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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

O velho X o novo velho

                                                                                       Landisvalth Lima
Nada de novo no front político em Poço Verde
Quem imaginava uma mudança substancial na política de Poço Verde vai ter que esperar nascer chifre em cabeça de galinha. Tudo está como dantes no quartel de Abrantes. É que política neste interiorzão de meu Deus é na base da cabrestada. De um lado, o prefeito Iggor Oliveira está agindo como o seu pai rejuvenescido fisicamente. A cabeça continua igual, administrando para os seus, sem ver Poço Verde no horizonte. Até a estrutura administrativa e a forma de agir politicamente não mudaram nadica de nada. Nem mesmo na oposição é possível deslumbrar algo de novo.
Dois fatos para ilustrar o que aqui afirmamos. Todos sabem que Alexandre Dias, do PSDC, foi eleito pela coligação que apoiou Iggor. Além disso, foi o mais votado. Por falta de juízo do prefeito eleito, ou por sei lá que bagulho, não quis apoiá-lo para chegar à presidência da Câmara de Vereadores. A oposição, ferida por deixar o poder, entregou o cetro legislativo a Alexandre. Até aí, tudo normal. Para se defender de futuras complicações, Alexandre Dias fez uma eleição antecipada dos dois últimos anos desta legislatura e, claro, ele novamente será o presidente até 2020. Consolidou-se como uma evidente pedra no sapato de Iggor e outra no seu tênis. O jogo é questionável, legal e distante de qualquer ética. Alexandre não foi o primeiro a fazer isso e acho que não será o último.
Mas o contra-ataque viria, como uma retribuição generosa de Iggor Oliveira. Rivan Francisco e João Ramalho foram sacados das suas respectivas secretarias e foram alçados para a Câmara, já que são suplentes. Por sua vez, o vereador Dii de Nilo foi para a pasta de Obras e Urbanismo e o vereador Gileno Alves vai para a pomposa secretaria de Desenvolvimento Rural Sustentável, Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Ufa! Pesada! A mensagem foi clara: Rivan e Ramalho botam para lá no parlatório e os vereadores se saem melhor na burocracia. Com minoria na Câmara, e com a presidência com a oposição, Iggor quer equilibrar o jogo, pelo menos de forma verbal. Ah! O futuro de Poço Verde? Isto é para depois, caso haja oportunidade.