicação da vereadora Ana Dalva.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">A culpa é do acaso</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Se a saída de Igor Leonardo for concretizada, ficará difícil
sua vida política como candidato. Se no grupo do prefeito ele disputaria a
reeleição com vantagem contra Gilmar Guerra e Van da Barreira, no grupo de
oposição a coisa se amplia. Não há espaço para que ele seja vice-prefeito, já
que a chapa está formada com Thiago e Ildinho. Se resolver ir para reeleição,
terá Dé Correia, Marcelo Cigano, Manoel do Tijuco e a filha de Valdelício como
parceiros de luta. Quem conhece onde os políticos pisam revela que a oposição
fará 5 cadeiras e a situação 4. São dadas como certas as reeleições de
Doriedson, Giomar e Claudivan, pelos governistas, e de Ana Dalva, Ivan de
Ildinho e Charles de Clóvis, pela oposição. Mas nunca é tarde lembrar que, no
final, quem decide mesmo é o povo. <o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">A culpa é do talento</span><span style="font-size: large; font-weight: bold;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O professor Landisvalth Lima, articulista deste blog,
lançará mais um livro este ano em data ainda a ser divulgada. Trata-se de um
romance com narrativas que envolvem as cidades de Cícero Dantas, Heliópolis,
Fátima e Poço Verde. O título provisório é <i>Doutor Berson</i>, mas certamente
haverá mudança. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A novidade este ano é
que, embora a capa seja bolada por sua filha Pétala Tâmisa, o desenho da capa
será Bolado em Heliópolis. O professor contará com o talento de Raíssa Silva,
ex-aluna do 3º ano B do CEJDS de 2023. A menina desponta com uma personalidade
fantástica para o desenho e vai longe, muito longe.</span></b><o:p></o:p></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-35905313709606453902024-02-16T10:54:00.002-03:002024-02-16T10:54:59.903-03:00Heliópolis é lixão de Poço Verde e Fátima?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="779" src="https://www.youtube.com/embed/rr0e3sd3lf8" width="937" youtube-src-id="rr0e3sd3lf8"></iframe></div><p></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-38939061005534694882024-02-14T10:03:00.003-03:002024-02-14T10:04:19.957-03:00Nota Importante - o que vem por aí no Contraprosa?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="771" src="https://www.youtube.com/embed/cHhSQKZGmxY" width="928" youtube-src-id="cHhSQKZGmxY"></iframe></div><p></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-31064581067340808832024-02-08T15:44:00.001-03:002024-02-08T15:44:38.124-03:00Porto da Folha - Cidades do Velho Chico 14<p style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="765" src="https://www.youtube.com/embed/qDdkEkR6l0k" width="920" youtube-src-id="qDdkEkR6l0k"></iframe></b></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Quem trafega pela rodovia SE 200, margeando o São Francisco, vindo de Lagoa da Volta ou de Gararu, deve encontrar pelo caminho uma cidade construída a partir de um morgado, que é um patrimônio familiar passado a herdeiros sem possibilidade de venda. Estamos falando de Porto da Folha. A história deste município, localizado na Mesorregião do Sertão Sergipano e na Microrregião Sergipana do Sertão do São Francisco, começa em novembro de 1807. Antônio Gomes Ferrão de Castelo Branco registrou suas terras em Propriá, um latifúndio de 30 léguas com a denominação de morgado de Porto da Folha. Apesar disso, quem colonizou mesmo Porto da Folha foi Tomás de Bermudes, fundando um curral, após fazer amizade com os índios. O local ficou conhecido como fazenda Curral do Buraco, que ganhou esse nome por dar a impressão de que a região fica num baixio rodeado de morros. Até hoje, por isso, ainda é comum denominar os portofolhenses como buraqueiros. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Com a crescente povoação do local, em 19 de fevereiro de 1841 passou a se chamar Nossa Senhora da Conceição de Porto da Folha, com suas terras se estendendo a Poço Redondo, Curral de Pedras (Gararu) e a Canindé, municípios que já pertenceram a Porto da Folha. Curioso é que a localidade mais antiga da região é a Ilha de São Pedro, hoje abrigando a única comunidade indígena de Sergipe. Por isso, por algum tempo, a Vila de São Pedro foi a sede do município, criado com a denominação de São Pedro do Porto da Folha, pelo decreto de 16 de agosto de 1832 e por Resolução Provincial nº 676, de 08 de junho de 1864. Só que, em 19 de fevereiro de 1835, transfere-se a sede de São Pedro do Porto da Folha para a povoação do Buraco, com a denominação de Nossa Senhora do Porto da Folha, considerada a data de fundação do município. Confusão se faz quando outro decreto, datado de 23 de fevereiro de 1836, transfere a sede São Pedro do Porto da Folha para a povoação de Curral das Pedras, que hoje é o município de Gararu. Até a Ilha do Ouro já foi sede do município, de acordo com a lei provincial nº 841, de 23 de março de 1870, transferindo a sede Curral das Pedras – Gararu - para a povoação de Boa Vista, com o nome de Ilha do Ouro.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Como confusão pouca é bobagem, uma nova resolução provincial nº 1003, de 16-04-1875, é criado o distrito de Curral das Pedras e anexado ao município de Ilha do Ouro. O nome Porto da Folha volta a figurar pelas leis provinciais nºs 664, de 11 de maio de 1864 e 1.153, de 28 de março de 1880, carimbando o nome de Nossa Senhora do Porto da Folha, quando a sede já estava definitivamente onde hoje se encontra. O nome Porto da Folha, como é atualmente, foi instituído pela lei estadual nº 195, de 11 de novembro de 1896, já na era republicana. Depois das emancipações de Gararu, Poço Redondo e Canindé, antigo Curituba, não se criou mais nenhum distrito. Até hoje Porto da Folha tem apenas o seu distrito sede, mesmo tendo povoações históricas e importantes.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">E por falar em povoações, a Aldeia Xokó, na Ilha de São Pedro, que já foi sede do município, hoje figura como simples povoado. Sua colonização remonta ao século XVIII, com a catequese dos índios promovida pelos frades capuchinhos. Ao fim do século XIX, o local estava despovoado e foi incorporado às propriedades do Coronel João Fernandes de Brito, passando posteriormente aos seus descendentes. Esse período é duro para os índios da região que passam a ser perseguidos e têm a sua cultura discriminada. Depois de anos de conflito, os índios reocupam a Ilha de São Pedro em 1979, ano em que a FUNAI reconhece a área como sendo terra indígena. Para se chegar ao local, trafegando-se pela SE 179, seguindo para o povoado Niterói, em frente ao povoado Ranchinho, segue-se pela SE 413. São apenas 12 kms de uma estrada estreita e em péssimas condições. A atração da viagem é mergulhar numa mata que parece ser virgem, quase que uma cópia das condições vividas pelos bandeirantes e frades quando aqui chegaram séculos antes.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Retornando pela mesma SE 413, depois de percorrer 6 kms, toma-se uma estrada vicinal com destino ao povoado de Lagoa da Volta. É o maior povoado de Porto da Folha, e um dos maiores de Sergipe, hoje com um eleitorado que beira os 5 mil votos. A padroeira da povoação é Santa Luzia e há uma estrutura comparada a de um município. Tem até escola estadual. Boa parte da produção de leite, milho e feijão tem origem na Lagoa da Volta. O povoado, que ainda não é distrito, tem a maior praça de eventos de Porto da Folha. Os moradores, claro, querem a emancipação e até já escolheram o nome: Luzinópolis. Se fizerem o plebiscito, o resultado já está garantido. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Outros dois povoados importantes de Porto da Folha ficam às margens do São Francisco, além de Ilha de São Pedro: Niterói e Ilha do Ouro. A importância de Niterói está na sua localização privilegiada. Além de ficar margeando o Velho Chico, é o local onde se pega uma balsa para chegar ao município de Pão de Açúcar, em Alagoas. Já a Ilha do Ouro, tanto por sua importância histórica como pelos seus atrativos turísticos, é o maior cartão postal de Porto da Folha. Sua distância da sede do município é de apenas 8 kms, por uma estrada completamente asfaltada. Recebe turistas do Brasil inteiro. O ponto negativo, infelizmente, é dado pela atuação dos políticos. Um canteiro de obras, que promete adequação e requalificação da sua estrutura turística, parece uma história sem fim, em mais uma prova do desperdício do dinheiro público. Outro povoado, que não foi visitado por esta reportagem, é Lagoa do Rancho. Também servido de boa estrutura, fica localizado na SE 317, outra rodovia que passa pelo território de Porto da Folha, a 22 kms da sede municipal. Vale ainda citar o povoado de Lagoa Redonda, situado na SE 230, próximo a Monte Alegre de Sergipe, também com boa estrutura e apresentando crescimento urbano considerável.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">É fácil, pois, após tantas povoações importantes, concluir que Porto da Folha é um município que precisa ser visitado. Tem a maior festa de gibão do Brasil, aquela vaquejada que pega boi no mato, realizada no mês de setembro. É um dos maiores produtores de leite do Nordeste, com uma área total de 877 km². Faz limites com os municípios de Poço Redondo, Monte Alegre de Sergipe, Gararu e Nossa Senhora da Glória, em Sergipe; Belo Monte e Pão de Açúcar, em Alagoas. Sua população em 2022 é de 26.576 habitantes, com uma densidade demográfica de 30,3 habitantes por km². Fica distante de Aracaju em 190 kms. </span></b></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-25444800011154031832024-02-02T12:27:00.002-03:002024-02-02T17:00:44.913-03:00Poucas & Boas nº 107<p style="text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZwu-YYNlfFk8reaGaSpXS2FWypRqe-n8hW3rYaN7I7cPuFWpdtW__BFFTmnpzRUYf58wf-ZMbzCpkB96uufGLmEk5fZGUyQK8zTUERIpLhCLdXlzRbKRtQ-mLSLmZMA6p-W1YhyphenhyphenHQzwyRx2jdXxUOm7PBgGhAa3UOoUK0i8UZCbHx_JaLTLBV1jwlGlQ/s2400/Lulobolso.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="2400" height="591" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZwu-YYNlfFk8reaGaSpXS2FWypRqe-n8hW3rYaN7I7cPuFWpdtW__BFFTmnpzRUYf58wf-ZMbzCpkB96uufGLmEk5fZGUyQK8zTUERIpLhCLdXlzRbKRtQ-mLSLmZMA6p-W1YhyphenhyphenHQzwyRx2jdXxUOm7PBgGhAa3UOoUK0i8UZCbHx_JaLTLBV1jwlGlQ/w888-h591/Lulobolso.jpg" width="888" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A polarização entre Lula e Bolsonaro está matando o futuro do país. (Foto: Folha/UOL)</td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;">Morte do futuro I</span></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Estamos condenados a viver eternamente o presente e o
passado imediato. Nosso futuro está morto. A assassina cruel do nosso porvir é
a polarização. E antes que pensem que eu estou desligado da realidade, vale uma
afirmação óbvia: o governo Lula é infinitamente melhor que o governo Bolsonaro.
