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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

A incapacidade de o PT reconhecer os erros cometidos poderá custar o fim da legenda

                                                      Landisvalth Lima
Já não é mais novidade que o PT jogou sua história na lata do lixo. Diriam os defensores que isso acontece com qualquer partido ao longo de sua história. Também diriam os experientes que o erro não mata nenhuma legenda, desde que seus dirigentes percebam a tempo de corrigi-lo. A solidez de um partido não está em acertar o tempo todo, mas em estar o tempo todo atento aos erros, vícios e derrapadas, comuns principalmente aos encastelados no poder. Não persistir no erro, agir sempre com ética e coerência são ações de recall corriqueiras. O PT insiste no erro. Quando vi o Gabrielli exigir de Dilma suas responsabilidades na questão da compra da refinaria de Pasadena, chequei a pensar que o partido acordara. Mas não, foi só uma ação individual e desesperadora de tentar dividir o fracasso.
Hoje, li o Reinaldo Azevedo, da Folha de São Paulo, e ele afirma que seja qual for o resultado desta eleição, o PT começa a sua descida ladeira abaixo. Afirma o colunista: “A arte de demonizar o outro, de tentar silenciá-lo, de submetê-lo a um paredão moral seduz cada vez menos gente. Ao contrário: há uma crescente irritação com os estafetas dedicados a tal tarefa. Se, antes, nas redes sociais, as críticas ao petismo eram tímidas, porque se temia a polícia do pensamento, hoje, elas já são desassombradas. E se multiplicam. Os blogs sujos viraram caricatura. A cultura antipetista está em expansão. E isso, obviamente, é bom.”. Seria melhor ainda se o partido procurasse usar este momento para fazer uma faxina interna e renascer. Mas acho que é pedir demais, depois de ver os mensaleiros sendo presos com os punhos fechados socando o ar!
Prefeito cassado
O prefeito de Barreiras, Antônio Henrique (PP), teve seu mandato cassado e foi decretada a perda de seus direitos políticos por determinação da Justiça Federal. O prefeito vai recorrer da decisão e disse acreditar firmemente que os tribunais superiores lhe darão razão. “Não houve desvio de um único centavo dos cofres públicos”, afirmou. Sobre a contratação de empresas de transporte, com fracionamento de despesas, conforme diz a sentença, o prefeito afirma que, em 2001, período no qual ocorreram as irregularidades, Barreiras vivia um momento “ímpar”, com a criação do município de Luís Eduardo Magalhães, o que causou problemas de transporte dos alunos da região do "Cerradão" e exigiu medidas emergenciais. Segundo ele, a modalidade licitatória escolhida, carta-convite, resultou em um gasto anual de R$ 286 mil, em benefício dos estudantes da zona rural. Ainda sobre a licitação, Antônio Henrique diz que “o juiz entendeu” que o procedimento deveria ocorrer via tomada de preço.
Eduardo Campos e Lídice da Mata
Lídice, Marina, Eleiana Calmon e Eduardo Campos (foto: Correio)
O ex-governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) participará de eventos no interior baiano na próxima semana, conforme anunciou a senadora Lídice da Mata (PSB), que postula ao governo estadual. O presidenciável estará na próxima sexta-feira (2) em Ilhéus, para participar do 13º Fórum de Comandatuba, encontro de empresários. Já no dia 8 de maio, Campos deverá participar do ato de devolução simbólica do mandato do ex-prefeito Chico Pinto, cassado durante a ditadura, em Feira de Santana, ou de um evento no município de Luís Eduardo Magalhães.
Um rombo de 80 bilhões
A situação da economia brasileira vai de mal a pior. Nesta sexta-feira (25), o Banco Central anunciou que o rombo nas contas externas brasileiras extrapolou neste último trimestre e é o maior desde da série histórica, que se iniciou em 1970. Isso significa dizer que a diferença entre o que o país compra no exterior foi maior do que o que conseguiu vender. O montante (déficit) chegou a US$ 25,186 bilhões. O próprio Banco Central estima que o Brasil deverá encerrar 2014 com um rombo desfavorável em torno de US$ 80 bilhões. A diferença entre as importações e as exportações, desse modo, tende a crescer, sinalizando as dificuldades que o país atravessa na sua economia.
Bancos demitem
Os bancos brasileiros fecharam 1.849 postos de trabalho no primeiro trimestre deste ano. O saldo negativo foi puxado pelas instituições privadas, que fecharam 2.985 vagas. A Caixa Econômica Federal, entidade financeira pública, abriu 1.132 empregos e impediu que o número subtraído fosse maior. Os maiores cortes ocorreram em São Paulo (menos 967 vagas), no Rio de Janeiro (276), no Rio Grande do Sul (260) e em Minas Gerais (186). As informações estão na Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada nesta quinta-feira (24) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Além do fechamento de vagas, a consulta mostrou também alta rotatividade no emprego bancário. De acordo com o estudo, as instituições contrataram 8.266 funcionários e desligaram 11.115. O fato impactou nos ganhos da categoria, já que o levantamento aponta que o salário médio dos admitidos no primeiro semestre foi R$ 3.129,17, contra R$ 5.372 dos desligados.

