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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Secretário de Wagner recebeu 40 milhões e não fez obras

Por Evilásio Júnior – do Bahia Notícias
Wagner (PT) e Nestor Duarte (PDT), da Seap - 40,6 milhões e nenhum presídio
(foto: Manu Dias/SECOM)
O deputado estadual Carlos Gaban (DEM), vice-líder da oposição e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), promete sugerir aos membros do seu colegiado, na sessão da próxima terça-feira (20), um requerimento de convocação do secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), Nestor Duarte. O democrata acusa o titular da Seap de receber cerca de R$ 40,6 milhões da União para a construção de três complexos prisionais, não executar os projetos e estar próximo de perder os prazos para a aplicação dos recursos. As informações, segundo o parlamentar, foram obtidas no Portal da Transparência, do próprio governo federal, na demonstração de repasses do Ministério da Justiça. "São três convênios. Um para a construção de um presídio em Barreiras, no valor de R$ 16 milhões, que foram transferidos integralmente. Em abril, 38 presidiários fugiram da delegacia e não tem penitenciária (ver aqui). Em Vitória da Conquista, foram transferidos R$ 13,1 milhões e também não tem penitenciária. Em Feira de Santana, são mais de R$ 11,5 milhões totalmente transferidos para um presídio feminino e cadê a penitenciária?", questionou, com documentos em mãos, em entrevista ao Bahia Notícias, ao pontuar que Duarte chegou a negar à imprensa que as verbas foram recebidas. "Será que o Portal Transparência, do governo federal, está falho e o secretário é quem está com a razão? Ou não informaram a ele que está no Tesouro do Estado e não chegou na secretaria dele?", indagou. 
Gaban (DEM) denuncia recebimento de verbas e não realização das obras
(foto:Marcela Gelinski/BN) 
Para Gaban, "não há dúvidas" de que houve "utilização indevida" dos recursos do governo federal". "E o mais agravante: se você pegar a validade desse contrato da Penitenciária de Barreiras, ele vence em 11 de outubro de 2013; o de Vitória da Conquista está expirando em 11 de novembro de 2013 e a Penitenciária Feminina de Feira de Santana foi até 26 de dezembro de 2012. Ele recebeu todo o dinheiro. Está na conta do governo do Estado e a gente não tem penitenciária para abrigar quem a Polícia Militar e a Polícia Civil prendeu. É um total descalabro", denunciou. Filiado ao PDT, o secretário assumiu a Seap – fruto de uma divisão da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos – após reivindicação do seu partido por mais espaço no governo Wagner. Suplente da senadora Lídice da Mata (PSB) e ex-presidente da Companhia de Transportes de Salvador, Nestor Duarte é um dos alvos de uma ação de improbidade administrativa, movida pelo Ministério Público Federal, que responsabiliza seis empresas e 11 pessoas físicas por um prejuízo de R$ 100 milhões ao erário público devido a supostas irregularidades na licitação e obras do metrô. De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), ele foi o responsável por "ter assinado, como Diretor Presidente da CTS à época da execução parcial do Contrato SA-01, as Ordens de Alteração CO-H-032/00 e CO-H-053/00 com elevado sobrepreço, posteriormente materializado em dano ao erário". A tramitação do processo 2010.33.00.000364-1 foi suspensa no último dia 17 de julho no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Banzaê: Manifestantes exigem recuperação da BA 388