O PT sabe disso. Ora, pois, isso não significa que não mereçamos algo melhor. O
que quero dizer é que Lula e o PT pararam no tempo e já não seriam mais poder
se não estivéssemos Bolsonaro. Lula é o século XX, Bolsonaro anda lá pelo XVII.
A incapacidade de o PT evoluir pariu Bolsonaro e criou na sociedade a ideia de
que éramos felizes e não sabíamos. O governo Dilma foi o sinal de alerta de uma
pregação desgastante e de uma prática incoerente. O bolsonarismo é a garantia
de continuísmo do lulopetismo. <o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Morte do futuro II</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Não falo de direita ou de esquerda porque tais ideologias
nunca chegaram por aqui, exceto nos discursos. Falar em imperialismo americano,
derrota do fascismo, ditadura do proletariado e outras pregações doutrinárias é
tão ridículo quanto a teoria do terraplanismo. É uma desonra aos ouvidos de
qualquer ser humano dotado de bom senso tais pregações, em pleno século XXI. Se
as ideias de Bolsonaro são deploráveis, as de Lula som patéticas. Não condenar
a Rússia pela invasão à Ucrânia, questionar mais Israel que os terroristas que
invadiram o país e mataram centenas de pessoas ou afirmar haver democracia na Venezuela
é tão ridículo quanto dizer que o Brasil vive um regime ditatorial,
justificando, por isso, uma intervenção militar. É preciso romper com essa
polarização. O Brasil não merece enterrar, mais uma vez, o seu futuro.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Bolsonaro preso</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Enquanto for possível, vão prolongar esse lengalenga da
prisão de Bolsonaro. Não que ele não mereça ou já não tenha motivos para isso.
Num país sério, ele nem mesmo seria candidato. Mas para alimentar o ódio entre
os polos, é preciso levar o discurso mais adiante. E tome mais inquéritos,
denúncias e abertura de processos. Tudo na base do conta-gotas. A justiça não
prende Bolsonaro porque não quer. Solto, o mito é um poço de idiotices. Isso
alimenta a necessidade do país continuar com o PT, como se não houvesse mais
nenhuma outra possibilidade, como se fôssemos uma nação sem ideias., como se
não houvesse vida inteligente fora do bolsolulismo.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Francisco J C Dantas</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQv5L-oUYEVv2IQOAZsmDaxd1arOZvIGRbNmY6h6ql8Hs6J6T6SSpr977M2RMEeE4gqr5ZGcUyWrYXy4_Oy3T2qux92N_NcxFGE0DHriYQtfFcZFf512Ben2xe3PTrhECYuM_jl1gzKOWvFBYiW-ruvL8Hj-CWhk_zMXy-4_Tt-qXKtdKPaGbj-rkvQY0/s210/Jornada.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="210" data-original-width="210" height="257" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQv5L-oUYEVv2IQOAZsmDaxd1arOZvIGRbNmY6h6ql8Hs6J6T6SSpr977M2RMEeE4gqr5ZGcUyWrYXy4_Oy3T2qux92N_NcxFGE0DHriYQtfFcZFf512Ben2xe3PTrhECYuM_jl1gzKOWvFBYiW-ruvL8Hj-CWhk_zMXy-4_Tt-qXKtdKPaGbj-rkvQY0/w257-h257/Jornada.jpg" width="257" /></a></span></b></div><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Terminei a leitura do livro <i>Uma jornada como tantas</i>,
do sergipano Francisco J C Dantas. O livro é um mergulho no interior de Sergipe
da década de 1950 e um convite a perceber quão trágico é o nosso atraso, além
de pagarmos um preço alto por isso. Apesar do tema sério, o livro está longe de
ser pesado. A linguagem, marca registrada de Chico Dantas, sempre é um
atrativo. A mesclagem do sergipanês com o português erudito é o cartão de visitas
da obra. Eu destaco as descrições das paisagens interioranas como pura poesia.
A leitura me deixou ainda mais indeciso sobre qual o melhor livro de Francisco
J C Dantas: Coivara da memória? Os desvalidos? Cartilha do silêncio? Sob o peso
das sombras? Caderno de ruminações? Uma jornada como tantas? Enquanto perdura a
dúvida, já vejo na minha frente <i>Moeda vencida</i>, seu último livro.
Será que resolvo este enigma?</span></b></div><o:p></o:p></span></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Adailton Fonseca</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt59Cx46QJjrMJ9AtAtKyBSu5JRHZ1RCp-AVmP3Ich40reVUvXT_pBrzKNe-J8yiiQMf-2Ry8XSzVgItnWXZTDbs3Xh06SN1k1_xXjUyC-1qAB2fU4gHPUGMk4Or7cVh62Q7gmZmaTmyuRpYxMbktP5bgIyskax3KI9M9vsCZQOqiOY0jHSjnflBBCMH4/s1080/IMG-20240123-WA0757.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt59Cx46QJjrMJ9AtAtKyBSu5JRHZ1RCp-AVmP3Ich40reVUvXT_pBrzKNe-J8yiiQMf-2Ry8XSzVgItnWXZTDbs3Xh06SN1k1_xXjUyC-1qAB2fU4gHPUGMk4Or7cVh62Q7gmZmaTmyuRpYxMbktP5bgIyskax3KI9M9vsCZQOqiOY0jHSjnflBBCMH4/s320/IMG-20240123-WA0757.jpg" width="320" /></a></span></b></div><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Soou como surpresa para o secretário Adailton Fonseca a
postura dos vereadores governistas da cidade de Adustina. Eles fizeram uma
reunião e deixaram claro que gostariam de que o prefeito Paulo Sérgio indicasse
dois vereadores para a chapa majoritária que disputará o pleito deste ano. Na
cartola, um forte argumento: como o município perdeu população, o número de
vereadores cairá de 11 para 9. Portanto, dois cairão fora do plenário. Curioso
é que eles não estão contando com a renovação. Se o eleitor tiver juízo, vota
para que apareçam novos nomes representativos na Câmara Municipal. Isso é bom e
a democracia agradece. A zanga de Adailton com a proposta é que ela afasta de
vez o seu nome da candidatura a prefeito. Que é isso, companheiros vereadores!</span></b></div><o:p></o:p></span></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Vexame populista</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgynsR51b8mV-0doXBhX0tTaAu3-X0MHSVgGrvaZVqbhuLwRJr3eZXOeNfHOANTOB4Y18bAdEgA-DrD_l9aJG-oEvldLmbUBRs2zCa0pP75KyU8qjExV-h-uGhMeCwmwD5vzCaGfT4ouhkMW1p-P4qLHPaVuy3L1wcCUbXbXtMkRsAvxQ19EDnYW_Ia8eI/s893/Screenshot_20240202-105836.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="893" data-original-width="778" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgynsR51b8mV-0doXBhX0tTaAu3-X0MHSVgGrvaZVqbhuLwRJr3eZXOeNfHOANTOB4Y18bAdEgA-DrD_l9aJG-oEvldLmbUBRs2zCa0pP75KyU8qjExV-h-uGhMeCwmwD5vzCaGfT4ouhkMW1p-P4qLHPaVuy3L1wcCUbXbXtMkRsAvxQ19EDnYW_Ia8eI/s320/Screenshot_20240202-105836.jpg" width="279" /></a></span></b></div><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O populismo é uma desgraça para o país. O político populista
joga por terra toda a lógica da existência da ideia do agente público como
servidor do povo. Na tentativa de explicação de Iggor Canário, contratado da
festa de Poço Verde agora em janeiro, sobre uma confusão que protagonizou, o
prefeito de Poço Verde – ou outro Iggor, desta vez Oliveira, estava
literalmente maluco ao lado do cantor. A cena é patética. Pior é que há pessoas
que consideram tal comportamento como algo benéfico para uma trajetória
política de sucesso. O problema é que isso não rima com eficiência, qualidade
ou boa gestão. Poço Verde merece bem mais.</span></b></div><o:p></o:p></span></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Tá liberado</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Um eleitor de Fátima se queixou de um vídeo em que eu
questiono as matrículas da EJA em municípios da região, inclusive em Fátima. No
vídeo eu questiono o prefeito Binho de Alfredo sobre os números excessivos de
matrículas. Os partidários de Sorria, o ex-prefeito, massificaram a publicação
nas redes sociais. Não se preocupem. Está liberado. Podem usar à vontade,
inclusive todos aqueles vídeos em que eu elogio a administração do Manoel
Missias. Há inúmeros.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Padre João</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrwytbqeO9k0RJtPjSXVYozH1f5Ti6ea3YGen24xn0LqZ3ZLKsYgGNB7mdGunERuabX5HyPmQZk85fv6y5WrsETxZd5vtnFWdnsTPMdq7fSC0DDi7VPSF1J3MlZE9YC5Rgmi5EK7SiMQOvPvawBx8MEf0femd5FP9cg1Sr0_Zj3dd1-AmT_IKyAtsw8b4/s1353/Screenshot_20240202-120950.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1353" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrwytbqeO9k0RJtPjSXVYozH1f5Ti6ea3YGen24xn0LqZ3ZLKsYgGNB7mdGunERuabX5HyPmQZk85fv6y5WrsETxZd5vtnFWdnsTPMdq7fSC0DDi7VPSF1J3MlZE9YC5Rgmi5EK7SiMQOvPvawBx8MEf0femd5FP9cg1Sr0_Zj3dd1-AmT_IKyAtsw8b4/s320/Screenshot_20240202-120950.jpg" width="255" /></a></span></b></div><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O mês de janeiro de 2024 ficará na história como o mês da
morte. Acidentes, assassinatos, execuções, tiroteios e as chamadas mortes
naturais. Entre elas destaco a morte do Padre João Maranduba. Natural de Poço
Verde, foi pároco em Heliópolis por muitos anos, até a falta de saúde deixar.
