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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Candidatura de Lídice cresce com chegada da REDE

     Sandro Freitas - do Bahia Notícias
Júlio Rocha(Rede): Lídice da Mata crescerá ainda mais com Marina
(Foto: Bahia Notícias)
A frase “um partido dentro de outro partido” é vista como a melhor definição para a adesão em todo o país dos membros da legenda Rede Sustentabilidade ao PSB, após a filiação da ex-senadora Marina Silva ao grupo socialista. Sem aval do Tribunal Superior Eleitoral para ser oficializado eleitoralmente, o partido a Rede indicou para todos os pré-candidatos a filiação a sigla-irmã, mantendo as propostas e a ideologia da legenda de Marina. Aqui na Bahia não foi diferente e todos os nomes que pretendem se candidatar em 2014 viraram socialistas, partido presidido no estado pela senadora Lídice da Mata. Em conversa com o Bahia Notícias, o dirigente estadual da Rede, Júlio Rocha, relatou que a aproximação tem sido “tranquila” e adiantou que, após duas reuniões com a congressista, ficou agendado para a próxima semana um encontro entre as executivas dos dois grupos. “Foi um convite dela [Lídice] e uma proximidade generosa e simpática, para [que ela possa] conhecer melhor a Rede, os pressupostos e as propostas. Foram conversas interessantes. Não temos na Bahia nenhuma restrição à aproximação com o PSB. Constituímos uma comissão para dialogar com o PSB, pois entendemos que é importante construir um programa que atenda as perspectivas de sustentabilidade, de economia verde e as questões ambientais. Queremos contribuir para o processo de um projeto para a Bahia”, explicou. Como era de se esperar, as conversas também tiveram como foco a eleição do ano que vem, onde foi confirmado por Lídice que o PSB quer disputar a caneta do governador Jaques Wagner (PT).
Lídice (PSB) recebe apoio importante
Na avaliação de Júlio Rocha, a senadora ficou mais forte com a adesão da Rede. “Avaliamos que a candidatura de Lídice representa um campo de forças pela esquerda e com a chegada da Rede, sem sombra de dúvida, pode ser impulsionada pelo efeito Marina. Isso é indiscutível. É importante também ressaltar que Lídice tem luz e historia própria. Entendemos que é uma candidata qualificada e uma opção pela esquerda”, resumiu. Questionado pelo BN sobre o lado em que estará a dupla PSB-Rede em 2014 – cenário que na avaliação dos petistas terá Lídice candidata “quase” de oposição – Rocha não escondeu que o ambiente mudou com a parceria entre o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, e Marina Silva. No entanto, o dirigente mantém cautela, lembrando que a socialista também “puxa o partido nacionalmente para a esquerda”. “O PSB participou da eleição e nós entendemos que esse é um tema que precisamos dialogar. [...] Em breve deve sair o candidato do partido do governador e é melhor esperar o quadro para definir a situação. Reconheço o caráter legitimo do PSB de participar do governo Wagner, mas esse novo cenário determina um rearranjo de forças. Estou constatando que a posição do PSB pode ser tomada em virtude da correlação do campo político posto nos próximos dias”, avaliou o integrante da Rede, que garantiu um entendimento da legenda sobre a “legitimidade da candidatura de Lídice”. Rocha também concordou que a disputa contra o PT “é natural”, assim como a criação de um palanque para a dupla Marina e Campos. A intenção da Rede é participar da chapa majoritária e conversar com outros partidos da esquerda, inclusive integrantes da base de Wagner. No domingo (13), deve ser marcada a data da viagem que Marina e Campos farão para Salvador, prevista para acontecer ainda este mês.

Só Marina poderia tirar reeleição de Dilma

RICARDO MENDONÇA – da Folha de São Paulo
Pesquisa Datafolha realizada nesta sexta (11) mostra que a presidente Dilma Rousseff seria reeleita no primeiro turno se disputasse a eleição contra os dois candidatos mais prováveis do PSDB e do PSB, o tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos. Nessa simulação, Dilma tem 42% das intenções de voto; Aécio, 21%; Campos,15%. Brancos, nulos ou nenhum somam 16%. Outros 7% não sabem em quem votar. O instituto testou quatro cenários para a eleição presidencial de 2014, alternando os nomes de Campos e Marina Silva, pelo PSB, e os de Aécio e José Serra, pelo PSDB.
Nas outras três combinações, Dilma não teria uma quantidade suficiente de votos para garantir vitória no primeiro turno. Na simulação em que a disputa aparece mais apertada, a petista alcança 37% das intenções de voto, Marina marca 28%, Serra alcança 20%. Trata-se, porém, justamente do cenário mais improvável da eleição, já que os principais líderes do PSB e do PSDB trabalham pelas candidaturas de seus presidentes nacionais, Campos e Aécio. Nesta rodada, o Datafolha fez 2.517 entrevistas em 154 municípios, o que resulta numa margem de erro de 2 pontos para mais ou para menos.
As simulações do atual levantamento não podem ser diretamente comparadas com as de pesquisas anteriores do instituto porque não há coincidência de cenários. No quadro que era tido como o mais provável da pesquisa anterior, no início de agosto, Dilma tinha 35%; Marina marcava 26%; Aécio alcançava 13%; Campos, 8%. Após o fracasso da criação da Rede dentro do prazo legal para concorrer em 2014, Marina filiou-se ao PSB. Com isso, não há mais como ela e Eduardo Campos disputarem o mesmo cargo.
Os números de ontem sugerem que o espólio eleitoral de Marina foi dividido de forma quase idêntica entre Dilma, Aécio e Campos. A petista teria herdado 7 pontos; o tucano, 8; o socialista agora apoiado por Marina, 7. O levantamento de ontem também confirma que Marina seria a adversária mais competitiva da presidente Dilma Rousseff em 2014. Ela atinge 29% em seu melhor cenário, quase o dobro da melhor situação de Campos. Dilma vence em todas as simulações de segundo turno. Contra Marina, ganha por 47% a 41%. Contra Serra, por 51% a 33%. Contra Aécio, 54% a 31%. Contra Campos, 54% a 28%.

