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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Marina Silva pode vencer no 1º turno

                                       Landisvalth Lima
Marina: um tsunami político
Pesquisas internas de vários partidos apontam para uma possibilidade inimaginável há trinta dias: Marina Silva pode vencer a eleição presidencial no primeiro turno. O fenômeno é tão arrasador que já está sendo comparado a um tsunami político. Tanto que a revista Época publicou as estratégias que PT e PSDB estudam fazer para estancar o crescimento da ex-ministra do meio ambiente.  Só no Datafolha, em 11 dias, Marina cresceu 13 pontos. O Instituto divulgou nesta sexta-feira (29) nova pesquisa de intenção de voto para a Presidência da República. A pesquisa mostra um empate entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-ministra Marina Silva (PSB). Segundo a pesquisa, Dilma está com 34% das intenções de voto, uma queda de dois pontos percentuais em relação a última pesquisa. Marina Silva empatou com Dilma, também com 34%. Aécio Neves (PSDB) foi o que mais caiu. Ele tinha 20% na última pesquisa, e agora está com 15%. Pastor Everaldo, do PSC, aparece com 2%, uma queda de um ponto percentual. Brancos e nulos somam 7% e outros 7% não souberam responder.
Marina vem crescendo e só precisará de mais dez pontos para a vitória no 1º turno. Analistas preveem que Aécio já perdeu muito e Dilma ainda pode perder muitos votos para Marina. Não é absurdo imaginar a petista cair para a faixa dos 25%. Marina indo para 44%, tirando um pontinho de Aécio, permanecendo todos os outros candidatos no mesmo cenário anterior, a vitória estaria configurada. E quais seriam estes votos? Segundo a revista Época, viriam da classe C. A revista afirma que com prestações a perder de vista, o desejo de consumir itens para além da cesta básica e o deslumbre com a tecnologia traçam o retrato fiel de uma camada da sociedade que emergiu no Brasil nas últimas duas décadas: a classe C. O termo “classe C” começou a ser usado com frequência no início do governo de Fernando Henrique Cardoso. Ele identificava o contingente de brasileiros repentinamente incluídos no mercado de consumo graças ao fim da inflação – a percentagem de brasileiros na classe C saltou de 31% dos brasileiros, em 1993, para 37% em 1998, segundo dados da Fundação Getulio Vargas. Nos dois mandatos do PSDB, a classe C também se beneficiou do maior programa de expansão da educação básica da história brasileira. Veio o governo Lula, e a classe C continuou ganhando. Ela passou a ser beneficiária da expansão dos programas sociais durante os dois mandatos petistas e também da onda de crescimento econômico. O contingente de classe C subiu de 37% para 54% da população entre 2002 e 2010, segundo os mesmos dados da FGV. É esta classe C que se cansou do PT e não confia no PSDB. Ela quer algo novo que permita crescer mais. Até o governo Lula ia tudo bem. De Dilma para cá, a descida da ladeira foi a serventia da casa.
O Datafolha também fez cenários para o segundo turno. Na simulação entre Dilma e Marina, a ambientalista vence. Marina tem 50% das intenções de voto, contra 40% de Dilma. No outro cenário, entre Dilma e Aécio, é a presidente quem vence. Dilma aparece com 48%, contra 40% de Aécio. Ou seja, o voto em Dilma era dado para não permitir a volta do PSDB e também porque não havia opções. Eduardo Campos era desconhecido. Com Marina, o cenário é outro. Por conta disso, ainda assustados com a reviravolta no cenário das sondagens eleitorais após a morte de Eduardo Campos, tucanos e petistas estudam a melhor estratégia para enfrentar Marina. PT e PSDB se prepararam para uma eleição durante meses e, neste momento, disputam um pleito completamente diferente. “Na verdade, começou uma nova eleição. Tínhamos nos preparado para uma campanha. Agora é outra”, afirma o deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), em entrevista à revista Época.
Mas o que podem preparar para fazer com que o eleitor faça uma segunda reviravolta, abandonando o barco de Marina? A pior coisa é bater em alguém como Marina. Pode acabar promovendo-a ainda mais. Na verdade, Marina cresce pelos seus méritos e pelos erros dos outros. Segundo o jornalista Fernando Rodrigues, do UOL,  revelando fala de Zé Dirceu, a culpa pela iminente derrota do PT é quase exclusivamente de Dilma. A presidente teria tomado decisões erradas ao não construir pontes com a sociedade ao longo dos últimos anos. Também não teria chamado o ex-presidente Lula para ajudá-la, sobretudo agora. Por essa razão, Dilma apenas estaria colhendo o que plantou. E mais: “Não é segredo que Zé Dirceu nutre uma mágoa imensa pela forma como Dilma o tratou nos últimos anos, com um distanciamento duro e protocolar. Não está comemorando o fracasso da presidente porque não desejava o PT fora do poder central. Mas tampouco está triste por antever a derrota dilmista em outubro.”. O petista, condenado pelo mensalão, chamou Marina Silva de “Lula de saias”.
Mas não é só Dilma a culpada. O próprio PT ficou acuado aos seus gerentes no poder. A militância se contentou com as migalhas e perdeu a capacidade de protestar internamente. Virou um partido de coronéis de esquerda. Aqui na Bahia, a escolha de Rui Costa revela isso. Na TV, o candidato pupilo do governador Jaques Wagner é o responsável por todas as obras da Bahia. Parece que ele era o próprio governador. E não se cansa de falar em obras. O PT gostou do concreto armado e insiste na construção da ponte Salvador-Itaparica, orçada em 9 bilhões. Essa grana toda daria para construir 45 hospitais regionais. O PSDB não fica atrás. Também insiste na questão das obras e é um partido que tem medo de promover as transformações reais da sociedade. É lamentável saber que ambos vieram para transformar uma sociedade cheia de vícios. O que fizeram foi se apropriarem de um sistema e melhorá-lo em benefício da manutenção do poder. Marina Silva é a síntese da renovação na política do país.