Das suas obras podemos destacar a reforma da Igreja Matriz do Sagrado Coração
de Jesus. Faleceu no último dia de janeiro. Missa de corpo presente foi
celebrada antes do seu sepultamento no dia de ontem. Cumpriu sua tarefa
sacerdotal.</span></b></div></span></b><o:p></o:p><p></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-67832438673272026702024-02-01T15:08:00.001-03:002024-02-01T15:08:36.325-03:00Serra do Ramalho - Cidades do Velho Chico 13<p style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="758" src="https://www.youtube.com/embed/LPlEHNXwDEI" width="911" youtube-src-id="LPlEHNXwDEI"></iframe></b></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Trafegando pela BA 161, vindo do município de Carinhanha, assim que chegamos nas terras do município de Serra do Ramalho, os povoados e lugarejos mudam de nomes, passando todos a se chamarem de agrovilas, cada um com sua numeração. Mas por que isso? Bem, antes de mais nada, nosso trabalho merece que você se inscreva no canal. Ou que tal um like simpático? Vamos lá! Não custa nada e o canal cresce com isso. Obrigado. Sim, mas vamos para o assunto deste Cidades do Velho Chico, hoje contaremos a história de Serra do Ramalho.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">É preciso entender que, antes da década de 50 do século passado, não havia quase que povoações na região. O que se tinha era uma mata complexa e virgem, com caatinga, cerrado e vegetação Hidrófila. Possuía uma grande mancha formada de espécies nobres, como cedro, aroeira, baraúna e outras madeiras nobres. A terra era fértil para lavoura e com pastos para o gado. Além do São Francisco, tem o rio Carinhanha, o Formoso e o Corrente, além de correr na encosta da Serra riachos e córregos intermitentes. Não havia, pois, registro de uma nação indígena que pudesse se firmar como naturais do lugar. Os primeiros desbravadores da região foram os bandeirantes. Existem, entretanto, vestígios da presença indígena, embora não haja registros sobre os grupos indígenas que habitavam o local. Acredita-se que seriam do tronco linguístico macro-jê. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Foi o Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária que criou e implementou o Projeto de Colonização de Serra do Ramalho, em forma de agrovilas. Antes porém de tudo isso começar, por volta da década de 1950, imigraram para a região os índios Pankarus, guiados pelo Cacique Apolônio Kinane. A notícia do interesse do governo federal pela região estimulou a ação de grileiros. A posse da terra onde habitavam os indígenas foi reivindicada por um fazendeiro. Apolônio chegou a ser preso ao lado de membros de sua família. A coisa chegou a um norte, cabendo aos indígenas a homologação de cerca de mil hectares em 1991, onde hoje se localiza a Aldeia Vargem Alegre e um lote de três hectares na Agrovila 19, com 50 casas, distante da sede municipal 22 Km e do Rio São Francisco aproximadamente 30 Km, no sentido oeste. O Cacique Apolônio morreu em 2002, depois de percorrer vastas paragens desde sua origem em Pernambuco e receber as terras após descobertas de minérios. Viveu pela região em paz até os anos 70. Um decreto presidencial, publicado em 1973, declarava a região do Médio São Francisco prioritária para desapropriação, para reassentar os desabrigados do lago de Sobradinho. Inúmeras famílias das agrovilas são originárias da região de Casa Nova. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A partir de março de 1976, o povoamento da região foi intensificado pelo afastamento das populações desalojadas. Vieram famílias de Pau-a-Pique, Bem-Bom, Intas e Barra da Cruz, todos povoados engolidos pelas águas em Casa Nova. Estas famílias foram assentadas em um casebre e um lote de 20 hectares em um sistema de agrovilas. Segundo o projeto original, as agrovilas concentrariam as casas dos colonos, cerca de 250 por agrovila. Das 20 agrovilas, duas ficam em Carinhanha – a 15 e a 16. A agrovila que mais cresceu foi a 9 que, em 1989, ficou como sede do município de Serra do Ramalho, por força da Lei Estadual de número 5.018 de 13 de junho de 1989, desmembrando a região do município de Bom Jesus da Lapa. As agrovilas mais bem estruturadas ficam ao longo da BA 161. A agrovila com menores recursos é exatamente a 19, onde vivem os Pankarus.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O crescimento de Serra do Ramalho é positivo e constante, apesar dos índices de desenvolvimento humanos serem baixos. O município faz limites com Bom Jesus da Lapa, Carinhanha, Santana, Malhada e São Félix do Coribe. Fica distante de Salvador por 845 kms. Sua área total é de 2.677,366 km², que abriga uma população de 34.222 habitantes, censo de 2022, numa densidade demográfica de 12,8 habitantes por km². A riqueza de suas terras são justificáveis por habitar o vale entre a Serra do Ramalho e o rio São Francisco. A sede municipal é muito organizada e com boa estrutura. As praças são amplas, o comércio é pujante e tem uma praça de eventos completamente murada. Seu povo é essencialmente formado por trabalhadores agrícolas. </span></b></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-780006991524179412024-01-27T12:01:00.002-03:002024-01-27T12:01:46.459-03:00Simão Dias - Um Lugar no Sertão 12 <p style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="766" src="https://www.youtube.com/embed/xqCcluJfG_I" width="922" youtube-src-id="xqCcluJfG_I"></iframe></b></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Como muitas cidades deste país, os primeiros habitantes de Simão Dias foram os índios. Por estas bandas viviam os Tapuias, grande nação indígena, quase que totalmente dizimada no litoral por ordens do governador geral na Bahia, o Luiz Brito, na época da conquista de Sergipe. Os poucos sobreviventes vieram para estas terras e se embrenharam nas matas e criaram uma fortaleza com cerca de pau-a-pique. Deram o nome de Caiçara. No início do século XVII, forma-se uma aldeia e passa a região a se desenvolver, quando então ocorre a invasão holandesa. Em Itabaiana, o fazendeiro Braz Rabelo manda seu vaqueiro Simão Dias fugir com o gado para as margens do rio Caiçá. Lá fixou morada e abriu uma venda. O local passou a ser ponto de parada obrigatória de todos que se aventuravam nos sertões da Bahia e Sergipe.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O local era território do município de Lagarto e divisa entre os dois estados. Em data incerta, o usineiro lagartense Manoel de Carvalho Carregosa comprou terras nas proximidades do rio Caiçá, montou um engenho e passou a criar gado. No livro Simão Dias Tempos e Narrativas, de Jorge Luiz Souza Bastos, há indicativo de que as terras eram as mesmas de Simão Dias Francês. Inclusive, neste mesmo livro, é possível encontrar uma narrativa de como Simão Dias se livrou de uma acusação feita pelo ex-patrão, Braz Rabelo, de ter seu vaqueiro desviado gado e enriquecer. Consta que Simão Dias fez sua própria defesa e inclusive apresentou todos os recibos e anotações das transações feitas com o gado, e até os documentos da parte que tinha direito. Além de ser inocentando, ainda pagou o processo e não guardou rancor do antigo patrão. Viveu até a morte em data incerta e não deixou descendentes. Manoel Carregosa comprou as terras nos fins do século XVIII, mais de cem anos após a morte de Simão Dias.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O sucesso do engenho de Manuel Carregosa fez nascer uma feira semanal que atraía muita gente. Ana Francisca de Menezes, esposa de Carregosa, devota de Nossa Senhora Santana, decide com o marido construir uma capela em homenagem a santa, doando um pedaço de terra e financiando todo o processo até a conclusão. Em 1826, a localidade era tida como uma filial da matriz de Nossa Senhora da Piedade do Lagarto, mas seu desenvolvimento já merecia ser uma freguesia. Foi aí que apareceu a figura de Domingos José de Carvalho, neto de Ana e Manoel, que começou a luta para tornar o local uma freguesia. Oito anos depois, em 1834, oficializa-se a Freguesia de Nossa Senhora Santana, com seu primeiro vigário, o padre José Francisco de Menezes.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Uma lei provincial de 6 de fevereiro de 1835 cria o Distrito de Nossa Senhora Santana de Simão Dias. Daí em diante o crescimento foi inevitável. Outra lei provincial nº 264, de 15 de março de 1850, eleva a localidade à categoria de vila com a denominação de Santana de Simão Dias, desmembrando a região do município de Lagarto. Quarenta anos depois, o decreto nº 51, de 12 de junho de 1890, o local passa a ser cidade, com o nome reduzido para Simão Dias, constituindo-se o município de um único distrito. Curioso foi o que aconteceu 22 anos depois. Uma Lei Estadual nº 621, de 25 de outubro de 1912, passa a denominar o município como Anápolis, numa clara homenagem a dona Ana Francisca de Menezes. O nome Simão Dias só voltou a ser oficializado, embora o povo nunca deixou de chamá-lo assim, pelo decreto estadual nº 377, de 31 de dezembro de 1943, reforçado por outro decreto de nº 533, de 7 de dezembro de 1944.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Simão Dias está localizado na região centro-sul, extremo oeste do Estado de Sergipe, distante 104 km de Aracaju, capital do Estado. Limita-se ao Norte com os municípios de Pinhão e Pedra Mole; ao Sul com os municípios de Riachão do Dantas e Tobias Barreto; a Leste com o município de Lagarto, e a Oeste com Paripiranga, no Estado da Bahia. Sua área é de 564,360 km², abrigando uma população de 42 578 habitantes, censo de 2022, numa densidade demográfica de pouco mais de 75 habitantes por km². Seu clima e o tropical seco e subúmido e sua altitude é de 250 metros.