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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Mulher assassinada em Poço Verde

Desta vez o crime foi passional. Suspeito do crime é conhecido por Cigano. Ele matou companheira na própria residência dela.
Edimária foi encontrada com uma faca na boca
Poço Verde vive novamente o terror dos assassinatos. Desta vez foi uma mulher identificada como Edimária Rocha Silva Brito, que completaria 31 anos no mês de setembro. Ela foi assassinada com golpes de faca de serra na noite desta quinta-feira, 19, dentro da residência da vítima, no conjunto Senador Valadares, na cidade de Poço Verde. O companheiro da vítima, conhecido na comunidade como Cigano, figura como principal suspeito. Ele fugiu, pulando o muro do quintal da casa, segundo informações do sargento José Antônio da Silva, que integra a equipe da 4ª Companhia do 7º Batalhão da Polícia Militar.
Edimária tinha 30 anos e 3 filhos (foto:A8)
Conforme o sargento, o casal estava se divertindo a sós. Cigano já havia tido um relacionamento com Edimária por alguns meses. De acordo com o irmão da vítima, José Rocha, na noite de quinta-feira (19), ele recebeu uma ligação da irmã e ela informou que estava com o ex-companheiro. “Ela me ligou e perguntou onde eu estava, eu disse que estava trabalhando em Aracaju e que depois voltaria para Simão Dias. Quando eu perguntei o que ela estava fazendo, ela me disse que estava em casa e bebendo com Cigano”, declarou José. Os primeiros levantamentos realizados pela equipe da 4ª Cia, por volta das 23h30, uma vizinha do casal ligou para a Polícia Militar e informou que havia uma mulher ferida no quintal da residência. Segundo informações inicias, Edmaria e o acusado teriam começado uma discussão, em seguida ele pegou uma faca de cozinha e a matou na sala de casa. Após assassinar a vítima, o suspeito ainda a arrastou pelos cabelos até o quintal da casa.
Cigano, procurado por feminicídio (foto: divulgação)
Os policiais seguiram para o local indicado e lá encontraram a vítima caída no quintal com uma faca de serra dentro da boca. “Não tinha como prestar mais socorro, ela já estava morta”, conta o policial. O companheiro da vítima teria fugido após o crime, pulando o muro do quintal. A equipe da PM realizou buscas, mas até o momento não localizou o suspeito. A equipe colheu informações junto a família e há denúncias de que Cigano já teria agredido a companheira.
Edmaria Rocha Silva, 30 anos, foi mais uma vítima da violência contra a mulher em Sergipe. Ela deixou três filhos de outro casamento. Há informações de que dois desses filhos estavam no local quando os dois discutiam, uma menina de 7 anos e o menino de 10, segundo informou o irmão da vítima.

Informações do portal Infonet, do A8 - do R7 e do Gilson de Oliveira.  