O fenômeno Marina ou Eu quero meu vereador!

                                        Landisvalth Lima
O fenômeno Marina Silva ajudará a eliminar as velhas práticas políticas?
Vou usar aqui uma disputa de dois grupos políticos por um vereador para mostrar o quão longe ainda estamos de transformar a velha política em algo antenado com a modernidade. Não citarei os nomes dos atores para evitar maiores constrangimentos. A cena é típica de uma cidade no interior da Bahia. Um vereador disputou sua reeleição pelo lado do prefeito de então. Quando a resultado das urnas confirmou a derrota do alcaide, o vereador, antes mesmo da posse, já andava de braços dados com o futuro prefeito. Quando chegou o momento da eleição estadual, dois anos depois, o vereador, alegando estar desprestigiado, rompeu com o prefeito e aderiu aos candidatos do vice-prefeito, que não estava também muito contente com o novo administrador. O motivo da fissura foi um outro vereador do partido do vice que aderiu ao prefeito.
Só que o prefeito estava querendo que o vereador adesista ao vice voltasse para o seio do poder. O vereador não queria porque fez um compromisso de votar na chapa completa do vice e o prefeito não se conformava. Não precisa aqui dizer quem tem ou não tem razão. Longe de mim. Não vou entrar nesta peleja. No país do meu sonho nada disso aconteceria. Uso o fato para dizer que o fenômeno Marina Silva é uma espécie de basta a esta política do toma-lá-dá-cá. Não entra na minha cabeça como dois políticos perdem tempo em ficar disputando políticos, quando deveriam estar se associando em busca de políticas públicas para melhorar a vida das pessoas, mesmo que tenham divergências ideológicas. O cidadão é o senhor. É para ele que se deveria fazer política. Espero que o fenômeno Marina Silva seja realmente o princípio de uma mudança de mentalidade da nossa classe política.
Heliópolis tem 13.786 habitantes
Com a divulgação feita pelo IBGE da estimativa populacional para o ano de 2014, Heliópolis chegou a 13.786. Cresceu exatos 594 almas desde 2020. Se continuar assim, chegaremos a 2018 com uma população próxima dos 15 mil viventes. Na nossa região, Banzaê chegou a 12.560 habitantes, Ribeira do Pombal cravou 51.026, Tucano chegou a 56.131, Cícero Dantas tem 34.540, Ribeira do Amparo chegou a 15.229 habitantes. Além disso, Jeremoabo bate 40.851, Juazeiro marca 216.588 e Paulo Afonso emplacou 118.323. Se você deseja saber a população atual da sua cidade, dê um clique .
Diálogos filosóficos
- O sr. não votou em Ildinho?
- Votei.
- E por que o sr. não vota nos candidatos dele?
- Porque eu sou candidato.
- Sim, eu sei. O sr. é federal. Mas não poderia nem votar no estadual dele?
- Posso. É só ele votar no meu federal!
Ironia do destino
Um cabo eleitoral do prefeito Ildinho, comentando os últimos resultados das pesquisas, soltou uma frase típica dos que adoram a verticalização do voto. Disse ele que a coisa que nunca jamais esperava era, caso as pesquisas se confirmem, com a quebradeira dos municípios, Ildinho precisará de Gama Neves, para pedir recursos estaduais, e de Landisvalth e Ana Dalva, para os recursos federais. Há um certo exagero. Não há mais espaço para esta política de influência. Nem com Paulo Souto e muito menos com Marina Silva. Heliópolis terá o que é seu e o que precisa para crescer. O que precisamos é ter pessoas que queiram fazer isso por aqui.
Lídice em Catu, Pojuca e Alagoinhas
A candidata com as Lidice's Girls de Heliópolis em Catu
Estive com Lídice da Mata, candidata a governadora, em Catu, Pojuca e Alagoinhas. Em Catu a candidata deu entrevista na rádio Ouro Negro FM e visitou o Instituto Federal de Educação, o IF Baiano. Em seguida fez uma visita à igreja da Matriz e foi recebida pelo prefeito da municipalidade. Os antepassados da candidata têm origem em Catu. Seu avô chegou a ser intendente da cidade em 1920. Logo após, foi a Pojuca onde fez uma caminhada, visitou o mercado e inaugurou o comitê eleitoral de Rodrigo Hita. Pela noite, na cidade de Alagoinhas, inaugurou o comitê da coligação Um novo caminho para a Bahia (PSB, Rede, PPL e PSL). Durante toda a viagem, Lídice da Mata recebeu o apoio das Lidice’s Girls e das Marinetes heliopolitanas.
Reflexão
Merecia uma análise mais aprofundada a expressão “Turma do atraso”, usada pelos deputados aliados do governador Jaques Wagner no horário eleitoral. Se prestarmos bem atenção, a maioria que condena os deputados da turma do atraso, fez parte, tinha fortes ligações ou é parente próximo.