A manifestação que aconteceu hoje na BA 388, rodovia que liga Banzaê à BR 110, é o retrato do esgotamento de um governo. Não é possível aceitar que numa cidade governada pelo PT, com um governador do PT e uma presidenta do mesmo partido, tenha uma rodovia nas condições atuais. É a prova certeira de que alinhamento político é uma balela eleitoral. O que precisamos é de governantes responsáveis. E ainda posso acrescentar que há os pregadores da necessidade de haver representante na região, tanto na Câmara Federal como na Assembleia. Temos, e nada está adiantando. O problema é que o PT envelheceu. Um partido que luta para reeleger a família Sarney no Maranhão e que tem como candidato na Bahia um Ruy Costa, o preferido do governador, mesmo tendo em seus quadros parlamentares como Walter Pinheiro, está mesmo caminhando para um triste fim.
Segundo o portal Banzaê News, desde as primeiras horas do dia, o povo fechou a BR 110 no entroncamento do Povoado Nova Esperança (Barata). A manifestação foi pacífica e tinha como objetivo e grito principal a reforma urgente da rodovia, numa extensão de 27 Km. O povo cansou de tapa-buraco. Foi a deputada Fátima Nunes (PT), eleita pela região, que afirmou que a obra teria o seu início em janeiro de 2014. Ninguém quer esperar tanto. A deputada está no seu 2º mandato e a rodovia continua em situação precária há muito tempo.    Depois de entrar em contato com representantes do Governo, Fátima falou ao povo e disse que o blogueiro Josivan Ribeiro, idealizador da manifestação, receberá um oficio comunicando que a operação tapa-buraco é somente uma maneira de amenizar as péssimas condições da BA e que o Governo do Estado se compromete a fazer a recuperação geral da mesma o mais breve possível. Os manifestantes tiveram significativa ajuda da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Militar, das emissoras de rádio Pombal FM e Educadora AM de Ribeira do Pombal, que fizeram uma cobertura impecável do ato, dos Blogues de Joilson Costa, Pombal Alerta, Sandro Aguiar, Banzaê News, do pároco de Banzaê, Padre Mário Gonella e do povo em geral.  
O que precisa ser dito é que não houve apoio em nenhum momento das autoridades municipais, nem de Ribeira do Pombal nem de Banzaê. Nessas horas, os políticos  desaparecem porque não querem seus nomes ligados a movimentos reivindicatórios. Só isso já é uma prova de que não são defensores dos seus municípios, mas dos seus mandatos. Vários proprietários de ônibus, que transitam pela estrada e sofrem com o seu estado, não quiseram participar do evento, impedindo a participação dos índios Kiriris em grande quantidade. Apenas seis participaram do evento. A manifestação serviu para colocar o mandato da deputada Fátima Nunes em xeque. Agora é a hora de justificar a sua reeleição. Se a obra não se iniciar em breve, haverá o risco de o povo perceber que não adianta muito eleger deputados alinhados com os governos.

Informações complementares do Banzaê News.

Resultado parcial do concurso de Cícero Dantas

Clique aqui para ver o resultado parcial do concurso promovido pela Prefeitura Municipal de Cícero Dantas para vários cargos. 