Aulas começam nesta quinta-feira em duas escolas estaduais em Poço Verde

CEPJO sem previsão do início das aulas em 2015
A escola estadual do povoado São José e a Sebastião da Fonseca foram as únicas das cinco escolas liberadas para iniciar o ano letivo de 2015. Uma vistoria realizada nesta quarta-feira, 18, pelo juiz da comarca do município, Antônio Carlos de Souza Martins, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial de Ensino (Sintese) e prepostos da SEED, atestou que as outras três, a Escola Estadual Antônio Muniz, Escola Epifânio Dória o Colégio Estadual Prof. João de Oliveira não seguiram a determinação contida na sentença judicial e terá que aguardar.  
Na verdade, pouca coisa foi feita pela Secretaria de Educação. Quando algumas mães indagaram ao Dr. Antônio Carlos sobre a situação, ele foi taxativo em dizer que o problema estava com a Seed. Inclusive, a escola São José foi recentemente reformada e o laudo dos Bombeiros e Vigilância deram condições dela funcionar. A Sebastião da Fonseca também foi recém reformada e apesar de ainda ter alguns reparos a fazer, foi liberada. A mais precária de todas é a Epifânio Dória. No João de Oliveira, as instalações elétricas e as providências com acomodação dos botijões de gás precisam de atenção.  
Dilma está com 16% no Nordeste
Pesquisa Datafolha realizada entre segunda (16) e terça-feira (17) com 2.842 entrevistados em 172 municípios aponta que a aprovação do governo Dilma Rousseff (PT) caiu de 45% para 16% na região Nordeste, onde a presidente obteve votação expressiva em sua reeleição. A gestão petista atinge patamares de reprovação similares ao período de instabilidade dos governos José Sarney e Fernando Collor. Na pesquisa, 28% avaliam o governo Dilma como regular e 55% ruim ou péssimo. De acordo com análise elabora pelo diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, com exceção dos simpatizantes do PT e de seus eleitores, todos os segmentos socioeconômicos, políticos ou demográficos reprovam o governo e, pela primeira vez, a maioria da população com menor renda e escolaridade avalia a gestão petista como ruim ou péssima.
Cunha anunciou demissão de Cid Gomes primeiro
Cid Gomes demitido
De ter sido um momento de grande satisfação para o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O presidente da Câmara dos Deputados anunciou a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes, na tarde desta quarta-feira (18). De acordo a jornalista Vera Magalhães, da Folha, Cunha foi avisado pelo ministro da Casa Civil. ''Quero anunciar aqui o comunicado que recebi do ministro chefe da Casa Civil: o ministro Cid Gomes está demitido'', afirmou o presidente da Casa. Nesta quarta, Cid foi ao plenário da Câmara e reafirmou que “há achacadores entre os deputados”. Com as palavras, Gomes criou mais um embate entre o governo e o Congresso. Além disso, dirigindo-se a Eduardo Cunha, que na semana passada o qualificou de mal educado por conta das afirmações, disse: “É melhor ser acusado de ser mal educado do que (ser acusado) de fazer achaque”. Parlamentares da base do governo que não votam de acordo com a orientação do Planalto devem "largar o osso" e ir para a oposição, disse o ministro da Educação, Cid Gomes, no plenário da Câmara dos Deputados. Ele participou de comissão geral na Câmara, em sessão convocada para o ministro explicar declaração feita por ele de que haveria no Congresso "300 ou 400 achacadores" que se aproveitam da fragilidade do governo. A comissão geral transformou-se em um grande bate-boca. Até mesmo dizer que Cid Gomes tem razão é uma forma de perceber o quão baixa está a política no país.

