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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Governador Marcelo Déda está em estado grave

O Hospital Sírio-Libanês divulgou neste sábado um boletim médico sobre o estado de saúde do governador Marcelo Déda.
Marcelo Déda luta bravamente contra um Câncer
É considerado grave o estado de saúde do governador licenciado Marcelo Déda. A equipe do Hospital Sírio-Libanês, onde o governador está internado, emitiu novo boletim médico no início da noite deste sábado, 30. Pelo Facebook, o governador em exercício Jackson Barreto (PMDB), falou do assunto: "Estou muito apreensivo e angustiado com as informações do agravamento do estado de saúde do Governador, do amigo e do companheiro Marcelo Déda. Estou pedindo a todos os sergipanos que neste momento estejamos unidos em orações, pedindo a Deus por este grande sergipano, cujo talento, cultura e ética tem marcado a vida do nosso estado nos últimos anos".
Boletim Médico
30/11/2013
19h5​0​
O governador de Sergipe, Marcelo Déda, internado no Hospital Sírio-Libanês, apresenta piora progressiva em seu quadro clínico e seu estado de saúde é grave.
O governador está medicado e está em compania de sua família.
O paciente está sendo atendido pelas equipes dos Profs. Drs. Paulo Hoff, Raul Cutait e Roberto Kalil Filho.
Assinam a nota Dr. Antônio Carlos de Onofre Lira (Diretor Técnico Hospitalar) e o Dr. Paulo Cesar Ayroza Galvão (Diretor Clínico).

Informações do portal do Jornal da Cidade.

Era uma vez um partido, um coronel e seus vassalos...