2.168 prefeitos e vereadores eleitos receberam o Bolsa Família

GABRIELA GUERREIRO – da Folha de São Paulo
Por que os políticos corruptos sempre se safam no Brasil?
Mais de 2.000 prefeitos e vereadores eleitos no ano passado receberam, até o início deste ano, recursos do programa Bolsa Família do governo federal. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome identificou 2.168 beneficiários que continuaram recebendo o dinheiro do programa apesar de terem sido eleitos para prefeituras e Câmaras Municipais. A legislação brasileira veda políticos eleitos de receberem o benefício, mas determina que os próprios políticos acusem o fato de serem beneficiários do programa -- o que na prática permite que muitos continuem a receber o dinheiro. O governo encontrou as ilegalidades ao cruzar dados do ministério com do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A operação, realizada em fevereiro deste ano, encontrou inicialmente 2.272 eleitos que poderiam se enquadrar na situação ilegal. Após um pente-fino, com o envio de questionários às prefeituras, o ministério chegou ao número de 2.168 confirmados como políticos eleitos que são beneficiários do principal programa de transferência de renda do governo federal. Todos tiveram os benefícios cancelados. Os outros 104, que chegaram a ter os pagamentos suspensos, tiveram os valores desbloqueados. A lei 10.836/2004 obriga os beneficiários que tenham "dolosamente" prestado informações falsas para permanecerem no programa Bolsa Família devem ressarcir os cofres públicos o valor recebido irregularmente. O ressarcimento, segundo a lei, deve ser atualizado com base no IPCA. O ministério não informou se os políticos que receberam o dinheiro irregularmente fizeram o ressarcimento.
IRREGULARIDADES
Nas eleições de 2004 e 2006, o TCU (Tribunal de Contas da União) cruzou a lista de beneficiários do Bolsa Família com a relação de políticos eleitos e seus suplentes. Na época, o cruzamento revelou a existência de 20.601 políticos que recebiam o Bolsa Família, a maioria deles na categoria dos extremamente pobres. Na folha de pagamentos de um mês, fevereiro de 2008, os políticos receberam R$ 1,6 milhão. No cruzamento, o tribunal identificou 1,1 milhão de famílias com indícios de renda acima do permitido. Elas receberam mais de R$ 65 milhões na folha de fevereiro de 2008. Consideradas só as entrevistadas em 2007, o TCU identificou mais de 195 mil com indícios de omissão de renda. O cruzamento com o Sisobi (Sistema Informatizado de Controle de Óbitos) revelou a presença de quase 300 mil mortos. Na folha de fevereiro de 2008, foram identificados 3.791 benefícios pagos a famílias com pessoas mortas.

Denúncia: Helânio compra gasolina a 3,19 e Diesel a 2,54

Sinelson, Washington e Nininho denunciaram Helânio - prefeito de Cícero Dantas
Apesar de a Petrobrás anunciar que não haveria majoração do preço de combustível este ano, exatamente para evitar o aumento da inflação, em Cícero Dantas, o prefeito Helânio Calazans está comprando gasolina a 3,19, embora o preço na bomba custe 3,06. Outra espetacular jogada do alcaide foi comprar óleo Diesel a 2,52, quando é cobrado no posto a 2,34. A denúncia foi apresentada pelos vereadores da bancada da oposição, Washington da Sapataria (Washington Andrade Matos), Nininho de Nedito (Jenilson Batista de Oliveira) e Sinelson (Jose Cineido Santana), todos do PDT. Eles formularam representação ao Ministério Público da Bahia, após detectarem as bondades do prefeito em fiscalização rigorosa junto ao TCM. Washington não tem dúvida de que se trata de flagrante improbidade administrativa, isso apenas em dez meses de administração.   
O processo no MP leva número 83397/13 e revela ainda outra preciosidade: o valor unitário de um quilo de graxa chegou a ser comprado por 20 reais. E como o TCM é um órgão técnico, quem olha a prestação de contas vê que está uma maravilha porque seguiu os trâmites legais. O problema é que as leis no Brasil são feitas para beneficiar o corrupto e não proteger a sociedade. Se a Licitação foi feita dentro das normas e ninguém denunciar superfaturamentos absurdos como esses, o prefeito se safa. Daí o trabalho importantíssimo feito pela oposição e pela Câmara de Vereadores. Só se espera é que os vereadores continuem fiscalizando, independente de quem está no Poder Executivo, e não faça a prática do olhar dissimulado se o erro for do “seu” prefeito. Este blog não está pedindo nada demais. Isso é viver num estado democrático e republicano. Não é sonho nem utopia.

Informações básicas do Blog do Rodrigo Ferraz.  