Informações da Agência Brasil, Folha de São Paulo, Bahia Notícias e A Tarde.

O professor novamente no banco dos réus!

                                                          Landisvalth Lima
Eu prometi a mim mesmo não mais defender pontos-de-vista em reuniões onde estivessem presentes burocratas da Secretaria de Educação do Estado da Bahia – acomodados em cargos da DIREC-11, ciceroneados pela atual diretora do Colégio Estadual José Dantas de Souza, principalmente depois que vi a luta de um professor para concretização de um projeto de meio-ambiente do CEJDS, de caráter regional, com possibilidades de sucesso a nível estadual, pelo menos, ser completamente desfeito só porque o rapaz não era do agrado político da diretora. Quem quiser saber os detalhes é só perguntar ao professor Gilberto Jacó. Se ele quiser pode revelar tudo. Depois disso, eu que participava de longe, percebi que tudo era mesmo um faz-de-conta. A última coisa que os burocratas querem é melhorar a educação na Bahia.
Mas hoje eu não aguentei mais. Minha tolerância foi a zero. E não é nada pessoal. Trata-se de uma pessoa que julgo ser também uma vítima do sistema, que está mais preocupada em salvar sua posição política na burocracia que em fazer alguma coisa útil para tirar nossa educação do fundo do poço. Convidado para a reunião, pensei que íamos finalmente admitir que tudo estava errado e começar uma verdadeira obra sincera de diagnóstico e solução para a maior crise enfrentada pelo CEJDS em quase uma década de existência. Não quero fazer alarde, mas não há mais como não dizer que a escola não tem mais onde cair porque já chegou ao fundo do Poço. E só olhar para os números do AVALIE, prova feita pelo próprio Governo da Bahia, referente aos anos de 2010, 2011 e 2012. Estamos ladeira abaixo. A Bahia tem as piores médias do país. A nossa região da Direc-11 tem médias piores que a Bahia e o CEJDS tem média pior que a Direc-11.  Não quero aqui nem falar do Enem 2013.
Pois bem. Com tudo isso, vem a criatura de Deus referendar o de sempre: a culpa é do professor porque não dá aula, porque não tem compromisso com a educação, porque não participa das reuniões de AC, porque não vive o tempo todo na escola os cindo dias da semana, porque não cumpre com o calendário escolar, porque não faz três avaliações na unidade como determinou o todo poderoso secretário.... E, pasmem! Porque não associou ao seu planejamento os “eixos estruturantes” da Sec. Claro que ela não disse assim, taxativamente, mas usando de eufemismos pedagógicos. Não estou mais, caro leitor, com paciência para ouvir tais disparates!
E não pensem que estou aqui defendendo profissionais relapsos, que fizeram da profissão um bico. Estes ficam quietos. Não reclamam. Esperam apenas pelo seu no final do mês. Estou falando do esforço que muitos profissionais fazem para levar o melhor possível aos alunos do CEJDS. Sei de professores contratados via PST, com 5 meses de salários atrasados, e cumpriram sua carga horária. Sei de professores que não sabiam o conteúdo da disciplina a que foi obrigado ensinar e ralhou para levar o mínimo necessário aos alunos, sem ser uma luta apenas por salário, mas para se firmar na profissão. E não vou aqui nem falar nos que estão longos anos na estrada, remando contra a maré, gritando e ninguém ouvindo. Nenhum destes professores merecem o banco do réus.
Também não quero aqui dizer que não há uma parcela de culpa do professor. Todos somos responsáveis pelo fracasso. Mas devemos muito menos que outros. A criatura da reunião chegou a dizer que eu não resolvi a questão, já que fui diretor por 1 ano e meio da instituição, até fevereiro de 2009. Mas ela fechou os olhos para os já mais de 5 anos da atual diretora e companheira de partido. Claro que ela também não incluiria nesta lista de culpados o atual secretário de educação, que reduziu a carga horária de disciplinas fundamentais para provas e concursos, ao contrário do que fez o Estado de Goiás, que a ampliou e colocou, em poucos anos, aquela educação como uma das mais prósperas. Também nem pensar em falar do fracasso do governo do PT, do nobre Jaques Wagner, que deixa um rastro de salários atrasados aos terceirizados, da falta de concursos públicos em todas as áreas do governo, da contratação irregular e politiqueira via Reda/PST. Dilma? Lula? Puts!
Como eu gostaria de ter tido a oportunidade de ver uma pessoa da SEC ou Direc chegar ao CEJDS, apresentar os números reais, dizer que estava ali para ajudar a melhorar e nos fazer a pergunta simples: “o que precisamos fazer para tirar o CEJDS deste caos?”. Mas não! Mais uma vez vem uma pedagoga burocrata, obediente às ordens do seu senhor superior, trazendo palavras decoradas de projetos miraculosos, que são mais propaganda enganosa que solução para alguma coisa, imaginando que neste sertão do Nosso Senhor há um bando de cordeiros prontos a seguir portarias sem o direito sagrado ao debate. 
Meu lamento final foi o encerramento da reunião. Justificativa da diretora outorgante: “Não estou pronta para ouvir gritos!”. É certo. Ninguém quer ouvir, mesmo quando a gente grita. Que sua aposentadoria lhe seja breve! Amém!