                               Landisvalth Lima
No meu último livro, eu já previa a derrocada da esquerda
A prática de um gesto simples já é suficiente para termos um retrato do perfil psicológico de uma pessoa. Certa vez, aqui em Heliópolis, um político foi para o palanque pedir voto. A candidata era uma mulher e ele disparou: “Vou votar nela. É uma mulher, mas é direita!”. Não precisamos duvidar do preconceito velado do nosso ex-vereador. Outra vez, recebi um elogio de uma pessoa, quando me defendia de uma acusação de uma outra pessoa. “Ele é negro, mas é honesto!”. Coitado dos outros negros! Uso esses fatos para mostrar a derrocada do Partido dos Trabalhadores. O PT não precisará de nenhum adversário de alto calibre para perder a eleição que se avizinha. Todos os seus gestos, difundidos pela mídia, indicam que o partido abraçou descaradamente o uso do poder para continuar no poder. Mesmo os que estão esperneando, já decoram um “Sim, Senhor Companheiro”, que parece ser a senha da aceitação da condição de vassalos.
Fiz questão de armazenar todas as postagens do Bahia Notícias e do blog Por Escrito que trataram do tema. Ao lê-las, senti-me diante de um enredo de novela global com final feliz, ao estilo dos romances naturalistas de Aluísio Azevedo. Traduzindo: farsa, incoerência, jogo de cena. Vou mais fundo: Caetano e Gabrielli merecem o troféu “Cara de Pau do Ano”. Só Pinheiro saiu verdadeiramente magoado, mas não fez o que deveria ter feito para salvar o PT. O quê? Mandar o governador dar-se ao respeito. Escolher candidato do bolso do colete era coisa de ACM, o coronel cabeça-branca que tanto o PT demonizou. Agora, o cabeça-branca, com estrela vermelha cravada no peito, quer se eternizar no poder. Disse que queria o secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, e o PT baixou a cabeça ao coronel Jaques Wagner. E foi o escolhido que saiu com essa, reparem: “Foi um processo com a riqueza e energia do PT. A política no PT não é feita só com razão e argumentos; é feita com emoção. Quando decide, todos saem juntos, unidos, para conseguir o objetivo comum”. Nunca vi algo tão decorado e fora do contexto. Seria melhor que ele dissesse que, como Lula tirou Dilma do bolso do paletó e todo mundo engoliu, o governador Jaques Wagner indicou Rui Costa e todo mundo também vai ter que engolir.  Incrível foi o que Rui Costa disse, tentando explicar o descontentamento do senador petista: “Pinheiro tem uma trajetória parecida com a minha, inclusive nasceu na mesma região da cidade. Ele se sentirá extremamente feliz em ajudar a vitória do PT em 2014 na Bahia”. Meu Deus! É fascismo demais para o meu gosto. É só olhar para a trajetória política de ambos que todos entenderemos porque o governador jamais escolheria Pinheiro.
Falácia pastelã foram as afirmações do governador: “Quem decidiu foi o diretório. Apenas emiti minha opinião”, declarou o petista ao Bahia Notícias, ao chegar na noite da sexta-feira (29) no Hotel Fiesta, para participar da plenária do ex-prefeito de Camaçari Luiz Caetano, que anunciou sua candidatura a deputado federal no pleito do próximo ano. Ele só perde em desfaçatez para o seu indicado. A indicação de Rui Costa estava em resolução lida pelo presidente estadual da sigla. “O diretório estadual instalou em fevereiro de 2013 o processo de discussão do petista para a chapa ao governo, sendo apresentados quatro nomes. Foi pactuado que buscaríamos o consenso. Foram realizados encontros regionais, além de plenárias e reuniões internas para discutir táticas.  Face o exposto, o diretório estadual, avaliando manifestações ocorridas, assim como o diálogo com o governador e lideranças nacionais, resolve: item 1: indicar o nome do companheiro Rui Costa como nome petista ao governo do Estado, liderando a coalizão de forças de sustentação ao governo estadual”, leu Jonas Paulo. Em seguida, o texto foi votado e Rui, escolhido candidato. Em discurso feito antes de ser anunciado como nome oficial da sigla para concorrer, carregado de imagens construídas para disfarçar o mandonismo, o chefe da Casa Civil apostou na vitória petista no pleito de 2014. “Ciente da responsabilidade que isso significa, quero dizer de forma tranquila e confiante: o partido vai ganhar as eleições de 2014. Não tenho a menor dúvida disso. Não afirmo como força de retórica, de discurso, mas porque o nosso projeto tem o reconhecimento do povo da Bahia”, disse. O reconhecimento está nos índices de aprovação de Jaques Wagner e no percentual