Rachel Sheherazade comenta discriminação contra nordestinos

Marina fala à Rede sobre a Coligação Democrática

Assista ao vídeo com a mensagem de Marina Silva aos homens e mulheres, de luta e de paz, da Rede Sustentabilidade.
Pessoas de luta e Paz
Como todos nós temos acompanhado nos últimos dias, a coligação entre a Rede Sustentabilidade e o Partido Socialista Brasileiro (PSB) causou um grande impacto na política brasileira. Pela primeira vez, as certezas e as verdades que mais uma vez seriam apresentadas à sociedade brasileira em 2014 como inexoráveis e inabaláveis foram fragilizadas.
Nas palavras de Tarso Genro, que mesmo sendo um integrante histórico do PT teve a generosidade e a integridade intelectual para analisar este momento, o gesto de Marina alterou a lógica eleitoral do ano que vem. Disse ele: "Não será mais uma disputa entre a memória do governo Fernando Henrique Cardoso e a memória dos governos Lula e Dilma Rousseff. Será uma disputa sobre o futuro. (…) É uma mudança do padrão da disputa política".
Não é preciso repisar a injustiça que sofremos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma "situação de abuso", como bem caracterizou o ministro Gilmar Mendes. Mas não nos encolhemos diante do script que nos prepararam.
Hoje somos a Rede: reconhecida pelo stablishment político e pela sociedade brasileira como um partido de fato, embora ainda não de direito. Um partido com postura, valores e identidade a ponto de ser reconhecido pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) como um igual para constituir uma coligação.
Coligação essa que vai exigir de ambos muita firmeza, postura e sincera vontade de mudar e construir um momento de inflexão histórico no país, de estabelecer as bases de uma cultura política realmente democrática e à altura do que a sociedade está, por inúmeros meios, exigindo.
O passo inicial deste momento foi dado no calor da hora e causou entre nós desconfortos, inconformismos e críticas que precisamos acolher e debater. Mas é preciso entender, de início, as circunstâncias que nos levaram a tomar decisões em curtíssimo espaço de tempo, ouvindo quem era possível ouvir e não submetendo-as a um amplo e demorado processo interno.
É preciso entender, também, a armadilha política a que o julgamento do TSE nos levou. O que fazer? Teríamos a escolha de permanecermos isolados e enfrentar, sem meios para isso (já que não teríamos a infraestrutura de partido) a dura tarefa de disputar espaço em 2014 com as grandes máquinas partidárias, para atingir a sociedade e sensibilizá-la para os temas de uma profunda mudança política no país.
Dadas as circunstâncias, teríamos também a escolha de nos filiarmos a um partido com o objetivo de viabilizar a candidatura presidencial de Marina Silva. Mas é preciso reiterar que nosso o objetivo central nunca foi uma candidatura em si, embora ela pudesse catalisar apoios em torno de nossos valores e temas.
E a terceira possibilidade, que seria tensionar fortemente o sistema político por meio de uma aliança com força suficiente para disputar o futuro. E, assim, contribuir de maneira decisiva para desfazer o nó cego da política brasileira, configurado pela polarização entre PT e PSDB e todos os malefícios que ela traz, em termos de manipulação e degradação do ambiente político por meio de alianças fisiológicas, à custa do desmonte do Estado.
Fizemos uma escolha e agora é o tempo de bancá-la. Dentro da coligação, nosso papel é o de não transigir com os valores centrais do ideário e do programa da Rede para o país, e o de criarmos condições de fazê-los avançar, em conjunto com o PSB. Marina e outros membros da Rede não se filiaram como militantes do PSB, mas aceitaram esta filiação democrática e transitória como um abrigo contra a injustiça cometida no TSE.
Vamos debater intensivamente o que significará mantermos a integridade desse papel. Vamos, juntos, assumir os riscos e construir os bons resultados. Temos que continuar as tarefas de nossa organização e das bases de nosso consenso interno. Vamos continuar responsavelmente no caminho que prometemos ao país trilhar. Ele está inteiro à nossa frente. Só começamos e é preciso admitir que começamos dando uma demonstração de força ao reposicionar a discussão política no Brasil e tirá-la da inércia dos jogos de poder eleitoreiros de cartas marcadas.
Coligação Democrática
Rede Sustentabilidade e Partido Socialista Brasileiro
Marina Silva (Rede) e Eduardo Campos (PSB)
Os partidos Rede Sustentabilidade e Partido Socialista Brasileiro decidiram neste sábado, 5 de outubro, formar uma coligação política e eleitoral em torno de um programa para a disputa das eleições de 2014.
Os partidos reafirmam a legitimidade da integridade e da identidade partidária do outro.
Nas circunstâncias criadas por recente decisão da Justiça Eleitoral, o caminho para construir essa coalizão é a filiação democrática e transitória de lideranças e de militância da Rede ao PSB. A filiação democrática e transitória é uma tradição brasileira nas situações em que correntes políticas são impedidas de se organizar formalmente e de participar com sua própria legenda dos processos políticos e eleitorais.
O objetivo central da aliança entre o PSB e a Rede é aprofundar a democracia e construir as bases para um ciclo duradouro de desenvolvimento sustentável, os dois pilares da verdadeira soberania nacional.
A luta da sociedade brasileira tem alcançado importantes conquistas nas últimas décadas: a redemocratização, a estabilidade econômica, a redução das desigualdades sociais. A única forma de manter e aprofundar essas conquistas é avançar. Por isso estamos unindo forças para apresentar uma alternativa ao Brasil.
A convergência programática entre a Rede e o PSB, que será desdobrada num calendário apropriado para a produção de um programa a ser levado à população, é uma contribuição para superar velhos hábitos e vícios da política brasileira. Chegou a hora de combater claramente o atraso na política e colocá-la a serviço da sociedade. Chegou a hora de o Estado ser finalmente comandado pelo povo brasileiro.
O ato politico de hoje é o início de um processo. A aliança entre PSB e Rede será construída de baixo para cima nas escolas, locais de trabalho, municípios, estados, no diálogo permanente e democrático com as organizações da sociedade.
Esse é o nosso compromisso.