Ministra do Supremo determina instalação de CPI exclusiva da Petrobras

André Richter - da Agência Brasil, em Brasília, via UOL.
Ministra Rosa Weber determinou CPI só da Petrobras (foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
A ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta quarta-feira (23) que o Senado instale CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar exclusivamente a Petrobras.
Rosa Weber atendeu a pedido da oposição e rejeitou ação dos governistas, que propuseram investigações também nos contratos dos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal, supostas irregularidades no porto de Suape (PE) e suspeitas de fraudes em convênios com recursos da União, além das denúncias sobre a Petrobras.
Impetrado no dia 8 de abril por dez senadores, o mandado de segurança da oposição contestava a decisão da Mesa do Senado, que optou por juntar diversas suspeitas de irregularidades em uma única CPI, em vez de aceitar a proposta da oposição, focada apenas na Petrobras.
A oposição pedia que o STF cancelasse liminarmente a decisão do presidente do Senado Renan Calheiros de ampliar o alcance da CPI, alegando que a decisão contraria direito líquido e certo da minoria parlamentar de constituir comissão parlamentar de inquérito. 
Já o mandado de segurança impetrado pela senadora Ana Rita (PT-ES) no dia 9 de abril questiona a própria CPI requerida pela oposição com o argumento de que os quatro temas relacionados à Petrobras já seriam desconexos entre si.