de aceitação do escolhido, até aqui. Vai ter que repetir a mentira mil vezes. Mas ele foi mais adiante e disse que a política será feita sob um questionamento: “Quem é que pode fazer mais pelos baianos?” “Todos eles, inclusive os servidores, na minha opinião, não terão outra resposta a dizer do que ‘é essa turma do PT que governou até aqui, porque fizeram muito mais do que foi feito em décadas’”. Se fosse no Facebook, eu soltaria centenas de K´s. E eu não preciso aqui falar da greve de mais de 100 dias dos professores, da greve da PM, dos índices alarmantes da segurança pública, da surra que o governo recebeu da longa estiagem etc, etc, etc, etc. Só para não dizer que fiquei no passado recente, a turma terceirizada, fruto de uma prática tão combatida pelos petistas no passado, amarga atrasos de 4 meses de salário. O PT de Wagner não quer nem ouvir falar do fim da terceirização, mas pode dizimar os terceirizados... de fome!
E os outros três pretendentes, o que farão? Romper com o partido? Cruzar os braços? O ex-prefeito de Camaçari e ex-presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Luiz Caetano, como era esperado, decidiu seu destino político nesta sexta-feira (29). Vai sair a deputado federal. E disse: “O PT saiu unido, em tempo de se organizar”, avaliou. De acordo com o petista, o "Encontro com Caetano" ter ocorrido depois da escolha de Rui foi uma mera “coincidência”. É verdade. Nada no PT é planejado. Prova é que o secretário de Planejamento da Bahia (Seplan), José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, fez um pronunciamento mais burocrático. Disse o que Wagner diria: “O partido está unificado e fez uma escolha que reafirma a importância do PT na decisão”. Segundo Gabrielli, a escolha de Rui é importante por ser, dos quatro pré-candidatos, “o nome que agrega mais”. Agregar mais significa ser o nome indicado pelo governador. Há um dia, o ex-presidente da Petrobras chegou a dizer que a sigla "corria o risco de ser derrotada" no pleito de 2014, minutos depois de saber que o governador Jaques Wagner havia manifestado sua preferência por Rui Costa. Já o senador Walter Pinheiro disse acatar a decisão da sigla. No entanto, o parlamentar não pareceu satisfeito com a resolução. “Foi uma decisão do partido. Não me sinto derrotado e abraço essa decisão enquanto senador o PT. Não houve consenso, mantivemos nossa candidatura; porém o diretório fez sua escolha, chamando pra si também a responsabilidade. Se ontem o governador me tirou da lista dele, hoje o diretório me tira da lista do PT”, declarou. Pinheiro não ficou para a festa do partido e saiu do evento depois da indicação de Rui Costa como candidato. Ou seja, vai apoiar institucionalmente e guardará as ferramentas de guerreio em casa. Quase todos torciam contra Pinheiro: o PT, por ser ele um quadro sério e competente; e o pessoal da oposição. Ao final, um discurso que oscila entre a vassalagem e o compromisso: “A partir de agora, vou me integrar totalmente na campanha da nossa frente, da nossa aliança, para a gente fazer a sucessão do companheiro Jaques Wagner, para fazer na Bahia a reeleição da companheira Dilma e eleger a maior bancada de deputados estaduais e deputados federais”, finalizou.
 Se alguém tem dúvida da derrocada do PT, é só ver o comportamento do partido diante da sentença dos mensaleiros ou prestar um pouco de atenção ao que está acontecendo nos estados. Vou lá para o Maranhã de Sarney e Roseana. Na rodada de negociações com o PMDB para assegurar apoio nos estados para a reeleição da presidente Dilma Rousseff, o PT indicou neste sábado (30) que deve apoiar a família Sarney em detrimento da candidatura de Flavio Dino (PCdoB) ao governo do Maranhão. Segundo informações da Folha, a decisão foi anunciada pelo presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), que considerou este o único entendimento da reunião de Dilma e do ex-presidente Lula com peemedebistas na Granja do Torto. Rifaram o PCdoB, seguidor do PT por décadas, no único lugar onde os comunistas pediram reciprocidade. Precisa de mais algo para saber que a única coisa que o PT transformou neste país foi seu próprio modo de ser. Enterrou o sonho da social democracia para ter. Ter sempre. Não quer largar o osso porque sabe que perdendo não voltará tão cedo. Para ganhar, aposta nos métodos mais escusos. Tudo como antes na Velha República. Parece mesmo enredo de uma saga. Eu poderia até começar assim: Era uma vez um Partido dos Trabalhadores do Brasil...