Transporte escolar complica a vida dos estudantes em Heliópolis

     
Heliópolis tem transporte escolar irregular
Depois do problema apresentado por um ônibus caindo aos pedaços, que fazia o transporte de estudantes do povoado de Cajazeiras, agora é vez dos estudantes do Tanque Novo, Bendó e Jibóia passarem por apuros para estudar. É que eles estão desde segunda-feira (12) sem poder assistir aulas em Heliópolis. O carro que transporta os estudantes do Bendó para Heliópolis está quebrado e o carro do Tanque Novo é que se desloca até o Bendó para trazer os alunos de lá, além dos estudantes que moram no Tanque Novo. Ou seja, a turma vem espremida como se estivesse em lata de sardinha, dando até trabalho para fechar a porta do veículo. Para completar, o motorista já perdeu há muito tempo a paciência com os estudantes e tem provocado muito descontentamento. Além do caso do Bendó e do Tanque Novo, o veículo que faz o transporte da Jiboia para Heliópolis vive mais quebrado do que em atividade e a estudantada tem perdido a paciência. Esta semana, vários estudantes destas regiões só conseguiram chegar por meio de carona ou por motocicletas, que chegavam a conduzir até três estudantes. O problema maior é que há alunos morando em regiões onde não há transporte de forma alguma, sendo o transporte escolar a única alternativa. Vários estudantes do Colégio Estadual José Dantas de Souza já se dirigiram à Prefeitura Municipal e procuraram os responsáveis, mas não há uma solução. Prometem, mas nada acontece. Pelo andar da carruagem, a empresa Minha Região está virando para Ildinho a sua maior dor de cabeça. Porque, além de tudo isso, já há denúncias, que precisam ser apuradas devidamente, indicando a existência de motorista menor de idade, e sem a devida habilitação, conduzindo veículo do transporte escolar. E ainda dizem que o prefeito está rodeado de amigos. Mui amigos!
Vereadora perde mandato por ser bonita
Ser bonita é um problema no Irã
Se aqui no Brasil o problema maior é a corrupção deslavada no serviço público, no Irã é a incapacidade de olhar para o presente e se adaptar aos novos tempos, coisa que a religiosos conservadores não deixam. Prova disso foi uma candidata a vereadora na cidade iraniana de Qazvin. Ela foi impedida de assumir o cargo por ser “bonita demais”, noticiou a imprensa local. Com 10 mil votos obtidos na eleição ocorrida em junho deste ano, junto com o pleito presidencial, Nina Siahkali Moradi, de 27 anos, ficou na 14ª colocação em uma lista que selecionava os 13 primeiros entre 163 candidatos. Como o primeiro colocado desistiu de assumir, a iraniana, que defendia direitos da mulher e incentivos culturais, estaria entre os eleitos. No entanto, foi barrada. “Seus votos foram anulados por [causa de] suas credenciais”, justificou Reza Hossaini, do comitê local de monitoramento de eleições. “Não queremos uma modelo desfilando na prefeitura”, afirmou um clérigo local. Ser bonita demais é pecado, mas ter mente medieval é ser o cara!
Discussão entre Barbosa e Lewandowsky marca fim de Sessão no STF 
      
Barbosa quer celeridade no julgamento
Nesta quinta, o Supremo rejeitou as apelações apresentadas pelos advogados dos ex-deputados Roberto Jefferson, que delatou o esquema, entre outros. Na discussão, os ministros Joaquim Barbosa, relator do caso, e Ricardo Lewandowsky, revisor, discordaram sobre a lei que deveria ter sido aplicada ao recurso do ex-deputado federal Carlos Rodrigues (ex-PL, atual PR), o Bispo Rodrigues. Durante o julgamento, Barbosa disse que tinha pressa e não estava na corte para fazer "chicana". Ofendido, Lewandowsky pediu ao presidente do STF se retratasse e afirmou que não estava no julgamento de brincadeira. O tom subiu quando Lewandowsky se posicionou a favor do Bispo Rodrigues, que alega que, como recebeu dinheiro do esquema em dezembro de 2002, deveria ter a pena calculada com base na legislação em vigor à época e não na mais recente. Contudo, para o relator Joaquim Barbosa, como se trata de uma prática criminal que se estendeu no ano seguinte --o réu teria recebido uma segunda parcela em 2003--, se aplica uma lei mais recente. "Lewandowsky concordou [na primeira fase do julgamento] e agora está reformulando. Vossa excelência mudou de ideia", reclamou Barbosa. "Para isso servem os embargos [recursos]. Esse é o momento do julgador se redimir", respondeu Lewandowsky. Para ele, "se o acordo criminoso foi formalizado em 2002, foi neste momento da solicitação da vantagem indevida que o crime de corrupção se configurou. O pagamento revela mero exaurimento". A discussão, contudo, se estendeu. Ao ouvir do ministro Celso de Mello a sugestão de encerrar o julgamento e deixar o caso do Bispo Rodrigues para a próxima semana, Barbosa reclamou que essa medida retardaria essa segunda fase do mensalão. Questionado se tinha pressa, ele respondeu: "Tenho pressa para fazer nosso trabalho, não para fazer chicana". Lewandowsky reagiu imediatamente: "Peço que o senhor se retrate. Está dizendo que estou fazendo chicana? Não estou aqui de brincadeira". A sessão foi encerrada e o caso do Bispo Rodrigues ficou em suspenso. Deve ser retomado na próxima semana. 
Com informações complementares do Bahia Notícias e da Folha de São Paulo.  

