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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Estudantes de Poço Verde visitaram Canudos

Estudantes do CEPJO visitaram as ruínas da 2ª Canudos
O Colégio Estadual Professor João de Oliveira, da cidade de Poço Verde, Sergipe, a Prefeitura de Poço Verde, A secretaria Municipal de Educação daquela cidade e os estudantes do 3º ano do Ensino Médio do CEPJO realizaram uma viagem ao sítio arqueológico de Canudos, cenário da guerra ocorrida em 1876-1877, neste sábado (13). A coordenação da viagem ficou a cargo do professor Landisvalth Lima, que leciona Língua Portuguesa na instituição. A saída ocorreu na madrugada, por volta das 4 e meia, e findou às 19 horas. Os 36 participantes visitaram as ruínas da Canudos que ficaram submersas em 1969 pelas águas do açude de Cocorobó. De lá seguiram para o Parque Estadual de Canudos, onde passaram pelo Alto do Mário, Alto da Favela, Outeiro das Marias, Pelados, 2º Cemitério, Vale da Morte, Alto das Memórias e Fazenda Velha. Por volta das 11 horas, foram recebidos no Memorial Antônio Conselheiro, mantido pela Universidade do Estado da Bahia. Lá, os funcionários da universidade foram generosos na informação e no auxílio à solução de dúvidas comuns. Por volta do meio dia, foram almoçar no restaurante Doce Mel, dos empresários Fábio e Talita. Logo após, seguiram para um banho refrescante no Jorrinho de Canudos, na barragem do açude que margeia a cidade.
Ainda nas  Ruínas

No Alto da Favela

Na estrada de Massacará
A Guerra de Canudos é tida como um dos principais conflitos que marcam o período entre a queda da monarquia e a instalação do regime republicano no Brasil e seu principal líder foi Antônio Conselheiro, o Antônio Vicente Mendes Maciel, que vagueou em peregrinação. Nessas andanças, começou a construir igrejas, cemitérios e teve sua figura marcada pela barba grisalha, a bata azul, sandálias de couro e a mão apoiada em um bordão. Sua pregação religiosa defensora de um cristianismo primitivo. Defendia que os homens deveriam se livrar das opressões e injustiças que lhes eram impostas, buscando superar os problemas de acordo com os valores religiosos cristãos. Com palavras de fé e de justiça, Conselheiro atraiu muitos sertanejos que se identificavam com a mensagem por ele proferida.
Os detalhes eram questionados

A caminhada não desanimou quase ninguém

Na Fazenda Velha
Desde o início, autoridades como Cícero Dantas Martins, O Barão de Jeremoabo, e a própria Igreja Católica, somados a setores dominantes da população, viam na renovação social e religiosa de Antônio Conselheiro uma ameaça à ordem estabelecida. 
Ainda na Fazenda Velha

As ruínas vistas do Alto do Mário

O 2º Cemitério, onde pode estar o corpo
de Antônio Beatino
Em 1876, autoridades lhe prenderam alegando que ele havia matado a mulher e a mãe, e o enviaram de volta para o Ceará. Depois de solto, Conselheiro se dirigiu ao interior da Bahia. Com o aumento do seu número de seguidores e a pregação de seus ideais contrários à ordem vigente, Conselheiro fundou – em 1893 – uma comunidade chamada Belo Monte, às margens do Rio Vaza-Barris, que nunca deixou de ser Canudos. 

No Alto da Memória

No Vale da Morte
No Outeiro das Marias
Na chegada ao Memorial de Canudos
De um lado, a Igreja atacava a comunidade alegando que os seguidores de Conselheiro eram apegados à heresia e à depravação. Por outro, os políticos e senhores de terra, com o uso dos meios de comunicação da época, diziam que Antônio Conselheiro era monarquista e liderava um movimento que almejava derrubar o governo republicano, instalado em 1889. Estas foram as causas da Guerra de Canudos. Ao contrário das expectativas do governo, a comunidade conseguiu resistir a três investidas militares. Somente na última expedição, a 4ª, que contava com metralhadoras e canhões, a população apta para o combate (homens e rapazes) foi massacrada. A comunidade se reduziu a algumas centenas de mulheres, idosos e crianças. Antônio Conselheiro, com a saúde fragilizada, morreu dias antes do último combate. Ao encontrarem seu corpo, deceparam sua cabeça e a enviaram para que estudassem as características do crânio de um “louco fanático”, como registrou no livro Os Sertões o Euclides da Cunha.

Os Sertões
Na área externa do Memorial

Na biblioteca com Conselheiro

Pausa para um refresco no Jorrinho
O livro está dividido em três partes: A Terra, O Homem e A Luta. A Terra é uma descrição detalhada feita pelo cientista Euclides da Cunha, que estava no 4º ataque a Canudos, mostrando todas as características do lugar, o clima, as secas, a terra, enfim. O Homem é uma descrição feita pelo sociólogo e antropólogo Euclides da Cunha, que mostra o habitante do lugar, sua relação com o meio, sua gênese etnológica, seu comportamento, crença e costume; mas depois se fixa na figura de Antônio Conselheiro, o líder de Canudos. Apresenta seu caráter, seu passado e relatos de como era a vida e os costumes de Canudos, como relatados por visitantes e habitantes capturados. A Luta é um relato feito pelo jornalista, escritor e ser humano Euclides da Cunha, relatando as quatro expedições a Canudos, criando o retrato real só possível pela testemunha ocular da fome, da peste, da miséria, da violência e da insanidade da guerra. Retratando minuciosamente movimento de tropas, o autor constantemente se prende à individualidade das ações e mostra casos isolados marcantes que demonstram bem o absurdo de um massacre que começou por um motivo tolo - Antônio Conselheiro reclamando um estoque de madeira não entregue - escalou para um conflito onde havia paranoia nacional pois suspeitava-se que os monarquistas de Canudos, liderados pelo "famigerado e bárbaro Bom Jesus Conselheiro" tinham apoio externo. No final, foi apenas um massacre violento onde estavam todos errados e o lado mais fraco resistiu até o fim com seus derradeiros defensores - um velho, dois adultos e uma criança.
Uma pergunta

Ainda se refrescando no Jorrinho

Aguardando os banhistas

A foto de despedida
Ao fim da visita ao cenário de guerra, os estudantes se põem a perguntar o motivo real de tanto sangue derramado. Não conseguem entender como uma terra árida, pedregosa, de caatinga rala, coberta por um sol causticante poderia ameaçar a República Federativa do Brasil. Mais ainda: como um povo tão simples foi capaz de resistir tanto, a ponto de colocar também em questão a eficiência do Exército Brasileiro da época. O próprio Euclides da Cunha chamou a Guerra de Canudos de ato insano e bárbaro. Foram 28 mil pessoas mortas e, anos depois, 250 milhões de litros cúbicos da água do Açude de Cocorobó cobriam o cenário da cidadela que desafiou a lógica. O diabo é que não se acaba com a memória de um povo e, agora, com o açude de bem pouca água, o cenário volta no tempo e os alunos poçoverdenses do João de Oliveira puderam reverenciar, reviver e conviver com a história. Mas é fato: ainda há muito que dizer, ainda há muito a descobrir. Canudos ainda é um enigma.
Obs. Dê um clique na foto para vê-la em tamanho normal.