O tormento dos inocentes

                                               Landisvalth Lima
O atual presidente da Câmara Municipal de Heliópolis está passando por sua prova política mais importante. Se não servir para ajudá-lo nas lutas futuras por mandatos, pelo menos confirmará para ele algumas máximas do jogo da política. A primeira é que ter maioria não significa poder fazer o que quiser; a segunda é que não se faz política vitoriosa sem diálogo e humildade. Essa terceira vai por minha conta: vaidade é um tiro que sai pela culatra. E poderia dizer outras, mas o artigo ficaria enorme e poderia provocar depressão no vereador Giomar Evangelista.
Nosso protagonista hoje ocupa o segundo cargo mais importante do município de Heliópolis. É vereador, como muitos, de segundo mandato. Ao saber que tinha os cinco votos garantidos na oposição, colocou seu nome em caráter irrevogável. Ou era da oposição ou era da situação, mas queria ser o presidente da Câmara. Giomar tirou do caminho os nomes de Claudivan e de Mendonça. Sua pretensão era justa, mas ele foi com muita sede ao pote. Já na preparação dizia que faria com o prefeito isso mais aquilo. Ildinho logo tirou seu nome do rol de possíveis nomes para dialogar. Aí vieram as discussões para aprovação do Orçamento. A oposição se fechou. Não abriu possibilidade de diálogo. Ildinho chegou a propor votar em Claudivan para a presidência em troca da aprovação do projeto em acordo, mas Giomar deu a vice ao colega, com possibilidades de assumir um ano depois. Tudo resolvido. Os opositores ao prefeito aprovaram a emenda do QDD da Câmara Municipal e só deram os 20% de suplementação. Fizeram cabelo, barba, bigode e cavanhaque.
Dia 30 de dezembro, um dia após a aprovação do Orçamento, Ildinho veta a emenda do QDD, alegando inconstitucionalidade. No mesmo dia Giomar liga para Ana Dalva diversas vezes. Na minha cabeça, ele cobrava o autógrafo com o veto. Nada disso. Queria as gravações dos discursos do Plenário, coisa que já havia sido transcrito para as atas, aprovado por todos e apagado dos computadores. Para que Giomar queria as gravações? Provavelmente para fazer marketing da sua eleição para o cargo. Quando Ana Dalva fechou tudo e encerrou sua participação, viajou para Aracaju. Giomar colocava um carro de som para sua posse. Queria festa, e fez. Foi uma rajada intensa de fogos. Parecia que havia sido eleito para o lugar de Dilma Rousseff. Ele nem imaginava que a emenda do QDD daria uma enorme dor de cabeça.
Dia 8 de Janeiro, o prefeito Ildinho manda publicar no Diário Oficial a parte sancionada do Lei Orçamentária Anual, claro, sem a parte vetada. Outro indicativo para que Giomar olhasse o veto e tomasse providências. Ele teria apenas que convocar extraordinariamente a Câmara para uma sessão e derrubar o veto do prefeito. Bastavam para isso ter 5 votos. E ele tinha. Mas, tomado ainda pela vaidade traiçoeira do cargo, não percebeu a série de erros já cometidos. E começou a gastar por conta. Contratou para a contabilidade uma empresa, para a alimentação do SIGA uma outra e ainda outra para atos administrativos. Nove mil reais por mês. Além disso, tinha do seu lado um dos vereadores mais experientes na administração de câmaras, o vereador José Mendonça Dantas. Com tanta empresa e com aliados de longa caminhada no ramo, não tinha porque dar errado!
Aí começam as dissonâncias. Dia 20 de janeiro, Giomar Evangelista manda publicar o QDD da Câmara, vetado pelo prefeito Ildinho. O certo era trabalhar com o QDD do Orçamento anterior, a partir da publicação de um Decreto. Insistiu rabalhar com uma rubrica que não está em nenhuma lei e isso compromete seriamente suas contas. Para piorar a ópera, talvez tentando consertar o que já estava ruim, colocou em votação na última sessão, segunda-feira (16 de março), o veto do prefeito. Apesar de garantir os cinco votos, tratava-se de matéria vencida. Ele teria apenas 30 dias, a partir da publicação do veto, para fazer isso. Giomar está enrolado até os dentes.
Não tem jeito de isso não ser resolvido na Justiça. O prefeito informou que já entrou com processo na vara comum e a bancada do governo vai entrar com outro. E tudo isso começou lá atrás, quando o PCdoB jogou por terra o esforço de dois anos da vereadora Ana Dalva de transformar as ações da Câmara Municipal em elementos pautados na melhoria da qualidade de vida do povo e não viver o Poder Legislativo numa eterna guerra entre Pardais e Bem-te-vis, numa política medieval e idiota que não leva o município a lugar nenhum. E tudo isso estava bem quando a oposição era minoria. Com o voto de Valdelício, levado gentilmente pelo vice-prefeito Gama Neves, para se vingar de Ildinho, a oposição encheu o peito de vaidade e soltou o verbo consagrado do “aqui quem manda somos nós!" 
Além de agora está sendo reconhecido o trabalho de Ana Dalva, a ponto de já ter vereador arrependido de não votar na sua reeleição, cabe alguns questionamentos para que o vereador Giomar Evangelista pense e, apesar dos problemas, tente consertar tudo. São só questionamentos e não afirmações. O primeiro é que estaria mesmo Gama Neves tentando atingir Ildinho ou desgastando um possível nome que poderia atrapalhar sua indicação para prefeito em 2016? Vou mudar a pergunta: Será que Gama Neves atirou no viu e matou o que não viu? Outra: com a experiência de Mendonça, se ele estivesse na presidência, cometeria tantos erros em sequência? Ou melhor: não estaria Mendonça deixando o companheiro cair em desgraça para que o caminho de sua candidatura a prefeito estivesse livre? Pode ser só bobagem de minha parte, mas em política nós não podemos descartar nenhuma hipótese. Nem mesmo a hipótese da completa e total esperteza do vereador Giomar pode ser eliminada. Ocorre que, até aqui, neste cenário, só há enredo para a construção de um filme: O tormento dos inocentes.

