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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Novo Triunfo é a cidade mais pobre do Brasil

Novo Triunfo é a cidade mais pobre do Brasil (foto: Google)
Ser Nordeste duas vezes não é fácil. Nossa região está localizada no Nordeste do Brasil e no Nordeste da Bahia. Dupla desgraça, não por culpa do seu povo. O nordestino é trabalhador e dedicado ao seu lugar, mas duas coisas nos colocam nesta situação: a política e a educação. É só olhar os dados educacionais. São os piores do país. Na política, insistimos em nomes pouco recomendáveis e adoramos a prática do rouba, mas faz. Há anos labutamos contra isso, mas tudo é decidido por uma maioria cega, embevecida pelos encantos da disputa e da corrupção. A cidade de Novo Triunfo, localizada a 360 quilômetros de Salvador, agora assume a posição que era de Itapicuru: a de município mais pobre do Brasil. De acordo com a pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2015, divulgada na última quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade do semiárido baiano gerou apenas R$ 3.369,79 de riqueza por habitante. Para efeito de comparação, o PIB per capita brasileiro (ou seja, a média nacional) naquele ano foi de R$ 29,3 mil. Ou seja, a riqueza produzida por quase nove habitantes de Novo Triunfo equivale àquela produzida por um único brasileiro.
Novo Triunfo tem uma população de pouco mais 16 mil habitantes e foi fundada em 1989, desmembrado do município de Antas e faz limites com o município-mãe, Euclides da Cunha, Canudos, Sítio do Quinto, Jeremoabo e Cícero Dantas. O acesso ao município se dá através da BR 110 e da BA 396 que o liga a referida BR. Sua densidade democrática é de quase 70 habitantes por Km2. Por ironia do destino, Novo Triunfo nasce da gula. O município foi fundado por Antônio Guerra, e a primeira pessoa a habitar a região do município foi um forasteiro que tinha a fama de comer muito, ficando conhecido como Guloso. Daí para Novo Triunfo foram décadas e, por ironia também, a região, como não é segredo, perde riquezas a cada tempo de alta estiagem e, embora raro, perde também para as chuvas catastróficas.
Só para se tirar uma ideia, o município primeiro colocado no Brasil é Presidente Kennedy, no Espírito Santo. Lá, a renda per capita, em 2015, foi de R$ 513.134,20. Ou seja, a riqueza de um habitante de Presidente Kennedy equivale a de 152 moradores de Novo Triunfo. Em segundo lugar, aparece Paulínia, em São Paulo, com R$ 276,9 mil. No Brasil existem 5.570 municípios. O município baiano mais bem colocado no ranking é São Francisco do Conde, no Recôncavo, que ocupa agora o 8º lugar no Brasil.  Em entrevista ao CORREIO, o coordenador de Contas Regionais e Finanças Públicas da SEI, João Paulo Caetano Santos, comentou a queda no ranking de São Francisco do Conde, que já chegou a liderar em PIB per capita no país. Está mais que claro que o problema está por causa da queda no preço do petróleo. Basicamente todo PIB da cidade gira em torno do refino.
Em 2015, 3.170 municípios, 56,9% do total, tinham como principal atividade econômica, a exemplo de Novo Triunfo, a administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social. Excluindo o serviço público, em 3.129 municípios, 56,2% dos municípios do país, a agropecuária era a principal atividade econômica. “São municípios pequenos, com pouca produção e com uma população muito maior que o PIB dele. Eles não geram riqueza e renda, são muito dependentes da administração pública. Em muitos deles, a renda disponível é proveniente dos aposentados e de programas de proteção social”, avaliou Frederico Cunha, gerente das contas regionais do IBGE. 
Agora, apesar da inclusão de Novo Triunfo, a Bahia perde feio em miséria para o Maranhão. Dos dez municípios mais pobres, há oito somente do Maranhão, estado governado pelo PC do B, que substituiu a quase eterna família Sarney. Os municípios são Nina Rodrigues, Cajapió, Humberto de Campos, Penalva, Santana do maranhão, Araguanã, Central do Maranhão e Matões. Completam a lista dos dez mais pobres o município de Pires Ferreira, no Ceará. 
     Os rankings da Bahia e do Brasil da pesquisa do IBGE, apresentados nesta postagem, foram divulgados pelo jornal CORREIO.

Lula antes do carnaval, Previdência depois

Rede com nova direção na Bahia

Os novos dirigentes da Rede na Bahia (foto: Landisvalth Lima)
O partido Rede Sustentabilidade elegeu neste domingo (10) a sua nova composição estadual da Bahia. Foram preenchidos os cargos da Comissão Executiva, do Elo Estadual (Diretório), da Comissão de Ética, do Conselho Fiscal, Grupo de Trabalho Eleitoral e Delegados á Convenção Nacional, que será realizada em abril de 2018. Participou do evento a representante da Executiva nacional, a advogada sergipana Natália Daltro. Para Porta vozes da Rede na Bahia, equivalente a presidente e vice-presidente, foram eleitos Iaraci Dias e Diego Cunha. Para o agora ex porta voz Júlio Rocha, que deixa a função após dois mandatos, é gratificante ser substituído por um jovem advogado comprometido com o projeto nacional da Rede e que tem a clareza do esforço da legenda para a construção de uma alternativa para a Bahia.
Júlio Rocha (centro) passa o comando da Rede para Iaraci e Diego
(foto: Landisvalth Lima)
A nova porta voz, Iaraci Dias, é da cidade de Camaçari e está concluindo o curso de Direito. Para ela, a Rede na Bahia é exemplo de coragem, com significado e simbolismo para a prática da nova política. A composição da administração do partido a nível estadual contemplou todas as regiões do estado. Marcelo Silva, de Ribeira do Pombal, e Ana Dalva, vereadora da Rede de Heliópolis, comporão o novo Elo estadual. Ana Dalva ainda terá mais duas funções: será delegada à convenção nacional, em Brasília, e formará o Grupo de Trabalho Eleitoral, responsável pelas conversações com outros partidos na composição para as eleições de 2018. Também de Heliópolis, o professor Landisvalth Lima comporá o Conselho Fiscal da Rede Sustentabilidade na Bahia. 
A Convenção da Rede foi realizada num auditório no Boulevard Empresarial, no Caminho das árvores, em Salvador, onde reinou absoluto consenso. A chapa foi única e a nova missão é fazer o partido atingir, até 2020, metade dos municípios na Bahia. Durante a convenção, foi elaborado um documento onde, de forma unânime os agentes políticos, dirigentes e mandatários devem assumir as candidaturas da Rede como projeto político central, exemplo da candidatura a presidente de Marina Silva em 2018. A Rede da Bahia lançara candidaturas para todos os cargos na eleição do ano que virá.