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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Desembargador do TJ-SP agride jornalismo da Jovem Pan

O predador da Petrobrás

Sérgio Gabrielli (foto: Terra.com)
Em apenas uma única obra da Petrobrás, o Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, localizada na cidade de Itaboraí (RJ) - a estatal brasileira terá um prejuízo de 45 bilhões de reais. Os números são assustadores e coloca o ex-presidente da empresa, o baiano petista Sérgio Gabrielli, na lista dos homens que mais prejuízo causaram ao país, ou por corrupção ou por má gestão.
Façam suas apostas! Qual o político que mais danos causou ao país? Collor? Lula? Sérgio Cabral? Dilma? Maluf? Temer? É difícil dizer, mas, com tantos escândalos sendo descobertos todos os dias, não seria nenhuma surpresa algum destes chegar ao título nobre de The predator of state. Ninguém colocaria nesta lista o Sérgio Gabrielli. Ele foi apenas o presidente da Petrobrás. Entretanto, certamente ele levará o título de campeão na elaboração engenhosa de um rombo numa só obra.
Segundo voto do ministro Vital do Rego, do Tribunal de Contas da União, assinado em 14 de novembro último, o prejuízo mínimo que terá com o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) será o maior, do ponto de vista individual, nos investimentos da Petrobrás. No cálculo estão investimentos que não poderão ser recuperados e gastos com manutenção durante a paralisação da obra. O ministro relator descobriu que José Sérgio Gabrielli e demais diretores da Petrobras no governo Lula aprovaram a construção do Comperj, mesmo sabendo que o retorno financeiro da refinaria não cobriria nem um terço do custo da obra.
O portal O Antonista chegou a comparar o rombo da compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, com o rombo da Comperj. Na análise do investimento prévio, verificou-se que o custo seria de US$ 18 bilhões, enquanto o retorno ficaria em apenas US$ 5,5 bilhões. Este prejuízo equivale ao rombo de dez Pasadenas. O leitor não imagina do que estamos falando. Repito, são R$ 45 bilhões! Daria para construir mais de 2 milhões de casas populares, ou comprar 1 milhão e 500 mil carros populares ou ainda equivale a 225 prêmios da Mega Sena acumulada de fim de ano.
Parece até que há uma disputa para ver quem é capaz de quebrar o Brasil. E o mais interessante é que o país enverga, mas não quebra. Talvez seja por isso que Temer não queira largar o osso: ainda há muito para se locupletar. A coisa é inusitada porque não acreditamos que haja um país no mundo tão bondoso com corruptos, a ponto de um presidente, até de forma bem aberta, utilizar os recursos do país, as emendas, por exemplo, para barganhar com deputados e se manter no cargo. Chega ser hilário saber também que o José Sergio Gabrielli está livre, leve e solto. Na China comunista ele seria executado. Na Cuba socialista ele estaria na prisão perpétua. No Brasil, ele poderá ser equiparado a Jesus Cristo!   
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