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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Revista ISTOÉ mostra detalhes da corrupção na Petrobrás. Mário Negromonte Jr. é um dos beneficiados

No rastro do dinheiro da Propinobrás
Entenda como o esquema na Petrobras abasteceu o caixa de aliados do governo e conheça os novos nomes denunciados pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa na delação premiada
Mário Simas Filho, Sérgio Pardellas e Josie Jerônimo – do portal da revista ISTOÉ.
Paulo Roberto Costa: o homem bomba
Há duas semanas, uma equipe composta por integrantes da Polícia Federal e do Ministério Público trabalha arduamente para detalhar como funcionaria o propinoduto instalado na Petrobras para abastecer políticos aliados do governo Dilma Rousseff. Até agora, eram conhecidos trechos da delação do ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa, considerado o maior arquivo vivo da República. Em depoimento à Polícia Federal, o ex-executivo da estatal entregou nomes de políticos e empresas que superfaturaram em 3% o valor dos contratos da Petrobras exatamente no período em que ele comandava o setor de distribuição, entre 2004 e 2012.
Já se sabia que dessa lista faziam parte figuras graúdas da República, como os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Eduardo Alves, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, João Vaccari Neto, secretário nacional de finanças do PT, Ciro Nogueira, senador e presidente nacional do PP, Romero Jucá, senador do PMDB, Cândido Vaccarezza, deputado federal do PT, João Pizzolatti, deputado federal do PP, e Mário Negromonte, ex-ministro das Cidades, do PP, e até o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no mês passado. No entanto, a relação de nomes entregue pelo ex-executivo da Petrobras é ainda mais robusta. ISTOÉ apurou com procuradores e fontes ligadas à investigação que, além desses políticos já citados, também foram delatados por Paulo Roberto Costa o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o governador do Ceará, Cid Gomes, e os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Francisco Dornelles (PP-RJ).
Cid Gomes, governador do Ceará: delatado
Na semana passada, as investigações avançaram sobre o rastreamento do dinheiro desviado. Os levantamentos preliminares já confirmaram que boa parte da lista de parlamentares e chefes de governos estaduais contemplada, segundo o delator, pelo propinoduto da Petrobras, tem conexão direta com as empresas envolvidas no esquema da estatal. Levantamento feito na prestação de contas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que cinco empreiteiras acusadas de participar do esquema este ano doaram quase R$ 90 milhões a políticos relacionados ao escândalo. Procuradas por ISTOÉ, as empresas envolvidas respondem em uníssono que as doações “seguem rigorosamente a legislação eleitoral”. A PF, no entanto, apura a origem dos recursos doados e se, além dos repasses oficiais, houve remessas ilegais. Suspeita-se que as doações eleitorais sejam usadas para lavar e internalizar o dinheiro depositado no exterior. Instada a colaborar, a Justiça da Suíça, país por onde circularam receitas provenientes de superfaturamento dos contratos da Petrobras, já deu o sinal verde para a cooperação.
A análise do mapa de distribuição do dinheiro para as campanhas de políticos ligados ao escândalo mostra que os repasses financeiros nem sempre guardam relação com o perfil econômico dos Estados. Essa constatação intriga a PF. É o caso de Alagoas, Estado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos personagens citados no testemunho do delator. Em uma unidade da federação em que as principais atividades são a indústria açucareira e o turismo, as empreiteiras contratadas pela Petrobras não têm nenhum interesse de investimento ou projetos no estado. Mesmo asism, abarrotaram o caixa de campanha de Renan Filho (PMDB), herdeiro político do senador. Cinco empresas relacionadas ao esquema entraram com R$ 8,1 milhões na campanha, o equivalente a 46,8% dos R$ 17,3 milhões arrecadados pelo diretório estadual do partido, presidido pelo parlamentar.