Marina venceria Dilma, segundo Ibope

Marina Silva - Candidata do PSB
     Como substituta de Eduardo Campos na candidatura a presidente pelo PSB, Marina Silva chegou a 29%, segundo nova pesquisa Ibope encomendada pelo Estado e pela Rede Globo. A ex-ministra se isolou na segunda colocação e ficou a cinco pontos porcentuais atrás da presidente Dilma Rousseff (PT), que ainda lidera sozinha, com 34%. Aécio Neves (PSDB) está com 19%, em terceiro lugar. Em um segundo turno, se a eleição fosse hoje, Marina seria a vencedora.
     A margem de erro máxima da pesquisa é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos. Não há empate técnico no primeiro turno, porque Marina poderia ter no máximo 31% e Dilma, no mínimo 32%. Nem Aécio poderia estar em segundo lugar, porque chegaria no limite da margem a 21%, enquanto Marina teria ao menos 27%.
   O Pastor Everaldo (PSC) marcou 1% das intenções de voto estimuladas, o mesmo porcentual de Luciana Genro (PSOL). Os outros candidatos não chegaram individualmente a 1%, mas juntos somam 1%. Há ainda 7% de eleitores que pretendem anular ou votar em branco, e outros 8% que estão indecisos. A soma dos adversários de Dilma dá 51%, 17 pontos a mais do que os 34% da presidente.
   Segundo turno. Na simulação de segundo turno, Marina seria eleita com 45%, contra 36% da petista. Há, porém, ainda 11% de indecisos e outros 9% que anulariam. Contra Aécio, Dilma ainda seria reeleita: 41% a 35%. Nesse cenário, há mais indecisos e eleitores que anulariam: 12% em cada grupo.
    Embora o cenário de primeiro turno testado pelo Ibope seja diferente do da pesquisa anterior - pois aquela ainda media as intenções de voto em Eduardo Campos (PSB) -, percebe-se que Marina, ao entrar na disputa, tirou eleitores de tudo e de todos: Dilma e Aécio perderam 4 pontos cada um; os nanicos perderam 3 pontos; a taxa dos que anulariam ou votariam em branco está 6 pontos menor; e há 3 pontos a menos de indecisos.
   Na pesquisa espontânea - pergunta-se a intenção de voto do eleitor sem mostrar para ele a cartela circular com os nomes dos candidatos -, Dilma segue na liderança, com 27%. Marina chega a 18%, e Aécio tem 12%. O número de eleitores indecisos na espontânea despencou de 43% para 28%, em relação à pesquisa anterior do Ibope, de 6 de agosto.
     Dos três primeiros colocados, Marina tem a menor rejeição. Apenas 10% dizem que não votariam nela de jeito nenhum, contra 36% que não votariam em Dilma, e 18% que rejeitam Aécio. Destacam-se ainda a rejeição ao Pastor Everaldo (14%) e a Zé Maria (PSTU), que tem 11%. Os demais candidatos têm menos de 10% de rejeição.
   Avaliação. A avaliação do governo Dilma segue estável. Os que acham a gestão petista ótima ou boa oscilaram dois pontos para cima, de 32% para 34%. Já os que consideram o governo ruim ou péssimo passaram de 31% para 29%. A taxa de regular foi de 35% para 36%. E outros 2% não souberam responder.
    O Ibope fez 2.506 entrevistas, entre os dias 23 e 25 de agosto, em 175 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, em um intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR428/2014.
     Informações de O Estado de São Paulo.