Há algo de podre no setor de energia elétrica

Ainda há muita coisa a ser explicada no mundo da energia elétrica do Brasil. O Estadão traz reportagem indicando a renúncia de três dos cinco conselheiros da CCEE. Isto porque os técnicos das distribuidoras de energia estariam revoltados com o modo com que o empréstimo ao setor, de R$ 11,2 bilhões, foi conduzido. A reportagem é do jornalista Eduardo Rodrigues, da Agência Estado.
A história do rombo no setor elétrico precisa ser melhor explicada
(foto: Estadão)
  O pacote de ajuda criado pelo Ministério da Fazenda para as distribuidoras de energia culminou com uma debandada no Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A câmara é uma empresa sem fins lucrativos que faz a contabilidade e a liquidação financeira das compras e vendas de energia no sistema elétrico. A CCEE foi a escolhida pelo governo para assumir um empréstimo de R$ 11,2 bilhões para bancar o rombo no setor de distribuição de eletricidade este ano, numa conta que só será repassada aos consumidores a partir de 2015. Mas três dos cinco conselheiros da câmara renunciaram a seus cargos.
A saída dos executivos ocorreu após a aprovação por assembleia extraordinária na terça-feira, 22, do empréstimo para o socorro das distribuidoras. O conselheiro Luciano Freire apresentou a carta de renúncia na terça-feira à noite, enquanto Ricardo Lima e Paulo Born entregaram seus cargos nesta quarta-feira, 23. Restaram no conselho de administração apenas o atual presidente, Luiz Eduardo Barata, e o ex-presidente da entidade Antônio Carlos Fraga Machado. Segundo fontes próximas aos conselheiros, eles pediram demissão porque ficaram com receio de serem acusados de gestão perigosa, por causa do elevado volume de recursos da operação. Se eles que são conselheiros estão com medo, e o povo? Como será pago um rombo astronômico destes? E outra, se é para ser repassado ao consumidor em 2015, como se explica o aumento de 15% da Coelba em 416 municípios da Bahia, incluindo Salvador, já a partir deste mês? Há algo de podre nesta história. Será que teremos um outro aumento destes o ano que vem? Desde quando há problemas relacionados com a falta de água na Bahia?
Segundo ainda Barata, a renúncia dos três conselheiros não traz risco para a operação de socorro de R$ 11,2 bilhões às distribuidoras. Ele negou que tenha havido rebelião por causa das negociações do empréstimo. Disse ainda que foram decisões de "foro íntimo". "Qualquer conselheiro pode sair a qualquer momento. Eles me deram a palavra de que foram decisões isoladas, de que não houve uma ação concatenada", disse Barata. "Todo o processo para a obtenção do empréstimo foi conduzido da maneira mais transparente e coordenada possível. Tenho a absoluta convicção de que ninguém foi pressionado a nada." Então para que serve este Conselho? Para nada? Ele afirmou que nenhum bem dos conselheiros, da associação ou de seus associados está em risco. Toda a negociação, disse, está balizada na Conta-ACR (responsável por cobrir o rombo das distribuidoras em 2014), que, por sua vez, é garantida pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Então somos nós que pagaremos o rombo? Quem garante que este dinheiro é mesmo para cobrir rombo energético? E olhe que isto está acontecendo exatamente num ano eleitoral! 
A Aneel fixou em R$ 4,7 bilhões o valor da primeira parcela do empréstimo que será tomado pela CCEE. O montante será liquidado nos dias 28 e 29 de abril para cobrir a despesa das distribuidoras com energia térmica e exposição ao mercado de curto prazo em fevereiro. Com isso, sobrarão R$ 6,5 bilhões em crédito com o sindicato de bancos envolvidos na operação para o pagamento das despesas de março a dezembro de 2014. Fato é que está muito mal explicado esta história. Esperamos que não venha por aí uma nova Pasadena do setor elétrico.

Lewandowski nega Habeas Corpus e Prisco continua preso

O vereador de Salvador Marco Prisco (PSBD-BA), líder da greve que paralisou as atividades da Polícia Militar da Bahia na última semana, teve seu pedido de Habeas Corpus negado, nesta quarta-feira, 23, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
Marcos Prisco continua preso na Papuda ( foto: Eduardo Martins/Ag. A Tarde)
No texto em que torna a decisão pública, Lewandowski faz referências a juristas renomados - como Ives Gandra e o ex-ministro do STF Eros Grau - para explicar o indeferimento do pedido de relaxamento de prisão. Além disso, o ministro reafirmou que a prisão do vereador foi decretada para garantir a ordem pública, por conta da articulação que provocou a greve da PM, considerada inconstitucional.
Após saber da decisão da corte, o vice-presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Fábio Primo, afirmou que a defesa de Prisco vai recorrer da decisão do STF com um pedido de agravo regimentar - medida que pode levar o caso a ser julgado pelo colegiado. Sobre uma nova paralisação dos policiais, Brito descartou "completamente" a possibilidade. "Defendo a manutenção das atividades. Devemos continuar com o policiamento ostensivo nas ruas, em respeito à população. Vamos manter nossa palavra", garantiu. O deputado estadual capitão Tadeu Fernandes (PSB) também afirmou que uma nova greve não deve acontecer no momento. "Não é esse o sentimento dos PMs atualmente, embora a revolta contra o governador continue muito grande", afirmou.
Inconstitucionalidade
A prisão de Prisco provocou debate sobre o direito de greve dos policiais militares brasileiros. Na tarde desta quarta-feira, a pedido do deputado federal Mendonça Prado, a Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados, em Brasília, aprovou uma audiência pública para discutir o direito de greve das PMs. A data da audiência ainda não foi definida. 
Segundo a assessoria de comunicação do vereador Marcos Prisco,  as contas bancárias dos diretores das seis associações que lideraram a greve foram bloqueadas, por determinação do desembargador federal que trabalhou no plantão judicial do feriado de Tiradentes. "Já estamos adotando medidas cabíveis na tentativa de resolver o problema o mais rápido possível", afirmou Fábio Brito. O juiz federal Carlos D´Ávila já havia extinguido o processo de bloqueio das contas, mas o Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA) recorreu da decisão durante o feriado. O pedido do MPF previa pena-multa de R$ 1,4 milhão, enquanto houvesse greve. Ocorre que a revogação da decisão do juiz só aconteceu após a greve acabar. 
Informações de A Tarde.