No fim de agosto deste ano, um cheque de R$ 3,3 milhões da Camargo Corrêa irrigou o caixa controlado por Renan. Para que os recursos não saíssem diretamente para a campanha do filho do presidente do Senado, o dinheiro foi pulverizado em campanhas de deputados estaduais de diferentes partidos que compõem a coligação formada em torno de Renan Filho. Partidos como PDT, PT, PCdoB e PROS dividiram os recursos. O senador reagiu indignado ao vazamento do acordo de delação e negou proximidade com a diretoria da Petrobras. “As relações nunca ultrapassaram os limites institucionais”, afirma o parlamentar alagoano. A Camargo Corrêa foi levada à investigação da PF pelo doleiro Alberto Youssef, responsável pela lavagem do dinheiro ilegal da Petrobras. Em uma mensagem interceptada, ele reclamou que adiantou dinheiro à empreiteira e que não sabia como cobrar a dívida, de R$ 12 milhões, por ser amigo de diretores da empresa.
Delcídio Amaral obteve recursos para campanha 
As denúncias do ex-diretor da Petrobras, feitas no depoimento concedido ao juiz Sérgio Moro, especialista em lavagem de dinheiro, atingiram as duas principais autoridades do Poder Legislativo. Além de Renan, Costa também mencionou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), como beneficiário do esquema criminoso. Alves viveu por semanas a pressão de submeter o deputado André Vargas (PT-PR), amigo do doleiro Youssef, às instâncias do conselho de ética da Casa. Agora, ele próprio se vê envolvido na incômoda lista de políticos apontados pelo delator. Alves nega ter recebido recursos de Paulo Roberto Costa, mas, a exemplo de Renan, tem a campanha abastecida por empresas situadas no epicentro do escândalo. Henrique Eduardo Alves lidera a corrida ao governo do Rio Grande do Norte. Até agora, recebeu R$ 6,7 milhões de três empreiteiras apontadas no esquema de desvio de verbas da estatal. A relação do presidente da Câmara com a Petrobras é antiga. Sua influência nos quadros da estatal alcança desde grandes postos no Rio de Janeiro até a gestão da Refinaria Clara Camarão, no seu Estado. Só para alojar um apadrinhado na refinaria, o presidente da Câmara ordenou em 2012 a constituição de uma nova gerência de serviços especiais. Trata-se de Luiz Antônio Pereira. Um ano antes, a refinaria Clara Camarão havia passado por um pente fino do TCU e o tribunal encaminhou a auditoria para o Ministério Público, com o objetivo de esmiuçar indícios de superfaturamento e contratos sem licitações que marcaram a gestão da obra.
Deputado Eduardo Cunha (PMDB): envolvido
Incluído também na lista do ex-diretor da Petrobras, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) viu brotar na conta bancária do diretório partidário que preside em Roraima recursos provenientes das empreiteiras citadas no esquema. A OAS, Andrade Gutierrez e UTC doaram, juntas, R$ 1,6 milhão ao projeto político do PMDB no Estado. O valor que as empreiteiras repassaram à sigla de Jucá é maior do que os recursos transferidos das empreiteiras para o PSB, partido do cabeça de chapa da coligação do PMDB: o comitê do candidato ao governo Chico Rodrigues, que tem o filho de Jucá, Rodrigo Jucá, como candidato a vice, arrecadou R$ 615 mil.
Em seu depoimento à PF, Paulo Roberto Costa revelou que as empreiteiras contratadas pela Petrobras eram obrigadas a fazer doações para um caixa paralelo de partidos e políticos integrantes da base de sustentação de Dilma. Seguindo o rastro do dinheiro, a investigação mostra que, até agora, as empresas contratadas pela Petrobras engordaram o caixa do PMDB em R$ 15,5 milhões. Enquanto os peemedebistas adotam um método pulverizado de doação de campanha, o PT é o que concentra a maior fatia do dinheiro das empresas citadas no escândalo. Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão, Engevix e UTC destinaram R$ 28,5 milhões à direção nacional do PT. À candidata Dilma Rousseff, R$ 20 milhões foram repassados pela OAS e outros R$ 5 milhões pela UTC.
A rede de corrupção guarda íntima relação com problemas de gestão identificados pelos órgãos de fiscalização na execução de outras obras de refinarias. No Maranhão, a pressa política do PT em apresentar a pedra fundamental da Refinaria Premium custou R$ 84,9 milhões à Petrobras. O lançamento foi feito sem o projeto básico e o consórcio de empreiteiras contratado atrasou o início das obras, pois os terrenos ainda estavam sub judice. Ainda no Estado maranhense, o filho do ministro de Minas e Energia, integrante da lista de Paulo Roberto Costa, e candidato do PMDB ao governo do Maranhão, Lobão Filho, recebeu para sua campanha R$ 500 mil da empresa Andrade Gutierrez. A PF apura ligações do candidato com a empresa fornecedora de material para a construção da refinaria, no município de Bacabeira. O ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau atua há muito tempo nessa área para a família do ex-presidente José Sarney (PMDB), pai da governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Quando saiu do ministério, Rondeau foi trabalhar na Engevix, uma das cinco empreiteiras abraçadas pelo escândalo.