3ª Bienal da Bahia em Heliópolis e Ribeira do Pombal

Após uma lacuna de 46 anos, tempo decorrido desde o fechamento da 2ª Bienal de Artes Plásticas pelo regime militar, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), junto com a Secretaria de Cultura do Estado (SECULT-BA), lança a 3ª Bienal da Bahia, que acontecerá entre os dias 29 de maio e 07 de setembro de 2014. Com uma programação que se estende por 100 dias, a Bienal apresenta ao público exposições, ciclos de cinema, performances, atividades educativas e conversas públicas, envolvendo cerca de 150 artistas e 200 obras espalhadas por Salvador e outras 9 cidades do interior baiano.
Em Heliópolis haverá uma intensa programação dia 30 de Agosto, no sábado. A abertura será 10 horas, na sala de Leitura Maria Pereira, no povoado Massaranduba. Pela tarde, às 15 horas: Show da Bienal na Casa de Farinha de Tebai, no povoado Serra dos Correias. Às 18 horas haverá apresentação de filmes, shows artísticos e apresentações culturais, além da apresentação da Banda Estrela do Arrocha, no povoado Tijuco.
Em Ribeira do Pombal, dia 31 de Agosto, no domingo, haverá apresentação dos filmes Tijuco e a força dos Quilombolas e A Lenda da Lagoa Vermelha.
Indo além de um circuito artístico baseado apenas em exposições, a 3ª edição marca o retorno da Bienal da Bahia com um importante resgate de sua história e memória, sem deixar de lado a necessidade de atualizar as intenções originais das primeiras edições do evento. Construída em torno da pergunta “É tudo Nordeste?”, a 3ª Bienal se debruça sobre a experiência cultural e histórica nordestina a partir de uma perspectiva baiana, abrindo novos canais de diálogo com o resto do Brasil e a cena artística mundial.
Vale ainda destacar que a 3 ª Bienal da Bahia está sendo desenvolvida cuidadosamente por um grupo de curadores de diferentes partes do Brasil e com experiência em grandes eventos nacionais e internacionais. Marcelo Rezende (escritor, crítico e diretor do MAM-BA), Ayrson Heráclito (artista visual e professor) e Ana Pato (pesquisadora e ex-diretora executiva da Associação Cultural Videobrasil) formam o conselho curatorial. A equipe se complementa com a presença de Fernando Oliva (crítico e pesquisador) e Alejandra Muñoz (professora e pesquisadora), curadores adjuntos.
O MAM e a Bienal
Desde março de 2013, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) tem realizado uma série de encontros, palestras e atividades que proporcionam o debate sobre os modelos de Bienais existentes no Brasil e no mundo, ampliando a discussão sobre qual seria o formato mais propício para o cenário baiano atual. Com a proposta de fornecer um espaço para a discussão de plataformas e iniciativas que contribuam para a 3ª Bienal da Bahia, as ações reuniram diferentes públicos, que puderam compartilhar opiniões e conhecer um pouco mais sobre a história da arte mundial.
Uma destas ações foi o projeto MAM Discute Bienal, que reuniu artistas, urbanistas, pesquisadores e professores, entre eles Alba e Chico Liberato, Lia Robatto, Ieda Oliveira, Gaio, Vauluízo Bezerra, Luciana Vasconcelos, Zé de Rocha, Juraci Dórea, Juarez Paraíso e Alejandra Muñoz. Cada encontro colocava em foco um tema diferente, sempre relacionado ao cenário artístico-cultural e à organização de uma Bienal. Além dos convidados, o público também teve importante participação nas discussões.
Da mesma forma, o MAM Discute Sistema e Circuito das Artes saiu das dependências do museu e foi até a Escola de Administração da UFBA, para proporcionar um espaço de discussão sobre o mercado e as formas de circulação, exposição e comercialização de arte em contextos locais e globais. Além disso, o MAM foi até a Biblioteca Pública do Estado da Bahia e a Escola de Belas Artes da UFBA, locais que sediaram as Leituras Públicas do projeto curatorial da Bienal da Bahia.
Outra ação promovida pelo museu foi o MAM Manifesto, que aconteceu durante o mês de novembro de 2013 e reuniu inúmeros representantes das artes em uma programação diversificada, que contou com leituras de manifestos artísticos, apresentações de dança, performances e até mesmo gastronomia. Todas as atividades realizadas foram uma prévia do que vai acontecer durante os cem dias de exposições, encontros, shows e ações educativas da 3ª Bienal da Bahia.
Os realizadores 
A organização do evento em nossa região está a cargo Zé Pereira, Delo, Tonho de Ozano e Carleon. A realização é do Cine Clube Filhos do Sol da Massaranduba. A 3ª Bienal conta com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Heliópolis, Secretaria de Cultura de Ribeira do Pombal, Prefeitura Municipal de Ribeira do Pombal e Distak Infor-Gráfica de Heliópolis.