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O município tem marcas que o colocam em destaque na história de Sergipe e do Brasil, além do seu comércio desenvolvido e de sua agricultura destacada. Na estrada que segue para Paripiranga ainda existe a Fazenda Mercador, o antigo engenho, palco de inúmeras histórias e também sede da maior fazenda de escravos desta região. Há ditos, que ainda precisam ser confirmados, indicando que vários escravos fugitivos criaram algumas comunidades na nossa região, dentre elas o povoado Tijuco, no município de Heliópolis, na Bahia. Aproveitando o gancho, O Tijuco não é o único elo de ligação com Simão Dias. Da Massaranduba saiu Abel Jacó para ser prefeito de Simão Dias e depois deputado estadual em Sergipe. Também vale lembrar que de Simão Dias saíram quatro ex-governadores de Sergipe: Sebastião Celso de Carvalho, Antônio Carlos Valadares, Marcelo Déda e Belivaldo Chagas Silva. Também nasceram em Simão Dias Rogério Santana Alves, ex-goleiro da Seleção Brasileira de Futsal, e Paulinha Abelha, cantora da banda Calcinha Preta. </span></b></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-16279254899509981022024-01-25T10:56:00.000-03:002024-01-25T10:56:21.197-03:00Poucas & Boas 106<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoHIOYhVEENoejeKko2v5ChL5rkHqne3FizhXJrfZk6jFAsJ419qXVd3wLdh3Q7wkVur9usQMrgopXyM1Bk-XAxEb31cnvwRFMu1i-6me1UuwPhyL1h3wnE9qCoOCxILWAMCfsomfknjIb5ushtc24nQdYR2hxnptLae81EQ69lGnxJo6bUlvlrHqSqh8/s1280/Poucas..jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="609" data-original-width="1280" height="443" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoHIOYhVEENoejeKko2v5ChL5rkHqne3FizhXJrfZk6jFAsJ419qXVd3wLdh3Q7wkVur9usQMrgopXyM1Bk-XAxEb31cnvwRFMu1i-6me1UuwPhyL1h3wnE9qCoOCxILWAMCfsomfknjIb5ushtc24nQdYR2hxnptLae81EQ69lGnxJo6bUlvlrHqSqh8/w934-h443/Poucas..jpg" width="934" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Prefeito Mendonça corre. Thiago Andrade espera união. Ildinho será vice? Ana Dalva segue para a reeleição.</td></tr></tbody></table><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Negociata I</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>São inacreditáveis as conversas que ocorrem sobre as
negociatas para as eleições 2024 em Heliópolis. A impressão é que se trata de
uma cidade muito rica e populosa, mas só há 12.309 habitantes, com um orçamento
que gira em torno dos 70 milhões anuais. Ainda bem que a maioria é só bravata
ou fofoca de adversário. Entretanto, uma não é lorota. O Contraprosa apurou que
um cabo eleitoral, procurando espaço político de destaque, bradou aos quatro
cantos que tinha 3 milhões de reais para torrar na eleição. A vereadora Ana
Dalva ficou indignada e parte do que disse chegou a deslizar para as redes
sociais. Ela chegou a pensar que se tratava da eleição de Aracaju, mas alguém a
advertiu que, caso fosse na capital sergipana, as cifras chegariam a 30
milhões.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Negociata II</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Há relatos também que indicam ter um ex-prefeito recebido a
proposta de 1 milhão de reais para aderir a um grupo político e ser candidato a
vice-prefeito. Dizem que ele já havia recusado 700 mil antes. Desta vez seria
500 mil na hora e 500 mil depois. A condição era ir toda a família. Um dos
filhos chegou até a fazer uma pergunta: Quanto vale a nossa honra, Papai? Vendo
que honra não tem preço, o não foi enviado como resposta.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Thiago ou Cícero Dantas</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Um parente bem próximo do prefeito Mendonça está esperando
que Thiago consiga manter unido o grupo para anunciar o apoio. Caso o candidato
da oposição não consiga a união, ele vai transferir o título para Cícero Dantas.
O parente foi desprezado pelo prefeito. Dizem que Mendonça está apenas dando o
troco, já que quase perdeu sua casa para ajudar o tal parente. Caso a adesão se
concretize, vai ser dureza subir no palanque com tais adesistas. A vereadora
Ana Dalva que o diga. Para amenizar a perda, já há pardais espalhando por aí
que a coisa só se concretizará se o parente receber uma graninha.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Ana Dalva vice?</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Já não é segredo que o prefeito Mendonça fez investidas em sequência
para conquistar o apoio da vereadora Ana Dalva, convidando-a para ser sua vice.
A empreitada envolveu até visita do Senhor do Sapé à casa da vereadora. Desta
feita não houve proposta de grana, mas a pergunta era intrigante: o que falta
para a senhora ser vice de Mendonça? A resposta de Ana Dalva foi também uma
pergunta: qual a justificativa administrativa de um grande feito do governo eu
poderia utilizar como argumento para mudar de lado?<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Ivan de Ildinho</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Se as previsões se confirmarem com a chapa Thiago/Ildinho ou
Thiago/Beto de Ildinho, um dos nomes ventilados para disputar uma cadeira de
vereador é do empreendedor Ivan de Ildinho. Os analistas de plantão afirmam que
vai disputar voto dentro do grupo com Ana Dalva e, fora dele, com Doriedson.
Outro nome já cogitado também é o de Marcelo Cigano, que já se movimenta para garantir
seu espaço. Além destes, nome novo na disputa é de uma das filhas do vereador Valdelício,
que deve se aposentar da carreira, mas não da política.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Novas regras</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Há um dado novo para a eleição 2024 que serve como uma ducha
de água fria na revelação de novos nomes na política. O número de candidatos a vereador
deve cair consideravelmente. Uma chapa completa do legislativo municipal deve
ter o número de cadeiras da casa + 1. Ou seja, cada coligação, partido ou
federação deve lançar apenas 10 candidatos. Do lado do prefeito já são 6
candidatos. Só há espaço para mais 1, já que as outras 3 vagas são para mulheres.
Pela oposição a cena está melhor. Dos três atuais, apenas Ana Dalva deve sair
para a reeleição. Sobra espaço para mais duas mulheres e seis homens.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-large;">Mendonça correria</span><b style="font-size: x-large;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><b>Em meio a tanta notícia negativa, o prefeito José Mendonça
tenta injetar otimismo para pavimentar sua reeleição. Vendo que seu governo tem
apenas o argumento do Plantão Médico 24 horas, está correndo contra o tempo
para implantar o ensino fundamental integral na nova escola do povoado
Cajazeiras. A ideia é transformar o local em polo para 6º ao 9º ano, com aulas
das 8 às 16 horas. O problema maior é concluir a obra e acelerar as medidas
burocráticas. Acontece que o mês de janeiro está terminando e as aulas serão
iniciadas em 19 de fevereiro. Corre, prefeito!</b></span><o:p></o:p></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-14414604909551527742024-01-21T11:22:00.000-03:002024-01-21T11:22:41.072-03:00Um Lugar no Sertão: Aribicé, Carnaíba, Pedra Furada, Junco, Lagoa dos Guedes, Serra Vermelha do Junco<p style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="779" src="https://www.youtube.com/embed/BZ1_ZliP_44" width="937" youtube-src-id="BZ1_ZliP_44"></iframe></b></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Ao sairmos do distrito de Algodões, município de Quijingue,
seguimos a BA 381 até a BR 116 por 12 kms. Daí seguimos no sentido norte para
Euclides da Cunha. Três kms após chegamos ao povoado de Pinhões. A comunidade
vive da agricultura familiar e depende muito da BR 116. Tem escolas, posto
médico e um comércio estruturado. O povoado fica distante cerca de 14 kms de
Euclides da Cunha.</span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Como a sede já foi aqui retratada em Um Lugar no Sertão,
seguimos por uma estrada vicinal para o distrito de Carnaíba, afastado apenas 9
kms da BR 116. Carnaíba cresceu numa região servida pelo rio Vermelho e seus
riachos afluentes. A terra fértil atraiu moradores e a agricultura familiar é a
base de tudo, mesclada com o criatório de gado. É comum, inclusive o isolamento
de parte da comunidade quando as chuvas são abundantes. O poder público tem
feito intervenções para evitar maiores danos. A localidade tem estrutura
razoável, mas a história do seu surgimento não foi ainda registrada.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">De Carnaíba seguimos por estrada vicinal para chegarmos à BA
220, mas não a que passe em Caimbé e Massacará. É uma outra BA 220 que liga
Euclides da Cunha a Aribicé e que um dia chegou a ter asfalto. Passaríamos no
povoado Lagoa dos Guedes, comunidade com boa estrutura, e seguiríamos para as
Sete Curvas, subida íngreme e tortuosa, onde no final tem um mirante. De lá é
possível ver a Lagoa dos Guedes e várias outras localidades, numa paisagem de
tirar o fôlego.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Seguindo ainda a BA 220, alternando entre asfalto e estrada
piçarrada, nosso destino agora seria o distrito de Aribicé. Vale lembrar que
Euclides da Cunha tem sete distritos: o da sede, Aribicé, Caimbé, Ruilândia,
Carnaíba, Muriti e Massacará. Ainda não temos um livro específico sobre a
História do Aribicé, mas neste mês de janeiro foi lançado um que detalha a
história de Dona Jovina, mãe de 12 filhos no povoado. Uma filha dela, Iris
Miranda, doutora em Letras e morando hoje em Boston – EUA, lançou Ser-Tão
Jovina – Histórias de Amor e Fé no Aribicé. Certamente há o registro de muitos
fatos acontecidos no distrito e merecerá uma postagem quando tivermos um
exemplar. Aribicé tem tudo que uma povoação precisa, além da promessa do
asfaltamento da via que liga o distrito a Euclides da Cunha.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">De Aribicé, seguimos por uma estrada vicinal, de barro
batido, que um dia poderá ser a BA 220. Sete kms depois chegamos ao povoado
Junco, com algumas ruas calçadas, uma igreja bem zelada e um povo acolhedor.