Brasília, 5 de outubro de 2013
Rede Sustentabilidade

Partido Socialista Brasileiro

Heliópolis debate Segurança Pública

A secretário Beto Fonseca, o promotor Dr. José Botelho, Ana Dalva e o Subtenente Edmilson
Na última quarta-feira (09), na Câmara Municipal de Heliópolis, a 2ª Promotoria de Justiça de Cícero Dantas, em associação com a Câmara de Vereadores, realizou a 1ª Audiência Pública para criação e implantação do CONSEG – Conselho de Segurança de Heliópolis. Liderada pelo representante do Ministério Público, promotor José Botelho Almeida Neto, a mesa foi composta pelo Subtenente Edmilson Pereira de Souza – Comandante do 3º Pelotão da Polícia Militar, vereadora Ana Dalva Batista Reis – Presidente da Câmara Municipal de Heliópolis, os vereadores Claudivan Alves dos Santos, Ronaldo Santana Santos, José Mendonça Dantas, Zeic Andrade Alves Nascimento e Doriedson Oliveira dos Santos. Participaram ainda os secretários municipais Carlos Alberto Andrade Fonseca (Administração e Finanças) e Renilson Alves do Nascimento (Saúde). Compareceram ao evento sindicalistas, conselheiros tutelares, funcionários públicos e o público em geral. O prefeito Ildefonso Fonseca não compareceu por estar acometido de forte virose, segundo informou o seu filho e secretário de administração.
A Audiência teve início por volta das 19:30 horas e foi muito concorrida. O encerramento se deu às 23:00 horas e a maior queixa dos presentes está relacionada à poluição sonora. Foram vários os casos citados de automóveis em bares e esquinas com sons potentes provocando incômodos, inclusive a partir das 22 horas. Além da questão do som, a população vem se queixando dos roubos de motocicletas e do arrombamento de casas em todo o município. Como o índice de drogas em Heliópolis é muito alto, não há dúvida de que elas são as causas do aumento considerável desta prática criminosa. Também apontam menores como os praticantes destes delitos, muitos deles comandados por adultos infratores. O promotor, Dr. José Botelho, foi taxativo ao dizer que a participação da população será importante para combater a criminalidade e que a organização do CONSEG em Heliópolis é a ferramenta que vai ajudar a combater esta chaga social. O Subtenente Edmilson Pereira afirmou que ficará mais fácil combater os crimes com a participação mais efetiva da população. A polícia nas ruas, com as informações adequadas da comunidade, ajudará a combater a violência e os diversos crimes. Segundo a vereadora Ana Dalva, haverá uma nova audiência já com o intuito de implantar o Conselho de Segurança. A data ainda não foi determinada pelo Ministério Público.
STR de Heliópolis
A crise no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Heliópolis está longe do fim. Apesar de a Justiça do Trabalho determinar a eleição para o mês de dezembro, a Comissão Provisória eleita foi escolhida graças a um acordo inusitado. É que Juarez Carlos, que foi eleito presidente pela oposição a Zé Guerra, fez um acordo com o seu antes adversário. A união dos dois grupos foi articulada por nada mais que Antônio Jackson, determinado a colocar o PT novamente na diretoria do STR.
Falta a Câmara
Um ventríloquo do grupo do secretário de agricultura vive a alardear por aí, depois da indicação da Comissão Diretiva provisória: “Já conquistamos a prefeitura, o sindicato e agora só falta a Câmara Municipal”. Ana Dalva, em resposta disse: “Diga a eles que venham buscar a chave.”. Este blog lembra aos leitores que o grupo já estava na prefeitura quando Ildinho se elegeu prefeito. Só mudaram de roupa em troca de alguma coisa.
Nota de 15 reais
Um membro da chapa de Edmeia Torres deu uma definição sobre o comportamento do último ex-presidente do STR. “É uma nota de 15 reais”.
Despreparo 
As lamentações do atual secretário de Administração, Beto Fonseca, indicavam que muitos dos problemas sobre os atrasos no envio de documentos e prestações de contas eram culpa da administração anterior. O ex-secretário de administração, José Mário, foi à Câmara Municipal na última segunda-feira e, bem documentado, provou que o que faltou foi preparo de Beto Fonseca. Por mais que os vereadores da situação tenham esperneado, não adianta encobrir o sol com a peneira. Heliópolis perdeu uma boa quantia de recursos por incompetência. É o que dá colocar inexperientes, ou marinheiros de primeira viagem, numa pasta crucial para o município. O mais grave: É filho do prefeito!