Dilma é reprovada por 62%, segundo Datafolha

                          Agência O Globo/Jornal O Globo
Dilma tem popularidade baixa recorde (foto: O Globo)
Segundo pesquisa Datafolha, 62% dos brasileiros consideram a gestão da presidente Dilma Rousseff como ruim ou péssima. A impopularidade de Dilma subiu 18 pontos comparada ao levantamento anterior do instituto em fevereiro.
É a mais alta taxa de reprovação de um mandatário desde setembro de 1992, véspera do impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, que era de 68%.
Apenas 13% classificam o governo de Dilma como ótimo ou bom, uma queda de de dez pontos em relação à pesquisa anterior.
A pesquisa foi feita com 2.842 eleitores logo após as manifestações contra Dilma no domingo. O levantamento, que tem dois pontos percentuais de margem de erro, mostra a deterioração da popularidade de Dilma em todos os segmentos sociais e em todos as regiões do país.
As taxas mais altas de rejeição da presidente estão nas regiões Centro-oeste (75%) e Sudeste (66%), nos municípios com mais de 200 mil habitantes (66%), entre os eleitores com escolaridade média (66%) e no grupo dos que têm renda mensal familiar de 2 a 5 salários mínimos (66%). A maior taxa de aprovação está na região Norte, com 21%. No Nordeste, 16% dos seus habitantes aprovam o governo de Dilma.
A presidente obteve nota 3,7, a pior desde a chegada de Dilma à Presidência, em 2011. Em fevereiro a nota média era 4,8. No primeiro mandato, a pior média foi 5,6, em junho e julho de 2014.
A pesquisa também mostra que somente 9% consideram ótimo ou bom o desempenho do Congresso. Para 50% a atuação dos deputados e senadores é ruim ou péssima.

O próprio Planalto diz que País vive 'caos político'

