CEPJO realiza Mostra Cultural e Científica
Alunos do 3º ano apresentaram Geni e o Zepellin, da obra de Chico Buarque (foto: Landisvalth Lima) |
No turno da noite, a programação
continuou com Cordas & Sons, teatro sobre Memórias Póstumas de Brás Cubas,
clipes musicais do projeto CLEE, desfile do Nem melhor nem pior, apenas
diferente, o teatro de Hermanoteu na Terra de Godah, Geni e o Zepelin,
encerrando a noite com HIP HOP.
A II Mostra Cultural e Científica
continua na quinta-feira (15) com as exposições nas salas de aula. As
apresentações começam às 14 horas com o teatro dos Heterossemânticos,
apresentações de paródias, cordéis e coreografias. Depois teremos o teatro de O
Seminarista, apresentações de convidados de Cícero Dantas, do projeto
Radialistas da cidade, um clipe do Realismo X Romantismo e o teatro de Senhora.
Pela noite, início com o teatro do Chaves, um musical, teatro de Dom Casmurro, dança
espanhola, apresentação de São João, Dona Lourdes e convidados, espaço para
poesia, música, paródias, cordéis, coreografias e teatro.
As exposições nas salas apresentam os
seguintes temas: sala 1 – Experimentos físicos e modelos matemáticos; sala 2 –
Circuitos e registros e Experimentos sobre a energia; sala 3 – Experimentos químicos;
sala 4 – Novas tecnologias; sala 5 – Meio ambiente: Rio Real, exposição de
fotos de Poço Verde e Impactos ambientais do acidente de Mariana; sala 6 – Exposição
sobre Tobias Barreto e sobre o Centenário do Samba; sala 7 – Consciência negra
e cultura afrodescendente; sala 8 – Exposição sobre cultura americana; sala do
laboratório de informática – Cinema de Almodóvar e Exibição de vídeos; nos pátios
serão apresentados dados sobre a Cultura espanhola, cultura poçoverdense e Música
tonal e atonal.
Para ver fotos do 1º dia, dê um clique AQUI.
Para ver fotos do 1º dia, dê um clique AQUI.
Heliópolis terá toque de recolher
Heliópolis terá o seu "Toque de Acolher" |
A Lei completa nesta quarta-feira
(14) 1 ano de sancionada e tem o nome sugestivo de Toque de Acolher crianças e adolescentes, sancionada pelo prefeito
Ildefonso Andrade Fonseca, após aprovação na Câmara Municipal de Heliópolis. A
ideia foi do Juiz José de Souza Brandão Neto, da Comarca de Cícero Dantas,
adotada pela administração municipal. O objetivo principal é evitar tragédias
como a que ocorreu no último sábado, quando o menor Cristiano, de apenas 16
anos, foi alvejado com tiros na cabeça e luta pela vida numa UTI em Aracaju.
Dr. José Brandão estará na audiência pública |
O princípio básico é evitar que o
mal maior aconteça e educar nossos adolescentes para a vida. Para melhor
detalhar a Lei, o Dr. José de Souza Brandão Neto estará participando de uma
audiência pública em Heliópolis, dia 20 de dezembro, a partir das 19 horas, na
Câmara Municipal, inclusive para informar quando a Lei 416/2015 efetivamente
entrará em vigor. Nenhuma criança desacompanhada de seus pais poderá frequentar
ruas, bares ou locais públicos, de 18:00 até 05:00 da manhã. Caso seja
encontrada uma criança em tal situação, por absoluta medida de proteção, será
encaminhada ao Conselho Tutelar.
A Lei 416/2015 considera
situações de riscos para crianças e adolescentes frequentar locais onde haja consumo
de bebidas e drogas, exposição à prostituição, importunação ofensiva ao pudor,
locais com sons em alto volume, condução de veículos motorizados ou qualquer
situação que possa expor perigo físico, psicológico ou moral para quaisquer
crianças. Não está escrito na Lei, mas é claro que os pais também serão alvos.
Terão que regular melhor os passos dos filhos e acostumá-los a andar com
documentos. Apesar de Heliópolis ser uma cidade considerada pequena, já não se
pode confiar mais em crianças brincado livremente pelas ruas. Como há muitos
adolescentes que estudam pela noite, haverá regras para o deslocamento da
escola para a casa e isto também será detalhado na audiência pública.
Não se pode acreditar que os diversos problemas
enfrentados pela infância e juventude sejam resolvidos com tais medidas.
Sabemos que o tripé família, estado e escola é fundamental para a formação dos
nossos jovens. Basta que um deles falhe para que o adolescente tenha motivos
suficientes para desistir de ser e de estar. O estado está tentando fazer sua
parte e, se aplicada perfeitamente, restará a ação primordial e corriqueira dos
entes familiares no lapidar comportamental, moral e ético dos filhos.
