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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Quatro homens regando a impunidade

Os ministros do STF que estão enterrando a Lava Jato (foto: ISTOÉ)
Reportagem da revista ISTOÉ desta semana, assinada pelos jornalistas Tábata Viapiana e Rudolfo Lago, escancara o que já estava óbvio: há no STF um quarteto de ministros a serviço de condenados por corrupção, contrário ao trabalho do Ministério Público e disposto a enterrar a Operação Lava Jato. Com o título “Operação libera a jato”, o bem escrito texto afirma que, nos corredores do Supremo Tribunal Federal, um sentimento une desde alguns ministros até os auxiliares mais modestos. Aumenta o número de pessoas que começam a acalentar o sonho da chegada do mês de setembro. Não exatamente porque a entrada da primavera ameniza o clima seco que já começa a sufocar Brasília. No STF, a esperança de mudança de clima é outra. Setembro marcará o momento em que a atual presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, passará o cargo para o ministro Antônio Dias Toffoli. E ocupará o lugar dele na 2ª Turma de julgamento, aquela que os advogados apelidaram de “Jardim do Éden” pela forma camarada, para dizer o mínimo, com que costuma tratar os réus.
A reportagem também afirma que nas últimas semanas, a 2ª Turma tornou-se o foco principal de uma franca guerra interna no Supremo, que vem comprometendo a credibilidade da Corte. Na terça-feira 26, o “Jardim do Éden” atuou para rever diversas ações importantes da Operação Lava Jato. A já bem conhecida tríade formada por Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski atuou para confrontar a Lava Jato com uma verdadeira “Operação Libera a Jato”. Na prática, consolidou-se uma política de grades abertas – e sem mesuras. Colocou em liberdade o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Soltou também o ex-tesoureiro do PP João Claudio Genu. Tornou nula uma operação de busca e apreensão no apartamento da senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT – uma semana depois de absolvê-la.
Suspendeu a ação penal movida contra o deputado Fernando Capez (PSDB-SP), acusado de corrupção e lavagem de dinheiro em um esquema conhecido como “máfia da merenda”. Toffoli ignorou mesmo o fato de Capez ter trabalhado em seu próprio gabinete no STF. Desconsiderou que a óbvia e estreita ligação entre os dois deveria impedí-lo de julgar. Com a ausência na terça 26 do ministro Celso de Mello, a porteira foi escancarada, literalmente: a tríade isolou o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, impondo-lhe uma escalada de derrotas.
Para que você tenha certeza do comportamento nada republicano do nosso quarteto fantástico, visivelmente favorável aos corruptos, leia a reportagem completa no portal da ISTOÉ, clicando AQUI.

Poço Verde teve junho mais animado

                                 Reportagem de Márcia Emanoelle e Sara Raquel

O mês de junho deste ano foi um dos mais animados da cidade de Poço Verde. Foi o início da melhor temporada do ano, já que acontecem as melhores festas da nossa região. Os festejos no município iniciaram-se no dia 09 de junho com o famoso projeto “São João da minha cidade é Show”, organizado pela prefeitura municipal, já no seu 2º ano de muito sucesso.
A noite do dia 09 foi abrilhantada com as apresentações de Joel Andrade (Gogó de Ouro), Cristina Prata (Forró das Antigas), Viver é saber (Quadrilha Junina) e o Ifriends (Grupo Teatral). O evento ocorreu na Travessa José F. Sobrinho.  
Na segunda noite, dia 15, mais uma realização de muito sucesso com as participações de vários artistas do município: Henrique Santos, Trio Pé de Serra, Flor do Sertão (Quadrilha Junina) e o Ifriends (Grupo Teatral), dessa vez no Conjunto Valadares.