Recém-incluído na rumorosa relação do delator, o senador petista Delcídio Amaral também obteve recursos para sua campanha de empresas mencionadas como integrantes do esquema. A campanha de Delcídio ao governo de Mato Grosso do Sul recebeu R$ 622 mil da OAS, R$ 2,8 milhões da Andrade Gutierrez e R$ 2,3 milhões da UTC. Entre 2000 e 2001, Delcídio ocupou a diretoria de Gás e Energia da Petrobras. Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para presidente, em 2002, ele se transferiu do PFL para o PT e apadrinhou a indicação de Nestor Cerveró, primeiro para a área de Gás e Energia, ocupada por Ildo Sauer, e, finalmente, para a área Internacional. Um dos depoentes da CPI da Petrobras no Congresso na última semana, Cerveró encontra-se no rol de investigados no escândalo da estatal.
Outros três políticos que aparecem no escândalo receberam, direta ou indiretamente, dinheiro das empreiteiras acusadas de irregularidades nos contratos com a Petrobras. O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi agraciado com R$ 150 mil provenientes da UTC. Já o senador Francisco Dornelles (PP) obteve R$ 400 mil da Andrade Gutierrez e R$ 800 mil da Queiroz Galvão. À ISTOÉ, Dornelles admitiu que conhece Paulo Roberto Costa, mas, segundo o senador, não houve qualquer participação dele nessas doações. “Todas as doações recebidas pelo diretório do PP no Rio tiveram como origem empresas juridicamente aptas a fazê-las”, afirmou. O ex-ministro das Cidades Mário Negromonte foi contemplado com R$ 200 mil da OAS e R$ 100 mil da UTC. Na delação que fez à PF, Paulo Roberto Costa menciona ainda o governador Cid Gomes, do Ceará, com quem negociou a instalação de uma minirrefinaria no Estado. O projeto seria apenas uma fachada para um esquema de lavagem de dinheiro por meio de empresas que nunca sairiam do papel, conforme ISTOÉ denunciou em abril. “Não sei quem é Paulo Roberto. Nunca estive com esse cidadão e sou vítima de uma armação de adversários políticos”, disse o governador Cid Gomes à ISTOÉ na tarde da sexta-feira 12.
Quando a Polícia Federal iniciou as apurações, os investigadores tentaram abraçar um universo de temas. Sob a guarda do juiz federal Sérgio Moro, a PF buscava provas de crimes de evasão de divisas, contrabando de pedras preciosas e tráfico internacional de drogas, mas tinha dificuldade para amarrar uma linha de trabalho e caracterizar a ação de uma quadrilha. O acordo de delação do ex-diretor da Petrobras contribuiu, e muito, para apontar um rumo. Mas, para se livrar dos 50 anos de prisão que teria de pagar pelos seus crimes, Paulo Roberto Costa terá de trazer provas. Todos os políticos rechaçam as acusações do delator com o argumento de que não foram apresentadas provas. De fato, para que o depoimento do delator tenha relevância na elucidação da rede de corrupção, Costa terá de materializar suas afirmações. Pelo que se pode depreender até agora, as movimentações feitas com os recursos desviados da Petrobras abrangem o caixa formal dos candidatos, como mostra esta reportagem, e também dinheiro de caixa 2. No curso de seu trabalho para desvendar as tenebrosas transações, Sérgio Moro deu uma ordem: não quer depender de grampos ou suposições e vai fugir da “teoria do domínio do fato”, método que permeou o julgamento do mensalão, o maior escândalo de corrupção dos governos do PT.

Desespero: PT quer Marina na cadeia

PT quer Marina na cadeia
Pasmem! O diretório nacional do PT vai apresentar ao Ministério Público Eleitoral uma representação criminal contra Marina Silva. O partido acusará a candidata do PSB de "difamação eleitoral" contra a legenda. Quer que a ex-senadora seja colocada atrás das grades para não sentar na cadeira de Dilma Rousseff.
