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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Chapa da oposição ainda aguarda deferimento

Todas candidaturas para o pleito eleitoral deste ano em Heliópolis foram deferidas pela Justiça Eleitoral, exceto três. Uma foi devido à renúncia. Trata-se do candidato a vereador Beto de Teresa, da coligação Pra Heliópolis continuar a sorrir. As outras duas candidaturas são a de José Mendonça Dantas e Aroaldo Barbosa de Andrade. O problema está na já divulgada questão do candidato a vice, Aroaldo, impugnado pelo Ministério Público e pela coligação liderada pelo prefeito Ildinho, do PSL. O candidato a prefeito Mendonça, do PCdoB, não apresenta nenhum problema, mas a chapa é julgada em conjunto. A coligação liderada pelo PCdoB tem até o dia 12 de setembro para substituir o vice, caso queira. 
Com a renúncia de Beto de Teresa, estão aptos a disputar as nove vagas da Câmara Municipal 25 candidatos. Na verdade, são apenas 20 porque as quatro candidatas da coligação A mudança se faz com todas as forças, registrou candidatura apenas para cumprir a norma eleitoral. Há inclusive a irmã e a esposa de um dos candidatos. Já da coligação liderada pelo PSL do prefeito Ildinho, o candidato a vereador Toxó não vai concorrer. Portanto, são 12 candidatos pela coligação Pra Heliópolis continuar a sorrir e 8 pela coligação liderada pelo PCdoB. Veja quem está concorrendo em Heliópolis:

A devoradora de sonhos

                                                                Landisvalth Lima
O Senado aprovou nesta quarta-feira (31) o impeachment de Dilma. Foram 61 votos a favor, sete a mais do que os 54 necessários, e 20 contrários. Todos os senadores estiveram presentes e nenhum se absteve. Com o resultado, Dilma é afastada definitivamente da Presidência um ano e oito meses depois de assumir seu segundo mandato. Eleito vice na chapa da petista em 2014, Temer deixa de ser interino e assumiu definitivamente nesta tarde o cargo até o fim de 2018. Com Dilma caem os sonhos da classe média de ver um país mais justo, mais humano e para todos.
A história começa com Lula bem lá atrás. Sindicatos, Une, partidos de esquerda, profissionais liberais e várias instituições apostaram todas as fichas num governo democrático, popular e humanista. Depois de três eleições perdidas, aprendendo com os erros, a esquerda uniu-se a uma parcela do empresariado, também igualmente preocupada com os rumos do segundo governo de FHC. Não deu outra. Lula vira presidente, escolhido democraticamente, tanto para ser o candidato como para ser o presidente. Seu primeiro governo foi fulminante no sentido de promover uma grande distribuição de renda. Lula apostou no consumo e o país cresceu a níveis nunca antes visto na história.
Paralelamente ao crescimento, começam a surgir denúncias de aparelhamento do estado e corrupção em escala também nunca vista na história do país. A cúpula esquerdista guiada por Lula adotou um projeto de desgoverno para continuar no governo. Mensalão, petrolão e outras desgraças tomaram conta da máquina pública. O PT, cada vez mais, fazia campanhas milionárias. Parecia querer dominar todas as estruturas do país, além de investir no populismo socialista dos países vizinhos e em Cuba.
Hoje sabemos que já não era um projeto de governo. Usaram os recursos parcos do país para financiar um projeto de domínio político. Pasadena, BNDES, Eletrobrás e tantas outras estatais foram as galinhas de ouro da manutenção do poder e do enriquecimento ilícito de algumas figuras carimbadas do socialismo mítico. Não era mais um grupo que estava no poder. Era uma quadrilha que sugava o poder do povo brasileiro, o trabalho de anos, a saúde da economia e o atendimento público em diversas áreas. Os programas sociais foram apenas armadilhas para iludir o povo.
Dilma foi alçada à condição de presidente, tirada do bolso do colete de Lula, porque era a administradora perfeita: incapaz e arrogante. É um tipo que jamais vai fazer um mea culpa e adora ser paparicada por puxadores de sacos. Todos os seus erros foram sempre direcionados a alguém ou a algo. Rede Globo, revista Veja, O imperialismo americano, a crise internacional, seus opositores, FHC, os derrotados que não sabem perder, Eduardo Cunha e por aí vai. Com o seu pensador João Santana, criava um país chamado Brasil distante de toda a realidade factual.
Com Dilma, veremos o capítulo quase final de um sonho que não se concretizou, não porque os inimigos quiseram, mas porque o PT e seus aliados nunca o sonharam realmente. A questão era o poder pelo poder. Será difícil tão breve elegermos alguém em condições de concretizar verdadeiramente este tão desejado sonho. É verdade que temos ainda Marina Silva, Regulffe, Cristovão Buarque, Pedro Simon, Heloisa Helena, mas tão distantes, separados por siglas que não têm forças dos polos que regulam econômica e ideologicamente o Brasil. A elite está com quem estiver no poder e os movimentos sociais ainda não acordaram. Vivem o mito do golpe que jamais aconteceu, mera saída para esconder o fracasso do PT. 
Um bom começo seria reconhecer os erros e iniciar tudo por uma ótima mais moderna e que se coadune com o mediano pensamento da esquerda inteligente e combativa, primando pela honestidade como caminho primordial. Mas, o que se vê é a ex-presidente Dilma Rousseff afirmar, em um duro pronunciamento feito no Palácio do Alvorada, em Brasília, na tarde desta quarta-feira (31), que o impeachment é um "golpe parlamentar" e prometeu fazer forte oposição ao governo Michel Temer (PMDB). "Eles pensam que nos venceram, mas estão enganados. Sei que todos vamos lutar. Haverá contra eles a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer", disse. Parece até o rugir de um leão. Mas quem não conseguiu mais de 20 votos, num Senado onde já teve 53, está mais para gatinho. Esse falso rugir é apenas fumaça para esconder o som de uma missa de réquiem dos sonhos de uma geração inteira. Que o tempo a coloque no ostracismo. 