Com apoio em informações do Bahia Notícias, Por Escrito e Folha de São Paulo.

Cobra pode ter engolido um homem

Seria um homem?
Uma foto de uma cobra píton inchada teve milhares compartilhamentos nas redes sociais nos últimos dias, mas com diversas versões, que acabou confundindo os internautas.
Sites indianos divulgaram a imagem, relatando que um homem bêbado indiano havia sido comido pelo animal. Sites chineses, por sua vez, relataram que um rapaz abandonado em uma estrada em Jacarta, na Indonésia, pode ter sido a vítima.
Já em Durban, na África do Sul, foi divulgado que uma mulher teria sido engolida pela mesma cobra. Em outras páginas, a informação é que a píton engoliu um veado adulto.
A imagem ainda está sendo compartilhada na web e eriçando a curiosidade de muitos internautas interessados em saber o que a píton engoliu.

(Informações de A TARDE)

IBGE: Um em cada cinco jovens de 15 a 29 anos não trabalha nem estuda

                  Portal da Revista Veja
O Brasil avançou, entre 2002 e 2012, de 11,7% para 21,2% na taxa de escolarização
das crianças de 0 a 3 anos; e de 56,7% para 78,2% nas matrículas da população de 4 e 5
anos. Mas há abismos imperdoáveis que persistem em alguns segmentos,
revela a SIS 2013, do IBGE
IBGE divulga Síntese de Indicadores Sociais, com dados de 2012, e alerta para o desafio de ampliar o acesso à pré-escola e de universalizar o ensino. Na educação infantil, o Brasil tem um dever de casa para o futuro
Aumenta número de alunos na pré-escola e no ensino médio em duas décadas de estatuto
O Brasil avançou, entre 2002 e 2012, de 11,7% para 21,2% na taxa de escolarização das crianças de 0 a 3 anos; e de 56,7% para 78,2% nas matrículas da população de 4 e 5 anos. Mas há abismos imperdoáveis que persistem em alguns segmentos, revela a SIS 2013, do IBGE
As oportunidades que os brasileiros terão nas próximas décadas estão, irremediavelmente, atreladas às transformações que o país será ou não capaz de fazer com a educação das crianças de agora. Avanços econômicos e sociais e, de forma geral, o bem-estar dos cidadãos passam por uma ampliação urgente do acesso à escola nos primeiros anos de vida, um compromisso da presidente Dilma Rousseff e a meta número 1 do Plano de Metas de Educação. A boa notícia, revelada nesta sexta-feira pela divulgação da Síntese de Indicadores Sociais 2013, do IBGE, é que ocorreu um “crescimento substantivo de acesso” ao sistema educacional brasileiro; e o dado preocupante é que o atendimento escolar das crianças até 3 anos, na pré-escola, justamente onde o investimento é mais determinante para o futuro, dificilmente chegará a 2020 com 50% de alunos matriculados – como estabelece o plano de metas. A análise do IBGE é de que “permanece desafiador” ampliar satisfatoriamente as matrículas para cumprir esse compromisso, bem como o de universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos.
O Brasil avançou, entre 2002 e 2012, de 11,7% para 21,2% na taxa de escolarização das crianças de 0 a 3 anos; e de 56,7% para 78,2% nas matrículas da população de 4 e 5 anos. Mas há abismos imperdoáveis que persistem em alguns segmentos. Entre os 4 e os 5 anos, por exemplo, um terço das crianças em áreas rurais do país ainda estão fora da escola. E, no ano passado, a proporção de crianças entre 2 e 3 anos que frequentavam creche era quase o triplo para o quinto mais rico da população em relação ao quinto mais pobre – respectivamente, uma cobertura de 63% e de 21,9%.