Heliópolis tem final de semana violento
José Luciano morreu no local e deixa uma filha |
O ano de 2016 ficará marcado como
um dos mais violentos da história de Heliópolis e este final de semana, 10 e 11
de dezembro, foi certamente o mais violento da história do município. Até aqui
foram contabilizados dois assaltos a mão armada, três pessoas baleadas e um
morto a tiros. Dos feridos, um está à beira da morte. Não há necessidade dizer
que há urgência para uma tomada de atitude. A outrora pacata Heliópolis já
desponta como uma cidade violenta e parece que as autoridades que cuidam da
segurança pública ainda não estão sensibilizadas.
Tudo começou no início da noite
deste sábado (10). Dois homens armados fizeram um arrastão no povoado Tijuco.
Além de assaltar populares, raparam os caixas do posto de gasolina do povoado.
Ainda não há maiores detalhes porque nada foi registrado oficialmente, mas
populares informam que os mesmos bandidos estiveram no povoado Farmácia, por
volta das 20:30 horas e tentaram fazer outro arrastão. Alguém deve ter reagido
ou os bandidos ficaram afobados porque começaram a atirar. Os disparos atingiram
o dono do bar, Agnaldo Guerra, conhecido popularmente por Naná de Guerrinha, de
46 anos, e Vagner Nobre dos Santos, de 35 anos. Agnaldo foi atingido no braço e
Vagner levou um tiro nas costas, onde a bala ficou alojada. Os dois não correm
risco de vida e estão sendo atendidos no Hospital Santa Teresa em Ribeira do Pombal.
Os bandidos fugiram e ninguém mais teve notícia.
Mas parecia que a noite não seria
de paz. Em Heliópolis, no bar de Pedro Veloso, na Avenida 7 de Setembro, bem no
centro da cidade, uma banda se apresentava e o povo se divertia para espantar o
cansaço da semana de trabalho. Eram 1 hora e 15 minutos quando cinco tiros
foram disparados impiedosamente. A banda parou, o povo correu e dois corpos
tombavam. Dois homens, ainda não identificados, aproximaram-se de dois irmãos
que se divertiam e apenas disseram: “Já compraram os caixões? ”Na sequência
veio a carnificina.
Cristiano (esq.) agoniza antes do socorro e José Luciano (dir) já morto. (foto: WhatsApp) |
Os tiros foram disparados nas
cabeças das vítimas, em clara evidência de execução. O primeiro a tombar foi
José Luciano Alves dos Santos, natural da cidade de Fátima e morador na Avenida
Helvécio Pereira de Santana, em Heliópolis, na saída para Poço Verde-Se. Tinha
23 anos e há poucos dias retornou de São Paulo. Deixou órfã uma filha. O outro,
Cristiano dos Santos Neves, tem apenas 16 anos e foi socorrido e levado para
Aracaju. Até o fechamento desta postagem, familiares dizem que o estado dele é
gravíssimo, mas que ainda resistia.
O corpo de José Luciano ainda
está exposto no passeio público do bar de Pedro Veloso, dez horas depois do fato
acontecido. Policiais militares apareceram agora pela manhã e colheram
documentos. O corpo aguarda o IML – Instituto Médio Legal – de Euclides da
Cunha, a 140 quilômetros, ou de Juazeiro, a 370 quilômetros. A Bahia grande e
querida, que cabe inteira no coração dos baianos, ainda não atende
satisfatoriamente seus filhos nas necessidades básicas. São anos de promessas
de melhoria na educação, na saúde e na segurança pública e nada melhora, nada
avança. Continuamos estagnados.
Logo, logo vão aparecer os
teóricos a dizer que a culpa é do mundo das drogas, mas a verdade está muito
além disso. Qualquer bandido pé-de-chinelo perdeu o medo do estado. O mesmo estado
que prende, é o mesmo que solta. O mesmo estado que educa também marginaliza.
Há muita coisa que precisa ser corrigida. Para isso, é preciso uma tomada de
consciência. Não acredito numa reviravolta na mentalidade dos nossos políticos
encastelados nos altos cargos da República. Eles querem o poder e pouco estão
se importando se há queima-de-arquivo, morte por vingança, latrocínios e
execuções. É povo matando povo. Virou coisa tão comum que uma vida vale menos
que um telefone celular.
Informações colhidas entre
populares dão conta de que o assassinato de Luciano tem a ver ainda com os
extermínios conhecidos do município de Poço Verde. Ou seja, mesmo após a morte
de José Augusto, nossos jovens continuam sendo executados. Duro é saber que há
pessoas de notório saber pregando nas redes sociais que “bandido bom é bandido
morto”. Além de colocar todos numa agenda só, sem ao menos direito ter a uma
investigação policial, estão condenando nossa juventude a viver a era da
oportunidade única, mesmo com uma educação de péssima qualidade, numa sociedade
administrada pelos mais variados corruptos. Será que vamos ter que aguardar
aparecer um Sérgio Moro na segurança pública?
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