                       Por Valmar Hupsel Filho e Ricardo Galhardo - Estadão Conteúdo.  
Manifestações do dia 15 de março atordoaram o governo do PT (foto: Estadão)
Documento reservado do Palácio do Planalto admite que o governo tem adotado uma comunicação "errática" desde a reeleição da presidente Dilma Rousseff, afirma que seus apoiadores estão levando uma "goleada" da oposição nas redes sociais e aponta como saída para reverter o "caos político" e o quadro pós-manifestações o investimento maciço em publicidade oficial em São Paulo, cidade administrada pelo petista Fernando Haddad onde se concentra, atualmente, a maior rejeição ao PT.
Elaborado pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, comandada pelo ministro Thomas Traumann, o documento não assinado circulou dentro do governo e foi revelado com exclusividade pelo portal estadão.com.br às 17h11 de terça-feira, 17.
O texto cita, em tom de alerta, pesquisa telefônica recente feita pelo Ibope a pedido do Planalto na qual 32% dos entrevistados disseram ter mudado de opinião negativamente sobre o governo nos últimos seis meses - ou seja, da campanha de outubro até agora. Conclui que o País passa por um "caos político" e admite: "Não será fácil virar o jogo".
O documento é dividido em três partes: "Onde estamos", "Como chegamos até aqui" e "Como virar o jogo". A primeira faz um diagnóstico do momento e admite erros de ação nas redes sociais. "A comunicação é o mordomo das crises. Em qualquer caos político, há sempre um que aponte 'a culpa é da comunicação'. Desta vez, não há dúvidas de que a comunicação foi errada e errática. Mas a crise é maior do que isso.">Após o mea-culpa, o governo tenta dividir o ônus da crise.
"Ironicamente, hoje são os eleitores de Dilma e Lula que estão acomodados com o celular na mão enquanto a oposição bate panela. Dá para recuperar as redes, mas é preciso, antes, recuperar as ruas."
Erros
No segundo capítulo é feito um inventário dos erros acumulados desde 2010 para explicar o momento atual. "O início do primeiro governo Dilma foi de rompimento com a militância digital", diz um trecho. Os motivos seriam a política de defesa dos direitos autorais implementada pela ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda e o distanciamento com os blogueiros ditos progressistas na gestão de Helena Chagas na Secom.
"O fim do diálogo com os blogs pela Secom gerou um isolamento do governo federal com as redes que só foi plenamente restabelecido durante a campanha eleitoral de 2014", diz o texto. "Em 2015 o erro de 2011 foi repetido", completa. O documento aponta a escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Economia e as medidas de ajuste fiscal para explicar um "movimento impressionante" de "descolamento entre o governo e sua militância" a partir de novembro.
Esse movimento, segundo a análise, foi intensificado pelo "desastrado" anúncio de corte no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e subida do preço da gasolina e da energia elétrica, além das denúncias de corrupção na Petrobras. E faz uma crítica ao discurso usado até aqui pelo próprio governo e pelo PT.
"Não adianta falar que a inflação está sob controle quando o eleitor vê o preço da gasolina subir 20% de novembro para cá ou sua conta de luz saltar em 33%. O dado oficial IPCA conta menos do que ele sente no bolso. Assim como um senador tucano (Antonio Anastasia, MG) na lista da Lava Jato não altera o fato de que o grosso do escândalo ocorreu na gestão do PT."
O texto cita o "sentimento de abandono e traição" entre os dilmistas e aponta a necessidade de aceitar esta "mágoa" como estratégia de reação.
Isolamento
O texto indica claramente que o isolamento da presidente da eleição até o carnaval contribuiu para a intensificar a crise e cobra ação dos parlamentares do PT que, segundo a análise, deixaram de defender o governo. "Hoje, a página do deputado Jean Wyllys, do PSOL, tem um peso maior que quase toda a bancada federal", compara. A avaliação é que a estratégia atual de comunicação atinge apenas o eleitorado de Dilma e não é capaz de chegar ao grosso do eleitorado.
Para "virar o jogo", o texto sugere mais exposição de Dilma, "não importa quantos panelaços eles façam", além de alterações no núcleo de Comunicação Social, concentrando sob a mesma coordenação a Voz do Brasil, as páginas oficiais na internet e a Agência Brasil. A principal sugestão, no entanto, é concentrar os investimentos de comunicação em São Paulo, em parceria com Haddad, que também sofre com baixos índices de aprovação. "Há uma relação direta entre um e outro." 
O texto termina com uma analogia entre a situação atual e o terremoto que destruiu Lisboa em 1755 e deixou 10 mil mortos. Na ocasião, o rei d. José teria pedido sugestão ao marquês de Alorna, que recomendou: "Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos". "Significa que não podemos deixar que ocorra um novo tremor enquanto estamos cuidando dos vivos e salvando o que restou", diz o documento.

Caso Duque: e agora Teori?

A CIA está por trás dos PROTESTOS no Brasil?