Milagre: Juiz acumula fortuna em menos de 3 anos!

Juiz do Fisco acumula bens de R$ 30 milhões em 30 meses. Salário líquido é de R$ 13 mil; Justiça bloqueia patrimônio de magistrado da Fazenda paulista.
Fausto Macedo - de O Estado de S. Paulo
Esta foto fora de foco é única que temos para revelar
o homem que conseguiu um milagre, sem ganhar
numa Mega Sena cumulada.
SÃO PAULO - A Justiça decretou o bloqueio de todos os bens do juiz Élcio Fiori Henriques, do Tribunal de Impostos e Taxas (TIT) da Secretaria da Fazenda do Estado. Agente fiscal de rendas de carreira do Fisco paulista desde 2006, Fiori amealhou patrimônio de R$ 30,75 milhões em imóveis de alto padrão em apenas dois anos e meio - sua remuneração bruta é de R$ 19.490; a líquida é de R$ 13.020.
Ele é suspeito de lavagem de capitais e crime contra a administração pública - como juiz de impostos, segundo os investigadores, teria negociado redução de valores de autuações impostas a pessoas jurídicas.
Duas decisões judiciais congelam sua fortuna, uma da Justiça criminal, outra da 9.ª Vara da Fazenda Pública, que viram risco de ocultação e dilapidação de ativos de Fiori. Foi ordenado o sequestro de 19 imóveis que o juiz incorporou ao seu patrimônio e ao de sua empresa, a JSK Serviços, Investimentos e Participações Ltda., entre 4 de março de 2010 e 5 de outubro de 2012. Parte dos imóveis foi adquirida com dinheiro em espécie, relatam testemunhas.
Entre 15 de março de 2010 e 9 de agosto de 2011, o magistrado da Fazenda e a JSK compraram, e posteriormente revenderam, 22 imóveis de luxo. Nessas transações ele desembolsou R$ 1,84 milhão e, pela venda, recebeu R$ 5,66 milhões, lucro de 208%, ou R$ 3,82 milhões. "Mesmo num mercado imobiliário superaquecido, os lucros obtidos são desproporcionais e fora dos padrões observados no mercado", diz o Ministério Público. 
Os investigadores apontam para o "incrível acúmulo de riqueza de Fiori". Além dos imóveis adquiridos e revendidos, entre 4 de março de 2010 e 5 de outubro de 2012, Fiori comprou em nome próprio ou da JSK Serviços outros 19 apartamentos residenciais e salas comerciais, que registrou por R$ 15,28 milhões. O valor real empregado na aquisição dos bens é estimado em R$ 30,75 milhões.
Operação. A investigação sobre o enriquecimento relâmpago do magistrado tem base na Operação Lava-Rápido - missão da Polícia Federal e da Procuradoria da República que desarticulou organização criminosa infiltrada em setores da Fazenda para se apoderar de processos fiscais de empresas autuadas.
O TIT, composto de 16 Câmaras, é vinculado à Coordenadoria de Administração Tributária da Fazenda. Os juízes podem ser representantes da Fazenda ou dos contribuintes. Os juízes servidores públicos são indicados pela Fazenda e pela Procuradoria-Geral do Estado. Os que representam contribuintes são indicados por entidades de diversos setores envolvidos com a tributação estadual.
Em 2008, com apenas dois anos na Fazenda, Fiori foi designado para as funções de assistente fiscal no TIT e assumiu cadeira de juiz, participando de julgamentos de impugnações e recursos contra autuações milionárias. Agora, é suplente na 16.ª Câmara Julgadora. 
Os investigadores suspeitam que Fiori construiu seu tesouro "mediante numerário possivelmente proveniente de crime de corrupção passiva". Antes de assumir a função de juiz de impostos, em sua declaração de Imposto de Renda, exercício 2007, não constava nenhum bem imóvel. O acréscimo patrimonial coincidiu com o período da nomeação de Fiori no TIT.
Lucro. Os imóveis foram registrados por um valor muito abaixo do praticado no mercado, o que tipifica lavagem de dinheiro, segundo investigadores. Em 5 de outubro de 2011, ele comprou conjuntos comerciais no Edifício Wilson Mendes Caldeira, na Avenida das Nações Unidas, Vila Olímpia, ao preço de R$ 3,9 milhões, valor de registro em cartório. A investigação mostra que o valor real era R$ 7 milhões. Um ano depois, outubro de 2012, Fiori comprou outro conjunto no mesmo prédio, incluindo 9 vagas na garagem, e pagou R$ 3,2 milhões, segundo a matrícula 30.394, mas com valor de mercado de R$ 6 milhões, diferença de 87,5%.
Na compra de um apartamento no Edifício Adress Cidade Jardim - matrícula 119.378 -, ele teve lucro a realizar de 900%. Registrou o bem em 16 de abril de 2010 por R$ 50 mil, mas o valor real batia em R$ 500 mil.
Em outra transação, a 13 de setembro de 2010, declarou ter desembolsado R$ 510 mil na compra de um apartamento no Edifício Serra Azul - matrícula 115.871 -, em Cerqueira César. O valor real: R$ 2,7 milhões, lucro a realizar de 429,41%. Ele constituiu a JSK Serviços em 4 de maio de 2011, supostamente para assumir o patrimônio desproporcional e ocultar e dissimular os bens conquistados no exercício da função de juiz do TIT. Figura como sócio proprietário da JSK com 99,99% do capital social e integralizou R$ 1,3 milhão.

Toninho: “Ricardo Maia não disse para que veio.”