As transformações demográficas em curso são uma oportunidade para a melhoria da educação, afirma o instituto. Os grupos etários do ciclo da pré-escola e do Ensino Fundamental sofrerão um decréscimo populacional significativo até 2060, o que amplia as condições do Estado de melhorar a cobertura e a qualidade nos anos iniciais da formação da criança, base de toda a vida escolar. Ainda é necessário aprimorar o Ensino Fundamental. De acordo com o SIS 2013, a terceira meta do PNE, que prevê estender a 85% a frequência escolar líquida para essa faixa estaria, está em perigo. A dificuldade principal está em reduzir as desigualdades persistentes nesse indicador. Diz o estudo: “os jovens de 15 a 17 anos de idade brancos possuíam uma taxa de frequência escolar líquida 62,9% maior do que a dos jovens pretos ou pardos, com 47,8%”.
Demorar a corrigir as falhas do sistema educacional para os primeiros anos de vida é, além de tudo, um péssimo negócio. Prêmio Nobel de Economia em 2000, o economista americano James Heckman advertiu, em entrevista a VEJA, para o quanto o país perde deixando de investir em creches, pré-escola e na educação para os primeiros anos de vida, de forma geral. “A educação é crucial para o avanço de um país – e, quanto antes chegar às pessoas, maior será o seu efeito e mais barato ela custará. Basta dizer que tentar sedimentar num adolescente o tipo de conhecimento que deveria ter sido apresentado a ele dez anos antes sai algo como 60% mais caro”, disse Heckman, em 2009, num alerta sobre o que é necessário prover para as gerações futuras.
No Ensino Fundamental, a educação avança a passos lentos, adverte o IBGE. Em dez anos, diz o estudo, a proporção de jovens de 15 a 17 anos que frequentava escola cresceu somente 2,7 pontos percentuais, indo de 81,5%, em 2002, para 84,2% em 2012. Entre as razões para a dificuldade de expansão da escolaridade nesse segmento está a necessidade de conciliar trabalho e estudo, principalmente entre a população mais pobre.
Famílias – A pesquisa divulgada nesta sexta-feira detalha mais um período no qual se constata o envelhecimento da população brasileira, com um estreitamento da base etária no período entre 2002 e 2012: ou seja, a participação dos grupos de 0 a 4 anos, e de 5 a 9 mantêm-se inferiores ao grupo de 10 a 14 anos de idade. Comparando-se os dois anos, constata-se também que a participação do grupo até 24 anos passou de 47,4% em 2002 para 39,6% em 2012. Aumenta-se, assim, a participação do grupo a partir de 45 anos, que no início da década era de 23% e, no ano passado, chegou a 29,9%.
Trabalho – Os jovens de 16 a 24 anos e a população idosa – acime de 60 anos – são os mais presentes no mercado de trabalho informal no brasil. Esses dois grupos etários têm, respectivamente, por 46,9% e 70,8% de seus trabalhadores incluídos no mercado informal. Os jovens são, em grande parte, impulsionados pela necessidade de primeiro emprego – sem a busca por posições necessariamente contempladas pela carteira assinada – e pela tentativa de combinar as rotinas de trabalho e estudo. Já no grupo mais velho, a presença no mercado de trabalho tem com objetivo de complementação de renda, com muitos deles já aposentados. A informalidade entre os jovens, no entanto, foi a que mais caiu na década entre 2002 e 2012: passou de 62,1% para 46,9%, enquanto em números totais o Brasil recuou de 55,4% para 43,1%. A Síntese de Indicadores Sociais aponta entre os mais vulneráveis à informalidade os empregados domésticos, os que trabalham por conta própria e os sem carteira.
Nos lares brasileiros, as transformações de costumes ampliam fenômenos como o que é chamado de “geração canguru” pelos pesquisadores. O termo designa os jovens de 25 a 34 anos que moram com os pais. Os jovens nessa condição saltaram de 20% para 24%, entre 2002 e 2012. 
O IBGE também mediu, no ano passado, a proporção dos brasileiros chamados de “Nem-Nem”: os que nem frequentam escola nem têm trabalho. Um em cada cinco jovens entre 15 e 29 anos encontra-se nessa situação, um contingente que o IBGE calcula como 9,6 milhões de pessoas - a maioria (70,3%) do sexo feminino. Entre as mulheres que se enquadram entre os que sem trabalho e sem matrícula em instituição de ensino, 58,4% tinham, em 2012, pelo menos um filho.

