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PAMEH se consolida e alunos recebem prêmios

Laura Santos Batista - 1ª colocada geral na prova do PAMEH 2014 -
recebe um Notebook das mãos do prefeito Ildinho
Quando se trata de discutir problemas da educação no Brasil, sempre haverá alguém com um projeto especial e milagroso. Ocorre que há uma verdade que ninguém quer enfrentar: temos programas e projetos demais, acima da média mundial. O que falta aqui é estabelecer metas, objetivos, para que se resolva problemas que afetam sobremaneira o nosso processo educacional. Foi focado neste norte que o prefeito Ildefonso Andrade Fonseca aceitou incluir o PAMEH – Programa de Ações e Metas da Educação de Heliópolis – como parte integrante do projeto educacional do município.
O PAMEH começou em 2014, quando foi aprovado pela Câmara Municipal de Heliópolis. As metas do projeto foram idealizadas e defendidas pelo professor Landisvalth Lima, após discussão e aprovação pública com professores, coordenadores e diretores do município. Em linhas gerais, até 2016, o projeto prevê uma melhoria nos números da educação municipal, formação continuada de professores e transformação da Escola Castro Alves em Escola de Educação Integral. O programa também estabelece premiações para os alunos e professores que se destacaram.
Laura e Zaqueu com o professor José Quelton
A primeira prova do PAMEH foi aplicada em 2014 e revelou que o nível educacional de aprendizagem está muito baixo no município de Heliópolis. Ao invés de sair por aí dizendo que isto é uma realidade de toda a Bahia, pura verdade, o PAMEH diagnosticou os problemas. Na Jornada Pedagógica da abertura do ano letivo de 2015, alguns números foram divulgados para os professores. O desconforto foi visível. Muitos profissionais ficaram inconformados, como é comum hoje em dia, diante de fatos reais expostos de forma clara. Não causaria tanto desconforto se uma maquiagem fosse regada ao tempero da linguagem de autoajuda.
Daniela Ferreira Santos recebeu um Táblete
Além dos números realísticos, uma verdade foi contundentemente revelada: muitos profissionais fizeram de conta que o PAMEH existia. A coisa estava mais no papel que prática. Também foi percebida uma baixa participação voluntária do alunado, exatamente por não ter sido envolvido devidamente. Há centenas de casos de estudantes que saíram marcando aleatoriamente a questões e deixaram a redação em branco. Tudo isso contribuiu também para o baixo nível revelado na 1ª avaliação.
Prefeito Ildinho entrega Notebook ao aluno Micael Nobre
A secretaria municipal de educação já estabeleceu as datas de 2, 3 e 4 de dezembro para aplicação da 2º avaliação do PAMEH. Agora, todos acreditam que haverá uma significativa melhora. Até porque houve uma considerável adesão de professores, de coordenadores e diretores à causa. O professor Marizan Fonseca da Gama, que aderiu ao projeto de imediato, acha que os números agora serão mais generosos. O professor José Quelton, secretário de educação do município, vê com boa perspectiva a avaliação deste ano e já se reuniu com o secretário de finanças, Beto Fonseca, e com o prefeito Ildinho, para estabelecer os prêmios que serão dados. Entre eles está uma viagem a um Resort, com direito a acompanhante, por uma semana, ao aluno classificado em primeiro lugar geral. Também será possível premiar os melhores professores.
Valéria Santana recebeu do prefeito Ildinho um Táblete
Por falar em prêmios, na semana que passou, o prefeito municipal foi pessoalmente levar os prêmios aos oito alunos classificados, do 6º ao 9º ano. O prêmio do 9º ano foi entregue na quarta-feira (25), no Colégio Estadual José Dantas de Souza – CEJDS. A 1º colocada foi Laura Santos Batista, hoje estudante do 1º ano B. O aproveitamento foi de 56% em todas as disciplinas. A sua maior nota foi em Redação: 7,0. Era aluna da Escola Waldir Pires e também teve a melhor média geral da 1ª prova do PAMEH. O 2º colocado do 9º ano foi Zaqueu Matos Oliveira, do 1º ano C do CEJDS. Ele era aluno da Escola Marcelino Borges e reside no povoado Viuveira. Seu aproveitamento geral foi 51%. Sua nota maior foi em História, com 7,0.
Prefeito Ildinho premia a aluna Maria Izabel
Também foram premiados os alunos do 8º ano. Em primeiro lugar ficou Maria Izabel Santana Souza, da Escola Dom Pedro I, no povoado Serra dos Correias. O aproveitamento dela foi de 52% e sua maior nota foi em Ciências, com 5,4. A 2ª colocação ficou com Daniela Ferreira Santos, com 50% de aproveitamento geral e nota maior em Ciências: 5,2. Ela também é aluna da Escola Marcelino Borges, no Tijuco. Do 7º ano foram premiados Micael Oliveira Nobre Nascimento, em 1º lugar, com aproveitamento geral de 53%. Sua nota maior foi em Geografia: 6,0. Ele é aluno da Escola Waldir Pires. Em segundo lugar ficou Valéria Trindade de Santana, da Escola Jorge Amado, no povoado Riacho. Ela obteve 50% de aproveitamento e sua nota maior foi em Inglês: 5,4. O primeiro lugar do 6º ano ficou com Ádria Caiane Gama Rosário, da Escola Getúlio Vargas, no povoado Cajazeiras. Ela obteve 51% de aproveitamento, com nota maior em Inglês: 5,7. Carolina Andrade, da Escola Waldir, foi a segunda colocada com aproveitamento geral de 50%. Sua maior nota foi em Redação: 5,5.
Ádria Caiane recebeu um Notebook
O lado ruim de toda esta história é que, dos oito classificados, uma aluna foi transferida e outra desistiu de estudar porque se casou. Além de enfrentarmos problemas com o desempenho de aprendizagem, fatores externos também são responsáveis pela piora dos números e pela interrupção prematura de futuros profissionais. Mas aí não se pode fazer muita coisa por ser questão de foro íntimo. Nenhum professor poderá ensinar a quem não quer aprender.
Os classificados em primeiro lugar deste ano receberam das mãos do prefeito municipal um computador Notebook. Aos segundos colocados foram entregues Tábletes. A secretaria municipal de educação quer ainda este ano premiar os melhores do 6º ao 9º ano. O coordenador do PAMEH, professor Eraldo Neves, disse que o esforço será grande. No mais tardar, os prêmios serão entregues na Jornada Pedagógica de abertura do ano letivo de 2016. A Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer está tentando encontrar um meio para tornar a avaliação do PAMEH obrigatória todos os anos. O professor Quelton se reunirá com o prefeito Ildinho para a elaboração de uma Lei Municipal neste sentido.
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Turma do 9º ano A fez exposição sobre a Ditadura Militar
Ditadura Militar
Alunos do 9º ano A da Escola Waldir Pires, em Heliópolis, fizeram uma exposição temática sobre a Ditadura Militar, imposta ao Brasil de 1964 a 1985. Os 21 anos de regime opressivo foram apresentados com detalhes pelo alunado. Além de revelarem as causas da falsa revolução, traziam na ponta da língua os detalhes das perseguições, torturas e prisões que mancharam a imagem do país e geraram vários desaparecidos. A exposição durou toda a manhã de quinta-feira (26) e contou com a presença de vários curiosos, professores e alunos.

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