Ildinho faz comício para 4 mil pessoas


Ildinho reúne 4 mil pessoas em Heliópolis (foto: Landisvalth Lima)
O prefeito Ildinho, candidato à reeleição pela coligação Pra Heliópolis continuar a sorrir, composta pelos partidos PSL, PROS, REDE, PTC, PSDB, PTN, PSC, PSD, PR, PDT e PMDB deu resposta significativa na busca de mais um mandato à frente da Prefeitura Municipal de Heliópolis. No último domingo (28) fez comício na inauguração do Comitê Eleitoral, na avenida Sete de Setembro, e reuniu cerca de quatro mil pessoas.
A movimentação começou por volta das 15 horas ao longo da BA-393, em frente ao Posto Nilo, no bairro Caiçara. Pessoas vindas de todos os recantos do município, em vários meios de transporte, preencheram os espaços com sua alegria. Formou-se então uma carreata monstruosa, causando engarrafamento na entrada da cidade. Todos seguiram em direção ao Comitê Eleitoral. Em seguida, uma multidão percorreu algumas ruas e avenidas, para, logo depois, seguirem novamente ao Comitê do 17.
Em um palanque armado no início da Praça José Dantas de Souza, vários candidatos usaram a palavra e outros foram anunciados. Maria de Renilson, Professora Suiane, Vereador Valdelício, Sabiá da Viuveira, Jane de Zé Sertão, Van da Barreira, Vereador José Clóvis, Vereadora Ana Dalva, Vereador Ronaldo Santana, Nilda Santana, Dé Correia e o professor José Quelton. Também usou a palavra o secretário de administração e finanças Beto Fonseca, que fez um apanhado das realizações do prefeito Ildinho e defendeu sua mãe, Santaninha, dos ataques dos opositores.
Em seguida falou o candidato a vice-prefeito na chapa, o ex-prefeito Zé do Sertão. Seu pronunciamento causou um mal-estar entre os candidatos a vereador. Ele pediu votos só para a chapa de prefeito e para sua filha, que é candidata a vereadora. Um candidato a vereador chegou a afirmar que o dia estava perfeito, mas sempre acontece algo para atrapalhar. Todos foram unânimes em dizer que o candidato a vice foi deselegante. Nem mesmo aqueles que defenderam o seu nome no dia da convenção gostaram da atitude.
Mas, logo em seguida, a alegria voltou. Ildinho usou a palavra, descontraiu e arrancou aplausos da multidão quando disse que não estava com alguns políticos porque eles levavam todo o dinheiro da prefeitura e não sobrava para as necessidades do povo. Também foi fortemente aplaudido quando disse que fazia uma administração para deixar bem longe a Polícia Federal de sua porta. Mesmo com uma pequena chuva que caia, do começo ao fim, a multidão não arredou pé. Se o pontapé inicial é fundamental para a vitória, o prefeito Ildinho já o fez com eficiência.
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