Valmir Assunção detona Dilma: “2013 pode ser o pior ano da Reforma Agrária”

                de Roldão Arruda – do Estadão.
Vice-líder do PT na Câmara ataca governo Dilma: “Nunca pensamos que chegaríamos a uma situação como essa”
Valmir Assunção (PT) critica lentidão da Reforma Agrária
A lentidão nos processos de desapropriação de terras para a reforma agrária está tornando insustentável a situação dos sem-terra no País. A avaliação é do deputado baiano Valmir Assunção, vice-líder do PT na Câmara. Para o parlamentar, a forma como a presidente Dilma Rousseff conduz a reforma contradiz a história do partido. “Na nossa história nunca pensamos, qualquer militante de esquerda ou de movimento social, que chegaríamos a uma situação como essa, em um processo de reforma agrária num governo do PT”, afirmou o deputado, que é agricultor e militante do Movimento dos Sem-Terra (MST). Em e-mail enviado ao repórter, comentando matéria publicada no domingo pelo Estado, com a revelação de que Dilma não assinou nenhum decreto de desapropriação de terras neste ano, ele observa: “Enquanto isso os conflitos decorrentes da concentração de terra continuam a imperar no campo brasileiro. São mortes e disputas que o governo precisa dar respostas, com a democratização da terra.”
Na mensagem, o deputado petista também contesta informações dadas ao Estado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) sobre o número de assentamentos efetuados em 2012. Segundo declarações do presidente da instituição, Carlos de Guedes, foram assentadas 23 mil famílias. O número real, porém, segundo Assunção, é três vezes menor: “Em 2012, foram assentadas, somente, 7.318 mil novas famílias. É o índice mais baixo de toda a história do Brasil”. A principal causa da diferença se deve a critérios de contagem. Para o deputado devem ser contabilizadas apenas famílias assentadas em novas áreas da reforma agrária – o que seria o melhor indicador para redistribuição de terras. O Incra, no entanto, soma também as famílias enviadas para lotes abandonados em assentamentos antigos. Assunção revela que, por causa do baixo desempenho, o governo utilizou apenas 33% do total do orçamento destinado a ações de Cadastro, Seleção e Homologação de Famílias Beneficiadas do Programa de Reforma Agrária. Em relação ao Crédito de Instalação, o resultado foi pior: somente 15,3% do total dos recursos saíram dos cofres. “Isso significa que, de uma meta de R$ 741,5 milhões, foram pagos somente R$ 113 milhões”, diz.
O deputado contesta ainda as declarações do presidente do Incra de que o governo estaria mais preocupado com o desenvolvimento dos assentamentos já existentes. “A obtenção de terras é o marco zero de qualquer política de reforma agrária, sendo prioritária a execução máxima dos recursos destinados e sua gerência melhorada”, diz. “Infelizmente, não é isto que está acontecendo.” O deputado também tratou do assunto em pronunciamento feito nesta terça-feira, 8, na Câmara. Ele mencionou a informação publicada pelo Estado de que, “do ponto de vista da redistribuição de terras, 2013 pode ser o pior ano da reforma agrária desde o início do período da redemocratização, em 1985″.