Tudo isso porque Marina Silva, nesta quinta-feira (11), em sabatina no jornal "O Globo", a presidenciável afirmou que o partido não é confiável já que "coloca por 12 anos um diretor para assaltar os cofres da Petrobras". Ela fazia referência ao ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato e hoje colaborando com a Justiça, por meio de delação premiada, em investigação de supostos desvios que teriam ocorrido na empresa.
Os advogados do PT vão invocar o artigo 325 do Código Eleitoral, que diz ser crime "difamar alguém" visando "fins de propaganda, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação". É incrível saber que, depois do Mensalão 1, o Partido dos Trabalhadores se ache no direito de achar que tem alguma reputação!
Na representação, eles afirmam que Marina Silva "extrapolou, e em muito, o mero direito de crítica, ferindo abertamente a honra da agremiação". Que honra? O PT verdadeiro está fora disso. O PT dos trabalhadores nunca chegou ao poder. O PT que Marina acusa é o de Dilma, José Dirceu, Genuíno, Delúbio e outros. O mesmo PT que nomeou Paulo Roberto Costa para ser diretor da Petrobras.
O Ministério Público Eleitoral tem prazo de dez dias para analisar e decidir se oferece denúncia contra a presidenciável. A pena é de três meses a um ano de prisão, e mais pagamento de 5 a 30 dias de multa. Acreditamos que os procuradores têm mais o que fazer!

Com informações básicas da Folha de São Paulo.

Leis no Brasil freiam renovação política

As leis no Brasil incentivam o aceitar tudo como está
No Brasil, a renovação de poder é cada vez mais difícil. Mesmo admitindo que estamos evoluindo para uma democracia menos injusta, as leis aqui são feitas sempre para prestigiar quem está confortavelmente acomodado em cargos, em todos os níveis. Não preciso aqui perder tempo em citar a questão da reeleição. Para concorrer a qualquer cargo, o agente tem que se afastar da função que ocupa, exceto se concorrer ao mesmo!
Também não são diferentes as leis eleitorais. Todas as regrinhas chatas dizem ao candidato: não faça propaganda. É tanto não pode isso e não pode aquilo que praticamente inviabiliza a luta de candidatos desconhecidos. O uso de carro de som é uma guerra. Deve-se desligar o som a 200 metros de hospitais, centros de saúde, órgãos públicos, escolas, delegacias etc. Entendo, claro, a questão em torno de escolas e hospitais, mas não sei o caso das delegacias. Talvez seja resquícios da ditadura militar. Nenhum carro de som deve incomodar ninguém, mas desligar a 200 metros de uma delegacia de política não dá para entender.
Todas estas restrições só beneficiam os que já são conhecidos e estão no poder. Aquele que precisa divulgar seu nome, se o puder, encontrará muitos obstáculos. Um deles é não ser o preferido ou preferida do “dono” da legenda política. No horário eleitoral, ficará o desconhecido a ver o protegido do seu partido aparecendo na TV todos os dias, torcendo para que sobre alguns segundos para a imagem dele ser difundida. No caso do horário eleitoral, quem elege mais tem mais espaço. Não há, entretanto, obrigatoriedade de este espaço ser dividido democraticamente entre os candidatos, mesmo que o partido seja liberal, socialista ou democrata. Tais leis não deixam de ser um convite ao comodismo. Alguns até dirão: "É assim mesmo!" e nada mais farão.
Resta-nos o povo. Este sim, independente das leis criadas, impõe sua lei da mudança. Contra essa, não há imperfeições.
Roubalheira na Petrobrás
Pesquei no Blog do Marcelo Mirisola: “Dilmão Roussef fala sobre a roubalheira na Petrobras: "Se houve alguma coisa, e tudo indica que houve, eu posso te garantir que todas, vamos dizer assim, as sangrias que eventualmente pudessem existir estão estancadas". Se as sangrias foram estancadas, ora bolas, é porque houve sangramento. Se isso não é uma confissão de culpa da gênia da retórica e "presidenta" do Brasil, bem, eu não sei mais qual é a diferença entre diarreia e prisão de ventre.”. Sobre isso, Marina Silva deu um parecer fantástico: É difícil acreditar que o PT tenha nomeado um diretor na maior empresa do país e não saber que ele estava surrupiando o dinheiro da estatal.