Enem 2012: 41% das escolas ficam abaixo da média exigida para certificação do ensino médio

Muitos alunos dessas instituições não obteriam diploma, caso fizessem avaliação com essa finalidade. Resultado é pior do que o registrado em 2011
Lecticia Maggi – da revista VEJA
Multidão aguardando o início da prova do Enem (foto: Felipe Cotrim)
Uma das finalidades do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é conceder a certificação desse ciclo da educação básica a alunos com mais de 18 anos. Para obter o diploma, é preciso obter 450 pontos em cada uma das provas objetivas (ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática), além de 500 pontos na redação. Uma análise dos dados do Enem por Escolas 2012, divulgados pelo Ministério da Educação nesta terça-feira, revela que muitos concluintes do ensino médio não atingiram aquelas notas. Eles provavelmente não fizeram o Enem com o objetivo de obter o diploma, pois cursavam o terceiro ano do ensino médio. Mas, caso quisessem, não obteriam a certificação. O MEC não fornece as notas de estudantes. Por isso, não é possível precisar quantos alunos ficaram abaixo do conceito mínimo para certificação. O que é conhecido, porém, são as notas das escolas — calculadas a partir das médias dos estudantes matriculados nessas instituições. Segundo os dados, 4.634 das 11.241 escolas — ou 41,2% do total — ficaram abaixo do patamar mínimo para a diplomação dos estudantes. Na prática, isso significa que um grande número de alunos não atingiu os 450 pontos nas quatro provas objetivas e 500, na redação. "É um indicativo de que esses estudantes apresentam nível de aprendizado inferior ao dos demais", afirma Priscila Cruz, diretora da ONG Todos Pela Educação. "Enquanto todas as nações avançam na área de educação, nós estamos estagnados há anos. A Prova Brasil, que é o melhor método para analisar a evolução educacional do país, mostra que, em 2011, os alunos só sabiam 10% do esperado em matemática e 29% em português ao término do ensino médio." A parcela de instituições de ensino cuja média geral não atingiu as notas necessárias à diplomação em 2012 é superior à registrada no Enem 2011. Nessa prova, 30% das unidades de ensino não alcançaram as médias exigidas. O MEC disponibilizou somente os dados de instituições de ensino em que pelo menos metade dos alunos concluintes do ensino médio realizou a avaliação. Escolas com menos de dez alunos também foram desconsideradas do levantamento.
Escolas estaduais entre as mais fracas
90% das escolas estaduais — onde estudam 65% dos alunos — ficam abaixo da média no Enem 2012. Instituições de governos estaduais obtiveram média de 479,4 pontos, ante 558,21 das privadas, 564,9 das federais e 511,2 das municipais. 
A grande maioria (90,8%) das escolas estaduais do país — onde estudam 65,53% dos alunos do ensino médio — ficou abaixo da média brasileira no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2012, revelam dados divulgados nesta terça-feira pelo Ministério da Educação (MEC). O resultado é similar ao obtido na avaliação anterior, em 2011, quando 92% das escolas mantidas por governos estaduais tiveram nota inferiores à média nacional. Confira as notas das escolas clicando no quadro abaixo. No Enem 2012, a média das 11.239 escolas brasileiras listadas pelo MEC foi de 516,5 pontos. Entre as 5.906 estaduais, a média foi de 479,4 pontos, ante os 558,21 pontos das 5.099 privadas, que concentram 31,5% dos estudantes. As 137 instituições federais, que abrigam apenas 2% do alunato, atingiram média de 564,9 pontos, e as 97 escolas municipais, que atendem a menos de 0,95% dos estudantes, ficaram com 511,2 pontos de média. Os dados relativos a 2012 revelam apenas o desempenho de instituições de ensino em que pelo menos metade dos alunos concluintes do ensino médio realizou o exame naquele ano. Escolas com menos de dez alunos também foram desconsideradas do levantamento. Segundo o MEC, as instituições que ficaram de fora não apresentaram dados estatisticamente relevantes. As médias de cada unidade foram atribuídas com base nas notas dos alunos concluintes nas provas de ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática. Desde o Enem 2011, a prova de redação não é utilizada para o cálculo da pontuação final da instituição. Isso porque a metodologia de correção das provas de ciências, linguagens e matemática segue a Teoria de Resposta ao Item (TRI), que permite a comparação ano a ano.

Prefeitura gasta R$ 6 milhões com tênis escolar de má qualidade

Estudante Caio Cruz mostra o tênis com problema; gestão Haddad decidiu
 suspender
pagamento após gastar R$ 6 milhões. (foto: Vinicius Pereira/Folhapress)
Os tênis distribuídos aos alunos da rede municipal de São Paulo são de má qualidade, aponta relatório da Controladoria-Geral do Município e da Promotoria. Segundo José Carlos Blat, promotor de Justiça do Patrimônio, a empresa Vulcasul, de Itanhandu (MG), contratada pela prefeitura neste ano, cometeu fraude. O promotor diz que a empresa fraudou um laudo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para oferecer calçados mais baratos que os previstos na licitação --e, assim, lucrar mais. "O tecido rasga fácil, o cadarço desfia rápido, a cola da sola é muito frágil e a palmilha é inadequada", diz Blat. A numeração dos tênis também tem erros. O contrato é de R$ 15 milhões --a prefeitura já pagou R$ 6 milhões. Blat diz que cada par foi "vendido" a R$ 21. Mas, pela qualidade dos tênis, o par não deveria custar mais que R$ 10, afirmou ele. Prefeitura e Promotoria divergem sobre quantos dos 936 mil alunos da rede municipal receberam os tênis. A primeira fala em 222 mil; a segunda, em 700 mil.
FURO E REMENDO
Na escola municipal Amadeu Amaral, em Ermelino Matarazzo (zona leste), pais e alunos reclamam. "O tênis rasgou na primeira vez que o meu filho fez educação física. O da minha filha mostra o número que ela calça, mas é enorme", diz a dona de casa Rosemeire Cruz, 42. Segundo o ortopedista Ari Zekcer, palmilhas muito finas, como as dos tênis entregues aos alunos, são prejudiciais à saúde. "Elas podem sobrecarregar a planta do pé e gerar uma inflamação na região. Causam também problemas de postura e na coluna." A prefeitura informou que suspendeu a entrega dos tênis e os pagamentos à empresa após tomar conhecimento de "indícios" de que os produtos não correspondiam às especificações do contrato. Um novo laudo sobre o calçado foi solicitado ao IPT. Esse laudo, ainda não fornecido, definirá a responsabilização da fornecedora, inclusive de aplicação de sanções, caso fique comprovado entrega com qualidade inferior à especificada", informa a prefeitura.
OUTRO LADO
A reportagem ligou para a Vulcasul. Uma atendente informou que não havia ninguém que pudesse falar no momento. Também foi enviado um e-mail para a empresa, mas nenhuma resposta foi encaminhada até a conclusão desta edição. O FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação), autarquia do governo federal que avalia licitações, informou que pode aplicar punições à empresa.