O vereador Toninho – Antônio Bernardo Costa Neto – PSD – eleito na coligação que do prefeito Ricardo Maia, de Ribeira do Pombal - foi entrevistado pelo Landisvalth Blog e falou sobre sua situação política, o prefeito e as manifestações pelo pais a fora.  
O vereador Toninho foi entrevistado pelo Landisvalth Blog
na sede do Democratas, em Heliópolis.  
(foto: Landisvalth Lima)
O vereador Toninho está hoje fazendo parte da bancada da oposição ao prefeito Ricardo Maia, na Câmara de Vereadores de Ribeira do Pombal. Dos 13 vereadores, oito estão com o prefeito e cinco transitam na oposição. O vereador Toninho foi eleito pela bancada do prefeito e revelou ao Landisvalth Blog o verdadeiro motivo do rompimento: descumprimento de acordo por parte do prefeito. “O país tem mudado muito e é preciso falar a verdade: na política prevalecem os acordos. A partir do momento em que os acordos não são cumpridos, os prejudicados têm que procurar alternativas. Foi isso que aconteceu. E não estou envergonhado por isso. Estaria se tivesse largado a luta da oposição para aderir ao poder em troca de benesses.”, disse. Toninho não revelou o acordo não cumprido por Ricardo Maia, mas deve ter sido algo relacionado com o seu desligamento da Secretaria de Ação Social do município, cargo que ocupou no início da gestão do atual alcaide.
Toninho falou ainda que vai cumprir a sua função como vereador que é fiscalizar a aplicação dos recursos públicos e contribuir para a melhoria da vida das pessoas. Com relação ao trabalho do prefeito Ricardo Maia, Toninho foi taxativo: “Não fui para a oposição para ser incoerente. Se eu tivesse que dar uma nota ao prefeito, de zero a dez, daria cinco. Para mim, sua administração é sem sal e sem açúcar. Não fez nada que possa contribuir para sua classificação com bom gestor, tampouco tenha feito algo a ponto de comprometer o nome dele.”, afirmou. Toninho disse ainda que até o momento não ofereceu nenhuma denúncia ao Ministério Público, mas que está apurando três ou quatro fatos, relacionados a empresas de vários municípios ao derredor do Ribeira do Pombal, envolvendo superfaturamento, mas não quis adiantar maiores detalhes para não prejudicar a apuração. E concluiu dizendo que Ricardo Maia é um prefeito que não disse para que veio e pode ser classificado como mediano. 
O vereador Toninho opinou ainda sobre as manifestações no país e citou Aécio Neves, dizendo que as transformações não podem ser vagarosas a ponto de parecer provocação nem tão rápidas que possam revelar covardia. Disse que a classe política está tão envergonhada do seu desempenho que foi incapaz de manter a ordem. Segundo ele, o vandalismo tomou conta do processo e desvirtuou o verdadeiro sentido das manifestações. “O povo não é contra a Copa do Mundo, mas quer que os recursos também sejam usados em educação, saúde, moradia, transporte...Esse manifesto foi ofuscado pela desordem, pelo quebra-quebra e amedrontou as autoridades, que se acovardaram e não mantiveram a ordem. Tirando a violência, as manifestações valeram e contribuíram para que alguns absurdos começassem a ser corrigidos no Brasil.”, concluiu.

Sandro Régis pode ir para o DEM, mas não descarta MD

Deputado Sandro Régis em entrevista ao Landisvalth Blog: "O caminho natural é o DEM."
(foto: Jorge Souza)
Os deputados estaduais oposicionistas Sandro Régis e Bruno Reis ganharam na Justiça, por seis votos a zero, nesta terça-feira (9), a liberação dos seus partidos, PR e PRP, respectivamente, sem a necessidade de perda dos mandatos. Os parlamentares entraram com uma ação de justa causa com base na Resolução 22.610 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que admite a mudança de legenda "quando comprovada a modificação no ideário político". De acordo com o advogado Ademir Ismerim, que representou Régis e Reis, o argumento foi de que eles foram eleitos contrários ao governo, mas as siglas aderiram à base de sustentação da gestão petista na Assembleia Legislativa. "No caso de Sandro Régis, ele foi eleito em 2002 e 2006 pelo extinto PL apoiando Paulo Souto [então PFL, hoje DEM]. Em 2010, já como PR, ele apoiou Geddel Vieira Lima, PMDB. Portanto, sempre contra o PT. Quando foi na eleição municipal de 2012, o PR fez coligação com o PT", justificou o jurista, em entrevista ao Bahia Notícias. O deputado Elmar Nascimento também entrou com a mesma medida, no entanto a causa ainda não foi julgada. O destino dos três é possivelmente o MD, partido em formação a partir da fusão entre PMN e PPS.
Só que, em entrevista ao Landisvalth Blog, na visita que fez ao São Pedro de Heliópolis, o deputado estadual Sandro Régis afirmou que o seu caminho natural é o DEM. O MD é uma alternativa viável, mas que o seu coração está mais pendendo para o Democratas. Ele afirmou ainda que o MD na Bahia será presidido pelo deputado Bruno Reis e está no campo da oposição. A ida de Bruno para o Mobilização Democrática é uma estratégia de reorganização dos aliados na Câmara Municipal de Salvador. Para decidir entre DEM e MD, o deputado Sandro Régis vai consultar ACM Neto, Aleluia, Paulo Souto e outras lideranças para consolidar melhor o caminho para um dos partidos, mas avisa que, se depender só dele, vai para o DEM e quer formar uma dobradinha com José Carlos Aleluia na proporcional, ele como deputado estadual e Aleluia como federal, caso o Secretário de Urbanismo e Transporte da Prefeitura de Salvador opte por voltar a Brasília.
Sobre a questão da união das oposições contra o governo estadual, Sandro Régis acha que não faltam candidatos. “Primeiramente temos que pensar no projeto. Nós estamos unidos: DEM, PSDB, PMDB, PV, PPS (MD), PTN. Vamos marchar unidos, como fizemos em Feria de Santana e ajudamos a eleger José Ronaldo e como foi feito em Salvador com a vitoriosa campanha de Neto. Temos nomes como José Carlos Aleluia, Geddel Vieira Lima, o ex-governador Paulo Souto, o João Gualberto e o próprio prefeito ACM Neto. Essas lideranças construirão um discurso, uma plataforma, uma agenda positiva para a Bahia, e quem vai ganhar com isso é a Bahia e os baianos.”, afirmou. Sobre a possível candidatura de ACM Neto, que lidera todas as pesquisas, o deputado Sandro Régis foi categórico em afirmar que Neto diz que não renunciará ao mandato de prefeito para disputar a eleição para governador, mas ele disse que o político não dono de sua vontade. É dono do mandato. “A pressão popular e o próprio grupo político são os atores que definirão tudo isso. Acredito que a definição só sairá para valer no início do próximo ano. Agora, o mais importante é a união das forças de oposição e a construção de um projeto eficiente, para resgatar a Bahia deste governo incompetente e inoperante, que só vive prejudicando o nosso Estado.”, falou. Régis ainda disse que, como ele, duvida que ACM Neto resistisse a um quadro positivo de união das oposições, liderança inconteste nas pesquisas e o povo clamando por sua candidatura. “Na solenidade de lançamento do Plano Safra, quando a presidenta citou o nome de ACM Neto, o povo se levantou e começou a gritar em coro que o ACM voltou. Foi uma coisa emocionante!”, recordou.
Sobre uma possível aproximação de ACM Neto com o governador Jaques Wagner, inclusive ventilando a candidatura de Otto Alencar como fruto de um consenso entre oposição e governo, Sandro Régis fez questão de dizer que se trata de pura especulação. “O relacionamento do prefeito com o governador é institucional. Neto já deixou claro quem é que faz parte do grupo político dele. A oposição terá candidato próprio porque não comungamos com o governo que aí está. Se o vice-governador Otto Alencar quiser vir para a oposição, será recebido de braços abertos, mas não apoiaremos candidato de consenso com o governador. A oposição terá seu candidato, seja ACM Neto, João Gualberto, Geddel, Paulo Souto, Aleluia, ou seja, formaremos uma chapa que represente os anseios da população baiana.”, explicou.  Sobre um possível racha das oposições, o deputado Sandro Régis disse que a possibilidade de isso acontecer é zero e que todos estão unidos na construção de uma proposta eficiente para 2014.