Ainda estávamos no município de Euclides da Cunha e continuamos seguindo o que
seria a BA 220. Por três kms passamos por uma região bem habitada até chegarmos
no povoado Serra Vermelha do Junco, que fica a menos de 500 metros do limite
entre Euclides da Cunha e Banzaê.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">No município de Banzaê, a estrada parece receber melhores
cuidados, mas a poeira era inevitável. Nosso destino final era chegar à Pedra
Furada, localizada dali a mais 10 kms. A região é de uma beleza incomensurável
e precisa ser explorada turisticamente, já que não há um direcionamento para
esse fim. Depois de desfrutarmos da Pedra Furada, seguimos para Banzaê, que
fica a aproximadamente 3 kms. E assim, encerramos essa sequência na série Um
Lugar no Sertão, que vai continuar. Claro que, depois de tanto esforço, bem que
cabe uma inscrição sua neste canal. Já está inscrito? Então não esquece aquele
like bem sertanejo, dado com gosto, e que nos incentiva a seguir em frente. Um
abraço e até uma outra oportunidade.</span></b><o:p></o:p></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-12537337420909690682024-01-17T11:29:00.003-03:002024-01-17T11:29:55.147-03:00Quijingue - Um Lugar no Sertão 10<p style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="781" src="https://www.youtube.com/embed/8ppzXaMRoqg" width="939" youtube-src-id="8ppzXaMRoqg"></iframe></b></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Deixamos o acolhedor povoado de Deixaí e seguimos pela estrada de barra batido BA 381. De Cansanção a Quijingue são 42 km de poeira. Ao longo do percurso, depois do Deixaí, há dois locais que merecem uma parada: a barragem do rio Cariacá, limite entre os dois municípios, e o simpático povoado de Boa Vista de São José. Há várias outras povoações ao longo da estrada e isto é um indicativo de que o tempo do asfalto ficou bem lá no passado. Chegando em Quijingue, o visitante fica surpreso com sua organização e cuidado. E neste episódio de Um Lugar no Sertão, vamos detalhar como o município chegou até aqui pela dedicação ao trabalho do seu povo.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A história do surgimento do município de Quijingue começa com o fazendeiro Gregório José de Almeida. Ele tinha uma fazenda chamada Onça e nela eram comemorado todos os anos os festejos juninos. O São João da fazenda Onça virou São João da Onça por ter obtido grande sucesso. Tempos depois, o São João da Onça passou a ser realizado na Fazenda Lagoa Grande. O número de participantes aumentou de forma considerável, a ponto de começar a construção de casas para abrigar famílias de forma definitiva. Com auxílio do conselheiro Francisco e de Gregório de Almeida nasce uma capela e a povoação toma corpo. Em 1893 passa pelo local, vindo de Cícero Dantas, o beato Antônio Conselheiro. Com ele vieram várias pessoas. A partir daí, Lagoa Grande passou a contar com um fluxo maior de pessoas e vários casebres são construídos. Foi após a passagem de Conselheiro que Sérgio Ferreira de Brito, Gregório José de Almeida, Joaquim Pereira de Oliveira, Salu José Peba e José Bezerra de Oliveira resolveram mudar o nome do arraial para Triunfo, já sendo território do município de Tucano. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Oficialmente, o povoado de Triunfo foi elevado à categoria de distrito, subordinado ao município de Tucano, por meio da Lei municipal nº 11, de 30 de abril de 1917, aprovada pela Lei estadual nº 1199, de 03 de julho de 1917. Tempos depois, por meio do Decreto-lei estadual nº 141, de 31 de dezembro de 1943, ratificado pelo Decreto-lei estadual nº 12.978, de 1° de junho de 1944, o distrito de Triunfo teve seu nome alterado para Quijingue. Com o desejo de emancipação cada vez crescente, já que se avolumavam ruas e praças na localidade para abrigar cada vez mais população crescente, por meio da Lei estadual nº 1640, de 15 de março de 1962, o distrito de Quijingue foi elevado à categoria de município, desmembrando-se de Tucano, sendo instalado em 7 de abril de 1963. Hoje, Quijingue possui 2 distritos. Além da sede, por meio da Lei estadual nº 4040, de 14 de maio de 1982, o povoado de Algodões, pertencente a Quijingue, foi elevado à categoria de distrito, dentro do mesmo município.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O município de Quijingue tem limites com Euclides de Cunha, Tucano, Cansanção, Araci, Monte Santo e Banzaê. Está distante de Salvador por 322 kms. Sua área é de 1.380,798 km², abrigando uma população total de 25.272 habitantes, no censo de 2022, com uma densidade demográfica de 18,3 pessoas por km. Está a uma altitude de 347 metros e é servida pela BA 381 e pela BR 116.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-large;">Algodões </span></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O distrito de Algodões fica a 21 kms depois de Quijingue, seguindo a mesma BA 381, em direção à BR 116, desta vez com asfalto em perfeitas condições. As ruas centrais do distrito foram também asfaltadas, dando um ar de cidade. Aliás, Algodões tem condições sim de virar município. A área do seu distrito tem uma população de cerca de 10 mil habitantes, maior que muitos municípios da Bahia. O distrito foi criado em pela lei estadual nº 4040, de 14 de maio de 1982, e anexado ao município de Quijingue. A oficialização e implantação ocorreram em 1988. Algodões existe desde 1802 com a chegada dos tropeiros que sempre passavam por essa região, quando um deles resolveu ficar e trazer toda sua família. O tropeiro era Sebastião José de Abreu, que trazia consigo uma imagem do santo que tinha o seu nome: São Sebastião. O nome veio de uma plantação de algodão no local. A festa do Padroeiro São Sebastião ocorre desde o dia 11 de janeiro e vai até o dia 20, quando sempre há inúmeras trações musicais de nível nacional. </span></b></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-22810898536248888652024-01-12T15:24:00.001-03:002024-01-12T15:24:42.178-03:00Pilão Arcado - Cidades do Velho Chico 12<p style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="760" src="https://www.youtube.com/embed/ZmHzYesweKc" width="914" youtube-src-id="ZmHzYesweKc"></iframe></b></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Nesta nova fase da série Cidades do Velho Chico, a primeira providência que tomamos foi começar a continuidade das reportagens Pilão Arcado. Qualquer que fosse nossa nova empreitada, deveria esta cidade ser o ponto de partida. Isso tudo porque ficou um ar de missão não terminada quando retratamos Remanso, Casa Novo, Sento Sé e Sobradinho, todos nas margens do maior lago do Velho Chico. Nossa viagem começou em Heliópolis no primeiro dia de 2024. O destino final daquele dia seria Pilão Arcado. Já em Remanso, seguimos a 235 e, logo depois, marchamos pela BA 161. As rodovias estavam em perfeitas condições. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Mas minha chegada a Pilão Arcado foi marcada por uma tragédia. Antes mesmo de providenciar uma pousada, fui ao povoado Porto de Passagem, uma vila de pescadores no lago de Sobradinho. No retorno, fui verificar as condições da BA 335 – que liga Pilão Arcado ao povoado de Lagoa do Padre, além de me informar sobre a possibilidade de ir até Vila do Saldanha. As informações colhidas eram animadoras para seguir caminho pela 335. Até mesmo os motoristas de camionete e os motoristas de carros-pipas me aconselharam a abandonar a ideia de ir ao Saldanha. Tinha chovido muito na região e as estradas não estavam convidativas. Decidido o caminho para a Lagoa dos Padres, voltei à cidade. Quando cheguei no cruzamento da 335 com a 161, já na zona urbana, vi uma cena bizarra e trágica. Um homem tentava provavelmente ultrapassar um caminhão-pipa pelo acostamento quando perdeu o equilíbrio em sua motocicleta, bateu na carroceria e foi cair debaixo da carroceria. O motorista não percebeu nada e até estava bem devagar porque tinha passado num quebra-molas e ainda acenava para alguém que estava numa casa ao lado da rodovia, ao mesmo tempo em que as rodas do caminhão esmagavam a cabeça da criatura.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A notícia saiu na G1 Bahia e só aí é que soube do nome da vítima. Tratava-se de Jackson Gomes do Rego e morreu na hora, embora estivesse de capacete. O motorista do caminhão parou o veículo ainda sem saber direito o que havia acontecido. Foi aí que se deu conta da tragédia. Tentou socorrer, mas viu que nada mais poderia ser feito. Só teve tempo de dizer: “Vocês viram que eu não tive culpa!”. Entrou no caminhão e seguiu para Passagem. Não demorou muito para chegar gente ao local, mas eu só saí de lá quando a Polícia Militar chegou. E a cena não me saiu mais da cabeça. Um homem comum perdeu a vida numa cena bizarra de desequilíbrio, eivada de puro azar. Talvez seja até argumento para o ditado popular que afirma ter todos nós um destino traçado até chegar a nossa hora e a nossa vez. Que Jackson esteja num bom lugar. Espero.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Mas esta não é uma reportagem de tragédias. Estamos aqui para contar a história de Pilão Arcado. Para isso, fui conversar com moradores, depois de garantir um lugar na Pousada Avenida, na sequência da BA 161, na via que segue para Porto de Passagem. A impressão que Pilão Arcado nos deu foi de uma cidade bem cuidada, com tudo que um município precisa. Mas o nome da cidade fica martelando na nossa cabeça e é bem simples sua origem. Evidentemente tudo começa com os índios das tribos mocoazes e acoroazes. Os primeiros brancos chegaram pelo São Francisco e logo descobriram uma aldeia que ficava situada na atual Fazenda Gado Bravo. A primeira estrada foi construída em direção ao porto principal de pescaria. No local esqueceram um gigante pilão, utilizado para pilar o sal de uso no pescado. O “arcado” pode estar relacionado ao formato do pilão ou ao formato da curva que fazia o rio no local. