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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Enem 2011: pior escola pública baiana está em Boquira

Boquira

O Colégio Estadual Luís Eduardo Magalhães, no município de Boquira, no sudoeste baiano, foi a pior colocada no ranking das escolas baianas com a média 401,03. Do total de alunos da unidade educacional, apenas 53,08% realizaram a prova. A segunda pior colocada no estado está localizada em Riachão do Jacuípe. A Escola Professora Maria José Dias obteve nota 402,9. Na lista das 20 escolas com pior desempenho, apenas uma faz parte da rede privada de ensino e está situada em Itiruçu. Embora a lista aponte um desempenho desfavorável nas escolas públicas, o secretário estadual da Educação,  Osvaldo Barreto, diz que os resultados apontam diferenças entre os dois segmentos de ensino. "É impossível comparar o rendimento de uma escola pública com o de uma particular. Deve-se considerar fatores distintos, como financiamentos e os gastos anuais com cada aluno", diz. Boquira é um município do estado da Bahia localizado na mesorregião do Centro-Sul Baiano. Sua população é de pouco mais de 22 mil habitantes, ocupando uma área de 1.431 km². Um lugar nascido pela extração de chumbo, zinco, prata e ouro na mina que fica próxima e de pedras preciosas, semipreciosas. Até o governo Collor era destaque no cenário nacional pela exploração de minério de chumbo, tanto pela qualidade quanto pela quantidade, sendo a maior reserva do Brasil. Fundada em 6 de abril de 1962, era conhecida como a vila dos Macacos, depois Assunção , passando depois a se chamar Boquira. Aproximadamente na década de 1970 ficou muito conhecida por sua mina com grande quantidade de galena, minério de chumbo, entre outros. A cidade passou então a receber pessoas de vários lugares do Brasil, entre estrangeiros, principalmente os franceses, italianos e espanhóis. Depois de um certo tempo, aproximadamente no ano 1991 a mina foi desativada por problemas econômicos. Parece que a queda não ocorre apenas na economia. A educação sofre também.
Informações do A Tarde, Bahia Notícias e Wikipedia.