Com informações complementares do Bahia Notícias. 

Só para você se indignar!

     Veja o vídeo a seguir e fique mais indignado!

     Precisa dizer mais alguma coisa?

José Carlos Aleluia: “O PT transformou o Brasil numa carroça!”


Aleluia: "Precisamos de um novo ciclo de desenvolvimento
 para a Bahia e para o Brasil"
(Foto: Jorge Souza)
Com exclusividade, o Landisvalth Blog fez uma entrevista com José Carlos Aleluia, Secretário de Urbanismo e Transporte da Prefeitura Municipal de Salvador, na sede do Democratas em Heliópolis, quando da sua visita à Festa de São Pedro de 2013, no último dia 06 de Julho. O ex-líder da oposição no Congresso Nacional respondeu a questões que vão desde seu futuro político, passando pela Prefeitura de Salvador, Governo da Bahia e a política nacional.
Landisvalth Blog – Como o senhor recebeu a manifestação do ex-deputado Geddel Vieira Lima, do PMDB, afirmando apoiar o seu nome para candidato a governador pelas oposições?
 José Carlos Aleluia – Foi uma gentileza do ex-ministro Geddel porque nós estamos cogitando a possibilidade de ele ser também o nosso candidato. Estamos juntos. Hoje nós temos nomes muito preparados para ser governador da Bahia. Tem o ex-ministro Geddel, o ex-governador Paulo Souto, tem o meu nome. O PSDB tem nome, o João Gualberto. De modos que o que ele disse foi uma expressão da vontade coletiva. Nós queremos ter um candidato, mas mais do que isso, queremos ter um projeto novo para a Bahia. O candidato poderá ser qualquer um, desde que ele possa representar o novo para a Bahia e humanizar o governo. Este governo aí é o governo dos partidos. Queremos fazer um governo do povo. O povo não é partido. O povo está preocupado é com o custo de vida, com o transporte, com a moradia, com a educação do filho e, na Bahia, sobretudo com a segurança. O PT, nesses 12 anos, transformou o Brasil numa praça de guerra, onde morrem assassinadas 50 mil pessoas por ano. Morrer assassinado virou uma coisa comum e banal. Não há sequer mais investigação. Antigamente a violência estava na periferia das grandes cidades. Hoje ela está no campo. Ando muito pelo interior e vejo as pessoas preocupadas em dormir na fazenda. Estão preocupadas em ser assaltadas e nem mesmo haver investigação. A Polícia na Bahia foi abandonada pelo PT e está desestruturada. O povo está desprotegido. Este negócio de dizer que o povo está interessado em partido A ou B não é correto. O povo está interessado num projeto novo. O Democratas fala da Força das novas ideias. Se não houver ações e novos ideais não adianta. A ida do povo para as ruas é fruto da indignação, da insatisfação, da insegurança, do endividamento das pessoas. Alguns cometeram excessos, mas foram dizer aos governantes que basta. Esta semana a impressa publicou a paixão dos governadores por helicópteros. Como eles não tratam da segurança e nem da circulação das pessoas, resolveram encontrar solução para eles mesmos usando helicópteros. O governador do Rio chegou ao ponto de usar a aeronave para transportar ele e os amigos, depois a família e os amigos da esposa, depois os empregados e até os cachorrinhos. Isso tudo com dinheiro do povo, que está indignado também de ver tanto corrupto solto. A corrupção virou uma banalidade. O sujeito é condenado e continua deputado. Como é que o povo pode acreditar numa Câmara de Deputados se existem condenados atuando nela? Estes condenados votam nossas leis, mesmo sendo um fora da lei. Então o Brasil precisa de um novo projeto e a Bahia também. Quando o Geddel fez essa referência nos deu a esperança de que ele virá de barbas e bagagem para um novo projeto de transformação da Bahia.
Landisvalth Blog – Então o senhor elegeu a partidocracia, a violência, a corrupção, a inflação e a paralisia do país. E onde entra aí a incompetência do PT?
José Carlos Aleluia – Acho que eles não incompetentes não. São competentes para o que interessa a eles. O mais importante para quem quer governar o país não é a competência. Ela é consequência. O mais importante são os valores. O que falta a eles são valores, aqueles básicos de respeito à pessoa humana, seja quem for. São valores cristãos, valores que nós, católicos, evangélicos, todos pregamos. São valores pregados por mais de 90 por cento da sociedade: respeito à pessoa, à liberdade ampla, respeito à vida... que estão acima dos partidos. O partido não tem valor se começa a defender os interesses de quem está no partido ou de algum parente. Isso é compadrio. O PT é um partido atrasado, um partido da Velha República, do compadrio. O que ele faz é encher o governo de cargos de confiança, que não dão oportunidade a todos. Nunca se teve no Brasil tantos cargos de confiança. Não é incompetência, não. É falta de espírito público.
Aleluia: "O Democratas vai de Aécio Neves, mas a oposição deve se unir no 2º turno."
(foto: Jorge Souza)
Landisvalth Blog – Como é ser secretário de uma cidade como Salvador, com inúmeros problemas, sendo opositor dos governos federal e estadual?
José Carlos Aleluia – Quando eu assumo o cargo de secretário não partidarizo. Quando assumi, a primeira coisa que encontrei foi uma solicitação do governador para transferir o Metrô de Salvador para o Estado. Doamos ao Estado da Bahia um ativo de 800 milhões de reais, porque era do interesse público. Não transferimos porque o governador era do partido A ou B. Transferimos porque era melhor para o povo da Bahia, para o povo de Salvador e para que se colocasse o Metrô em operação. A passagem do Metrô de Salvador é a mais cara do mundo. Ele custa três milhões por mês e não transporta ninguém.
Landisvalth Blog – Se ACM Neto topar ser candidato a governador, o senhor seria candidato ao senado, por exemplo?