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Certo é que o nome de Pilão Arcado vem de centenas de anos, sempre antecedido da palavra pescaria. O governador geral do Brasil, com sede em Salvador, na época era vice-rei, D. João de Lencastre, deu o status de Arraial Pescaria de Pilão Arcado, no início do século 18, já que governou o Brasil entre 1694 a 1702. Tal ato permitiu a citação em mapas e o local passou a ser destino ou passagem das rotas do São Francisco. Chegaram pessoa de vários lugares, principalmente atraídas pela possibilidade de encontrar pedras preciosas, combater índios rebeldes ou para criatório de gado. Três nomes aparecem constantemente nos relatórios de pesquisas: França, Bernardo e Antônio, todos membros da família Guerreiro e católicos seguidores de Santo Antônio. Daí logo se segue a construção da Capela de Santo Antônio, o que fez surgir o segundo nome após virar freguesia de Santo Antônio de Pilão Arcado, instituído por Carta Régia datada de 18 de janeiro de 1771. Dez anos depois, a capela construída foi tragada pelas águas do Velho Chico, numa enchente avassaladora. Ergueram uma nova capela, desta feita dedicada à Nossa Senhora do Livramento.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Fato que merece importância é uma guerra particular entre famílias. De 1800 a 1808, a família guerreiro sustentou renhida e sangrenta luta com a família do Comendador Militão Plácido de França, que resultou a expulsão dos guerreiros. Mesmo com tanto derramamento de sangue, a região era importante e estratégica para as autoridades. Logo após o fim dos embates entre as famílias, em 1810, o arraial foi elevado à categoria de Vila, criando então o município de Pilão Arcado, passando então a Comarca do Sertão de Pernambuco, com Alvará Régio datado de 15 de janeiro daquele ano. Vale lembrar que toda a região oeste da Bahia, além do São Francisco, pertencia à província de Pernambuco. Essa situação durou até a Confederação do Equador, em 1824, quando Pedro I resolveu transferir a Comarca do São Francisco para a Bahia. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Quarenta e sete anos depois, a Resolução Provincial nº. 650, de 14 de abril de 1857, transferiu a sede da Vila para o Município de Nossa Senhora do Remanso de Pilão Arcado, e extinguiu o Município de Pilão Arcado. Em 1872, a Resolução Provincial nº. 1797, de 21 de abril, transferiu para a Vila de Remanso a sede da Freguesia de Santo Antônio de Pilão Arcado, sendo Vigário o Padre Bernardino Nunes de Almeida, ficando a Igreja rebaixada à categoria de Capela e Pilão Arcado virou simples distrito de Remanso. Foram precisos mais 17 anos para Pilão Arcado ganhar autonomia mais uma vez. Por força da Lei nº. 2.696, de 22 de julho de 1889, foi restaurada a freguesia com o antigo nome de Santo Antônio de Pilão Arcado. No ano seguinte, o arraial foi novamente elevado à categoria de Vila pelo Ato Estadual de 31 de outubro de 1890, que restaurou o município com o território desmembrado de Remanso. Sua reinstalação ocorreu em 30 de dezembro de 1890, em plena era republicana. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O povo hoje de Pilão Arcado, movido pelo paz, já passou por muitos atos de violência. Em 1918, por exemplo, o Coronel Franklin Lins de Albuquerque entrou em desavença contra Antônio Joaquim Correia. Dizem que o coronel venceu, mas a cidade ficou com fama de violenta. Eram brigas políticas entre os grandes coronéis da época. Um ano depois, segundo artigo de André Luís Machado Galvão – da UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana, nasce em Pilão Arcado Wilson Mascarenhas Lins de Albuquerque, jornalista, escritor e político. Filho mais novo do Coronel Franklin. Virou escritor com o livro Zaratustra Me Contou (1939). Seu livro de maior sucesso foi Os Cabras do Coronel (1964), certamente inspirado no mundo de Pilão Arcado. Wilson Lins foi deputado por várias legislaturas e secretário de Estado. Tornou-se membro da Academia de Letras da Bahia em 1967 e, como jornalista, esteve em várias redações, além de ser diretor de O Imparcial, jornal comprado pelo seu pai. Segundo artigo de Laís Mônica Reis Ferreira, estabelecendo uma relação entre o Integralismo e a imprensa baiana, em abril de 1941, a empresa Companhia Editora Mercantil da Bahia S/A efetuou a venda de O Imparcial ao Cel. Franklin Lins Albuquerque. Este entregou a direção e redação aos seus filhos, Franklin Lins de Albuquerque Junior e Wilson Lins. O domínio do coronel estava muito além de Pilão Arcado e Remanso. Exercia sua liderança por toda a vasta região do Médio São Francisco, devido à forte influência que exercia sobre outros chefes políticos de menor envergadura. Outro filho seu, Teódulo Lins de Albuquerque, que também nasceu em Pilão Arcado, em de 16 de junho de 1914, formou-se em medicina em Salvador no ano de 1939. Foi inspetor federal de educação e chegou a representar a Bahia como deputado federal na Assembleia Nacional Constituinte em 1946. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Como sabemos, o território de Pilão Arcado é vastíssimo. Em divisão territorial datada 2015, o município é constituído de 4 distritos: Pilão Arcado (sede), Baluarte, Brejo da Serra e Saldanha. Além disso, são incontáveis os povoados que possuem estrutura semelhante ou até superior aos distritos do interior. As distâncias dentro do território são imensas. São exatamente uma área total de 11.597,923 km², pouco mais da metade de toda área do estado de Sergipe. Para se ter uma ideia mais clara, de Pilão Arcado ao povoado de Nova Holanda são percorridos 150 kms, com apenas 60 kms asfaltados e uma BR 020 em estado lamentável no caminho. A população de Pilão Arcado chegou aos 35.357 habitantes, censo de 2022. Num vasto território deste, a densidade populacional é muito baixa. São apenas pouco mais de 3 pessoas por km². O município faz limites com Remanso, Buritirama, Campo Alegre de Lourdes, Sento Sé, Xique-Xique e Barra – na Bahia; Guaribas, Morro Cabeça no Tempo e Avelino Lopes – Piauí. A distância para Salvador é de 785 kms.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O município tem uma diversidade de culturas agrícolas por habitar vários rios, riachos e lagoas. Várias localidades têm nomes começados pela palavra brejo. A agricultura é desenvolvida na produção de feijão, milho, mandioca, arroz, algodão, mamona, gergelim, batatas e outros produtos. A pecuária sendo importante, inclusive Pilão Arcado exporta gado para Juazeiro e Petrolina. Também há muita fartura na pesca, se não compararmos com tempos de outrora. Há muita produção artesanal de aguardentes de cana-de-açúcar, rapadura, farinha de mandioca, manteiga e requeijão.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Pilão Arcado é uma cidade jovem e planejada. Foi construída até 1978, quando recebeu os moradores de Pilão Velho, localizada no lago de Sobradinho, distante 24 km. Hoje, a antiga cidade é uma ilha de pouco mais de 300 metros, com pouquíssimos moradores e diversas ruínas. Lá só se vai de barco, mas ainda atrai muitos turistas, principalmente quando o lago tem baixa no nível de água. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Passagem</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Logo que chegamos a Pilão Arcado, visitamos o povoado Porto da Passagem. Fica na sequência da BA 161, que é a BA 752 e está localizado a exatos 11 kms da sede do município. Passagem está situado num dos braços do São Francisco e é uma vila de pescadores muito frequentada nos finais de semana por moradores de Pilão Arcado e região. Dezenas de barcos coloridos se aglomeram entre a terra, a água e a vegetação, criando um cenário de grande beleza, especialmente em finais de tarde ensolarados. É possível negociar com barqueiros a travessia para o município de Sento Sé, que fica no lado oposto, ou para localidades de Pilão Arcado onde há dificuldades para se chegar de carro, ou até seguir para Xique-Xique. É possível até transportar carros. Os barqueiros garantem que não há nenhum problema, embora todos saibam que o Titanic também era seguro.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Lagoa do Padre</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">No dia 2 de janeiro seguimos com destino ao povoado Lagoa do Padre. No caminho paramos em duas localidades: Campo Grande, que apresenta boa estrutura e o povoado Casa Verde. Mas interessante foi descobrir a história do povoado Lagoa do Padre. Dizem que os primeiros moradores vieram de Pernambuco em 1875 e o primeiro nome dado foi Lagoa das Garças. Com a chegada de um grupo de padres para trabalhar na cana-de-açúcar, passaram a viver num casarão. Com eles vieram as duas primeiras famílias: Ramos e Ferraz. Com a chegada de uma imagem de Santo Antônio, começam as festas religiosas do santo. Mais tarde é incorporada a festa de Santa Luzia, em dezembro. Além disso, os padres organizavam novenas no mês de julho. Com a movimentação sempre crescente, chegam comerciantes do Piauí e se instalam no local. Logo surge uma feira no povoado, após a chegada da estrada. Hoje, a BA 335 está completamente asfaltada até o povoado. O nome Lagoa do Padre veio provavelmente após o assassinato de um padre ocorrido. Hoje, o povoado tem mais de 100 famílias morando na sede. O que ajudou o povo a permanecer no local foi uma pequena barragem construída na Vereda Pimenteira, uma espécie de rio temporário e largo, que permite formação de inúmeras lagoas. Para se ter uma ideia, saímos de Lagoa do Padre e a vereda segue a estrada até o povoado de Mandarino, encontro da 335 com a BR 020. Da Lagoa do Padre até Mandarino são 60 kms e a vereada segue além por mais uns 10 kms.