A noite do dia 22 não foi diferente das demais, com as ilustres apresentações de Marcos Castro é Show, Trio Pé de Serra, Quadrilha Junina e o Ifriends (Grupo Teatral), realizadas na Rua Valvernardes O. Santos, no bairro Vaquejada. No dia 24 aconteceu o encerramento do “São João da nossa cidade é Show”. O projeto fechou com chave de ouro com as atrações Aline Almeida, Alan Vinícius & Matheus, apresentação da quadrilha Renascer e o grupo teatral Ifriends, no bairro do Cruzeiro, na Praça do Cruzeiro.
Durante todo este mês de festas, a participação do Projeto Super’ Ação foi abraçada pelo o prefeito Iggor Oliveira e a 1ª Dama Cláudia Abreu. Alguns voluntários estiveram todas as noites arrecadando alimentos não perecíveis no objetivo de fazer cestas básicas para distribuir entre famílias carentes.
Voluntárias do Super' Ação (foto: Instagram/Super' Ação)
“O Super’ Ação é um projeto Social que há 3 anos tem com finalidade proporcionar alegria e satisfação às pessoas carentes. Despertar sorrisos e resgatar esperanças.”, afirma Amanda Coelho, coordenadora do Projeto.
No entanto, a festa mais esperada pela população é o “São Pedro de Poço Verde”, que começa nesta sexta-feira (29) e vai até o sol raiar no dia 1º de julho. O prefeito Iggor Oliveira manteve segredo até o último momento, confirmando as datas no dia 22 de Junho e divulgando o cartaz oficial no dia 23 de Junho, publicado aqui no Landisvalth Blog.