José Carlos Aleluia – Eu sairei candidato. Estou na secretaria para fazer uma transição de humanização da cidade. Em Salvador, os passeios eram território dos carros. Estou tentando fazer com que o povo baiano volte a andar nas ruas. Passeio é para gente, rua é para gente e o carro é uma exceção. As pessoas têm que se deslocar no transporte público. Em cidade grande não tem lugar para todo mundo ter um carro. Fui para lá para tentar organizar o uso do solo, um trabalho que deve durar até o fim do primeiro trimestre do próximo ano. Se ACM Neto for candidato a governador, estaremos juntos. Ele é o candidato que nas pesquisas aparece em primeiro lugar. Neto terá que avaliar o pouco tempo que ele tem frente à Prefeitura do Salvador, onde está fazendo uma revolução. Este crescimento dele também é fruto de um governo de novas ideias, um governo diferente. Quando assumimos, a passagem de ônibus estava sem aumentar há quase um ano e os empresários nos procuravam para perguntar quando teríamos aumento da passagem. Nós dissemos que não haveria aumento este ano, que eles teriam que apertar o cinto e mostrar as contas. Além disso, falamos da necessidade de o povo passear com os filhos e esposas nos fins de semana pagando meia. Por isso que não teve a revolta que ocorreu em São Paulo e no Rio, onde continuaram aumentando os preços. Agora, estamos tentando diminuir ainda mais a tarifa. Como Salvador é uma cidade muito grande, uma pessoa que toma um ônibus na Pituba para ir a Itapagipe, precisa pagar duas passagens. Estamos lutando para que isso acabe e as pessoas possam ter o Bilhete Único, saindo de sua casa e chegando ao destino com apenas um pagamento. Isso dá um trabalho enorme e quero deixar isso organizado. Como trabalhei muito pela eleição de ACM Neto, eu não queria ser secretário, mas não poderia deixar de sê-lo ante ao apelo que recebi. Já que eu tinha trabalhado para ajudá-lo a ser o prefeito, nada mais justo do que ajudá-lo a administrar. Estou lá, mas é uma atividade sacrificante. São mais de 12 horas de trabalho por dia. Trabalhei ontem o dia todo e hoje foi o dia que tive folga para ir ao interior. Fui a Curaçá na Festa do Vaqueiro e estou aqui em Heliópolis na Festa do São Pedro. Tudo que queremos é um projeto novo para Salvador e para a Bahia. A Bahia cansou disso. Vivemos uma das piores secas dos últimos 30 anos e o Governo do Estado não tomou conhecimento da situação. Foi como  não fosse com ele. O rebanho bovino baiano era de 12 milhões de cabeças. Hoje não deve ter 8 milhões. O Governo do Estado não concluiu uma só barragem, uma só adutora importante, uma só obra estruturante para o sertão. Acabaram com os projetos que tínhamos. Fizeram apenas projetos para os amigos. Isso não funciona. Política tem ser impessoal. Quando se faz um programa não é para atender os que votaram em mim, mas para atender a todos. A educação da Bahia é hoje uma das piores do Brasil e isso sacrifica o futuro dos nossos filhos, com educação inferior aos jovens de Pernambuco, Sergipe, Minas Gerais, sem contar o Sul. Nós estamos dando menos oportunidades para as crianças no futuro. Por isso precisamos de uma mudança profunda na Bahia. As pesquisas comprovam, de certa forma, que o povo está abusado deste modo de fazer política. O povo cansou.
Aleluia: "O PT  transformou o Brasil numa carroça!"
(foto: Landisvalth Lima)
Landisvalth Blog – Indo para a questão nacional, temos Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva disputando o mesmo espaço da oposição. Há possibilidades de uma união eficaz das oposições no Brasil como se vê na Bahia?
José Carlos Aleluia – Nós estamos unidos na Bahia, mas isso não significa necessariamente que teremos um candidato só. Poderemos ter projetos alternativos e, após a escolha do povo, estaremos unidos no 2º turno. A nível nacional é a mesma coisa. O PT encaminhou o Brasil para um projeto errado, para o projeto das empresas dos amigos, ou grandes empresas dos amigos. Agora todos estão vendo pela imprensa um grande empresário amigo de Lula e da Presidenta Dilma, o Eike Batista, que quebrou. Tomou muito dinheiro do governo e quebrou. Enquanto isso, a pequena empresa está massacrada, sem crédito. A governo estimulou o povo a se endividar, não houve investimento em transporte público e trouxe de volta uma coisa que quem tem menos de 25 anos não sabia que existia: a inflação. Ela está aí, fora do controle e o governo está desesperado. Esta eleição será para julgar o governo Dilma. De certa forma já está sendo julgado nas ruas. Os candidatos que estão postos, Aécio Neves, que organizou Minas Gerais e se apresenta com muitas qualidades, é do PSDB, um partido com o qual temos muitas finalidades; tem o governador de Pernambuco, o Eduardo Campos, que está se distanciando do governo há algum tempo porque viu os caminhos que o PT estava trilhando, inclusive com a proteção ao banditismo. Na hora que o PT protege bandidos está protegendo o banditismo. São dois projetos. A própria Marina Silva já se distanciou há mais tempo porque viu que o PT estava caminhando para o lado errado. Então nós vamos ter alternativas. Não acredito que teremos só dois candidatos. O nosso partido, a nível da Bahia e a nível nacional, é bem provável que teremos um diálogo com o PSDB.
Landisvalth Blog – Então o senhor acredita nessa virada de página com a eleição do ano que vem?
José Carlos Aleluia – Começar um novo ciclo. O Brasil, quando elegeu Fernando Henrique Cardoso, tinha uma inflação superior a 80 por cento ao mês. Herança da era Sarney. As pessoas pegavam o dinheiro e corriam ao mercado. Acabamos a inflação, vivemos um período de estabilidade e crescimento econômico. Agora o Brasil parou. O México se arrumou e hoje é o carro chefe da América Latina. O Brasil que era o carro chefe passou a ser agora a carroça. O PT transformou o Brasil, que era um carro com mobilidade, com um povo criativo, uma nação rica em recursos naturais, em uma carroça, num país onde ninguém quer investir porque não há segurança nem para as pessoas nem para os investimentos. Portanto é necessário um projeto novo para que o Brasil retome e reinicie um ciclo de crescimento e de melhoria de vida. Tudo que eles colheram estava preparado, rendeu 10 anos e os últimos dois anos foi uma catástrofe. O PT já entendeu que o projeto está errado, a presidenta já entendeu que ela errou. Só que ela está pensando na reeleição e se mudar agora terá sua eleição prejudicada. Então ela vai fazer maquiagem. Usando a linguagem que as mulheres entendem bem: já que não dá para fazer uma plástica, vamos fazer uma maquiagenzinha.
Landisvalth Blog – Para encerrar, Secretário, Salvador está pronta para a Copa?
José Carlos Aleluia – Não. Salvador não se preparou para a Copa, sobretudo para a Copa das Confederações. Não foi feito absolutamente nada do que estava previsto. Nós tínhamos um orçamento de 170 milhões e não tinha dinheiro para isso. Gastamos só 5 milhões. Ainda assim fizemos uma Copa razoável, com muitos esforços dos funcionários da prefeitura e dos baianos em geral. Agora temos que fazer alguma coisa para a Copa do Mundo, que é muito maior que a Copa das Confederações. Fizemos um ensaio. A Copa do Mundo é muito grande, mas não podemos comprometer a vida da cidade, que não vive só de copa. Eu não vou tirar dinheiro da educação ou da saúde para a Copa. Quando os filhos das pessoas ficam doentes não se leva para a Fonte Nova, mas para um posto de saúde. Quando necessitarem da leitura, vão ter que ir para a escola. Ou seja, menos circo, mais escola, mais saúde.

