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Ildinho já demitiu 105 servidores

Ildinho - Prefeito de Heliópolis - já demitiu 105.
Escrevo este artigo por absoluta necessidade de tentar entender como pessoas se unem para fazer tanta besteira. Soube há instantes que já existem 105 demitidos na Prefeitura Municipal de Heliópolis, antes mesmo de o prefeito Ildinho completar oito meses de administração. Sei que isso aconteceria daqui a alguns meses, por conta da convocação dos aprovados no futuro concurso público, mas surpreende o fato acontecer tão cedo. Um dos demitidos me procurou e revelou indignado que trabalhava muito para ganhar 300 reais. Mas como? Com medo de ter seu nome aqui divulgado me pediu discrição. Muitos dos demitidos dividiam função e salário com outro, e até com um terceiro. A revolta dos demitidos está em saber que aceitaram ganhar menos do que a lei manda para ter um refrigério na vida, até que aparecesse algo melhor. Ele já estava até sabendo que seria demitido quando o concurso viesse, mas não agora. Raiva maior é saber que há pessoas exercendo cargo de confiança, com salários de até 3.500 reais, sem fazer absolutamente nada, sentados em poltronas confortáveis por horas, sem exercer uma atividade laboral sequer, isso quando vão ao local de trabalho. O que o prefeito economizou com a demissão dos servidores do baixo clero, e que trabalhavam, poderia fazê-lo dispensando parentes e aderentes dos administradores de plantão, cansados de não fazer coisa nenhuma. Além disso, há um boato, espero que seja só boato, de que outros estão sendo contratados em surdina. Como Heliópolis é pequena, e todo mundo se conhece, vamos aguardar para ver a veracidade da informação.
Mais uma vez a velha regra se faz e os erros de administrações passadas voltam como um fantasma a atormentar o povo necessitado de Heliópolis. Enquanto uma elite se apodera dos melhores salários, quando a coisa aperta, é o lado mais fraco quem paga: o povo. É verdade que poderão usar o discurso da austeridade como forma de viabilizar a administração pública. Só que os cortes só ocorrem no baixo clero. O prefeito poderia eliminar algumas secretarias inúteis, alguns cargos comissionados, que são verdadeiros cabides de emprego e moeda de troca eleitoral, e ainda assim não resolveria o problema de Heliópolis. Falta planejamento e responsabilidade, como bem diz a vereadora Ana Dalva. Soube que o prefeito vai passar de casa em casa explicando os motivos das demissões. Não deve fazer isso. Só vai piorar. Não adianta esconder o sol com a peneira. O governo Ildinho prometeu gerar emprego, está demitindo. Prometeu acabar com os vícios da administração passada e, em alguns casos, está até os praticando com maior intensidade. Nem sequer o seu plano de governo, registrado em cartório eleitoral, está sendo observado. Acho até que ele nem leu. É um governo que se dá ao luxo de ter vários aliados com larga experiência administrativa e não serem chamados sequer para opinar. O governo de Idelfonso Andrade Fonseca em Heliópolis é comandado por um dono de farmácia, que não é farmacêutico, por um administrador de restaurante, que não sabe cozinhar e por ex-dono de padaria, que não sabe fazer pão. Ah! E o prefeito é um ótimo empresário pecuarista, mas não quer ouvir ninguém que saiba mais que ele.
Diálogo quase impublicável
Senhor 20% - Vereador, venha receber seu milho. Está aqui ao seu inteiro dispor na hora que você quiser. É só dizer a quantidade.
Vereador – Acho que você está enganado. Não deixei nada aí para ir buscar. E outra, você está me chamando de galinha? Você não acha que já acabou aquele tempo de jogar milho para almoçar galinha?
Senhor 20% - O milho pode ser uma secretaria de saúde, um cargo para a esposa, para o filho. Você sabe do que estou falando.
Vereador – Não sei não. E não ligue mais, por favor.
Negociata
Um funcionário do alto escalão da Prefeitura de Heliópolis, embora sem revelar os nomes, disse que já está a meio caminho andado uma negociação com dois vereadores da oposição. Um deles seria o presidente da Câmara em Janeiro de 2015 e o outro já assumiria em breve a Secretaria de Saúde. Na negociata, Valdelício voltaria à câmara e Raimundo Sabiá seria o novo Secretário de Infraestrutura. Com essa jogada, Ildinho garantiria 6 votos, ou seja, 2/3 do Legislativo para aprovar até casamento de baratinha assada. Claro, deixariam de contar com o voto de Ana Dalva, pois sabem que ela não concordaria de jeito nenhum com a negociata. E encerrou a conversa dizendo que se não fosse a vereadora, o prefeito estaria em maus lençóis e não quis dar mais detalhe, completando: “mais que isso não posso falar porque sei que você publica no seu blog.