Seca: nível de reservatórios está muito baixo


Situação só não é mais grave porque economia não está aquecida; para técnicos, novas usinas não resolvem a situação
Em 11 meses, o nível dos reservatórios das hidrelétricas caiu para menos da metade nas principais usinas hidrelétricas do País. Trata-se do menor volume de armazenamento de água desde 2001, nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Para alguns analistas, a forte queda nas represas é um indício do que vem pela frente quando grandes hidrelétricas a fio d’água (sem reservatórios) entrarem em operação, a exemplo de Belo Monte e das usinas do Rio Madeira (Santo Antônio e Jirau). Apesar das chuvas que começaram a cair em algumas regiões do País, os reservatórios continuam em nível baixo. Na semana passada, apenas o sistema Nordeste, que apresenta os piores níveis de armazenamento do País, conseguiu uma modesta melhora. O volume de água nas represas subiu de 32,4%, no dia 17, para 32,8%, na quinta-feira. Nos sistemas Sudeste, Centro-Oeste e no Sul, a queda nos níveis atingiu 1 ponto porcentual no período, segundo relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No Norte, a queda foi de 0,6 ponto. Um exemplo da situação delicada dos reservatórios é a Hidrelétrica de Itumbiara, localizada no Rio Paranaíba, entre os municípios de Itumbiara (GO) e Araporã (MG). A usina está com 13,46% de armazenamento em seu reservatório - isso significa apenas cinco metros acima da cota mínima da hidrelétrica. Mas, de acordo com Marcelo Roberto Rocha de Carvalho, gerente da Divisão de Hidrologia de Furnas, controladora da usina, o volume de água em Itumbiara melhorou nos últimos dias. "Ela atingiu o menor nível em 1.º de novembro, com 9% de armazenamento." Segundo ele, o pior resultado foi em 2001, quando a usina alcançou 7% de volume de água na represa. O executivo explica que, apesar do nível baixo, a operação da usina funciona normalmente, sem a necessidade de ampliar as medidas de segurança. "Uma usina é projetada para operar com qualquer nível de armazenamento, sem alterar os custos de manutenção e operação", completa o gerente do Departamento de Estudos Eletro Energéticos da Operação de Furnas, Luiz Edmundo dos Santos Ferreira. Mas, com o volume baixo, é o ONS quem determina de que forma será feita a operação da usina. Itumbiara tem potência para gerar 2.100 MW, mas neste momento está produzindo quase metade disso (1.100 MW), afirma Carvalho. Outra usina de Furnas que também está com volume baixo é a Hidrelétrica de Marimbondo, localizada no Rio Grande, entre as cidades de Icém (SP) e Fronteira (MG). A usina, de 1.440 MW, está com 17,93% de armazenamento. No ano passado, no mesmo período, estava com mais do que o dobro de volume de água. Um técnico do ONS explicou que, em alguns casos, é estratégico manter esses reservatórios com níveis mais baixos e fazer a regularização da bacia nas hidrelétricas que ficam acima, na cabeceira dos rios. No caso de Itumbiara, a represa é da usina de Emborcação, que está com 45,22% de armazenamento. "É preciso segurar nos reservatórios rio acima para não jogar água fora na última usina, nesse caso Itaipu", afirmou ele.
Previsões
Nível da hidrelétrica de Capivara é crítico
Mas os especialistas do setor não veem com tanta naturalidade a queda expressiva de armazenamento das hidrelétricas. Na avaliação deles, não há risco de racionamento, mas a situação pode ficar mais complicada se o volume de chuvas não aumentar. As previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para os próximos três meses não são muito animadoras para a Região Nordeste, que vive a maior seca dos últimos anos. De acordo com relatório divulgado sexta-feira, a previsão para o período de dezembro de 2012 a fevereiro de 2013 continua indicando maior probabilidade de ocorrência de chuvas abaixo da normalidade (40%) para grande parte da Região Nordeste e extremo leste da Região Norte. No Sul, há maior probabilidade de chuvas acima do normal. Nas demais áreas do Brasil, não há uma tendência forte definida. Pode ficar abaixo, normal ou acima do normal.
São Pedro
Para Jerson Kelman, ex-diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o mais grave da queda do volume de água nas represas é a sinalização sobre a capacidade de armazenamento das hidrelétricas. "Nossos reservatórios eram plurianuais. E não são mais. Isso é grave." Antes, conseguia-se guardar água para suprir a demanda no período seco. Mas o ano de 2012, diz ele, trouxe preocupações, já que se gastou boa parte do reservatório dentro de um único ano. A situação só não é pior porque o crescimento da economia está bem abaixo das previsões feitas no início do ano. Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que até setembro o consumo do País cresceu 3,4% em relação a igual período do ano passado, sendo as maiores altas verificadas no Nordeste e sistema isolado do Norte, que inclui Manaus. Para Kelman, sem novos reservatórios, o País ficará cada vez mais dependente do ‘humor de São Pedro’. Ele lembra ainda que os parques eólicos, uma das apostas do governo federal para diversificar a matriz elétrica, também funcionam de acordo com as variações climáticas. Mas elas complementam a produção hidráulica. É no período mais seco que as eólicas têm o maior potencial de produção, já que os ventos são mais fortes também nessa mesma época. "Um reservatório tem capacidade de armazenar tanto água como vento. Se às 3 horas da manhã está ventando muito, você diminui a produção da hidrelétrica, guarda água e atende à demanda com o vento (eólicas)", diz ele. Mas, com as novas hidrelétricas a fio d’água - pré-requisito para obter a liberação ambiental para uma usina -, o País perde capacidade, avalia Kelman. Ele explica que a diferença do volume de água no período seco e no período úmido no Rio Xingu, onde está sendo construída a usina de Belo Monte, é de 25 vezes. No Sudeste, é de 5 vezes. A solução para contornar essa fragilidade do sistema é acionar todas as usinas existentes no País, seja a gás, óleo combustível, carvão ou diesel. No mês passado, o ONS foi obrigado a iniciar a operação de cerca 11 mil MW de energia térmica - mais cara e poluente - para tentar poupar a água dos reservatórios. Entre 18 de outubro e 16 de novembro, essas unidades geraram um custo estimado de R$ 393,9 milhões para o consumidor brasileiro, segundo a Aneel. Os valores serão repassados para a população no próximo reajuste tarifário das concessionárias. Se a produção continuar no mesmo ritmo e as chuvas não forem suficientes para recuperar os reservatórios, até meados de dezembro a conta já estará na casa de R$ 800 milhões.
Informações de O Estado de São Paulo.