Eduardo Campos afirma que já viu muito gigante se apequenar

                       da Jovem Pan
Governador de Pernambuco rebateu marqueteiro de Dilma, que o chamou de "anão"
Eduardo Campos responde ao marqueteiro de Dilma (foto: Folhapress)
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse em entrevista à Jovem Pan nesta quarta-feira (9) que já viu muito gigante se apequenar nas eleições. Foi uma clara resposta a João Santana, marqueteiro da campanha da atual presidente e possível candidata à reeleição Dilma Rousseff. O jornalista que cuidará das principais campanhas do PT em 2014 chamou Campos de “anão”. “Às vezes a gente vê tanto gigante se apequenar. Vimos uma declaração feita nessa última semana pelo João Santana que sinceramente não condiz com a inteligência dele. Passa uma arrogância muito grande. Isso não ajuda exatamente nada, depõe contra ele que é um profissional competente e reconhecido na sua ocupação. Nossa preocupação é outra. Deixa nós que somos pequenos e frágeis apresentar nossas ideias à população”, ressaltou. Santana disse em entrevista a revista Época que Dilma será reeleita em primeiro turno nas eleições de 2014 “porque ocorrerá uma antropofagia de anões”. O marqueteiro fez referência – além de Campos – ao senador Aécio Neves, provável candidato pelo PSDB, e à ex-senadora Marina Silva, que se filou ao PSB no último sábado e também pode concorrer à presidência. Segundo Campos, a força no processo eleitoral está no povo, decidir o futuro do País. “Gigante pela própria natureza como diz nosso hino. Esse gigante já deu sinais que vai acordar, quem viu as ruas em julho sabe do que eu estou falando. Em 2014 nós vamos ter um encontro onde a população vai falar o que está sentindo. Não tem como haver truque para desviar o debate. As pessoas querem melhorias, velocidade na mudança. Nós vamos viver esse debate e estamos animados para contribuir”, declarou. No sábado, Marina anunciou sua filiação ao PSB e declarou apoio a Campos depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o registro da Rede Sustentabilidade, partido fundado por ela. Apesar de Campos ser pré-candidato pelo PSB, com a chegada de Marina ao partido abriu-se a possibilidade de haver mudanças na indicação do candidato da chapa. O governador de Pernambuco disse que o partido não tem pressa para tomar a decisão. “Eu acho que a gente vai decidir no tempo certo. Nós aqui não estamos ansiosos, estamos inteiramente tranquilos. Será próximo do prazo de desincompatibilização. Marina não tem esse problema, mas eu preciso tomar essa decisão até março como determina a lei para disputar as eleições de 2014. Esse é o prazo que temos claro”, explicou.
Tempo de TV
Na terça-feira, Marina disse que não admite a celebração de alianças partidárias a qualquer preço. De acordo com a senadora, o tempo de televisão “não pode aprisionar suas ideias a uma lógica política que não nos dá a chance de mudar”. Questionado sobre a possibilidade do PSB e a Rede terem novos filiados para 2014, Campos garantiu que não há no momento discussão com outras legendas. "Eu estou inteiramente de acordo com Marina de que nós não podemos ficar na lógica tradicional da busca pelo tempo de televisão. Não adianta ter tempo de televisão e não ter o que dizer. É melhor ter um tempo pequeno e ter boas ideias com legitimidade do que ter um tempo muito grande cheio de contradições. Nós vivemos uma outra realidade. Antes um  conjunto de partidos que tinha afinidade disputava em várias posições. Agora, com essa aliança, é um novo quadro em que é possível apresentar um programa independente de ter quatro ou cinco minutos de televisão", explicou. Campos lembrou ainda que quando disputou as eleições em 2006 pelo governo de Pernambuco não teve muito tempo de televisão. Ele destacou também que a própria Marina nas eleições de 2010 teve um minuto de televisão e conseguiu 20 milhões de votos. “Eu acho que a plataforma de comunicação hoje permite a gente fazer um debate aonde a televisão vai perdendo força nesse processo de campanha política. Nós fizemos uma aliança programática e não estamos discutindo com nenhum partido no momento. Hoje o debate é entre o PSB e a Rede para que a gente possa discutir a plataforma que nos vamos governar com a sociedade que tem identidade com o nosso pensamento”.
Impacto das Pesquisas
A última pesquisa Datafolha apontou a ex-senadora Marina Silva em segundo lugar com 26% das intenções de voto, atrás de Dilma Rousseff (PT) com 35%. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, tem 8%, e aparece em quarto lugar, depois de Aécio Neves, do PSDB, com 13%. Muitos cientistas políticos avaliam que pode haver uma pressão para que Marina saia como presidente e Campos como vice. “Olha nós estamos tranquilos quanto a isso. Não há entre mim e a Marina nenhum estresse quanto a essa questão. É um estresse que tentam criar nesse momento. As pessoas ficaram surpresas com essa aliança e estão tentando arrumar um defeito. Só que eles vão ver que não vai ter essa divisão absoluta porque o nosso interesse é de servir o País. Nós não estamos disputando cargos. Nós estamos construindo uma forma inovadora de fazer política. Ainda há no Brasil quem faça política com decência”, pontuou.
Conversa com Aécio Neves
Antes da aliança com a Rede Sustentabilidade, o PSB procurou uma certa aproximação com o PSDB, que deve ter como candidato à presidência em 2014 o senador Aécio Neves. Durante a entrevista à JP, Campos  declarou que sempre teve uma relação fraterna com o tucano. “Eu fui parlamentar durante 12 anos ao lado de Aécio. Eu falei com ele no domingo, pós-aliança feita no sábado. Ele estava fora do País e me ligou para cumprimentar pelo passo e para saber como foi o desenrolar dessa aliança, mas tudo tranquilo”, garantiu.
Ronaldo Caiado 
Sobre a possibilidade de conflito de ideias entre o deputado ruralista Ronaldo Caiado, que hoje já integra a coligação do PSB, e a recém chegada Marina Silva, o governador de Pernambuco minimizou  e disse que ainda não é hora de discutir palanques estaduais. “Ronaldo Caído é um deputado do DEM, tem um partido político. Ele tem um debate na cena de Goiás depois de tudo que houve na política do Estado, num fórum de oposição. Ele quer superar o PMDB que já governou por anos e anos Goiás e enfrentou uma crise muito forte no ano passado. Mas não há nenhuma aliança formal,  nenhum envolvimento da direção nacional da Rede ou do PSB no quadro de Goiás”