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Nova Holanda</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Depois de sofremos horrores na BR 020, desde Mandarino, chegamos a Nova Holanda. Povoado que cresce rapidamente, apesar das condições das estradas. É mais fácil ir para o Piauí ou para Campo Alegre de Lourdes que chegar a Pilão Arcado ou Buritirama. Por volta de 13 horas chegamos ao povoado e, por sorte, encontramos a Pousada e Restaurante da Rejane. Comida boa e barata, com direito a uma verdade: “Se não fosse eu, vocês só comeriam em Buritirama.”, disse a empreendedora. Ela sabe que quando o asfalto chegar os negócios vão melhorar. Entretanto, não bota muita fé. “Já falam deste asfalto há 30 anos!”.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Sobre Nova Holanda, é possível dizer que é mais um povoado de Pilão Arcado que surge com a chegada de pessoas para explorar a atividade agrícola e o criatório de gado. Mas o crescimento veio mesmo após a abertura da BR 020. Sua localização e distância de Pilão Arcado também contribuem para o seu crescimento. Já é visto como o maior dos povoados de Pilão Arcado, embora faltem números para confirmar esta afirmação. O local ficou famoso por ser cenário da produção cinematográfica do filme Meteoro (2007), película elaborada por Brasil, Porto Rico e Venezuela. Recentemente, há uma onda emancipacionista que já conta até com bandeira do futuro município.</span></b></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-79628359996695627162024-01-10T15:17:00.004-03:002024-01-10T15:22:00.899-03:00Cansanção - Um Lugar no Sertão - episódio 9<p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="749" src="https://www.youtube.com/embed/bpZuKBR9350" width="901" youtube-src-id="bpZuKBR9350"></iframe></span></b></div><b><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Pouco mais de 40 kms separam as cidades de Itiúba e Cansanção. A via de ligação entre as duas cidades é a BA 381, em bom estado. Logo depois do distrito de Rômulo Campos, precisamente no açude Jacurici, começa o território de Cansanção. A cidade fica logo após percorrermos 25 kms. Além da BA 381, que liga o município a Itiúba e Quijingue, há ainda a BA 120, destino para as cidades de Queimadas e Monte Santo. A única via sem asfalto é a ligação com Quijingue.</span></b></div></b><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Neste episódio da série Um Lugar no Sertão mostraremos um pouco de Cansanção. Iniciaremos pela sua história. A localidade surgiu, como tantas outras, na segunda metade do século XIX. Por aqui chegou um fazendeiro chamado Luiz Buraqueira e fez destas terras sua morada. A área pertencia ao município de Monte Santo. Buraqueira logo transformou o local em uma fazenda produtiva. Plantou milho, feijão, cultivou a mandioca e criou gado. Com a fazenda organizada numa região fértil e cortada por riachos, batizou-a com o nome Cansanção porque havia esta planta em abundância, que causa irritação na pele. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Documentos indicam que no ano de 1896 já existiam oito famílias morando no lugar. Sabe-se disse porque o local foi pouso das tropas federais que, vindas de trem até Queimadas, destinavam-se a Monte Santo, onde foi instalado o Quartel General de combate aos seguidores de Antônio Conselheiro, em Canudos. A partir daí, a localidade se desenvolveu e, em 1919, contava com 25 famílias. Neste mesmo ano é construída uma capela dedicada à Senhora Santana, padroeira de Cansanção. Em 30 de julho de 1919, a Lei Estadual 1332 cria o distrito de Cansanção, subordinado ao município de Monte Santo.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Depois de 33 anos, em 28 de novembro de 1952, Cansanção é desmembrado de Monte Santo através da Lei Estadual nº 504. Entretanto, o município não demora muito tempo. Em acórdão do STF, de 27 de dezembro de 1954, a criação do município é anulada e seu território volta a fazer parte de Monte Santo. Quase quatro anos depois, em 12 de agosto de 1958, Lei Estadual nº 1018 faz renascer o município de Cansanção, definitivamente instalado em 07 de abril de 1959.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A sede do município está instalada numa altitude de 400 metros e fica distante de Salvador por cerca de 347 km. A área total do município é de 1.351,891 km², abrigando uma população de 39.475 habitantes, numa densidade de 29,2 pessoas por km². Cansanção tem limites com Monte Santo, Araci, Nordestina, Queimadas, Santaluz, Quijingue e Itiúba. De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Paulo Afonso e Imediata de Euclides da Cunha. Seu território de identificação é região do Território do Sisal, área econômica e cultural no semiárido baiano, composta por 20 municípios, com população total em torno dos 600 mil habitantes.Além do seu povo alegre e hospitaleiro, a paisagem é formada por montanhas e vales, cortados por rios e córregos, com solos que sustentam a vegetação nativa da Caatinga. Os rios e riachos que correm em seu solo são Gato, Monteiro, Gangorra, Negro, São Miguel, Pedrinhas, Baixa da Umidade, Carimatãs e Quixaba. Além disso, há dois rios principais que correm quase sempre o ano todo: o Cariacá e o Jacurici, além do Itapicuru, localizado no limite sul do município, principal rio da região. Cansanção fica no polígono das secas, tem um clima muito quente e seco, com uma temperatura média anual de 23,6 ºC e chuvas de cerca de 477 mm por ano, concentradas principalmente entre março e maio.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Na BA 381, em direção a Quijingue, há três povoações importantes no município de Cansanção: Laje da Gameleira (um pouco afastado da estrada), o povoado Angico (no mapa está escrito Sítio das Flores) e o simpático povoado de nome curioso - Deixaí, localizado numa região belíssima e com uma estrutura razoável, embora ainda necessite de inúmeras intervenções dos órgãos públicos para dar melhor qualidade de vida aos seus moradores.</span></b></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-17133106129476567212024-01-06T18:01:00.000-03:002024-01-06T18:01:25.193-03:00Vamos começar 2024?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="788" src="https://www.youtube.com/embed/47w6-d9pCtQ" width="949" youtube-src-id="47w6-d9pCtQ"></iframe></div><p></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-82307537597975840632023-12-31T14:26:00.000-03:002023-12-31T14:26:37.813-03:00Os problemas que ficaram para 2024<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="773" src="https://www.youtube.com/embed/4MmwrDGkBsI" width="930" youtube-src-id="4MmwrDGkBsI"></iframe></div><p></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-23907857429003828402023-12-29T08:01:00.001-03:002023-12-29T08:01:44.226-03:00Itiúba - Um Lugar no Sertão - 8º episódio<p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="743" src="https://www.youtube.com/embed/eQuiJ2sAXio" width="894" youtube-src-id="eQuiJ2sAXio"></iframe></span></b></div><b><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Neste episódio de Um Lugar no Sertão chegou a vez do município de Itiúba. Saímos de Filadelfia logo cedo e pegamos a BA 381. Passamos por duas localidades ainda em território de Filadélfia: Cabeça da Vaca e Morrinhos. Logo depois do limite entre os municípios, chega-se ao povoado Carrapato, que é o lugar mais estruturado entre as duas cidades. Depois de percorrer cerca de 35 kms, numa rodovia de boa estrutura, chega-se a Itiúba. De onde quer que se olhe, é a serra que desponta soberana, provocando suspiros nos visitantes. Certamente não foi sua beleza pura e simples que despertou interesse para que colonizassem esta região. Então vamos saber a história desde o começo.</span></b></div></b><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">O território do atual município de Itiúba era habitado pela tribo indígena dos Caricás, além de outras diversas etnias indígenas, com destaque para os povos genericamente denominados de tapuias e cariris, quando os primeiros colonizadores ali chegaram. Os primitivos habitantes, certamente os Caricás, deram ao local a denominação de Itiúba, nome da serra que abraça a cidade. O início da colonização se deu com a chegada dos portugueses da Casa da Torre, com a expansão dos domínios das sesmarias dos proprietários curraleiros, com destaque para a família Guedes de Brito. Há uma outra versão que diz sobre a chegada dos colonos provenientes de Inhambupe, Alagoinhas e Cachoeira. Não seria absurdo unir as duas teorias. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Os povos indígenas que viviam neste território foram expulsos da terra que tradicionalmente ocupavam, deslocando-se a outras regiões para sobreviver. Assim, os indígenas remanescentes acabaram sendo aldeados entre os séculos XVII e XVIII nas Missões religiosas do Sahy (Senhor do Bonfim da Tapera), de São Francisco Xavier (atual Jacobina Velha) e de Bom Jesus da Glória de Jacobina (Santo Antônio de Jacobina). Quanto ao nome da serra, que batizou o município, há várias versões. A mais plausível é se tratar da derivação da palavra itiuba, que na língua indígena quer dizer água da pedra, em referência às nascentes de água na serra, fundamental para a sobrevivência no lugar. