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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

VIII - Poucas & Boas

Jacozinho dá show de bola na Praia do Francês - AL (foto: Landisvalth Lima)
     Jacozinho
Ele vive a vida equilibrando uma bola na cabeça. Corre entre as barracas da Praia do Francês, em Marechal Deodoro, Alagoas, mostrando toda habilidade que tem com a redonda. O nome dele é Jacozinho, estrela alagoana na arte do domínio da bola. Perguntado por que não virou jogador de futebol, disse que trabalhava nas usinas e não tinha tempo de tentar a vida como profissional da bola. Como é possível viver disso? Por que não se inscreve num desses quadros da TV, como o Domingão do Faustão? Ele responde que já fez isso e está aguardando ser chamado. Enquanto isso, vai equilibrando sua bola e recebendo 1, 2, 5, 10 reais. “Dá para ir vivendo enquanto tenho saúde.”. E lá vai Jacozinho com a bola na cabeça rebolando e arrancando sorrisos.
Oportunidade de ouro
Um empresário está se queixando que ficou menos rico nestas eleições. Gastou 750 mil reais em determinado candidato e perdeu a peleja. Para minorar seu sofrimento, está vendendo uma fazenda de 300 tarefas por 300 mil reais. Na próxima eleição, caso o leitor queira se candidatar, procure-o. Não precisa ser sério, ter caráter, ser bom administrador, ter um bom discurso, ética e boas intenções. Nem mesmo se preocupe em ter um bom programa para a cidade. Basta oferecer a garantia de que o dinheiro investido será reembolsado, acrescido do que o empresário perdeu nas duas últimas eleições. Ah! Não se esqueça dos juros!
Leis de papel
O texto anterior mostra a falácia da Lei Eleitoral. Gastam fortunas debaixo dos nossos narizes e ainda me vem a Justiça dizer que o gasto maior permitido é de 108 mil para prefeito e 10 mil para vereador. Observe que um só apoiador gastou 750 mil paus. Se juntássemos todos os candidatos da coligação apoiada por ele, o gasto maior seria de 188 mil. É o país do faz-de-conta e parece que demoraremos algum tempo para acabar com isso. E ainda tem gente que diz que estamos numa plena democracia. É para rir!
Desafio
O prefeito eleito de Poço Verde, Iggor Oliveira, já está se movimentando para tentar colocar o município em ordem. O novo alcaide, que toma posse em janeiro de 2017, quer entrar com o pé direito. E sua vida não será fácil. Receberá uma prefeitura aos pedaços, uma verdadeira herança maldita. Primeiro desafio será colocar a casa em ordem, pagar fornecedores e regularizar a folha de pagamento dos funcionários. Só depois pensará em investimentos. Mas, caso consiga regularizar tudo, Iggor deixará para trás a desconfiança de seguir os rastros do pai.
Velho estilo
Um prefeito reeleito de nossa região deu a senha para se saber como ele consegue confirmar os números das pesquisas, todas elas favoráveis ao seu nome. “Eu atendo os meus vereadores e candidatos. Eleito, vou precisar da confiança deles. Não adianta só fazer o meu nome. Sem apoio dos vereadores, prefeito não vai para terra nenhuma. Veja se algum pulou para o outro lado? Até quando eu não posso fazer o que o vereador quer, vou com ele mostrar porque não posso. A relação minha com o candidato ou vereador é de perfeita interação.” E ainda confessou: “Não publique isso nem o meu nome, mas até quando negociamos com uma família, o nome do vereador daquela região é colocado no negócio.” Venceu com uma margem significativa e ainda fez a maioria esmagadora da Câmara Municipal. Quanto aos adversários, foi taxativo: “Só tem direito ao que é de direito, mesmo assim faço de cara feia!”. Quem se lembra deste velho estilo?
Os vices
Depois que ficaram claras as intenções malévolas do futuro vice-prefeito do prefeito Ildinho, alguns seguem comparando o atual vice com o futuro. Mesmo sabendo que os dois romperam com Ildinho, acreditamos que o prefeito deve sentir muitas saudades do atual vice. Pelo menos, na campanha, Gama Neves foi um braço direito. Zé do Sertão arranjou problemas antes mesmo do começo do processo, e até hoje ainda é uma ameaça. Ildinho não está feliz com a situação, mas segue cuidando de sua saúde. O seu índice glicêmico está em 89. Muito bom.
Cinco minutos
A sessão plenária da Câmara Municipal de Heliópolis, realizada na última segunda-feira (07), foi a mais rápida dos últimos tempos. Durou apenas cinco minutos. O vereador Claudivan, vice-presidente, abriu a sessão, promoveu a leitura da ata e encerrou a reunião. Faltaram Giomar Evangelista, Doriedson Oliveira, José Mendonça e Valdelício de Gabriel. Nada de votação da Lei Orçamentária de 2017.
Caindo fora
Embora ainda tenha na Bahia os melhores índices de apoio popular, o Partido dos Trabalhadores está sendo esvaziado. Fala-se até que o governador Rui Costa está mudando de sigla partidária. Tem gente que jura que ele vai para o PDT. Também, para evitar uma queda esmagadora na câmara dos deputados, como a que ocorreu nas prefeituras, deve lançar grandes nomes como candidatos a federal. Um dos prováveis é o ex-governador Jaques Wagner. É bom lembrar que o PT tinha 638 prefeituras, agora tem pouco mais de 200. Na câmara, PT, PSOL e PCdoB têm 89 deputados. A previsão é que não façam metade disso nas próximas eleições.
Barbárie
Um filho mata a mãe em Cícero Dantas, dois mortos em menos de uma semana em Poço Verde, dois palhaços invadem uma revendedora de motos em Lagarto e executam um funcionário... São incontáveis as execuções em nossa região. Vivemos a época da barbárie. Estatísticas mostram que a vida no Brasil perdeu o valor. São 70 mil assassinatos por ano, muito mais do que matam na Síria. É uma guerra silenciosa. Enquanto isso, alguns grupos insistem em priorizar a luta dos homossexuais, trans e outras vocações como bandeira número um do Brasil.