Começa o São Pedro de Poço Verde


Programação São Pedro de Ribeira do Amparo


Poucas & Boas 2018.8

Era uma vez uma esquerda...
Rui Costa afasta Lídice da chapa e prefere o Coronel (foto-montagem: Landisvalth Lima)
É inegável que o histórico político de Lídice da Mata (PSB) é monstruosamente maior que o de Ângelo Coronel (PSD). Quando Rui Costa (PT) divulgou a chapa governista esta semana, ele mostrou que currículo não ganha eleição. Se assim fosse, o próprio governador jamais seria governador. Também mostra que a esquerda deixou de ser esquerda desde o dia que fincou o pé no poder. A luta hoje é para permanecer no poder. Para isso, usa-se a calculadora. E só comparar os números do PSD e do PSB, na capacidade de votos, que o histórico de Lídice vai para a lata do lixo. Rui Costa, perdendo o PSB, perde menos. Se amanhã o PSD, coisa comum, virar a casaca, é só dizer que é a direita, aliada ao imperialismo americano, que está tentando acabar com o legado do PT na Bahia. Pelo menos o discurso ainda seria esquerdista.
Quem não chora...
E Rui Costa sabe que o PSB não vai para lugar algum. Já se foi o tempo em que Lídice, Salete e Beth faziam tremer as estruturas de poder da velha Bahia. Amanhã estarão todos juntos no mesmo palanque. O choro é para ver se sobra uns votos para garantir sempre algo. Lídice só se candidatou na última eleição porque Eduardo Campos deixou claro que se ela não garantisse palanque para ele na Bahia, haveria outros interessados. A campanha dela foi fria. Foi incapaz de bater nos erros do PT. O PSB sabia de prefeitos do partido sendo cooptados pela grana desviada da Petrobrás, e ficou calado. Tomara que o partido cale minha boca, mas vai ficar no mesmo lugar e obedecer ao que determinou o governador. Em troca, terá uma suplência do Senado ou uma vaga de deputada federal. Se se comportar bem, quem sabe uma secretaria no futuro governo?
Mudam-se os tempos...
O observador atento sabe que os tempos mudam, os nomes também, mas a Bahia de guerra é ainda a deixada pelo velho coronel ACM. Lembro-me do PT fazendo prévias para candidaturas. Era tido como o mais democrático partido das Américas. Foi só se encastelar no poder para fazer tudo de acordo com a velha cartilha dos coronéis. Lula está preso e determina o que o partido tem que fazer. Rui Costa chegou a discordar, mas segue o que o chefe diz, mesmo que isso possa afundar o partido. O próprio governador fez a chapa que quis e divulgou na hora que quis. Ninguém da legenda questionou. O PT hoje é comandado pelos que têm poder e não pelos filiados. Exatamente como fez ACM. Até a estrutura administrativa, com algumas mudanças aqui e ali, é a mesma da época de Antônio Carlos Magalhães.
Cisquinho no NTE-17
Professor Cisquinho, novo gerente do NTE-17
O novo gerente regional do Núcleo Territorial de Educação da SEC, em Ribeira do Pombal, é o professor Francisco César, o velho conhecido Cisquinho do PT de Pombal. Ele substitui o professor Fábio José, da cidade Fátima, que pediu para voltar ao magistério. A indicação partiu da deputada Fátima Nunes e foi publicada no Diário Oficial dia 21 de junho último. Cisquinho ensinou comigo no Colégio Evência Brito e está envolvido com a educação há mais de 25 anos. Formado em História, é petista radical. Sua nomeação não deixa de ser um reconhecimento à sua luta. Todos esperam que ele faça um bom trabalho, do mesmo modo que lamentam o afastamento de Fábio José, sempre solícito com a rede escolar, particularmente com o Colégio Estadual José Dantas de Souza, de Heliópolis.
Sorria, Zezinho!
Vereador Zezinho para prefeito?
Notícias da cidade de Fátima indicam que Sorria já estuda o seu sucessor. Depois de ter garantido uma fortuna dos precatórios da educação, cerca de 16 milhões, o prefeito de Fátima não quer largar o legado para qualquer um. O nome mais sussurrado nas hostes prefeiturais é o do vereador Zezinho. Se isso se concretizar, haverá um embate entre dois contemporâneos: Fábio José e Zezinho. Outrora já fizeram política do mesmo lado. Mas o caminho é longo. Para Zezinho ter alguma chance, não basta ter o apoio de Sorria. O prefeito precisa fazer uma boa administração e manter o grupo unido. Zezinho só vai sorrir se Sorria fizer política para o grupo.
Lourinaldo é federal
Lourinaldo Lisboa
O professor Lourinaldo Lisboa, da cidade de Poço Verde-Se, está confirmado na relação de pré-candidatos da Rede Sustentabilidade de Sergipe. Tudo indica que sairá para deputado federal. Ele só espera a definição a nível estadual do caminho que a Rede vai seguir e com quais partidos vai se coligar. Com dois estaduais já na legenda, a Rede espera fazer três ou quatro estaduais e um a dois federais. O professor Lourinaldo é um nome novo e está conquistando votos em todos os segmentos. Uma coisa já se sabe, a eleição este ano em Poço Verde será bem diferente de todas as outras.
Procura-se o Forró
Não quero ser negativista, mas ninguém imagina um show de Rock onde só se ouve sofrência! Ninguém vai a um concerto clássico para ouvir samba de roda. É verdade que variar sempre é bom, mas passar a noite inteira numa festa junina e não ouvir forró é abusar. Não sou contra a mesclagem de ritmos, mas tudo tem um limite. Não se pode usar certos ritmos da moda para atrair público e sepultar o que temos de mais autêntico. Isso não é conservadorismo! É preservacionismo de uma cultura. Houve o caso de uma banda contratada por uma prefeitura por 10 mil. Tocou por duas horas. Quem estava com dor na cabeça e no coração gostou, mas forró ninguém ouviu. Cinco bons trios pé-de-serra fariam a festa da noite, agradaria a todos e poderia custar menos.