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">No final do século XVII, o território fazia parte da Freguesia Velha de Santo Antônio de Jacobina. Quando a localidade foi transformada em julgado, em 1697, foi incorporada ao Arraial do Senhor do Bonfim da Tapera, fato que consta na Carta Régia assinada por D. Fernando José de Portugal, em 08 de julho de 1697 e dirigida ao ouvidor de Jacobina. Há registro do crescimento da povoação nas terras da fazenda Salgada, situada no sopé da serra de Itiúba, a partir de 1860. Pela Resolução Provincial nº 1.005, de 16 de março de 1868, foi elevada à categoria de freguesia subordinada à Vila Nova da Rainha, atual município de Senhor do Bonfim. No ano de 1880, o local já é chamado como Arraial de Itiúba. Em 1884, sua subordinação foi transferida para a Vila Bela de Santo Antônio das Queimadas. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Somente mais de 50 anos depois, pelo Decreto Estadual nº 9.322, de 18 de janeiro de 1935, foi criado o município de Itiúba, com território desmembrado de Queimadas, e o Arraial elevado à categoria de Cidade. Deve-se também registrar como fato importante a construção do Obelisco Bendegó, localizado na Estação Ferroviária do Jacurici. O monumento foi feito pela Marinha do Brasil em celebração aos feitos pela engenharia do transporte do Meteorito do Bendegó, que caiu no distrito de Bendengó, pertencente ao município de Canudos, no cruzamento da BR 235 com a BR 116. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Itiúba tem importância histórica, mas é impossível não chegar ao local e ser abraçado pela sua serra. O visitante se sente em casa. Seu povo, como todo nordestino baiano, é acolhedor. O município é formado por uma área de 1.650,593 km², abrigando uma população de 33.872 habitantes – Censo de 2022, com densidade demográfica de 20,5 pessoas por km². Faz divisas com os município de Cansanção, Queimadas, Monte Santo, Andorinha, Senhor do Bonfim, Filadélfia e Ponto Novo. Sua altitude é de 570 metros e a capital Salvador fica a 377 kms. Seguindo pela BA 381, em direção a Cansanção, antes da linha limítrofe, chega-se ao distrito de Rômulo Campos, centro urbano mais desenvolvido depois da sede. Logo depois tem a barragem do Jacurici, açude que limita os dois municípios.</span></b></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-62621131617916214652023-12-28T10:59:00.000-03:002023-12-28T10:59:28.352-03:00O batizado de Maysa e mais 12 crianças no povoado Tijuco<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="707" src="https://www.youtube.com/embed/CGTOf4k_MtQ" width="850" youtube-src-id="CGTOf4k_MtQ"></iframe></div><p></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-49702980001288369692023-12-23T19:22:00.000-03:002023-12-23T19:22:46.309-03:00Acorda, Criatura! - Crônica sobre a formatura do CEJDS<p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="766" src="https://www.youtube.com/embed/uo6uBO0V2sQ" width="922" youtube-src-id="uo6uBO0V2sQ"></iframe></span></b></div><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Vai, Criatura!</span></b><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Toma o teu destino nas mãos.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Pega este canudo vazio e o preenche com o que falta em tua vida. Afinal, é época de festejar o final de uma etapa e o início de uma nova caminhada.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Não se iluda. A luta está apenas no seu início. O que você conquistou foi o básico, o necessário. É como se um alicerce fosse terminado. Resta saber se as pedras e o cimento tenham sido suficientes para suportar a construção sobre ele. As pedras representam as horas de estudo e o cimento é o conhecimento. Quanto mais cimento, mais solidez. O vento e a chuva chegarão, cada um a seu tempo, para testar seu aprendizado. As possibilidades são sempre infinitas e você será testado o tempo todo. O cimento do seu alicerce poderá levá-lo ao setor de empacotamento das Casas Bahia, a um lugar na frente de montagem da Dakota Calçados, a uma das valas da construção do Metrô ou a uma sala de cirurgia cardíaca de um hospital israelita, comandando uma equipe de médicos no momento do transplante de um famoso qualquer. Vale dizer que ainda há tantas outras opções, todas dignas, digníssimas! A diferença está na remuneração. Mesmo dentro de determinada profissão há salários dignos ou não. Você pode ainda escolher o cartão do Bolsa Família ou o diploma de licenciatura. Qualquer um poderá ser um professor digno, mesmo que procure justificativas pedagógicas para aumentar o índice de aprovação com a finalidade de conseguir um percentual geapmético. E se alguém ousar questionar, use o seu cimento consolidado em suas bases para responder que não deseja ser o salvador da pátria da educação.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Seja qual for sua escolha, ela será sempre produto desta quantidade de cimento consolidado em suas bases. O seu diploma é o seu conhecimento. A sua foto de formatura chamará mais atenção que o certificado recebido. Para a nossa sociedade, acostumada com as aparências, a solenidade vale mais que a carga de conhecimento. O aluno que muito faltou às aulas, mesmo tendo maiores médias, sofrerá no tal Conselho mais que aquele que marcou presença em todos os eventos, mesmo não tendo lido um só livro ou estudado para uma só prova. O mundo parece tratar melhor os que aparecem mais, mesmo que não tenham conhecimento adequado e que afirmem a possibilidade de alguém vacinado virar jacaré ou culpar a Ucrânia pela invasão feita pela Rússia. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Alguém pode até dizer que o conteúdo não é tudo, mas a pólvora, o átomo, a vacina, o antibiótico e outras grandes descobertas só foram possíveis pelo acúmulo de conhecimento. Você pode nem mesmo saber os nomes dos seus descobridores ou aprimoradores, mas está vivendo melhor graças a eles. E sabemos que você não tem o retrato de nenhum deles em sua casa, mas ostenta a camisa do seu time campeão, do seu artista preferido ou daquele filmaço. Até mesmo a pedagogia brasileira coloca o conhecimento em segundo plano. Não é sem sentido a posição que ocupamos no cenário educacional do PISA. Bem que a gente poderia, pelo menos, imitar Singapura, 1º lugar em tudo. O país que imita tudo para fazer melhor, a China, vem logo a seguir. Até nossa escola particular se contenta em se comparar ao nosso sistema público. Daí não deu outra, eles também são ruins entre os particulares. </span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Ora, ora... E o que temos que fazer? Valorize-se! Se não dá para valorizar a educação, valorize o seu conhecimento e o aprimore. Todos por aqui falam em educação, mas é só uma bolha do discurso. Vejam, por exemplo, a solenidade de formatura. Pensei que metade da cidade estaria presente. Afinal, tínhamos números de sucesso. A escola é a melhor da nossa região. Atingimos a proficiência em Português e Matemática! Um feito inédito numa escola de nível médio por aqui. A última a conseguir isso foi o Waldir Pires nos anos 90, quando ainda tínhamos o 2º Grau do Curso Magistério. Além disso, o CEJDS recebeu investimentos significativos do governo do estado. Tínhamos tudo para um grande evento. Até mesmo o prefeito se prontificou a liberar grana do município para a banda Big Ben animar o evento e o seu nome despontar para a glória do apadrinhamento da turma. Não adiantou o diretor da escola gastar suas horas de dedicação a organizar tudo. Tirando alunos, pais e professores, poucos apareceram. Vão dizer que o dia foi inadequado, que deveria ter uma banda com cara de pisadinha ou sofrência... Até a chuva será culpada. Fato é que o problema somos nós.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Gastamos nossas energias para coisas inúteis ou passageiras. Vivemos cada segundo para aquilo que é imediatista, impactante e que flui de imediato. A embalagem tem que ser mais atraente que o conteúdo, mesmo que o seu destino seja o lixão. Conhecimento dói e é busca constante. É uma construção tijolo por tijolo. Uma vez a casa feita, há outro edifício a erguer do lado imediato. Para que então ler os clássicos se eu tenho ao meu dispor o Paulo Coelho ou o Olavo de Carvalho? Por que ler Platão se eu tenho ao meu dispor os pregadores do Evangelho e os influenciadores digitais? A vida exige pragmatismo a partir do descarte do conhecimento. Curioso é que só é possível o pragmatismo numa sociedade pautada no conhecimento.</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Queria aqui poder dizer mais, mas as águas que correm debaixo da ponte são tantas!</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">E finalizo dizendo: Acorda, Criatura!</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Sim você cruzou a primeira ponte, mas é só o começo! Daqui para frente tudo dependerá do tempo e da paciência dedicada aos estudos. Se o certificado foi artificial, não haverá mais pontes! Você estará no meio de um mar tenebroso e só restará dar braçadas para tentar chegar a algum porto. Tomara que não seja uma ilha abandonada. Se a sorte vier, quem sabe um encontro com Robson Crusoé?</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Acorda, Criatura! </span></b></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-223338083527324064.post-62110568623470542672023-12-21T14:39:00.000-03:002023-12-21T14:39:09.050-03:00Minha Casa Minha Vida em Heliópolis e a Reforma Tributária <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="774" src="https://www.youtube.com/embed/X8-AkwAUfP0" width="931" youtube-src-id="X8-AkwAUfP0"></iframe></div><p></p>Landisvalth Limahttp://www.blogger.com/profile/13064164348732889365noreply@blogger.com