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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Democracia só aqui?

     É preciso cada vez mais prestar atenção nas práticas políticas de alguns partidos. Este cartaz, acima, do PCdoB, denuncia o modo de pensar dos seus dirigentes. Não se trata de ser comunista, socialista, capitalista ou qualquer outra ideologia. A questão é saber que estamos numa democracia. O PCdoB e outros partidos comunistas e socialistas foram consolidados aqui graças à efetivação do processo democrático. Sem democracia, jamais seriam o que são. Insistir na prática de ser democrático no Brasil mas apoiar ditaduras lá fora é, no mínimo, esquisito. Fazem o mesmo que os "imperialistas americanos", não abrindo mão do direito do povo nativo votar e mantendo ditaduras ao redor do mundo.

Violência em Sergipe bate na porta das autoridades

O atentado a Iggor Oliveira é indicativo do descontrole da violência em Sergipe
Os números não mentem. Em 2014 o Estado de Sergipe foi onde a violência mais cresceu. O município de Nossa Senhora do Socorro, periferia de Aracaju, cravou o terceiro lugar no pódio dos municípios mais violentos do Brasil, com população superior a 100 mil habitantes, perdendo apenas para Altamira (PA) e Lauro de Freitas (BA). Os números foram divulgados e nada acontece. Não há um plano, um planejamento, um programa para combater a curto, médio e longo prazo este flagelo que destrói famílias e marca pessoas para o resto de suas vidas. Agora, depois da suspeita de atentado sofrido pelo prefeito de Poço Verde, Iggor Oliveira, talvez a segurança pública de Sergipe saia da letargia e, se não há condições para gerir o sistema, peça socorro!
Que a violência já faz parte do dia-a-dia do poçoverdense, disso ninguém tem dúvida. Só que ela ficava no andar de baixo. Eram os meliantes, drogados, ladões, mulas e outros infelizes que perdiam suas vidas para traficantes, vingadores ou pessoas especialistas em mandar gente para o inferno. Com a nota divulgada pelo prefeito de Poço Verde, Iggor Oliveira (PSC), ficou claro que ninguém escapará se a coisa descambar para o descontrole total.
No dia 31 de julho nas redes sociais, o prefeito de Poço Verde informou que, por volta das sete e meia da noite, estava em sua casa quando dois amigos foram até lá para lhe fazer uma visita. O carro em que eles estavam era igual ao da esposa do prefeito, um Wolkswagem Fox Branco, sempre usado por Iggor nas suas andanças pelo município. Assim que o carro parou na casa do alcaide, dois homens armados esperavam numa esquina e disseram "Não deixa ele descer não, atira". Claro que ninguém desceu e os amigos de Iggor caíram fora. Os meliantes não conseguiram acompanhar e o pior não aconteceu. 
Conversando com algumas pessoas, há quem afirme que foi afobação do prefeito. Mas não foi só o prefeito que desconfiou de tudo. A secretária Nelma, de Controle Interno, também alertou o chefe do executivo municipal sobre a questão. Por isso, o prefeito entrou em contato com o Comandante do Batalhão da PM de Sergipe na região e prontamente chegaram os policiais para levá-lo para fora da cidade em segurança. O caso é muito mais grave do que se possa imaginar porque pode não ser um atentado com o fim de roubar. Como em nossa região a política é feita de acordos debaixo de sete palmos para ninguém saber, é possível até algo pior. 
Iggor Oliveira informou à imprensa que levará o caso ao Secretário de Estado da Segurança Pública de Sergipe para colher depoimentos das testemunhas. “Uma situação gravíssima e que não me cansarei de buscar a verdade dos fatos.”, disse o prefeito. A polícia também deve ligar o atentado a outros fatos. É que também foi incendiado um veículo da Prefeitura de Poço Verde na Praça Tancredo Neves. É também um ato violento e de vandalismo que pode sim ter ligações com o atentado. Os amigos do prefeito, até aqui os nomes não foram divulgados, que foram abordados pelos suspeitos, registraram queixa na delegacia do município. É uma pena que esta reação do prefeito não aconteceu antes. Sabemos que não é tarefa do prefeito municipal a questão da segurança pública, mas porque não gritar, exigir, falar pelos seus? Por que só se cai na realidade quando a nossa porta é arrombada? O bom é que aconteceu! Antes tarde que nunca.

O fluxo da propina da JBS em 2014

Professor Landisvalth lança 3º livro

O professor Landisvalth Lima, articulador deste blog, lançou o seu terceiro livro. Desta vez não se trata de ficção. É um livro que fala sobre a educação em nossa região e derivou de um trabalho de pesquisa para a formatação de uma dissertação de mestrado. Nas 118 páginas, Patologias educacionais do semiárido baiano revela as dez doenças que fazem da nossa educação uma das mais decadentes do país. É um estudo que procura não apontar os culpados de forma individual, mas um conjunto de ações que teimam em transformar nossa educação sempre em cantilena de coitadinho.
O livro Patologias educacionais do semiárido baiano foi lançado em dois formatos: digital, para ser lido em computadores, tabletes, celulares e Kindle, com preço acessível de apenas 3 dólares, ou R$ 9,45. “Foi uma forma que encontrei para o público ter acesso ao livro. Além disso, o cliente da Amazon.com que comprar algum livro pode levar o meu por até 1 dólar ou R$ 3,50. Quem gosta de ler sabe que é um preço muito bom.”, afirma Landisvalth. O outro formato já não é tão barato porque é destinado a brasileiros ou falantes da língua portuguesa que moram em outros países e é no formato impresso por encomenda. O custo é de 8 dólares ou 25 reais. “Nesse caso, não vale a pena um brasileiro adquirir porque há impostos de importação e o valor pode passar dos 50 reais. Foi uma forma de vender o livro lá fora, caso me percebam.”
Os outros dois livros do professor Landisvalth Lima é o romance A mulher do pé de cabra, de 2004, já em sua 3ª edição, também à venda no Amazon.com, e o outro romance A esquerda bastarda, de 2011, das editoras Livronovo/Per-se. Ele trabalha ainda em mais oito projetos de livros a serem lançados: um livro de poesia, um de contos e mais seis romances. No livro lançado nesta sexta-feira (28), ele fez questão de colocar na capa a foto do açude de Heliópolis seco. “Espero que o povo entenda a metáfora. Maltrataram o açude e ele já secou duas vezes dizendo que precisamos cuidar melhor dele. A educação também está nos dando avisos. Precisamos acordar.”, sentencia.
Para acessar Patologias educacionais do semiárido baiano em livro impresso, dê um clique  AQUI.
Para acessar Patologias educacionais do semiárido baiano em formato digital, dê um clique AQUI.
Para acessar A mulher do pé de cabra em formato digital, dê um clique AQUI
Para acessar A esquerda bastarda em livro impresso ou digital, dê um clique AQUI.