Informações da Folha de São Paulo.

Desmantelada quadrilha de carros clonados

Carros clonados eram vendidos nessa região (foto:SSP/divulgação)
Com a prisão de Marcelo Alves dos Santos, o “Marcelinho”, 32 anos, a Delegacia Territorial de Cícero Dantas, município distante 308 quilômetros de Salvador, desmantelou um esquema de venda de carros clonados, trazidos de São Paulo e revendidos naquela região. Dez veículos, com placas de outros estados e com sinais de adulteração e documentos falsos, foram recuperados, dentre os quais dois Corolas e uma Hilux.
Segundo o delegado Osório Miguel, titular da DT/Cícero Dantas, as investigações apontam a participação de, pelo menos, mais quatro pessoas no esquema. Um homem, apelidado de “Fumaça”, seria o responsável pelo envio dos carros clonados de São Paulo, onde reside, para a Bahia. Outro comparsa, conhecido como “Diel”, estaria encarregado de repassar os veículos para os compradores daqui do estado. 
Os automóveis apreendidos apresentavam adulteração na numeração dos vidros, motores e chassi, placas falsas com licença de São Paulo, Pará e Espírito Santo, e documentos falsificados preenchidos em cédulas originais, cuja procedência está sendo investigada. “Eles vinham sendo revendidos em Cícero Dantas e cidades circunvizinhas por valores entre R$ 6 mil e R$ 18 mil”, afirmou o delegado Osório Miguel, lembrando que, até o fim da semana, outros veículos serão apreendidos. “Estamos ouvindo os compradores na delegacia e cada caso será analisado, para verificar se cabe indiciamento, explicou.

Os tacógrafos da discórdia

Tudo que é ligado à educação na Bahia parece andar a passos de cágado. Até mesmo o transporte escolar tem vocação para se arrastar, mesmo quando tudo indica estar resolvido. É que seis prefeitos ainda não foram resgatar os veículos dos municípios que fazem parte, segundo informou a Secretaria de Educação do Estado (SEC), do Programa Caminho da Escola. São os casos de Derivaldo Pinto (PT) de Irará; Clovis Rocha Oliveira (PSD) de Castro Alves; Leandro Luiz Ramos Santos (PSB) de Igrapiúna; Luiz Antônio Alvim Delgado (PP) de Caravelas; e Cristina Sodré (PP) de Brotas de Macaúbas. Em junho foram entregues 40 veículos e, no começo deste mês, foram entregues outros 76 ônibus.  A culpa é dos prefeitos? Não é bem assim. Tudo indica que o professor Osvaldo Barreto fez mais uma barbeiragem. Três das seis prefeituras apontadas como faltosas no resgate dos ônibus escolares, que estão parados no pátio do Centro Administrativo da Bahia (CAB), se posicionaram através de suas assessorias a respeito do fato e deram justificativas para o imbróglio. De acordo com a prefeitura de Irecê, no centro-norte baiano, a notícia de que o município teria deixado de buscar seu respectivo ônibus foi vista com surpresa pela administração do prefeito Luizinho Sobral (PTN). Na nota, a prefeitura informa que no dia da entrega, em 7 de novembro, um funcionário e um secretário vieram a Salvador para resgatar o ônibus de Irecê, mas foram impedidos por conta de o veículo não dispor de tacógrafo (dispositivo que monitora o tempo de uso, a distância percorrida e a velocidade), roubado em uma ação que subtraiu outros tacógrafos de 19 ônibus. “No exato dia da cerimônia de entrega, a prefeitura de Irecê foi surpreendida com a notícia de um assalto aos ônibus escolares, e que inclusive o veículo destinado a cidade de Irecê estava entre os ônibus furtados”. A falta do mesmo equipamento também foi alegada pelo município de Igrapiúna, no sul baiano, como entrave para que o ônibus já estivesse na cidade. Segundo a assessoria do prefeito Leandro Luiz Ramos Santos (PSB), a SEC estaria faltando “com a verdade” pois teria se comprometido a resolver o problema com a empresa responsável pelos ônibus e até o momento “não deu nenhum retorno”. A prefeita de Brotas de Macaúbas, no sudoeste, Cristina Sodré (PP), também facultou à falta de tacógrafo ao não recolhimento do ônibus para o município. "Nós estivemos na entrega, recebemos a chave, assinamos a documentação, mas não teve condição de trazer o ônibus por conta do roubo de tacógrafos".