Está no Por escrito, do Luís Augusto Gomes:
Baixo nível, mídia e pesquisas são armas anti-Marina
A certa distância do período eleitoral, falou-se em “campanha de alto nível”. Esperavam-na a presidente Dilma Rousseff, o governador Jaques Wagner e tantos outros que não gostam de ver, na disputa do voto, apontados seus erros e defeitos.
Agora, na iminência de um revés ou, pelo menos, de muita dificuldade para alcançar o que antes parecia fácil, vemos, tanto o governador quanto a presidente, se utilizarem da mais reles apelação.
Dilma prega o terror em cadeia nacional, fazendo sumir comidas dos pratos, entre outras prestidigitações. Wagner ataca os aliados do adversário, como se não tivesse ao lado outros tantos da mesma cepa.
Por outro lado, tonta, sem saber para que lado vai desde a tragédia que elevou Marina Silva a candidata à presidência, a grande imprensa precisou, emergencialmente, eleger a nova inimiga, a assustadora seringueira.
Em uníssono, O Globo, Folha, Veja e O Estado de S. Paulo trazem das catacumbas a voz criptografada de Paulo Roberto Costa, repentinamente envolvendo pessoas que, de uma forma ou de outra, já foram citadas em conturbadas histórias de corrupção.
Renan Calheiros, Henrique Eduardo Alves, Edison Lobão, Roseana Sarney. Nada de novo, só a acusação a um morto, Eduardo Campos, que não pode falar e que em vida jamais teve o nome relacionado a escândalos.
É evidente o objetivo de comprometer Marina Silva, como nos casos do avião, do “conflito” com o agronegócio, até a formulação explícita de que, caso eleita, correrá o risco de deposição.
Anteveem, portanto, essas pessoas, um governo de caos e incompetência desde o primeiro dia, o que levará inevitavelmente à crise, à ruína econômica, à conflagração social.
Sabem, porém, que não é assim. A ex-senadora, ex-ministra, política de longo curso e com evidente experiência de gestão e capacidade de diálogo, não é nenhum Dom Quixote que arremessará, cega, sua lança contra as instituições e o bom senso.
Acredita-se, sim, que poderá governar com avanços e formando uma base no Congresso sob o foco de uma autoridade inovadora, que começaria, por exemplo, recusando a imoralidade da reeleição.
A questão é que as pesquisas, sem gênese verdadeiramente conhecida, são sedutoras nas gangorras em que colocam os candidatos, uns subindo hoje, descendo amanhã, outros fazendo no dia seguinte o momento inverso.
E a mídia, enfim, que patrocina os institutos, emprega toda a sua “credibilidade” na manipulação, envolvendo em luzes a opinião pública.
Na mosca!!!!

Curtíssimas e Boas!!!

                                                     Landisvalth Lima
1 – Tenho a impressão de que a política baiana é a mesma da época de Antônio Carlos Magalhães. Não evoluímos um tiquinho sequer. Wagner, do PT, também tem cabeça branca e tirou Rui Costa do bolso do paletó.
2 – A educação continua sendo um discurso falso nas eleições. Todos falam da necessidade da melhoria da educação, mas só Lídice da Mata apresenta alguma solução. Rui Costa fala do Ensino Médio Técnico, que é mais um programa federal, e da implantação das Universidades, também federais. Está longe do problema. Paulo Souto também.
3 – Esta é do portal Bahia Já, do meu conterrâneo Tasso Franco: “(Do Face de Paulo Mascarenhas, ex-secretário da Prefeitura de Salvador): Essa gente do PT não tem, realmente, limites. Agora tentam envolver Eduardo Campos em suas maracutaias. Simples, Eduardo não está mais aqui para se defender. O objetivo é atingir a Marina. Não conseguirão! Podem tirar os seus cavalinhos da chuva!... O povo já está vacinado...” Na sequência, outra miudinha: “Mas , a malandragem quando é muita, faz o malandro se atrapalhar. "Vazaram" os nomes de pessoas que não são do PT - o governador do RJ, que está contra Dilma, e o de Eduardo Campos, já falecido. Não respeitam nada e nem ninguém. Foram ao velório/sepultamento do rapaz, fingiram chorar, e agora, no desespero, para tentar derrotar a Marina, investem contra o falecido...”