Ildinho recepciona mais 3 deputados e 1 Secretário


Secretário José Carlos Aleluia, Vice-prefeito Gama Neves (com o filho)
e o deputado Sandro Régis.
O domingo do São Pedro em Heliópolis foi muito concorrido. Nada menos que três deputados e o ex-Líder da Minoria no Congresso Nacional vieram prestigiar a festa do são Pedro e o prefeito Ildefonso Fonseca. O deputado federal José Nunes e os estaduais Sandro Régis e Vando, além do secretário de Urbanismo e Transporte da Prefeitura de Salvador, ex-deputado federal José Carlos Aleluia. Sandro Régis e Aleluia foram recepcionados por várias lideranças na casa do Vice-prefeito Gama Neves. Após darem entrevistas a este blog, ao Beto Moura Produções e ao Jornal Impacto, o vice-prefeito os conduziu à Rádio Heliópolis FM, onde gravaram entrevista, e à residência do secretário de administração Beto Fonseca. Lá estavam aguardando os deputados Zé Nunes e Vando. De lá seguiram para o palco principal da festa, depois de serem saudados por eleitores e lideranças.
Ao chegarem ao ponto principal do evento, tiveram seus nomes anunciados, mas, diferentemente do que aconteceu na sexta-feira, com as presenças de Fátima Nunes e Edson Pimenta, não foram apresentados ao público e muito menos usaram a palavra. A vereadora Ana Dalva acompanhou o grupo desde a casa de Gama Neves, ao lado do secretário de Infraestrutura Valdelício Dantas da Gama, do ex-vereador Mundinho do Tijuco e do ex-prefeito Zé do Sertão. Os vereadores Raimundo Sabiá, Ronaldo Santana e José Clóvis estavam na casa de Beto Fonseca, mas acompanharam o grupo ao palanque de longe. O secretário de Saúde Renilson Alves também estava na área de acesso ao palco, mas logo foi embora.
Gama isolado....
O encontro serviu para revelar uma clara divisão no grupo que levou Ildefonso Fonseca à prefeitura.  A impressão que se tem é que Ildinho só não se livrou de Gama Neves e de Ana Dalva porque não pode. Gama, como vice-prefeito, está completamente isolado. Até o único vereador eleito pelo DEM, que inclusive recebeu toda estrutura para se eleger do próprio Gama Neves, aderiu incondicionalmente ao prefeito e evita até estar onde o vice-prefeito se encontra. Na casa de Beto Fonseca, ao ver que Aleluia e Gama estavam próximos à mesa, saiu disfarçadamente para outro local. O único vereador do DEM, literalmente, contribuiu para o isolamento político de Gama. O que o poder é capaz de fazer com alguns espíritos fracos, não é mesmo?
...Mas não morto
E quem conhece política verá que o combustível para a luta, muitas vezes, é o desprezo. O vereador eleito pelo DEM cuspiu no prato que comeu e, na sua luta insana pelo poder, esmaga quem alicerçou seu caminho para a Câmara Municipal. O vice-prefeito vai reconstruir um novo caminho e a recepção a Sandro Régis e José Carlos Aleluia faz parte desta estratégia. Ele não vai abrir o jogo, mas já deu demonstrações de que o que está acontecendo com ele não ficará barato.
Ildinho no PT?
Ildinho feliz ao lado de Fátima Nunes e Edson Pimenta. (foto: Jorge Souza)
O prefeito estava visivelmente irritado. Algo o incomodava. Chegou a dar declarações que estava com Gama. Ocorre que ele manda anunciar o nome do vice, mas o vice não dá pitaco em nada. Recebeu substancial ajuda de José Nunes, de Vando, de José Carlos Aleluia, de Sandro Régis, mas está flertando com PT e PSD. Ildinho ficou zangado por não noticiarem que ele esteve com Dilma e Wagner em Salvador e ficou tímido diante de Gama Neves, José Carlos Aleluia e Sandro Régis. Minha conclusão é que Gama Neves e Ana Dalva são as pedras no sapato que incomodam o caminho de Ildinho para os braços do PT. Quero ver se acontecesse a eleição de Aécio Neves ou Marina Silva como ficaria esta história.
Tentativa frustrada
Gama ainda tentou conversar com Ildinho para uma aproximação entre ele, Ana Dalva e o prefeito. O objetivo era direcionar a administração ao que foi prometido ao povo. Ildinho quer Gama e Ana Dalva longe da prefeitura porque, na visão dele, eles não se dão bem com o filho e com Roberto da Farmácia. Tentei convencer Gama de que o problema não é Beto Fonseca, nem Roberto da Farmácia, nem Antônio Jackson, nem mesmo algum secretário ou vereador. O problema é o próprio Ildinho. A vida dele inteira ele fez as coisas por sua cabeça e acha que política é assim também. No palco, na sexta-feira, com Fátima Nunes e Edson Pimenta, o homem era só sorrisos.  No domingo, parecia sabão. E visivelmente irritado. Só nos resta esperar que ele esteja no caminho certo e cumpra o que está falando. Só que o prefeito está falando, mas....