PSB divulga nota sobre as manifestações

A dimensão das manifestações populares que tomaram o País neste domingo não chega a ser uma surpresa, mesmo talvez para aqueles que acompanham à distância a evolução do cenário. Antes que o sentimento de indignação se resolvesse em uma mobilização que beira a casa de um milhão de pessoas Brasil afora, já havia sinais claros de que a insatisfação se espraiava pela sociedade.
Se partirmos do que é mais recente e, portanto, está mais claro na memória de todos, disseminou-se entre nós a velha sensação de que eleição é uma coisa e a vida real, outra, às vezes completamente diferentes. Deste modo, um governo que minorou a escala da crise que se aproximava e prometeu tratá-la fora do receituário conservador, eleito, apresenta a primeira conta dos ajustes, sabidamente necessários muito antes das definições eleitorais, a ninguém mais que a gente simples, trabalhadores e pensionistas em especial.
O que anima a indignação, em grande parte, é justamente esta contradição e, por trás dela, o faro apurado da sabedoria popular. O governo Dilma, de há muito, já havia se afastado das pautas mais progressistas, refém que se colocou de seu imobilismo, de uma certa preguiça de fazer política em seu sentido nobre e, portanto, preferiu consumir seu capital político, no aguardo de que a crise fosse confortavelmente administrável.
O arrefecimento do projeto de mudança animado pelas demandas populares, que se iniciou em 2003, foi amplamente denunciado pelo Governador Eduardo Campos, quando de sua ruptura com o governo Dilma e continuou a sê-lo, nos debates eleitorais. Era evidente, também, àquela altura, que se acumulavam pressões inflacionárias de grande monta, por conta da contenção dos preços administrados, especialmente tarifas de energia e combustíveis. O ambiente de negócios piorava significativamente, tanto por força da conjuntura econômica, quanto pelas reiteradas demonstrações que o governo deu, de que preferia não ver o óbvio e reagir prontamente às ameaças que se configuravam.
À indignação pela dicotomia governista pré e pós eleições soma-se, contudo, uma inconformidade de larga duração: a naturalização do desmando e do desgoverno, que permitiram a emergência e crescimento de um fenômeno de enorme significado ético, como é o da Petrobrás. É esse sentimento de ser recorrentemente passado para trás, de ser uma espécie de primo bastardo daqueles que têm o poder, que majoritariamente leva o povo às ruas. Essa dimensão ética que se associa à crise é, contudo, expressão de uma enorme ausência do governo da atividade política, a qual demonstra a escala real de suas fragilidades.
A "Presidente Gerente" é a síntese personificada da pouca disposição para o exercício político, que só se faz por meio do diálogo amplo; diálogo com os iguais e com os que são diferentes; situação e oposição, de tal forma a que se criem compromissos em torno de alvos coletivos, sociais, que melhorem concretamente a vida das pessoas. O governo tem preferido administrar as limitações do status quo, mas a população quer melhorar de vida, deseja que as malversações sejam ampla e duramente punidas, porque não aceita que a política seja o lugar das transações pela permanência indefinida no poder.
O povo, portanto, manda um recado inequívoco ao governo, com as manifestações deste domingo. Deseja em primeiro lugar que o governo se coloque à altura do presente momento. Anseia, mas ainda, por alianças que não impliquem as práticas de sempre, a contabilidade dos votos nas casas parlamentares, mas uma composição governista baseada em princípios e que priorize não aqueles que já têm muitos, mas o que tendo pouco, se veem ainda mais ameaçados no momento de crise. A população quer, por assim dizer, aquilo que Eduardo Campos representou como possibilidade política.
Isso só se fará possível, contudo, se o governo ampliar de forma significativa sua disponibilidade para conduzir um projeto político, que não se resuma ao gerenciamento das estruturas do Estado e que não implique a rendição às velhas práticas patrimonialistas e clientelistas, que campeiam também no terreno da esquerda, sempre que se apresenta a sedução da perpetuação no poder, em nome de uma monopolização falaciosa da representação popular.
Esse talvez seja o grande recado do dia 15/03: o governo que se imagina o mais autêntico representante de uma plataforma política popular deve voltar a caminhar em direção ao povo, que já o vê a esta altura como um rei nu. Para que esse rei possa reencontrar a dignidade de sua condição, é preciso despertar do "sonho" de uma prática autárquica de poder, para a realidade da necessidade de operar uma mudança radical em seu modus operandi, que envelheceu com a velocidade da crise ética que o arrasta.
Os parceiros dessa mudança de padrão de atuação política não se encontram, contudo, nos lugares em que o governo tem buscado seus aliados. É preciso que o governo se oriente pela atenção às demandas e inquietações populares, em lugar de vender o que não pode entregar, em sua atual composição de forças.
É disso que se trata ao fim, neste domingo, do ponto de vista político: que o governo seja coerente e que faça o que é necessário, para não imputar ao povo a conta de sua baixa disposição, até aqui, para ver os desafios da crise em sua verdadeira escala. Essa mesma demanda qualifica o recado: não se trata, obviamente, de impeachment, que colocaria a todos justamente na direção do que se pretende evitar. Menos ainda de um retorno do regime militar, visto que na ausência de democracia prosperam as práticas que o povo, com sua sabedoria, quer ver pelas costas.
Brasília-DF, 15 de março de 2015.