4 – O PSB de Riachão do Jacuípe vai dar uma mãozinha à candidatura deste professor/blogueiro a deputado federal. Falta apenas o detalhe do deputado estadual. Na disputa está Rodrigo Hita. Só não será ele se ele não quiser. Os companheiros Borjel e Odair estão tecendo os lençóis.
5 – O ex-prefeito Raimundo Caires está de corpo e alma apoiando o companheiro de chapa Bebeto Galvão, do PSB, em Paulo Afonso. É pena que o estadual não é do partido, mas é da região, pelo menos. A campanha no município, como em vários outros, está ainda fria. Há muitos indecisos porque não há propostas. É a velha política de receber ou dar apoio e pronto.
6 – A pobreza das ideias políticas não está apenas nos políticos tradicionais. A esquerda praticamente desapareceu, vive apenas a pregar o que fez e pede para você comparar obras. Esquecem que, se for verdade mesmo que fez, é porque foi eleito para isso mesmo! A questão central é o que se fará e como será feito.
7 – Mais uma miudinha do Tasso Franco: “Antes, Lula reclamava que a elite detestaria um torneiro mecânico na Presidência da República. Cunhou até uma expressão "já imaginaram um metalúgico na presidência"! advertindo que as "zelites" são contra.” E completa: “Agora, Marina se queixa dos petistas porque não admitem uma "seringueira na Presidência da República". É isso: nada como um dia depois do outro.”
8 – O desastre do pleito eleitoral é a falta de um programa. Enquanto Marina Silva luta para travar o debate, uma ala conservadora e hegemônica da política nacional prioriza o debate em torno das questões ligadas ao homossexualismo, ao preconceito religioso e outros. Temos inadiáveis questões coletivas para resolver, mas os temas de foro íntimo parecem interessar mais.
9 – Enquanto DEM e PT se digladiam para saber quem investiu menos em educação e saúde, Paulo Afonso, movida pela força da energia, não consegue ter um hospital regional de alta complexidade. Aracaju, em Sergipe, por ser mais próximo, tem sido o pronto socorro. E ainda tem baiano dizendo que Sergipe é o Quintal da Bahia!
10 – O efeito Marina Silva ainda não acabou. Várias lideranças do interior têm chapa inteira do DEM ou do PMDB, e até do PT, mas para presidente estampam lá a marca de Marina. Perguntei a um vereador o porquê do apoio à candidata do PSB. Respondeu que era porque ela iria vencer. Alguns diziam simplesmente que vota nela porque é única que pode tirar o PT do governo. É o chamado voto útil.
11 – O candidato a deputado estadual Josué Telles estará em Heliópolis para uma palestra e inauguração do Comitê Eleitoral de Campanha. A vereadora Ana Dalva está convidando a todos para o evento, com início a partir das 18 horas. Mais cedo, Josué, Ana Dalva e o professor Landisvalth farão visita à associação da Marmelada/Quixabeira.
12 – O professor Eraldo Neves informou que, finalmente, o PAMEH – Plano de Metas da Educação de Heliópolis – foi consolidado com a aplicação da primeira avaliação diagnóstica. Os resultados serão associados à outra prova que será aplicada em dezembro. Com isso, a Secretaria de Educação terá os números reais do nível educacional em todos os anos escolares do ensino fundamental. O ano que vem será o da tentativa de cura dos males, se for o caso.

Toinho de Dorinha é condenado na Operação Fox e promete provar inocência

Toinho de Dorinha foi condenado e vai recorrer
Ex-gestores acusados de fraude foram denunciados pelo MPF. Toinho de Dorinha, ex-prefeito de Poço Verde, e Hélio Mecenas, ex de São Domingos, municípios sergipanos, prometem recorrer da decisão.
Investigados pela Operação Fox, da Polícia Federal, e denunciados pelo Ministério Público Federal, os ex-prefeitos sergipanos Antonio da Fonseca Dórea [o Tonho de Dorinha] e Hélio Mecenas, respectivamente de Poço Verde de São Domingos, foram condenados à prisão em regime fechado por suposto envolvimento em esquema articulado para fraudar licitações e desviar recursos públicos. A decisão é assinada pelo juiz federal Ronivon Aragão, da 2ª Vara da Justiça Federal em Sergipe.