Prefeito e Primeira Dama são mortos

Procópio e Dona Jandira foram executados
Segundo informações da delegacia do município, o homem entrou no consultório e abriu fogo, atingindo o prefeito Procópio Alencar na cabeça
Da Redação do CORREIO
O prefeito reeleito de Jussiape, na Chapada Diamantina, Procópio Alencar (PDT), 75 anos, foi assassinado por volta das 9h deste sábado (24) no consultório médico que mantinha ao lado de casa. A primeira-dama e um gerente da Embasa também foram assassinados. O atirador, que era dono de um quiosque na praça onde ocorreram os assassinatos, foi morto em confronto com policiais. O crime chocou a cidade de 11 mil habitantes. Segundo informações da delegacia do município, o atirador Claudionor Galvão de Oliveira, 43, entrou no prédio e abriu fogo, atingindo o prefeito. A primeira-dama Jandira Alencar, 71, chegava em casa quando foi atingida. Ela e o marido morreram na hora. O gerente da Embasa, Oderlange Pereira Novaes, 46, também foi atingido pelos disparos. Ele chegou a ser socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital em Livramento de Nossa Senhora. Após o atentado, o homem foi em direção à feira livre, mas foi localizado por uma equipe de policiais da 20ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin-Brumado) que chegaram ao município junto com agentes da Polícia Civil de Livramento, além de policiais da 46ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). O atirador reagiu e atirou contra os policiais. Um deles foi atingido na perna. Segundo informações preliminares, um outro policial foi baleado na cabeça e está em estado grave. Eles teriam sido levados para o hospital em Vitória da Conquista. Um moto taxista também foi baleado durante o tiroteio. O autor do atentado foi morto na troca de tiros com os policiais. Ainda não foi divulgada a causa do atentado, nem se houve a participação de outros envolvidos. Os corpos das vítimas serão levados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Brumado. O secretário de Segurança Pública (SSP-BA) Maurício Barbosa, o delegado-geral da Polícia Civil Hélio Jorge, e o comandante da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, viajaram ao município na tarde de hoje para acompanhar as investigações. Procópio Alencar (PDT) havia sido reeleito no cargo, com 58% dos votos, em outubro deste ano. Segundo a delegacia do município, os dois seriam rivais políticos nas últimas eleições. Com a morte do prefeito, assume o vice, que permanece no cargo até dezembro. A nova gestão será realizada pelo vice-prefeito eleito junto com Procópio Alencar, Gilberto Freitas (PSC), 43.
Crime político
Segundo o presidente do PDT (Partido Democrático Trabalhista) estadual, Alexandre Brust, a morte pode estar relacionada à briga políticas na região. “Como dizem no interior, parece que ele assuntou”, explica Brust. Ou seja, o adversário político teria ido tirar satisfação com o prefeito que havia sido reeleito para um novo mandato. Brust também não descarta a possibilidade do atirador ter perdido alguma aposta com a vitória do Dr. Procópio, pratica também comum no interior baiano. Brust ainda comentou que depois de matar o prefeito, o atirador estava indo atrás de Gilberto Dos Santos Freitas (PSC), vice-prefeito, mas foi alvejado antes. “É um fato lamentável. Um assassinado bárbaro, que lamentamos profundamente na política baiana”, resumiu Brust. Quem confirmou presença no enterro do prefeito foi o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, que viaja amanhã para Jussiape. Segundo Nilo, o enterro será na própria cidade, às 11h. “Ele era como um amigo para mim. Um médico de 75 anos, que já estava indo para o seu terceiro mandato”, acrescentou Nilo. O presidente não quis comentar as motivações do crime.
Colaborou a repórter: Luciana Rebouças.