Arquive-se, anule-se e faça de conta

                                     Landisvalth Lima
Tenho pelo Ministério Público um apreço infindável. Todos sabem da luta que travei aqui contra a aprovação da PEC 37. Sei que o país vai mal e poderia estar bem pior sem a atuação dos abnegados Promotores espalhados por este Brasil a fora. Muitos destes Promotores trabalham sem a mínima estrutura e costumam tirar leite de pedra para que sua função dê dignidade ao país. Entretanto, “o beijo é a véspera do escarro”, que me diz muito bem o paraibano poeta Augusto dos Anjos.
É que a 3ª Promotoria de Justiça de Cícero Dantas tomou duas decisões que deixarão muitos políticos com o sorriso maroto nos lábios. Desde a posse do promotor, muitos têm colocado as barbas de molho e isto tem servido de freio para que as mentes do mal no serviço público organizem atos fora do padrão republicano. Agora, depois de dois arquivamentos inesperados, a turma do mal estará mais animada.
Refiro-me ao arquivamento de denúncia feita pela vereadora Ana Dalva contra o então presidente da Câmara Municipal, vereador José Mendonça Dantas, hoje Líder da oposição.  Ana Dalva denunciou o aluguel de um carro pelo Legislativo, que só serviu aos afazeres particulares do Sr. José Mendonça. Nenhum vereador utilizou o veículo para nada. E toda a cidade de Heliópolis é testemunha que o veículo era inclusive utilizado por pessoas não habilitadas, além de o aluguel estar com preço acima do mercado para um veículo daquele porte. Caberia sim uma punição. A promotoria não viu assim.
O outro foi o arquivamento de uma denúncia também feita pela vereadora Ana Dalva contra o alcaide anterior do município de Heliópolis. Trata-se do absurdo aluguel de 14 veículos para a prefeitura municipal, ao custo anual de 432 mil reais. Isto daria para comprar um carro por mês de porte médio. Pior, os veículos estavam no contrato, mas muitos não circulavam. Todo o município sabe disso. Até um dos carros, uma picape Hilux, era de uso exclusivo do prefeito e usada fora do serviço público, como este blogue denunciou. Além disso, a empresa não tinha capacidade logística para fornecer tais veículos. É uma empresa de fachada.
O que mais chama a atenção é que a Promotoria aceitou tacitamente o depoimento da proprietária, Sra. Temilza Dantas Figueiredo. Esqueceu o Promotor que o problema não está na legalidade da Licitação. A lei 8.666/93 existe para confirmar a falcatrua. Não é impedimento para a corrupção é um atestado para encobrir a delito. Se fosse feita uma pesquisa na época da denúncia na cidade, ou fiscalização mais rigorosa, o que a vereadora denunciou seria comprovado com sobra. É lamentável saber que nem sequer vão apurar a possibilidade do acusado se defender do que foi dito. Verdade seja dita, este arquivamento é um balde de água na função de vereador. Parece que não vale a pena elegermos vereadores para fiscalizar os prefeitos. Parece que a denúncia de um representante do povo soa como mera politicagem. Se a licitação foi feita dentro da Lei Federal nº 8.666/93, o que vier depois é aceitável. É quase que uma liberação para se fazer as falcatruas que costumeiramente se fazem no serviço público deste país. A Promotoria de Cícero Dantas fez dois gols contra. Diante disso, caso seja uma tônica perene, resta aos vereadores se anularem e fazer de conta que isso aqui é uma República. 