O ex-prefeito Tonho de Dorinha foi condenado a 11 anos, oito meses e dez de reclusão, enquanto, o ex-prefeito Hélio Mecenas, de São Domingos, foi condenado a oito anos e dois meses de reclusão. O juiz também condenou à prisão os sobrinhos dos respectivos ex-prefeitos, João Batista Andrade Dórea, que à época ocupava cargo de secretário de finanças do município de Poço Verde, e José Robson Mecena, então secretário de finanças do município de São Domingos.
João Batista Andrade Dórea, o sobrinho de Tonho de Dorinha, foi condenado a oito anos e seis meses de reclusão, enquanto Robson Mecena, sobrinho de Hélio, foi sentenciado a seis anos de prisão. A decisão ainda cabe recurso.
O Portal Infonet conseguiu conversar apenas com o ex-prefeito Tonho de Dorinha. O ex-prefeito garante que vai provar inocência junto à corte federal e que seus advogados já foram mobilizados para apresentar recurso junto ao TRF da 5ª Região. “Decisão judicial a gente contesta na justiça”, observa o ex-prefeito. Ele informou que está há cerca de uma semana sobrevivendo à base de medicação e que a tese de inocência também prevalece para o sobrinho, que prefere não ter contato com jornalistas por ser hipertenso.
O ex-prefeito Tonho de Dorinha informou que ainda não foi citado pela Justiça Federal a respeito da condenação.
Suposto esquema
As provas, conforme as informações contidas no processo judicial, foram colhidas por meio de escutas telefônicas legalmente autorizadas pelo Poder Judiciário. As investigações chegaram a um suposto esquema articulado nos Estados de Sergipe, Bahia e Alagoas, entre os anos de 2004 a 2006, com o objetivo de fraudar licitações públicas, envolvendo corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e malversação de verbas federais que deveriam ser destinadas às áreas da saúde e educação, com participação de servidores públicos e empresários.
Informações de Cassia Santana, do portal INFONET.

Investimento na saúde da Bahia é muito baixo

Agora está provado que nossa elite política baiana, do DEM ao PT, não gosta de investimento em saúde. Vez em quando a gente ouve expressões do tipo “tocador de obras” ou “vamos investir na infraestrutura”. Difícil é ouvir dizer que vão investir em saúde e educação. O problema é que investir no bem-estar do povo está sendo confundido com construção de obras faraônicas ou, no mínimo, desnecessárias ou não prioritárias. Na saúde, por exemplo, em Levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) apontou a capital baiana, administrada pelo DEM, com o quarto menor investimento em saúde das capitais brasileiras. O volume é o pior entre as capitais nordestinas. De acordo com o CFM, os gastos se referem a 2013. Enquanto a média das capitais é de R$ 542,82 gastos por pessoa anualmente, Salvador registra R$ 307,92. Em relação ao estado, administrado pelo PT há oito anos, o relatório aponta a Bahia na 17ª posição com média de R$ 305,45 anuais investidos por pessoa, o que fica também abaixo da média entre as 27 unidades federativas da União, que regista R$ 423,72. A capital baiana tem sistema de gestão plena de saúde, ou seja, os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) são repassados diretamente para o Município. No topo da lista, Belo Horizonte, em Minas Gerais, é a capital que mais investe em saúde, com R$ 933,86, seguida de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, com R$ 919,30, e Teresina, no Piauí, com R$ 874,82. Na capital baiana, o volume de recursos na saúde em 2013 foi de R$ 887.946.910, o que configurou gasto mensal por pessoa de R$ 25,66. Por dia, a prefeitura investiu R$ 0,86 per capita na saúde local. Abaixo de Salvador, aparecem apenas Belém do Pará, com média de R$ 284,77 por pessoa anualmente, Boa Vista, em Roraima, emprega R$ 271,19; e Rio Branco, no Acre, destina R$ 240,53. Os dados foram baseados em relatórios resumidos de execução orçamentária de 2013 enviados pelos estados ao Tesouro Nacional.
Informações do Bahia Notícias.