Enem 2011 confirma o fracasso da escola pública da Bahia

O Colégio Estadual José Dantas de Souza, de
Heliópolis, e mais 13.580 escolas públicas
ficaram fora da lista do Enem 2011

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou ontem, 22/11, os dados do Enem por escola, mostrando os resultados de 10.076 estabelecimentos, correspondendo a 40,56% do universo brasileiro do ensino médio. O critério para a seleção das escolas foi o de participação no Enem – ao menos 50% dos alunos devem ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio – e o número de estudantes concluintes do segundo grau (mínimo de 10 alunos). Tais critérios eliminaram um número considerável de escolas da nossa região Nordeste da Bahia. Pode ter sido também uma forma matemática para melhorar os números, que são, a cada ano, anúncios de uma educação caminhando para o fracasso total. Entretanto, o ministro da Educação Aloizio Mercadante explicou que o objetivo da divulgação é "permitir uma análise diagnóstica das escolas para fins pedagógicos", mostrando como seus alunos evoluíram a partir da prova do Enem. Um total de 13.581 escolas ficaram de fora por não terem tido 50% de taxa de participação. As escolas poderão consultar as suas notas a partir da segunda-feira, 26/11, no sistema do Inep.
Outra regra nova que acabou prejudicando algumas escolas foi com relação à nota de redação. Desta vez, os resultados foram calculados sobre as notas das provas objetivas do Enem, não sendo contadas as notas de redação. O presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, explicou que a mudança na metodologia teve o objetivo de se obter dados mais justos: "As provas objetivas das quatro áreas – Linguagens e Códigos, Ciências Humanas, Ciências da Natureza, e Matemática – são corrigidas pela Teoria da Resposta ao Item (TRI), enquanto a redação tem outro tipo de correção". Ou seja, este outro critério não parece ser justo como aferidor do grau de aprendizagem. O ministro Mercadante anunciou que o MEC vai convocar as melhores escolas do Brasil a participar de um seminário para analisar as boas práticas. "As de maior sucesso são as que investiram na carreira docente e na formação do professor, que têm projeto pedagógico e oferecem tempo integral", concluiu.
Infelizmente, na nossa região, só as particulares tiveram certo sucesso. Só para se ter uma ideia, Ribeira do Pombal, Serrinha, Paripiranga, Paulo Afonso, Cícero Dantas, Tucano e Euclides da Cunha só aparecem na lista dos resultados do Enem 2011 por graça e esforço das escolas particulares. Próximo de nós, aparecem na lista Uauá (Colégio Cel. Jerônimo Rodrigues Ribeiro – nota 4,20), Rio Real (Colégio Marques Abrantes – nota 4,48), Fátima (Colégio Nossa Senhora de Fátima – nota 4,47) e Cipó (Colégio Professora Maria Macedo – nota 4,41), todas da rede estadual de ensino. E para completar o quadro, como é nosso vizinho mais próximo, também deve ser contabilizado o desempenho do Colégio João de Oliveira, de Poço Verde-SE, que obteve a maior média entre os públicos – nota 4,65. Não há necessidade de dizer que até os melhores precisam melhorar muito para serem os melhores, de fato. Todos os outros municípios da nossa região, aqui não nominados, estão fora da avaliação do Enem 2011. Os números não mentem, mas parece que ainda precisamos de uma tragédia maior para que nossas autoridades, pais, professores e alunos resolvam socorrer a nossa combalida educação.