Waldir Pires e Tonho de Souza unem a Câmara de Heliópolis

Dois homenageados conseguiram unir oposição e situação na Câmara de Heliópolis
(Foto-montagem: Landisvalth Lima)

A última sessão legislativa do 1º semestre foi o que chamaríamos de um quase milagre. A Câmara Municipal de Heliópolis entra em recesso e só voltará dia 3 de agosto. Nesta segunda-feira (25), por um instante, os vereadores esqueceram as suas desavenças e seus interesses pessoais e trabalharam para homenagear coletivamente duas figuras importantes para Heliópolis: Antônio de Souza Montalvão e Francisco Waldir Pires de Souza. Os dois homenageados faleceram na semana passada.
As duas Moções apresentadas foram assinadas por todos os vereadores. No caso de Antônio de Souza, natural da comunidade de Baixa Grande, assíduo frequentador das sessões da Câmara Municipal de Heliópolis, foi uma Moção de Pesar pelo seu falecimento. No documento os vereadores afirmam se tratar de pessoa límpida, com dedicação em seu viver em prol de uma vida digna, um modelo a seguir. Tonho de Souza, coma era mais conhecido, não admitia que ninguém falasse mal de vereador algum. Ele sempre dizia que a câmara era a casa do povo e precisava ser preservada. Faleceu dia 19 de junho passado e tinha 77 anos.
A outra foi uma Moção de Louvor pela vida do ex-governador Waldir Pires. Seria apresentada pela vereadora Ana Dalva, mas ela achou que Waldir Pires foi um ótimo governante para Heliópolis e solicitou que todos os vereadores fossem coautores. Apesar de certo contratempo, ao final, todos concordaram em assinar e colocaram na pauta do dia. No documento proposto afirma que o ex-ministro, sem sofrer mácula alguma, foi exemplo de que não é preciso perseguir, matar, vilipendiar, oprimir e calar pessoas para se chegar ao poder. É o povo, na querência certa ou errada, quem elege e em nome dele deve ser exercido todo o poder. Os 70 anos de vida pública de Waldir Pires devem servir de exemplo para todos nós. Francisco Waldir Pires de Souza faleceu dia 22, em Salvador, e tinha 91 anos.
Os dois homenageados com o sobrenome Souza conseguiram o ineditismo de encerrar o primeiro semestre legislativo deste ano sem brigas, sem senões. Isso não quer dizer que vá acontecer sempre, mas está claro que as ideias não conseguem sanar o que os mortos curam. Mas uma coisa todos concordaram: na idoneidade dos homenageados. Na abertura da sessão, tive a oportunidade de contar um caso vivido no gabinete de Waldir Pires, quando ele era governador. Foi levado um abaixo-assinado para que ele transferisse uma funcionária pública, adversária ferrenha, para o mais longe possível. Waldir Pires disse que nós não tínhamos votado nele para ser um novo ACM. Ele não podia perseguir uma funcionária só porque ela era adversária. Precisamos de políticos iguais a Waldir Pires e de eleitores como Tonho de Souza.

Marina Silva no programa Mariana Godoy

Waldir Pires, valeu a pena?