Com informações do Bahia Notícias.

Colégio Militar Federal é único público entre os 20 melhores da Bahia no Enem 2012

Colégio Estadual José Dantas de Souza está fora da lista divulgada pelo INEP nesta terça-feira(26)
      O Colégio Militar de Salvador (BA) é o único da rede federal a fazer parte das 20 escolas com melhor desempenho no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2012. Ele aparece na 7ª posição. Apenas 339 escolas da Bahia foram selecionadas entre aquelas quem tiveram participação de alunos na prova, com percentual superior a 50%. O Colégio Estadual José Dantas de Souza, de Heliópolis, mais uma vez está fora da lista. Já o Colégio Estadual Nossa Senhora de Fátima emplacou média de 466,22. Em redação alcançou 494,00, que não chega a ser um desastre depois que o atual secretário de educação cortou aulas do currículo de Língua Portuguesa. Apenas 103 escolas estaduais foram selecionadas nesta listagem. O grande campeão continua sendo o Colégio Helyos, de Feira de Santana, disparado. Para obter esse ordenamento, o UOL calculou a média das quatro provas objetivas do exame (linguagem, matemática, ciências humanas e da natureza). As notas do Enem por escola foram divulgadas pelo MEC (Ministério da Educação) nessa terça-feira (26).
VEJA OS 20 COLÉGIOS DA BAHIA COM AS MELHORES NOTAS NO ENEM 2012
Escola
Rede
Total de alunos
Alunos participantes
Média geral*
1º - COLEGIO HELYOS
PRIVADA
32
31
695,55
2º - COLEGIO ANGLO BRASILEIRO
PRIVADA
22
20
657,31
3º - COLEGIO SAO PAULO
PRIVADA
53
51
652,09
4º - COLEGIO ACESSO
PRIVADA
87
83
646,98
5º - COLEGIO SARTRECOC
PRIVADA
287
275
642,34
6º - COLEGIO MODULO
PRIVADA
183
174
642,13
7º - COLEGIO MILITAR DE SALVADOR
FEDERAL
106
99
641,17
8º - COLEGIO MARISTA DE PATAMARES
PRIVADA
55
53
638,02
9º - COLEGIO OFICINA
PRIVADA
121
119
637,45
10º - COLEGIO SARTRECOC
PRIVADA
172
166
637,43
11º - ESCOLA CASTRO ALVES SC LTDA
PRIVADA
23
22
632,54
12º - COLEGIO SARTRECOC
PRIVADA
49
43
632,30
13º - COLEGIO CANDIDO PORTINARI
PRIVADA
137
127
632,20
14º - CENTRO DE ASSISTENCIA SOCIAL DA ORDEM DOS CAPUCHINHOS
PRIVADA
28
23
626,66
15º - ESCOLA CRIACAO
PRIVADA
17
16
626,07
16º - COLEGIO GENESIS
PRIVADA
42
39
624,34
17º - COLEGIO SARTRECOC
PRIVADA
129
128
622,33
18º - CENTRO EDUCACIONAL VILLA LOBOS
PRIVADA
55
48
618,33
19º COLEGIO GREGOR MENDEL
PRIVADA
89
85
613,44
20º CENTRO EDUCACIONAL MUNDAI
PRIVADA
12
10
611,44
(UOL educação)