Dado como morto, homem é encontrado vivo em necrotério

Ele foi encontrado pelo irmão respirando dentro do saco usado para colocar cadáveres na sala de necrotério
Waldelúcio Oliveira
A família de Waldelúcio de Oliveira Gonçalves, 54 anos, dado como morto pelos médicos, teve uma surpresa na madrugada deste domingo (24), no Hospital Geral Menandro de Faria, que fica em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador. Ele foi encontrado pelo irmão respirando dentro do saco usado para colocar cadáveres no necrotério do hospital.
Segundo Patricia Gonçalves, sobrinha de Waldelúcio, a família foi informada por volta das 23h de sábado (23) que havia falecido após uma insuficiência respiratória e falência múltipla dos órgãos. Cerca de duas horas depois, o irmão do 'falecido' teve acesso à sala para vestir o corpo de Waldelúcio e percebeu que o saco estava se movimentando.
"O saco estava fechado e se mexendo. Subindo e descendo como se ele estivesse respirando. Daí ele [irmão de Waldelúcio] chamou todo mundo pra ver o que estava acontecendo. Já estava com os pés amarrados e com algodão no nariz e ouvidos", contou Patrícia ao Correio24horas por telefone.
Waldelúcio, que sofre com câncer, seria internado na próxima terça-feira (26) no Hospital Santo Antônio, das Obras Sociais Irmã Dulce, para seguir com o tratamento. Porém, na manhã de sábado (23) ele passou mal e resolveram leva-lo para a emergência do Hospital Menandro. "Ele acordou com falta de ar. A tia dele achou que era a melhor opção e realmente foi. Quando eles chegaram, foram bem atendido e já mandaram entrar. Nem precisou parar pra preencher ficha antes", lembra Patrícia.
O paciente foi levado de volta para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde segue internado. "Estive com ele hoje. Na sala tem mais outros dois pacientes. Estava entubado. Ele abriu os olhos e estava bem. Antes de ter sido internado, ele já falava com muita dificuldade por conta da doença", disse. Ainda de acordo com a sobrinha, a família quer que ele seja transferido logo para o Hospital Santo Antônio.
Porém, antes da notícia de que Waldelúcio estava vivo, a família tratou de providenciar o enterro. "Tinha tudo já. O laudo da morte e o caixão já estava comprado", explica a sobrinha. Segundo Patrícia, uma declaração de óbito foi emitida pelo hospital. Por telefone, a assessoria da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) não foi encontrada para atualizar o boletim médico do paciente ou comentar o caso.
Informações do CORREIO.