Bahia terá aumento na conta de luz

Mais aumento para o consumidor da Bahia
A conta de luz dos consumidores baianos fica mais cara a partir de hoje. O reajuste de 14,82% para as residências e 15% para as empresas é valido para a capital e mais 415 municípios da Bahia. Nas ruas, o consumidor que só deve sentir o aumento pesar no bolso a partir do mês de maio, não recebeu bem a notícia. No entanto, para não ter surpresas é importante ficar atento a algumas medidas simples que farão a diferença no final do mês. Entre as empresas, o reajuste aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica(Aneel), é de 15% para o consumidor de baixa tensão e 16,04% para os de alta tensão. Na Bahia, segundo a Aneel, pelo menos 5,3 milhões de consumidores serão afetados com a nova tarifa. As cidades de Jandaíra e Rio Real são as que ficarão de fora do aumento já que são abastecidas pela Companhia Elétrica Sergipana.
Ainda de acordo com o órgão, o reajuste médio aprovado, de 15,35%, ficou abaixo do pedido pela Coelba, quer era de 18%. A companhia justificou que a compra de energia, teve elevação em torno de 17%. As despesas dos últimos 12 meses que precisam ser quitadas, também contribuíram para o reajuste. O segurança noturno Vandeilson Costa dos Santos não recebeu bem a notícia do aumento. “Em casa usamos lâmpadas florescentes e lembretes espalhados em todos os cantos para que não esqueçamos de apagar as luzes quando não estamos no local. Mas mesmo assim ainda acho o reajuste acima da nossa realidade”. Já a dona de casa, Luciana Ferreira, de 48 anos, confessa que não costuma ficar atenta a economia de energia em casa. “Na correria do dia muitas vezes a gente passa despercebido. Assim como Luciana, milhares de pessoas não costumam se preocupar em economizar. De acordo com a Coelba, o condicionador de ar é um dos eletrodomésticos de maior consumo de energia. E a dica é que os consumidores utilizem-no apenas quando necessário.
 Irmão de Marcelo Nilo comete suicídio
Luiz Nilo
     O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Marcelo Nilo (PDT), sofreu um baque na manhã desta terça-feira (22) ao perder o irmão, Luiz Eumar Nilo. Ele cometeu suicídio se jogando do apartamento, no décimo andar, em que morava na Pituba, em Salvador. Nas eleições passadas, em Antas, Luiz foi candidato a vice-prefeito (PDT), e esteve envolvido numa acusação de espancamento de um adversário político na localidade conhecida como Nova Anta. O candidato a prefeito de sua chapa era Valdevino Nunes, que foi derrotado por Wanderlei Santana (PP), nome indicado pelo ex-prefeito Agnaldo Félix (PP). Segundo a 13ª Companhia Independente de Polícia Militar, todos os indícios sugerem que Luiz Nilo, 56 anos, tenha pulado por conta própria. O caso foi no final da manhã de hoje, na rua Sargento Astrolábio, no prédio Cidade Jardim. Segundo a PM, Luiz deixou uma carta para familiares, saiu de seu apartamento e foi até o terraço do prédio, de onde caiu. O caso foi registrado na 16ª Delegacia como suicídio a investigar. Uma sessão extraordinária que estava prevista para esta tarde na Assembleia foi suspensa em solidariedade a Marcelo Nilo. O sepultamento ainda não tem data e nem local para acontecer, já que a notícia tomou a todos de surpresa. Ninguém falou sobre quais os motivos que fizeram Luiz Nilo tirar sua própria vida.
PAMEH na berlinda

O primeiro projeto de metas e ações na educação de Heliópolis para os próximos três anos está encalhado na Câmara Municipal de Heliópolis. É que a Urgência Urgentíssima foi derrubada pelos vereadores, por 5 votos a 3. O voto decisivo foi o do vereador Valdelício Dantas da Gama. Conversando com alguns edis, a vereadora Ana Dalva tranquiliza as pessoas da educação informando que estas brigas políticas sempre acontecem e ela não vê possibilidade de reprovação do projeto. “Os vereadores estavam com um pé atrás só na questão da urgência. Acredito que será aprovado porque foi algo discutido com a comunidade escolar.”, tranquilizou. O problema agora é de prazo. Se o projeto for colocado na próxima sessão, já com os Pareceres favoráveis das respectivas Comissões, e havendo aprovação de sessões extraordinárias, é possível que na próxima semana seja sancionado. Sendo assim, o professor Quelton informa que será possível aplicá-lo ainda na 2ª unidade deste ano letivo.
Com informações do IG e do Bahia Notícias.