PPS-Bahia Elege nova Diretoria e Ana Dalva está na Executiva

Ana Dalva marcou presença no Congresso Estadual do PPS, na Assembléia Legislativa
O líder da bancada governista da Câmara Municipal de Salvador, vereador Joceval Rodrigues, foi eleito presidente estadual do Partido Popular Socialista (PPS), em congresso estadual realizado no auditório do Edifício Senador Jutahy Magalhães, na Assembleia Legislativa. Para ele, esta nova missão partidária é um novo desafio em sua vida pública, mas que serve de incentivo para continuar “a fazer política pelo bem comum, para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Já começo a missão com um conflito no diretório da cidade de Feira de Santana para resolver”. A vereadora Ana Dalva, presidenta da Câmara Municipal de Heliópolis, participou da mesa do Congresso e foi eleita membro do Diretório Estadual do PPS e fará parte da Executiva. Ana Dalva está no partido desde 1995 e é a primeira vez que contribuirá com a administração do partido a nível estadual.
Prestigiaram o congresso o prefeito ACM Neto (DEM); o presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Paulo Câmara (PSDB), e o deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB). Também estiveram presentes os dirigentes do PPS como Ederval Araújo Xavier (Poly - vice-presidente estadual), Virgílio Sena (Secretario Executivo Estadual), Antônio Mota ( Membro da Executiva Estadual), Marcos Vieira ( Secretario Geral) e George Gurgel (Representando o Diretório Nacional). Além do presidente estadual, foram eleitos os demais integrantes do diretório estadual e a executiva estadual do PPS.
Candidatura própria do PPS
PPS poderá lançar candidatura própria
Com a surpreendente ida de Marina Silva para o PSB, o PPS já discute 2014 sem perder tempo. Os membros da Executiva Nacional do PPS defenderam nesta terça-feira, em Brasília, a retomada dos debates na base do partido sobre os rumos que a legenda deve tomar nas eleições presidenciais de 2014, levando em conta os seguintes cenários postos até hoje: candidatura própria ou apoio a Eduardo Campos/Marina Silva (PSB/Rede) ou Aécio Neves (PSDB). Na reunião, alguns dirigentes do partido defenderam que o partido lance candidatura própria. Para o líder do partido na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), o primeiro passo é formatar um projeto da legenda para o Brasil. “Primeiro temos que fechar as ideias, depois procuramos no partido um nome que se encaixe a esse perfil. Temos a capacidade de construir um projeto programático para o Brasil”, disse Bueno, que chegou a citar como possíveis candidatos o presidente Roberto Freire, o ex-ministro e vereador do Recife Raul Jungmann e a jornalista Soninha Francine, de São Paulo. Outros nomes, como o do próprio líder, também foram citados.
Ganhou 23 milhões e não resgatou o prêmio
Um sortudo (ou azarado!) que acertou as seis dezenas e ganhou o prêmio de R$ 22.933.056,04 da Mega-Sena ficou sem o dinheiro. Até às 16h de hoje ele teria que resgatar o prêmio e ainda não o fez. De acordo com a Caixa Econômica Federal, a aposta foi feita em uma lotérica em Ponta Grossa (PR). Os apostadores têm um prazo de 90 dias para resgatar o dinheiro em uma das agências da Caixa Econômica Federal. O sorteio foi realizado em 10 de julho e o dinheiro voltará para o governo e ele perdeu o direito ao prêmio. Os números sorteados foram: 01 - 08 - 17 - 44 - 46 - 53. Segundo a Caixa Econômica Federal, o valor será aplicado no Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Se o apostador tivesse aplicado o valor integral na caderneta de poupança no dia seguinte ao sorteio e não tivesse utilizado o dinheiro, poderia ter lucrado aproximadamente mais de R$ 200 mil até esta semana.
Marina, Lídice e Eliana Calmon
Marina Silva e Eduardo Campos
Senadora Lídice da Mata (PSB)
Do excelente blog Por Escrito, do jornalista Luís Augusto Gomes, vem a pérola: “No fundo, o que move tudo isso [a filiação de Marina ao PSB] é que a maioria está atônita, porque promulgava o amadorismo de Marina, aliás apontado na incapacidade de gerir uma coleta de assinaturas para fundar um partido, e a viu protagonizar o mais espetacular e impactante gesto político dos últimos anos no Brasil. As pessoas evoluem.” O jornalista ainda afirma que a senadora Lídice da Mata (PSB) ganhou muito com a entrada dos marinheiros e de sua líder nacional. “No âmbito burocrático, as coisas começam a acontecer na Bahia, com a filiação ao PSB de Júlio Rocha e Rose Bassuma, principais articuladores locais do adiado Rede Sustentabilidade.”. E vai mais adiante quando afirma que“ um dos objetivos dos novos “socialistas” é filiar a ministra Eliana Calmon, que havido sido convidada pelo Rede e, como magistrada, tem prazo até abril, visando lançá-la na chapa majoritária como senadora.”
Eliana Calmon - cotada para o Senado
Vamos conversar?
O secretário de administração e finanças da Prefeitura Municipal de Heliópolis solicitou uma conversa com um certo apoiador do prefeito Ildinho. A escalada para programar o encontro foi a vereadora Ana Dalva. Quem deu a pressa foi o próprio secretário. Ocorre que a conversa foi só de lorota. Era de urgência e quinze dias já se passaram. Como o secretário está entregando tudo fora do prazo, centralizando a administração e prejudicando o município, é possível que quando ele for para o encontro, o alvo não esteja mais lá. Dizem que cavalo selado passa uma única vez diante da gente. O próximo passo é torcer para que o cavalo seja bom.

