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Bom Jesus da Lapa - Cidades do Velho Chico 17

O grande ditador!

Tomado de sanha vingativa, o presidente da Câmara Municipal de Heliópolis continua rasgando a Constituição, a Lei Orgânica do município de Heliópolis e o Regimento interno. As decisões da CMH são a continuação de suas vontades. Os amigos se curvam como vassalos e os adversários continuam pacientes, enquanto esperam chegar a justiça montada num cágado.
Dr. Gabriel tenta explicar o inexplicável
Mais uma vez na manhã da última segunda-feira (7) tivemos a realização de uma sessão na Câmara Municipal da cidade de Heliópolis, começando às 9 horas e se prolongando até às 13 horas. Contamos com a presença de todos os vereadores, sem saídas imprevistas como ocorrido na última sessão. T
ambém houve a participação do policial militar Lage e do assessor judiciário doutor Gabriel.
Durante a sessão vivenciamos um longo passeio de montanha russa nos egos de nossos representantes do Poder Legislativo. De início, antes da leitura da ata, por meio do policial Lage, ouvimos a respeito do proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas). Esse projeto procura conscientizar os jovens através de 10 aulas dadas por policias numa instituição de ensino, tendo direito a formatura e tudo mais, inclusive haverá nesta sexta-feira (11), na creche municipal, aulas do curso. Além de divulgar, o policial também pediu o apoio da câmara, pois segundo ele os alunos verão melhor a relevância deste projeto.
Até o momento do término da fala do policial estava tudo muito calmo. Depois o presidente Giomar passou a palavra para o doutor Gabriel que tentou esclarecer o motivou da rejeição do projeto de emenda proposto pelo vereador Jose Emídio. O Dr. Gabriel é assessor jurídico da Câmara e tentou tirar leite de pedra para explicar o inexplicável. Claro que não convenceu ninguém. A emenda não foi rejeitada porque não foi objeto de decisão nenhuma. O presidente a engavetou por livre e espontânea vontade.
Logo após a leitura da ata, e todos estavam de acordo com ela porque estava lá escrito que a ata da sessão anterior havia sido rejeitada. Ora, se é assim, há dois procedimentos possíveis: ou o presidente faz outra ata ou a sessão é considerada nula. Para piorar a coisa, Giomar comunicou a secretaria que o livro de presença e atas deveria ser passado somente depois da Ordem do Dia. Isso revoltou o vereador José Emídio, que se opôs e disse que era inaceitável aquela conduta. Ele deveria fazer uma outra ata, colocar a emenda em votação, ou votar o projeto e depois os destaques, o que não foi feito em hora alguma.
Soldado PM Lage
O vereador José Clovis disse: “Vossa excelência está querendo implantar uma ditadura”. Até a questão da falta do cafezinho entrou na pauta. Mais uma vez, Giomar se defende acusando a vereadora licenciada Ana Dalva, que deve ser para ele um demônio. E isso porque a vereadora fez uma boa administração, enquanto ele só arranja problemas e mais problemas. Afirmou que Ana Dalva cortou cafezinho e ele não reclamou. Disse ainda que mesmo a situação sendo maioria não irá colocar medo nele. Outra vez houve uma discussão sobre o direito de falar quando Mendonça solicitou.
Daí começa o bate-boca entre Mendonça e Jose Clovis, Zé do Sertão chama Mendonça de preguiçoso, pois ele sempre estuda não porque é pedido, mas sim por ser necessário e ainda diz que a falta disso atrapalha o desenvolvimento do trabalho na Câmara. Mendonça rebate chamando José Emídio de mentiroso. Após isso, Ronaldo expõe seu ponto de vista apoiando a questão levantada por Jose Clovis a respeito do café, e diz que por Giomar querer ser o dono da verdade está somente se prejudicando.
Continuando, tivemos os pronunciamentos de Zé do Sertão que demostrou sua indignação diante da postura de Giomar em seu mandato. Mendonça comenta de como é feito o orçamento e Giomar fala sobre o problema na impressão das provas PAMEH. No fim, todos os vereadores da situação pedem a emenda sobre a alteração do QDD da Câmara e a colocação como destaque na votação. O Projeto de Orçamento é aprovado ressalvado os destaques. Só que Giomar Evangelista diz que não há porque destacar pois não havia matéria, já que foi arquivado por ele mesmo. Ele faz o que quer, até que a paciência dos vereadores da situação se esgote. Pior é acontecer algo que beire a violência física. Achamos que é exatamente isso que ele quer para poder se passar por vítima.
Sem se preocupar com legalidades, Giomar Evangelista já encaminhou a Lei do Orçamento autografada para sanção do prefeito nesta terça-feira. Se a sessão anterior foi invalidada, se não há ata aprovada, o Orçamento só passou por duas sessões e ainda não pode ser sancionado pelo prefeito. Pior, os destaques não foram votados por vontade exclusiva do senhor presidente. O bom de tudo isso é saber que os ditadores caem, mais cedo ou mais tarde. Quanto maior o tempo, maior será o estrago no município. Giomar é um ditador que sabe de suas limitações. As únicas coisas que o sustentam é a lentidão da Justiça e a paciência dos governantes. 

Reportagem e fotos: Ana Lúcia. Texto final: Landisvalth Lima.