O dia em que Antônio Coca virou imortal

                                   Landisvalth Lima      
Antonio Coca, Francisco Gualberto, Aílton Rocha e amigos
Acróstico de José Alberto
Bem acompanhado da vereadora Ana Dalva, do meu filho Landisvalth e do impactante Jorge Souza, nascido José Jorge Souza do Espírito Santo, estive no último sábado, 10 de agosto, no lançamento do livro do talentoso Antônio Pedro Caldas, conhecido por Antônio Coca, na cidade de Cedro de São João, em Sergipe. Sei o quão difícil é neste país, ainda mais no Nordeste, o sujeito pensar em publicar um livro. Consegui lançar dois em sete anos de luta. 
Giló marcou presença

Wilson Aragão prestigiou o evento
Quando recebi de Socorro Caldas, a filha, o exemplar impresso de Coletânea dos Meus Versos, foi como se eu tivesse publicado. Digo isso porque Antônio Coca já passou dos oitenta e seu talento como poeta vem desde os tempos de menino. Não sei desde quando ele pretendeu publicar algo, mas o primeiro livro dele impresso foi Brasil Tri Campeão, de 1970, e não será fácil encontrar mais algum exemplar. Mas a minha emoção foi redobrada quando cheguei à quadra de esportes de Cedro de São João, preparada especialmente para o evento. Socorro Caldas estava irradiando alegria. Jorge Caldas era só satisfação. Calango da EBDA (na Bahia), ou Beto de Tonho Coca (no Cedro), poeta também, fez uma homenagem ao pai em formato de acróstico. Lá estavam Wilson Aragão, Giló e o forró Casaca de Couro. No palco cantaram as músicas que desfilam em nossos ouvidos como língua mergulhando em mel. Para temperar as vozes destes, o talento impagável de Dudu no violino. Também não poderia faltar a participação de Jorge Caldas que cantou para o pai Vicente Celestino, só no gogó e sem desafinar.
Jorge Caldas, Casaca de Couro e Dudu

Tonho Coca, Jorge, Socorro e amigos
Na abertura do evento, subiu ao palco o deputado Francisco Gualberto (PT), que deu o apoio cultural para impressão do livro e fez um pronunciamento de apoio ao homenageado digno de louvor. Também estava lá Dr. Ailton Rocha, que promoveu em 2010, no Fórum pensar Cedro, uma rica homenagem ao poeta Antônio Coca. Não faltou também no palco a voz de José de Mindom, amigo do poeta e também poeta. Marcaram presença ainda o ex-deputado e ex-prefeito de Propriá Renatinho, o atual prefeito de Cedro Claudionor Vieira de Melo e o prefeito de Propriá José Américo, a secretária de cultura do município Cláudia e várias outras autoridades. Principalmente, lá estava o povo de Cedro, vários amigos de Heliópolis e de Cícero Dantas para consagrar este poeta que não participa de nenhuma academia, mas que está imortalizado pela alegria que sua poesia gera ao tocar os corações das pessoas, não só pela voz dele ao vivo, ou nas ondas médias da Rádio Jornal, mais precisamente no programa do Professor Ludwig aos domingos. 
José Alberto Caldas (Calango) e família

Muitos amigos de Tonho Coca marcaram presença
Agora, no formato de livro, eternizam-se o jogo rimático, as metáforas, a irreverência e a pitada especial que só um poeta talentoso sabe fazer. Antônio Pedro Caldas imortaliza-se na palavra escrita e vai viver eternamente na memória do povo de Cedro de São João. (Clique nas fotos para ampliá-las)
Aos leitores deste blog: Já está no portal Cheio de Arte o documentário que fiz sobre o poeta Antônio Coca, dividido em três partes. Para assistir clique em Antonio Coca 1 , Antonio Coca 2 e Antonio Coca 3 ou vá direto ao porta Cheio de arte.    