São Pedro de Heliópolis tem um público fiel

                            Landisvalth Lima
Um público fiel sempre presente no São Pedro de Heliópolis
(Foto: Jorge Souza- do Impacto Jovem Blog- onde você encontrará outras fotos do evento)
A Festa de São Pedro 2013 mostrou que o evento é a marca registrada do município de Heliópolis. Não se pode imaginar a cidade sem o São Pedro, por mais que a seca tenha dizimado o nosso rebanho e mostrado o grau de sensibilidade dos políticos da nossa região, muito baixo quando se trata de pensar mais no povo. No sábado, o público era imenso. Vi pessoas que vieram de São Paulo, aproveitando o feriadão, que lá só termina nesta quarta (10), para dançar forró. O público da festa está garantido, mas é preciso pensar em outro tipo de financiamento. A festa já tem condições de se manter com patrocínios, e não estamos falando do Bar do Fabinho, Farmácias São Lázaro e Frigorífico Preço Bom. Se depender destas empresas o São Pedro já morreu. Elas não possuem capacidade financeira para tal. Estão lá como apoio por questões outras. As cervejarias, as telefônicas, as grandes lojas virtuais, etc, podem ser um caminho. Fazendo um bom projeto e usando a inteligência, pode ser que O São Pedro de 2014 seja feito com recursos de terceiros e o dinheiro público sobre para as coisas carentes de nossa cidade. O problema é que isso requer visão administrativa e não visão oportunista.
No sábado, o público reclamou de Gatinha Manhosa. Para muitos, a banda está longe de ser hoje uma atração. Foram muitos os elogios a Forró É o Chefe, mesmo fazendo o mais do mesmo. A grande sacada do público é que há 15 músicas de sucesso que são interpretadas por bandas diferentes, embora tenha havido uma preocupação em cantar os clássicos do forró. Mas isso não quer dizer que o sábado foi desanimado. Muito pelo contrário. O forró foi até pela manhã. Já no domingo, houve dois destaques: Banda Fabilu e Toca do Vale. Embora não trouxessem nada de novo, fizeram um show animado e o público gostou. Na segunda-feira, já próximo do meio dia, ainda tinha gente dançando forró. Para que o blog tenha uma noção exata do gosto do público, estamos fazendo uma enquete ao lado. Participe e dê sua contribuição para que o São Pedro 2014 seja ainda melhor, se a inteligência e a visão administrativa forem os combustíveis da organização da festa.

Governo gasta 63 milhões em arenas para Copa e contraria discurso de Dilma

          Blog do Rodrigo Matos – do UOL
O governo federal destinou diretamente R$ 63 milhões para a reforma de 24 estádios que serão candidatos a receber treinos de seleções para a Copa-2014. Esse valor foi obtido pelo blog em levantamento em dados oficiais da União e contraria o discurso da presidente Dilma Rousseff de que não houve dinheiro do orçamento federal para arenas do Mundial. Antes, o UOL Esporte demonstrara que a União dera R$ 1,1 bilhão de forma indireta para os estádios que serão usados nos jogos, diferentemente do que dissera a presidente.
O despejo de dinheiro público federal em estádios para treinos do Mundial começou a ocorrer no final de maio e se estendeu pelo mês de junho deste ano. Durante esse período, o Ministério do Esporte assinou convênios e empenhou (destinou dinheiro para determinado fim) recursos para essas arenas que poderão servir como centro de treinamentos para seleções – isso se forem escolhidas pelos times.
Coincidentemente, no dia 21 de junho, a presidente Dilma Roussef declarava que jamais permitiria que recursos do orçamento federal fossem usados para a reforma de “arenas” em detrimento de setores prioritários como saúde e educação. Naquele momento, ela se prendia a um aspecto técnico para negar investimento em locais que serão usadas em jogos do Mundial, já que havia dinheiro de uma empresa estatal, incentivo fiscal e juros subsidiados nas reformas e construções. E o Ministério do Esporte afirmava: “não há um centavo do orçamento da União direcionado à construção ou reforma das arenas para a Copa.”  Mas essa argumentação não resiste ao uso direto do dinheiro do governo para a modernização de estádios para realizar treinos de seleções.
É importante lembrar que, na Africa do Sul, a Fifa aumentou em US$ 100 milhões o orçamento dos organizadores locais para melhorias nos centros de treinamentos de seleções. No Brasil, quem vai pagar boa parte dessa conta é o governo federal. Tanto que a conta do investimento em CTs já chega a cerca de R$80 milhões, com a soma de outros seis projetos de centros que não são em estádios.
O Ministério do Esporte até já informara que destinaria dinheiro aos CTs públicos. Só não explicou que o montante do investimento seria tão alto, nem que seria destinado a arenas.
O blog fez um levantamento em todos os pagamentos feitos pelo Ministério do Esporte neste ano para encontrar todos os convênios relacionados à Copa-2014. Encontrou gastos previstos em 13 Estados do Amapá ao Rio Grande do Sul. Vários deles estão longe das cidades-sedes do Mundial, e de qualquer acesso fácil a aeroportos centrais.
Um exemplo disso é o Estádio Zerão, em Macapá. Está a 1071 km de Manaus, o local de jogos mais próximos, e tem limitadas possibilidades de vôos para o restante do país. Nem por isso deixará de receber R$ 4,1 milhões da União para se adaptar ao ‘padrão Fifa’. O Mangueirão, também longe 1.146 km de Fortaleza, cidade-sede mais próxima, terá outros R$ 2,3 milhões para o mesmo fim. Outros Estados que estão fora do circuito dos jogos como Santa Catarina, Goiás e Alagoas também terão os seus estádios reformados com a desculpa da Copa-2014.
Ressalte-se que a utilização dos CTs no Mundial dependerá da escolha das seleções. Se nenhum dos times optar pelo local, ele ficará de fora da competição. Outra observação relevante é que times nacionais de países fracos economicamente costumam atrair poucos turistas, ou jornalistas. Ou seja, o impacto financeiro para a cidade pode ser quase nulo se um país pequeno adotar a cidade.
Há, sim, casos de seleções que optam por centros mais distantes, como ocorreu com a Espanha na Copa-2010. Mas, em geral, tentam escolher lugares em que conseguem ter acesso a aeroportos centrais em no máximo duas horas. Tanto que os espanhóis estavam a menos de 200 km da capital Johanesburg.
Central, São Paulo é o Estado que receberá o maior investimento federal em CTs, com dinheiro destinado a arenas em São José dos Campos, São Caetano, Guarujá, São Bernardo, Piracicaba e Itu. O Anacleto Campanella, com R$ 6 milhões, e o Estádio Martins Pereira, em São José dos Campos, representarão os maiores gastos com cerca de R$ 6 milhões cada um. Nenhum deles recebe uma média de público significativa durante a temporada.
Questionado sobre esses investimentos em arenas pelo blog, o Ministério do Esporte afirmou que entende que isso é um legado para as cidades. “Uma das missões do Ministério do Esporte é o fomento à prática esportiva e o aprimoramento dos equipamentos públicos esportivos em todo o território nacional. (…) Como parte do plano de nacionalização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos e da construção do legado esportivo dos dois eventos, um conjunto de equipamentos está sendo reformado para atender às diversas regiões do País, em particular às cidades que não serão sede dos torneios.”
A argumentação de que há um legado pós Copa fica bastante prejudicada ao se constatar que Macapá, Guarujá, Maringá, Tocantins, entre outros beneficiados, estão longe de ser grandes centros do futebol nacional. Ou seja, a necessidade de ter estádios novos é, no mínimo, questionável.
Para o Ministério, porém, só estar na lista de CTs oficiais para Copa representa uma oportunidade de negócios para as cidades. Não foi explicado que negócios poderiam ser obtidos por um município simplesmente por estar em uma relações de candidatos a receber seleções no Mundial, sem nenhuma garantia de eficácia.
Mais importante do que isso, perguntado sobre a contradição do gasto com estádios e o discurso da presidente Dilma, o ministério se recusou a responder.