Entre eleitores que dizem conhecer os candidatos, Eduardo Campos e Marina lideram

O jornalista Fernando Rodrigues, do jornal Folha de São Paulo, analisou dados da mais recente pesquisa do Datafolha sobre a corrida eleitoral desta ano. Segundo o colunista, os candidatos a cargos públicos costumam repetir que agora ainda é cedo para analisar o cenário eleitoral, pois a maioria dos brasileiros ainda não está conectada à disputa de outubro e poucos eleitores conhecem neste momento todos os principais nomes na corrida pelo Palácio do Planalto. Para ele, é tudo verdade. Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, realizada nos dias 2 e 3 deste mês, apenas 17% dos eleitores afirmam conhecer bem ou um pouco os três principais pré-candidatos a presidente: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Nesse universo, embora a margem de erro do levantamento se torne bem maior por causa do número pequeno de entrevistados, o resultado final é muito diferente daquele apurado quando é considerado o total da amostra do instituto. No cenário testado apenas com eleitores que conhecem os três principais candidatos, Campos fica com 28%. É seguido por Dilma, com 26%. Aécio pontua 24%. Os três estão tecnicamente empatados. É que a margem de erro sobe para cinco pontos percentuais, para mais ou para menos. No âmbito geral da pesquisa, essa margem chega a apenas dois pontos percentuais.
Ainda segundo Fernando Rodrigues, o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, faz um alerta: Os eleitores que conhecem os três candidatos são os que mais acessam o noticiário, ou seja, são os mais escolarizados, de renda mais alta etc. Nada indica que o eleitor típico de Dilma, ao conhecer Aécio e Campos, deixará de votar nela. Ou seja, a oposição não terá certeza de sucesso se garimpar apoio apenas entre os que já conhecem e votam em Dilma sem saber direito quem são Aécio e Campos. A jazida inexplorada de votos à disposição de adversários do PT, e também aberta para a própria presidente Dilma, está no vasto grupo de eleitores que não vota na candidata governista e ainda não conhece muito bem as opções em jogo para pensar em fazer uma mudança.
Em todos os cenários pesquisados pelo Datafolha, no levantamento completo, a petista pontua de 38% a 43% e aparece à frente dos demais candidatos. O restante dos eleitores prefere outros nomes, está indefinido ou vota em branco, nulo ou em nenhum candidato. Ainda dentro do universo dos que dizem conhecer bem Dilma, Aécio e Campos, desaparece o amplo favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, registrado em todas as pesquisas até agora. Quando é ele, e não Dilma, o candidato, seu percentual chega a 32%. Aécio e Campos pontuam 23% cada um.
Se Campos é substituído pela ex-ministra e ex-senadora Marina Silva como candidata do PSB a presidente, ela fica com 34% e lidera numericamente a pesquisa contra 23% de Dilma e 25% de Aécio, tudo no universo dos que dizem conhecer os três principais nomes na disputa. Marina Silva também permanece competitiva se disputar nesse nicho eleitoral contra Lula e Aécio. Nesse cenário, a ex-senadora pontua 32%. O ex-presidente registra 29% e o tucano tem 24%. Nessa semana, no entanto, o PSB confirmou que a chapa da legenda terá Campos como candidato e Marina na vaga de vice.
Nas simulações de segundo turno feitas pelo Datafolha com esse grupo de 17% dos eleitores que conhece Dilma, Aécio e Campos, os vitoriosos são sempre de oposição, com uma vantagem fora da margem de erro. Numa eventual disputa entre Dilma e Aécio, a petista seria derrotada porque sua marca é de 31% contra 47% do tucano. Na hipótese de embate com Campos, o socialista registra 48% contra 31% da atual ocupante do Palácio do Planalto. A pesquisa mostra que conhecimento é tudo, mas há uma margem considerável de eleitores que vão às urnas movidos por outros elementos e, quase sempre, a última coisa que interessa é o perfil real do candidato. É a democracia ainda em formação. Temos que ter paciência. 
Fontes: Fernando Rodrigues, Datafolha, Folha de São Paulo.