                                                     Landisvalth Lima
Cartaz da campanha de 1989. O maior partido do Brasil saia das urnas com menos 5% dos votos
(Foto: Jonas de Carvalho/Museu Histórico Nacional)
Se nos fosse permitido dialogar com alguém que morreu, a pergunta do título seria a primeira coisa que faria ao desvivido. E como responderia o ex-governador Waldir Pires que nos deixou esta semana? Um homem que nasceu em Acajutiba no ano de 1926, atravessou a história do país arrastando consigo a palavra sonho. Aos 24 anos foi secretário do governo Régis Pacheco, responsável pela construção do açude de Heliópolis, e que hoje dá nome à Rua das Pedrinhas. Em 1954 virou deputado estadual, defendendo o governador Antônio Balbino. Em 1958 foi eleito deputado federal e assumiu a vice-liderança do governo Juscelino Kubistchek.
Waldir Pires era o novo para a Bahia. Quando se candidatou, em 1962, para governar o estado, inclusive com apoio do Partido Comunista, perdeu o apoio da Igreja Católica. Foi derrotado por uma ninharia de votos. Mas, com a chegada de João Goulart ao poder, Waldir, advogado de formação, é chamado para ser o Consultor Geral da República. Segue o golpe militar de 64. O sonho virou água. Seu nome constava na lista dos que deveria ser preso. Exilou-se no Uruguai com a esposa Yolanda e os filhos. Em 1966 está na França. Ensina em universidades de Dijon e Paris e retorna ao Brasil em 1970. Depois de readquirir seus direitos políticos, finca o pé novamente na política.
Conheci Waldir Pires em Serrinha, no início de 1982. Com a união do PP e MDB, nasceu o PMDB. Eu tinha 21 anos e virei secretário do partido. Waldir disputava naquele ano uma vaga para o Senado, em disputa contra Luiz Viana Filho. Era uma luta completamente desigual. Fui com Waldir para a cidade de Teofilândia, num dia de feira na cidade. Lá não tinha nem mesmo o partido organizado. Waldir pediu um tamborete emprestado numa barraca e, já no alto, pedia a atenção dos passantes. Em alguns minutos, cerca de doze pessoas começam a ouvi-lo. Enquanto eu distribuía santinhos, prestava atenção no que dizia o candidato. Foi um dos mais belos discursos que já tive a oportunidade de ouvir, só igualado pelo proferido por Marina Silva na Fonte Nova, quando ainda vice de Eduardo Campos, nas eleições de 2014.
Waldir perdeu a eleição para senador. Depois virou ministro da Previdência Social, chamado por Tancredo e mantido por Sarney. Foi sua ótima passagem pelo ministério que o credenciou a ser candidato ao governo da Bahia novamente. Eram as eleições da redemocratização do país e chance para derrubar o carlismo na Bahia. Waldir vira governador com uma frente de 1 milhão e meio de votos. Heliópolis vota em Waldir e ajuda a eleger Gerbaldo Avena, irmão de dona Yolanda Pires, a deputado estadual. Foi nesta época que conseguimos a verba para construção do Colégio Waldir Pires, no primeiro governo de Zé do Sertão.
Waldir queria agora mudar o país. Dois anos depois, renuncia ao governo para ser vice na chapa de Ulisses Guimarães. O PMDB perde a eleição, mesmo com quase todos os governadores do país, exceto Sergipe. Nilo Coelho, o vice que assumiu a Bahia, faz uma administração desastrosa. Isso permite a volta triunfante do carlismo. Há vices para o bem e para o mal. Waldir vira deputado federal por duas vezes, perde eleição para o senado, vira ministro no governo Lula e encerra sua carreira política como vereador em Salvador, pelo PT, em 2016, aos 89 anos.
Pode ser ironia do destino, mas Waldir morreu filiado ao partido que lhe fez forte oposição quando era governador. Nos portais do PT baiano e do PT nacional, há notas de pesar e um pouco da história do ex-governador. A Rede Sustentabilidade divulgou nota no seu portal lamentando a perda da importante figura de Waldir Pires. Pasmem! Nenhuma linha escrita no PMDB. Nem da Bahia, nem do Brasil. Pode ser aceitável, já que, em sua maioria, estão preocupados em se defender das centenas de acusações de corrupção, ou articulando com advogados Habeas Corpus para tentativa de soltura dos guardadores de malas e mais malas de dinheiro indecente. Não há espaço para pensar nos bons nomes do velho MDB.
Voltando ao início do texto, a pergunta insiste em se manter. Valeu a pena, Waldir? Respondo por ele sem titubear. Claro que sim! Não consigo imaginar como seria a Bahia sem as ações políticas de Waldir Pires. Não se constrói um estado progressista em um governo, numa década ou em cinquenta anos. Waldir colocou vários tijolos numa construção iniciada por alguns antes. Vez em quando vem um vendaval e derruba alguma parede ainda com a massa úmida. Mas Waldir nos ensinou a seguir sempre e, se possível, recomeçar. Pena que a vida é curta. 91 anos não são nada diante da história da humanidade, mas sempre há alguém que retoma a luta, pega a bandeira e caminha na busca de novos sonhos.

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