PSDB e PT viraram cabos eleitorais de Marina

Blog do Josias de Souza – do UOL
Marina Silva - da #REDE. Crescendo com pouco espaço
Antes de a rapaziada encher as ruas, o PSDB de Aécio Neves e o PSB de Eduardo Campos enxergavam em Marina Silva uma bela alternativa de vice. Hoje, se Aécio e Eduardo se oferecessem para vice de uma chapa encabeçada por Marina, ela talvez desdenhasse. O último Datafolha confirmou o que as pesquisas anteriores já haviam insinuado: Marina tornou-se uma presidenciável mais competitiva do que os outros adversários de Dilma Rousseff.
Para se consolidar na segunda posição, Marina recebe a ajuda de dois cabos eleitorais inesperados: PSDB e PT. Metidos numa gincana para ver quem joga mais lama no outro, tucanos e petistas levam parte do eleitorado irritado com os políticos a ver em Marina uma espécie de heroína da resistência. A imagem é fantasiosa. Mas, em tempos de mensalão e de Siemens, um pedaço da plateia parece preferir o improvável a ter que optar entre o lamentável e o impensável.
De acordo com o Datafolha, Dilma recuperou um naco do prejuízo que contabilizara nas pegadas dos protestos de junho. Evoluiu de 30% para 35%. Marina engordou de 23% para 26%. Aécio foi lipoaspirado de 17% para 13%. E Eduardo manteve praticamente o mesmo peso, oscilando de 7% para 8%. Nesse cenário, se a eleição fosse hoje, Marina disputaria a poltrona de presidente da República num segundo turno contra Dilma.
Os mais céticos duvidam dessa possibilidade sob o argumento de que falta a Marina estrutura política. Numa fase em que a garotada grita na rua que “o povo unido não precisa de partido”, ter estrutura pode ser desvantajoso. Marina é a candidata do paradoxo. Até aqui, cresceu sem cargos, sem partido e sem o espaço generoso que seus contendores recebem dos meios de comunicação. Enquanto tenta colocar em pé a sua # Rede, Marina surfa numa onda que engolfa todos os conceitos, revirando-os.
Na noite de sexta-feira, discursando para militantes petistas em Bauru, Lula disse que o PT “não tem medo de conversar com o povo na rua.” O que o partido precisa temer, ele acrescentou, são “aqueles que começam a negar a política.” Chamou de “analfabetos” os jovens que dizem “eu não gosto de política, não gosto de nenhum partido político, não gosto de sindicato.”
Lula lecionou: “Temos que dizer, alto e bom som: fora da política não tem saída. Se a gente quiser pegar dois exemplos, a gente pega Hitler e Mussolini.” Tolice. As ruas pedem respeito e decência, não nazismo e fascismo. Há cadáveres demais no noticiário. Insepultos, produzem um fedor lancinante. Não bastasse a insatisfação generalizada com a precariedade dos serviços públicos, desapareceu da cena política brasileira a presunção de superioridade moral. As legendas que polarizam a disputa integraram-se à perversão comum a todas as siglas. É nessa onda que Marina surfa.
O excesso de lodo potencializa a subversão dos conceitos. Eleição vira loteria sem prêmio. Voto transforma-se num equívoco renovado a cada quatro anos. Partidos convertem-se em organizações com fins lucrativos. Coligações viram conchavos entre culpados inocentes e inocentes culpados. Democracia passa a ser um regime que saiu pelo ladrão.
O PSDB já carregava nas costas Eduardo Azeredo e o mensalão de Minas, ainda pendente de julgamento no STF. Com a delação da Simens, a legenda presidida por Aécio Neves foi empurrada para uma defensiva que tende a perdurar até 2014. O PT optou por acalentar os seus mensaleiros. Com isso, amarrou a sua sorte ao julgamento do escândalo. 
Se os condenados forem para a cadeia, a legenda será presa com eles. Se o STF revogar as condenações por formação de quadrilha, livrando José Dirceu e Cia. da cana dura, as ruas brasileiras podem ficar pequenas para tanta gente. Nessa hipótese, convém dedicar atenção redobrada a Marina Silva. Em 2010, ela arrastou 19 milhões de votos e empurrou o tucano José Serra para o segundo turno. Agora, aproxima-se dos 30% de intenções de voto dizendo coisas definitivas sem definir muito bem as coisas.