Até curso superior vai mal na Bahia

37% dos cursos superiores na Bahia recebem nota baixa no Enade. Entre os cursos com nota baixa estão tradicionais como os de Direito da Universidade Católica de Salvador (Ucsal), da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb)
Rafael Rodrigues – do CORREIO
Na Bahia, 37% dos cursos superiores na área de ciências humanas tiveram desempenho considerado insatisfatório no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2012. O índice de cursos ‘reprovados’ é superior à taxa nacional, de 30%. Por aqui, dos 268 cursos avaliados, 99 tiveram média abaixo de 2, numa escala que vai de 0 a 5. Outros 12 cursos não obtiveram nota e não foram considerados neste ranking porque menos de dois estudantes concluintes participaram da prova. Entre os cursos com nota baixa estão tradicionais como os de Direito da Universidade Católica de Salvador (Ucsal), da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). A avaliação do Enade divide os cursos em três categorias e a cada ano um grupo é avaliado. A última vez que o grupo de humanas passou pela prova foi em 2009 – quando, na Bahia, 32% dos cursos tiveram nota insatisfatória. Os universitários fizeram a prova em novembro de 2012 para avaliar os cursos de bacharelado em Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Comunicação Social, Design, Direito, Psicologia, Relações Internacionais, Secretariado Executivo e Turismo, além dos cursos técnicos em Gestão Comercial, Recursos Humanos, Finanças, Logística, Marketing e Processos Gerenciais. A nota do Enade representa 70% do índice CPC, utilizado pelo Ministério da Educação para avaliar os cursos superiores no país. Esse coeficiente, que também leva em consideração o corpo docente, infraestrutura e programa pedagógico, será divulgado até o fim do mês. As faculdades que se mantiverem com nota abaixo de 2 receberão a visita de inspetores federais e podem sofrer sanções, como a suspensão do vestibular.
Explicações
O reitor da Universidade Católica de Salvador, José Carlos Almeida, minimizou o resultado negativo do curso de Direito. “Assim como em 2009 tiramos média 4, o Enade é loteria, por conta dos critérios. O aluno pode ir assinar a prova e ir embora e no diploma dele não bota a nota que ele obteve”, disse. Ele ressalta que o curso tem o selo de qualidade OAB Recomenda. Na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), o curso com pior avaliação é o de Ciências Contábeis em Senhor do Bonfim, com média abaixo de 1. A coordenadora do curso, Tânia Ferreira, aponta como principal deficiência a falta de professores. “No interior, temos dificuldade com corpo docente, quem vem logo quer transferência porque reside em Salvador. Há, às vezes, necessidade de cancelar disciplina por falta de professor”, lamenta. Na Uefs, a nota abaixo de 1 para o curso de Ciências Econômicas se deveu a mudanças no currículo, segundo a coordenadora Márcia Pedreira. “Estamos no quarto ano do novo currículo. As pessoas que fizeram a prova vieram do currículo antigo, estão desestimuladas”, pontuou. A Ufba não teve cursos mal avaliados – ao contrário, Jornalismo e Administração receberam nota máxima, 5.

Minha Casa Melhor pode causar rombo na Caixa

       Adriana Fernandes – de O Estado de São Paulo
A Caixa ignorou análises feitas pela própria área técnica ao bancar o programa Minha Casa Melhor, uma linha de crédito para a compra de móveis, computadores e eletrodomésticos. Da forma como foi feito, o programa, considerado uma vitrine eleitoral da presidente Dilma Rousseff, pode representar riscos para a saúde financeira do banco, segundo documentos obtidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Os documentos mostram que a possibilidade de calote nessa linha, que é direcionada para os mutuários do Minha Casa, Minha Vida, chega a 50,73% na faixa das famílias mais pobres da população, a 30,31% nas intermediárias e a 28,52% na faixa de maior renda atendida pelo programa. Com esses níveis potenciais de perda, apontam os documentos, a necessidade de compensação pelo Tesouro é de R$ 2,9 bilhões até 2016. Além do potencial eleitoral, o programa está alinhado com a estratégia do governo de estimular a economia via crédito para bens de consumo e tem ajudado a aumentar as vendas do varejo num momento de retomada lenta do crescimento do PIB. O Minha Casa Melhor deve ser ampliado para permitir também a compra de produtos como smartphones e tablets. O parecer técnico da Caixa, produzido poucas semanas antes do lançamento do programa, adverte que a decisão do Tesouro, prevista na então Medida Provisória 620, de dispensar a Caixa do recolhimento de parte dos dividendos para a cobertura do risco de crédito dos financiamento dos bens de consumo, faz, "contabilmente, com que a operação seja deficitária desde o começo". "Na medida em que as operações fossem sendo realizadas, custos e despesas seriam acumulados, podendo ser caracterizada uma antecipação de subvenção, dado que lucros e dividendos ainda não foram pagos, nem sequer realizados", afirma um dos documentos.
Subsídio 
Segundo a nota técnica, assinada pelo superintendente Nacional de Contabilidade, Marcos Brasiliano Rosa, e pelos consultores do banco Dannyel Lopes de Assis e Eduardo Bromonschenkel, a falta dessa cobertura poderá ser questionada pelo Tribunal de Contas da União, por caracterizar que a Caixa está subsidiando um programa de governo, o que é vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O entendimento técnico é de que a proposta de dispensar o recolhimento de parte dos dividendos para cobrir o risco de crédito vai contra o estatuto da Caixa. Dessa forma, segundo fontes do governo, a equalização da perda do programa deveria ser compensada com outra modalidade de recursos, e não com os dividendos. "Logo, a proposta do Tesouro, ao estabelecer que a operação se inicie deficitária, vai contra o que rege o estatuto da Caixa", diz a nota. De acordo com outro documento, a opção pela dispensa de recolhimento dos dividendos não é adequada para a Caixa "no atual momento de necessidade de capital". A MP 620, já aprovada no Congresso, autorizou ainda o aporte de R$ 8 bilhões feito ao banco e destinado ao "funding" em si do financiamento, não podendo ser usado para cobrir perdas. Isso indicaria porque na época do lançamento do programa, em junho, o banco e o Ministério da Fazenda se recusaram a explicar como os subsídios do programa seriam bancados. Segundo fontes, ficou pendente de resposta a origem real dos recursos para pagar as perdas que, necessariamente, deverão sair dos cofres do Tesouro. O risco de o TCU questionar o programa já é dado como praticamente certo na área técnica Procurada, a Caixa informou que o programa foi formatado com respaldo do departamento jurídico. Segundo o banco, o risco de crédito e os custos operacionais estão cobertos pela União com a autorização dada pela MP 620 para dispensar o recolhimento de parte dos dividendos, respeitado, portanto, o seu estatuto. O banco diz que foram feitos estudos internos sobre possíveis níveis de inadimplência em todas as faixas, que permitiram a aprovação da operação.