Prefeito Helânio diz que vota em Fátima Nunes porque ela rachou o PT em 2012

Helânio Calazans
Numa reunião do prefeito de Cícero Dantas com funcionários da prefeitura, no BNB Clube, aconteceu de tudo. Segundo o ex-vice-prefeito Gilmar Santos, ele tem uma gravação sobre esta reunião onde o prefeito pede votos para os seus candidatos. Os Secretários de Governo foram enfáticos ao dizerem que a reunião se tratava de pedidos de votos para os candidatos do prefeito. O presidente da Câmara Municipal chegou ao ponto de dizer que todos deveriam se lembrar de que estavam empregados e deviam isso ao prefeito. Chegaram a citar que algumas pessoas, na eleição passada, por questões financeiras, não votaram com o grupo. Mandaram vários recados a várias pessoas, inclusive a ex-vereadores, numa clara demonstração de intimidação. É a velha política do toma-lá-dá-cá, usando cargos públicos para o “negócio”. 
A fala mais esperada foi a do prefeito Helânio, revelando o nível de civilidade e de participação democrática do alcaide no processo. Ele ressaltou que votará em Fátima Nunes (PT) para deputada estadual pelo empenho que ela teve quando, em 2012, usou sua força para rachar o PT local e eliminar a candidatura natural de Gilmar Santos, coisa que os petistas ligados a Fátima sempre negaram. Nada melhor que o pronunciamento do prefeito, o principal beneficiado do racha, para confirmar aquilo que todos já sabiam. Ou seja, Fátima manobrou para o PT apoiar Helânio e, agora, em troca, Helânio vai votar em Fátima. Além disso, todos os funcionários estão “obrigados” a votar na petista para que o acordo seja sacramentado. Antigamente chamavam isso de “voto de cabresto” e o velho PT de guerra sempre lutou contra tal prática. Os tempos são outros!

Marina virá 'avassaladora' na pesquisa Ibope

Carla Araújo, Wladimir D'Andrade, Valmar Hupsel, Mateus Coutinho e Ricardo Chapola – Estadão Conteúdo.
Marina visitou a Bienal do Livro de São Paulo nesta segunda, 25
O coordenador financeiro da campanha de Marina Silva, deputado Márcio França, disse na tarde desta segunda-feira, 25, que pesquisas internas mostram um resultado "avassalador" em favor da candidata do PSB. De acordo com ele, a pesquisa Ibope de que será divulgada nesta terça-feira, 26, mostrará que Marina é uma das favoritas na corrida presidencial.
"Para quem era uma zebra, eu acho que hoje a Marina é favorita", disse o coordenador ao chegar para acompanhar o debate promovido pelo SBT com os candidatos ao governo de São Paulo. França é candidato a vice na chapa do tucano Geraldo Alckmin (PSDB).
França não respondeu qual é o patamar "avassalador" em que Marina deve aparecer amanhã, mas disse que os "números são muito fortes". "Os números que a gente tem de pesquisas internas, que o Ibope vai revelar amanhã, são avassaladores. Vai ter que se acostumar a um outro patamar", disse. "O Eduardo brigava para ficar famoso. Agora é como se as pessoas quisessem conhecê-lo. Ficaram com saudade de uma coisa que não conheciam. Tudo isso, de certa forma, deságua na Marina", avaliou.
França comentou ainda as declarações de Aécio Neves (PSDB) de que o bom desempenho de Marina Silva é como uma "onda", e que acredita voltar ao segundo lugar isolado nas pesquisas "dentro de 15 ou 20 dias". "O problema é o tamanho da onda. Tem onda de 2 metros, de 5 metros, de 10 metros. Aí não tem depois o que fazer se for muito grande", disse.
França afirmou ainda que na classe C "em especial" os números de Marina são impressionantes. "A classe C desloca sempre junto, as pessoas falam entre si. Ao se convencerem (em quem votar), as pessoas convencem outras", disse.
Questionado sobre seu novo papel de tesoureiro de campanha, França afirmou que assumiu o cargo nesta segunda e que ainda "não entrou nada". "Mas soube por amigos que vai entrar. Empresário entra muito pela chance (nas pesquisas). É da índole se deslocar pela chance", afirmou.
França comentou ainda a situação de resistência de Marina em dividir o palanque com Alckmin em São Paulo. Segundo o pessebista, a situação é a mesma de antes da morte de Eduardo Campos e agora caberá ao vice de Marina abrir espaço para o tucano. "Caberá a Beto Albuquerque pedir votos a Alckmin no programa eleitoral", afirmou.