Paulo Souto faz carreata em Heliópolis

Paulo Souto discursa em meio ao povo em Heliópolis
O ex-governador e candidato Paulo Souto fez grande carreata e rápido comício neste sábado em Heliópolis. A caravana chegou à cidade por volta das 17:30 e percorreu as principais ruas e avenidas. Acompanhavam Paulo souto (DEM) o seu vice, Joaci Gois (PSDB); o candidato ao senado, Geddel Vieira Lima (PMDB); o candidato a deputado estadual, Sandro Régis (DEM) e o candidato a deputado Federal, José Carlos Aleluia (DEM). O puxador da caravana, convocando o público a votar nos candidatos da coligação Unidos pela Bahia, era o prefeito de Feira de Santana José Ronaldo (DEM). Além deste, marcou presença efetiva o vice-prefeito de Heliópolis, Gama Neves (DEM).
Embora com palanque armado na avenida Sete de Setembro, a caravana estava atrasada para o encontro em Tucano e havia uma dúvida se haveria ou não discursos. Quem decidiu a parada foi o anfitrião Gama Neves. Ele iniciou o pronunciamento e, logo após, passou o microfone a Paulo Souto no meio do povo, no meio da avenida. Antes do ex-governador, falaram rapidamente Geddel, Sandro Régis, José Carlos Aleluia. Paulo Souto agradeceu o apoio recebido de prefeitos e demais lideranças. Agradeceu principalmente ao povo e disse que Heliópolis teria o necessário para o seu desenvolvimento no seu futuro governo.
Curiosidades
O ex-prefeito de Fátima, Manoel Missias, o Sorria, estava em Heliópolis e foi citado como um dos apoiadores de Paulo Souto. Mas não foi o único da terra do prefeito Nego a apoiar o ex-governador. De lá também manifestaram apoio ao demista Roberto da Farmácia e Barrinho. E é bom que se diga que Roberto lá apoia Fátima Nunes (PT) a deputada Estadual. De Ribeira do Pombal, Paulo Souto recebe apoio do ex-prefeito Dadá. Aliás, em Pombal, só Ricardo Maia, o prefeito, apoia Rui Costa, além o PT.
Destruidores implacáveis
Já não se pode mais colocar placas com publicidade eleitoral. Há pessoas que tem prazer em destruir tudo. Ora, não seria mais simples não votar no candidato? Qual a contribuição que se dá à democracia sendo um destruidor implacável?
Vem nova briga por aí?
A briga do prefeito com o vereador Valdelício poderá ser o estopim de uma outra. É que o ex-prefeito Zé do Sertão (PDT) não vai votar em José Nunes (PSD), candidato a federal do prefeito Ildinho (PSC). Ocorre que o prefeito está fazendo campanha para Marcelo Nilo (PDT) e o voto em José Nunes era a retribuição. Inclusive votos para Vando (PSC) foram sacrificados para abrigar o presidente da Assembleia. Surge uma notícia de que Zé do Sertão vai votar em Jutahy Magalhães (PSDB). A diferença de Zé do Sertão para Valdelício é que o ex-prefeito tem os cargos de Diretor de Cultura, Chefia de Gabinete, Secretaria de Educação, sem falar em outros. A questão é saber quem está traindo quem.
Só para deputado
A presença do ex-prefeito Zé do Sertão ao evento do ex-governador Paulo Souto não deve ser lida como apoio ao candidato a governador. É que o ex-prefeito está pregando apenas o voto em Marcelo Nilo e Jutahy. Presidente, Senador e Governador ficam ao bel prazer de quem quiser. E quem foi que disse que Zé do Sertão abandonaria a política e sairia de Heliópolis? Ele mesmo.
Tranquilo
O vice-prefeito de Heliópolis, Gama Neves, estava tranquilo após a realização do evento com a presença de Paulo Souto. Perguntado sobre a possibilidade de crescimento de Ruy Costa e Lídice da Mata, o que permitiria o segundo turno, ele foi taxativo: “Dilma está em queda na Bahia e não há vinculação com Rui Costa, que quase não cresce. Aécio está em queda e não derruba Paulo Souto, que lidera a ponto de poder vencer no primeiro turno. Marina cresce e não puxa Lídice da Mata. O povo está sabendo separar as coisas.”. Será?