Carlos Siqueira

Presidente Nacional do PSB

Dilma, a sonâmbula

Dilma, tenha a dignidade de renunciar!

                                                          Landisvalth Lima
Dilma e o PT estão surdos à voz das ruas
Há certos momentos em que nos fechamos para o ouvir, para as coisas óbvias. Muitas vezes nos cercamos de pessoas que, por motivos vários, também não conseguem ver a realidade nua e crua batendo à nossa porta. Não há exemplo melhor aqui a dar como o ato de estar no poder. Lá do alto das nossas prerrogativas, quando somos arrebatados pelo cargo, não enxergamos nada ou fingimos que nada de ruim acontece. Esse dilema está sendo protagonizado pela Dilma Rousseff. Produto de uma mídia artificial, agora vive o dilema de sobreviver a uma longa travessia de 45 meses ou pegar o boné com a estrela vermelha e ir para casa.
O Brasil custou a acreditar, e até mesmo a oposição não sabia disso, exceto Marina Silva e Eduardo Campos, que o governo Dilma era um desastre total. Sustentada nas jogadas de marketing de João Santana, ela passou raspando para sua segunda vitória. Para isso, a mentira era a serventia da casa. A questão era ganhar, depois se faria o que fosse necessário para corrigir os rumos. Só que agora, 75 dias depois, tudo ficou velho. Vê-se um Joaquim Levy correndo contra o tempo e os outros 38 ministros ou fazendo idiotices ou não fazendo nada. O segundo governo Dilma já é uma catástrofe antes mesmo de começar para valer. O projeto criminoso de poder do Partido dos Trabalhadores está dando água.
E tudo isso por teimosia da presidente. Insiste em fazer tudo errado, achando que todos vão acreditar e acatar. Nem mesmo petistas históricos acreditam mais. É o caso, por exemplo, do senador Walter Pinheiro. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Pinheiro disse um ministro teria dito: "A PM está inflando esses números” e que na manifestação deste domingo (15) na Avenida Paulista não haveria "povão", e sim, a classe média que votou em Aécio Neves. Ou seja, ao invés de se preocupar com a denúncia, quer desqualificar o denunciado. Para Pinheiro, este ministro deveria "se preocupar com o recado, não importa de quem veio". Na opinião do senador baiano, as manifestações, que levaram milhares de pessoas às ruas em diversas cidades brasileiras, não se tratavam de um "terceiro turno", mas sim, "a continuidade de um recado que vêm desde a eleição". "Temos que parar e olhar para trás para ter capacidade e coragem de falar dos erros. (...) Pelo amor de Deus. Não é o problema com o Congresso, é com a sociedade. É com isso que estou preocupado. O meu governo não consegue falar com a sociedade, meu Deus!", desabafou. Tem gente no PT que ainda pensa!
Se Dilma e seus ministros não conseguem ouvir o óbvio, dando respostas desastradas à sociedade e insistindo na dicotomia nós contra eles; se ela não consegue nem mesmo ouvir o desgastado Lula ou as vozes vindas das ruas, então, é hora de dizer: Vai, Dilma, vai! Pega o teu boné e cai fora. Seu governo chegou ao fim. Ao sair de Brasília, cante: “Tire o seu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor”. E não se queixe do povo brasileiro. Ele deu a você duas oportunidades nunca antes dada a nenhuma mulher na breve história deste país. E não cometa o erro de entregar os anéis ao PMDB, para ficar os próximos 45 meses obedecendo ordens do Cunha, do Renan e do Temer. Tenha a dignidade de renunciar!
Festa com chapéu alheio