Ana Dalva News: Norte e Nordeste são os que mais sofrem com falta ...

      Por Priscilla Borges - do iG. 

     Dados mostram que 4 Estados possuem mais de dois médicos para cada mil habitantes, a maioria no Sudeste; em 5 estados, há menos de um médico para atender mil pessoas. Em Marechal Thaumaturgo, no Acre, quatro médicos “cadastrados” – o que significa com registro no Conselho Regional de Medicina do Estado – se revezam no atendimento da população. Eles contam com o apoio de mais quatro médicos estrangeiros, que não têm o diploma validado ainda, para auxiliá-los no atendimento dos 15 mil habitantes do município. Os estrangeiros são os únicos que moram na cidade. Os outros vivem em Rio Branco. Distante 700 quilômetros da capital, o município conta com um hospital, mas a estrutura não permite atendimentos de média complexidade. Nesses casos, é preciso sair da cidade, de avião ou de barco. As dificuldades vividas pelos moradores de Marechal refletem o que há por trás das estatísticas disponíveis sobre a distribuição dos médicos em todo o país. A desigualdade de oferta e atendimento ocorre em todo lugar. Apenas 4% dos profissionais brasileiros, registrados nos conselhos, estão na região Norte. A proporção é de 0,9 médico por 1 mil habitantes na região. Para o Ministério da Saúde, a relação é muito baixa.

Infraestrutura inadequada é entrave para interiorização de médicos

Por Priscilla Borges - do iG.  
Médicos ressaltam que, sem garantias de boas condições de trabalho, nem os estrangeiros vão encarar viver no interior e nas periferias.
Não bastam os médicos. Falta infraestrutura na saúde pública do Brasil. (foto: Facebook)
As condições de trabalho no interior do País, na grande maioria dos municípios, exige jogo de cintura dos médicos que decidem atender à população nesses locais e paciência de quem precisa de atendimento. A ausência de infraestrutura adequada a todos os níveis de complexidade de atendimento – e até nos mais básicos, muitas vezes – é um dos entraves para a interiorização dos médicos. Para Gabriel Ugarte, médico boliviano que atua no País, isso também espantará os estrangeiros. Ugarte, que nasceu na Bolívia e se naturalizou brasileiro, é um crítico duro das condições de trabalho oferecidas aos médicos, especialmente do interior. Morador da cidade de Ji-Paraná, em Rondônia, garante que a infraestrutura das unidades de saúde é uma “vergonha”. “Ji-Paraná é uma cidade grande, que tem bancos, internet, supermercados, lojas. Mas não temos condição nenhuma pra trabalhar. Os consultórios são sujos, não têm mesas decentes, faltam medicamentos. Não temos nada de nada”, desabafa. Na opinião do médico, que atua também na cidade de Cacoal, a primeira providência que deveria ser tomada pelos governantes para resolver as dificuldades de oferta de saúde no Brasil é investir na infraestrutura hospitalar e dos postos de saúde. “Trazer médico para cá não vai resolver o problema. Não precisamos de mais médicos, precisamos de condição de trabalho. Os políticos, em campanha, prometem tudo. Depois, se esquecem”, critica o cardiologista de 56 anos, que revalidou seu diploma há 13 anos. Carlos Vital, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), ressalta que não é só a falta de infraestrutura de saúde que afasta os médicos dos municípios do interior do país. Muitas vezes, a estrutura de vida na cidade é que espanta os profissionais. “Há mutirões de prefeitos para contratar médicos para um lugar, muitas vezes, sem condição de trabalho, que não tem sequer tratamento de esgoto. Esse tipo de condição de saneamento seria mais eficaz para a saúde da população local do que a simples presença do médico”, diz. O conselheiro defende que, sem garantia de condições para realizar um bom trabalho, nenhuma das medidas anunciadas pelo governo para distribuir melhor os médicos brasileiros adiantará. “O governo federal precisa assumir tudo isso”, pondera.
Recursos garantidos
O Ministério da Saúde garante que a política de atração de médicos para o interior – brasileiros ou estrangeiros – será atrelada à melhoria da infraestrutura hospitalar. Apenas os municípios que estiverem investindo em melhorias nas unidades de saúde receberão médicos. Serão investidos R$ 7,4 bilhões até 2015. Do total, R$ 2,8 bilhões serão destinados a obras em 16 mil postos de saúde e na compra de equipamentos para 5 mil deles. Com outros R$ 3,2 bilhões, 818 hospitais passarão para obras e 2,5 mil receberão novos equipamentos. E 877 unidades de pronto atendimento (UPAs) vão ficar com R$ 1,4 bilhão para financiar obras. Outros R$ 100 milhões serão gastos em reformas nos hospitais que aderirem ao programa de expansão das vagas em cursos de residência. Cada hospital receberá cerca de R$ 200 mil para custear ampliações e aquisição de equipamentos e uma ajuda mensal por cada vaga criada, que vai variar entre R$ 3 mil e R$ 8 mil. “Vamos nos reunir com secretários estaduais e municipais de saúde para mapear como acelerar a execução de recursos nas obras contratadas e ampliar a adesão dos hospitais filantrópicos aos programas”, diz o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O governo federal criou um programa para trocar dívidas das instituições filantrópicas por mais procedimentos, como exames, consultas e cirurgias. Antônio Carlos Figueiredo Nardi, presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), diz que a entidade está ajudando os prefeitos a aderirem às oportunidades de financiamento do governo federal. “Estamos trabalhando para dar condições concretas para o exercício profissional na rede publica de saúde”, garante.