DATAFOLHA: Dilma 35%, Marina 26%, Aécio 13% e Eduardo 8%

Após perder 21 pontos percentuais na corrida pelo Palácio do Planalto em meio aos protestos que tomaram as ruas do país em junho, a presidente Dilma Rousseff se recuperou e passou de 30% para 35% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha publicada na edição deste domingo do jornal “Folha de S.Paulo”. O estudo, realizado entre os dias 7 e 9 de agosto, ouviu 2.615 entrevistados e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No último levantamento do instituto, divulgado no final de junho, a chefe do Executivo havia caído de 51% para 30% das intenções de voto para a eleição de 2014. À época, o país estava conturbado por conta das manifestações públicas que reuniram milhares de pessoas para protestar, entre outros pontos, contra a qualidade dos serviços públicos. Na pesquisa divulgada neste domingo, o cenário testado em que Dilma ganhou cinco pontos percentuais contou com a ex-senadora Marina Silva (AC), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). De acordo com o Datafolha, Marina enfrentaria Dilma no segundo turno. A ex-ministra do Meio Ambiente, que ainda corre atrás do registro partidário para o recém-criado Rede Sustentabilidade, oscilou de 23% para 26%. Já o senador mineiro registrou uma queda: Aécio oscilou de 17% para 13%. Integrante da base governista, Campos passou de 7% para 8%, se mantendo dentro da margem de erro. Segundo o instituto de pesquisas, votos brancos, nulos, nenhum ou indecisos somaram 18%. O Datafolha também simulou, no mesmo cenário, a inclusão do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB-SP). O tucano, apontou o instituto, alcançaria 15% dos votos. Neste contexto, Dilma cairia para 32%. Marina se manteria na segunda colocação, porém, recuaria de 26% para 23%. Aécio cairia para 10% e Campos para 6%. O único cenário em que o PT venceria no primeiro turno foi registrado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato do partido. Nesta simulação, o petista alcançaria 51% das intenções de voto. Enquanto isso, Marina (20%), Aécio (11%) e Campos (5%) juntos somariam apenas 36%.
Efeito Barbosa
Mesmo com o ministro Joaquim Barbosa enfatizando que não pretende disputar eleições, o Datafolha voltou a testar um cenário com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) na disputa pela Presidência. Nesta simulação, o magistrado obteria 11% dos votos. Em junho, na última pesquisa do instituto, ele havia registrado 15%. Por outro lado, Dilma subiu neste cenário. A petista passou de 29% para 33%, em comparação com o último levantamento. Marina também subiu na versão em que Joaquim Barbosa foi incluído: de 18% para 22%. Aécio caiu de 15% para 12% e Campos oscilou de 5% para 6%.
Aprovação
Na edição deste sábado (10), o jornal "Folha de S.Paulo" divulgou pesquisa Datafolha que apontou que a aprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff registrou recuperação ao subir seis pontos percentuais e atingir 36%. O número de eleitores que consideram o governo bom ou ótimo passou de 30% no levantamento anterior, feito no fim de junho, para 36% no atual, realizado entre os dias 7 e 9 de agosto. Em março, o índice de aprovação do governo atingiu o melhor desempenho, 65%. No começo de junho, antes dos protestos que pediram melhores condições de vida e o fim da corrupção, a presidente tinha 57%. Em levantamento feito no fim do mesmo mês perdeu quase trinta pontos percentuais e chegou a 30%, a maior queda de popularidade registrada pelo Datafolha desde o início da gestão Dilma. O levantamento realizado nesta semana mostra ainda que o percentual que considera o governo como regular passou de 43% para 42%, dentro da margem de erro. Foi de 25% para 22% o total de pessoas que considerou a gestão como ruim ou péssima. A nota média data à presidente foi de 6,1. No levantamento anterior havia sido 5,8. Em abril do ano passado, chegou a 7,5. 
Informações do G1.