O governador Rui Costa (PT) realizou nesta segunda-feira (16), em Feira de Santana, a entrega de 98 ônibus escolares. Os veículos rurais escolares são adequados às condições de trafegabilidade das vias da zona rural e irão beneficiar estudantes do ensino médio da rede pública estadual de ensino. Durante encontro com 76 prefeitos, Rui ressaltou que irá lançar o Pacto pela Educação e que, para isso, precisa do apoio de todos. "Tem que ser abraçado pela sociedade". Só que os ônibus são do projeto federal Caminho da Escola. Não há nada de grana do governo do estado. Rui faz o que deseja: fazer festa com o chapéu alheio, seguindo a cartilha de Wagner. Fala de educação de qualidade, mas ainda não resolveu a questão do aumento de 13% para os professores e nem a reposição da inflação para os demais funcionários públicos. Como o PT diz que não há crise no Brasil, e tampouco na Bahia, a culpa é da crise internacional.
1.200 demitidos
Com a extinção da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), anunciada pelo governador Rui Costa (PT) na reforma administrativa estadual, o secretário de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues, garante que os mais de 1.200 servidores da empresa terão direitos trabalhistas assegurados. Ele quis dizer que todos foram demitidos pelo governo do PT.  Em entrevista ao Bahia Notícias, o titular da pasta analisa o cenário encontrado na área rural da Bahia e os desafios enfrentados por sua gestão na Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).  “A estrutura da secretaria vai permear todo o estado. Vamos ter nos 27 territórios de identidade da Bahia uma representação da secretaria”. Ele só não explicou como fazer isso sem funcionários. É mais um faz-de-conta para enganar trabalhador.
Manifestações em outras línguas
As manifestações realizadas neste domingo (15), em várias cidades brasileiras, contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) foram destaque em sites e jornais estrangeiros por meio de fotos, textos e frases dos protestos. “Um milhão de brasileiros saem às ruas contra Dilma Rousseff”, foi a manchete do jornal espanhol El País, que descreveu os manifestantes como pertencentes "às classes médias mais educadas, melhor preparadas e mais informadas do país”. O Huffington Post escreveu em letras garrafais "Basta, Dilma", classificando os atos de domingo como os "maiores da história" do Brasil. Na página do jornal britânico especializado em economia "Financial Times", uma reportagem com título "Milhares pedem o impeachment de Rousseff" contextualizou o cenário político e econômico da nação. De acordo com cálculos realizados pela Policia Militar dos estados, as manifestações do dia 15 reuniram mais de dois milhões de pessoas em todo país.
Preço da gasolina vai baixar...No Paraguai!
A Petrobras anunciou, na semana passada, uma nova redução no preço dos combustíveis - no vizinho Paraguai. Todos os produtos sofreram reajustes para baixo, inclusive os tipos especiais. Foi a nona vez que a estatal brasileira reduziu o preço dos combustíveis no Paraguai desde julho do ano passado. O litro da gasolina comum caiu quase 5% do outro lado da fronteira. Convertendo os valores de guarani para real, a queda varia de R$ 0,13 a R$ 0,20. O preço da gasolina agora está entre R$ 2,85 e R$ 2,89. Os valores não são fixos e variam de posto para posto. Podem ficar abaixo desses valores dependendo da região do país. O diesel caiu 4%. Segundo informou a Petrobras, em nota ao jornal O Estado de S. Paulo, as reduções são possíveis porque o mercado de distribuição de combustíveis no Paraguai é livre e desregulado. Aqui no Brasil é regulado e, por isso, estamos lascados! 
Com informações complementares de VEJA, O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Correio e Bahia Notícias.