Joaquim Barbosa toma posse no STF e critica Justiça

A 1ª Presidenta da história foi cumprimentar o 1º Presidente negro do STF

Em seu discurso de posse, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, afirmou que se existe um "grande deficit de Justiça" no Brasil. Para ele, o que se vê, "aqui e acolá, é o tratamento privilegiado e a preferência desprovida de qualquer fundamentação racional".
"Preciso ter a honestidade intelectual de dizer que há um grande deficit de Justiça entre nós. Nem todos os brasileiros são tratados com igual consideração quando buscam o serviço público de Justiça", disse Barbosa. "O que se vê, aqui e acolá, não sempre é claro, mas às vezes sim, é o tratamento privilegiado, preferência desprovida de qualquer fundamentação racional."
Barbosa defendeu um Judiciário "sem firulas e sem floreios". "O que buscamos é judiciário célere, efetivo e justo. De nada vale o sofisticado sistema de informação, se a Justiça falha", afirmou.
Barbosa acompanhado do vice, de familiares e artistas.
"Necessitamos tornar o efetivo o principio constitucional da razoável duração do processo que, se não observada estritamente e em todos os quadrantes do Judiciário nacional, suscitará em breve um espantalho capaz de afugentar os investimentos que tanto necessita a economia nacional".
Em seu discurso, porém, o novo presidente do STF afirmou que o Brasil viveu uma importante evolução nas últimas décadas e que hoje faz parte do "seleto clube de nações respeitadas", com instituições políticas que podem "sem sombra de dúvidas, servir de modelo para diversos Estados cujas institucionalidades estão em vias de construção".
Segundo ele, nesta realidade, o juiz deve sim levar em conta o que pensa a sociedade, sem, no entanto, aderir a ela cegamente. "Pertence ao passado a figura do juiz que se mantém distante indiferente e alheio aos valores fundamentais e anseios da sociedade no qual ele está inserido", disse.
Também disse que o magistrado, no exercício de sua função, "deve sim sopesar e ter na devida conta os valores mais caros da sociedade", pois é "um produto de seu meio e de seu tempo". O presidente do Supremo criticou ainda a influência política em promoções de juízes, argumentando que todos devem ser independentes. Ao final, se limitou a agradecer familiares e amigos que vieram do exterior.
Informações da Folha de São Paulo.

PPS já estuda abandonar os tucanos

 Em encontro nacional do fim de semana, partido discute possibilidades para o Planalto em 2014
DÉBORA BERGAMASCO / BRASÍLIA - O Estado de São Paulo, com informações complementares deste blog.
Em um ensaio de independência em relação aos tucanos, o PPS começa a indicar que pode não apoiar o PSDB nas eleições presidenciais de 2014 e que está à procura de um candidato ao qual aderir. Por ora, divide a preferência entre nome próprio ou apoio às eventuais candidaturas da ex-ministra Marina Silva (sem partido) ou do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O assunto, segundo relatou ao Estado o líder do partido na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), será discutido no encontro nacional da legenda, amanhã e depois. O deputado espera sair da reunião "com o planejamento estratégico para uma proposta nacional de candidatura própria". "Não sendo possível, vamos buscar uma alternativa fora do PT e do PSDB."Na avaliação de Bueno, apesar de os tucanos disporem de uma "história bonita", o partido já demonstrou nos três últimos pleitos nacionais que não expressa mais o desejo do eleitor. O PSDB, diz Bueno, "governou por duas vezes e não emplacou mais". "À partir daí - o mais grave -, não soube fazer oposição, deixando o espaço livre para o PT ficar no controle com seus aliados." Para Bueno, uma sigla que se preze deve lutar para mostrar sua cara. Assim, a ideia é trabalhar em torno dos nomes do presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), ou de Raul Jungmann, vereador do Recife. "Vamos esgotar essas possibilidades e, só então, buscar alternativas. Aí aparecem as figuras de Eduardo Campos, da Marina Silva e outros que porventura venham a se destacar." Para Freire, no entanto, "ainda é muito cedo" para adotar uma definição. "Quem imaginar que há algo mais ou menos definido está completamente equivocado", afirmou. O deputado aposta a crise econômica vai desgastar o governo até 2014.
Na Bahia, o PPS está numa aliança com DEM, PMDB, PSDB e outras legendas visando 2014. Há forte indicativo do nome de Poly, presidente do partido na Bahia, para disputar uma vaga na chapa majoritária como candidato ao Senado. O vereador reeleito de Salvador Joceval Rodrigues seria nome certo para uma candidatura a deputado federal. No âmbito municipal, a vereadora Ana Dalva, presidente municipal do partido, organiza a legenda de olho em 2014 e 2016. Não esconde a ideia de apoiar novamente a chapa Ildinho-Gama caso o novo governo do município seja aquilo que se planejou. Caso o prefeito do PSC não consiga emplacar um bom governo, o PPS estuda parcerias com legendas descontentes, mas vai de Ana Dalva ou o professor Landisvalth Lima para disputar uma eleição distante, se possível, dos velhos nomes da política de Heliópolis. Aposta o partido nos jovens e em novas lideranças. Para 2014, o PPS já convidou a vereadora Ana Dalva para ser a candidata da região a deputada estadual. Caso contrário, o professor Landisvalth Lima pode encarar novamente uma candidatura a deputado federal, mas desta vez para disputar e não apenas para somar. Certo é que o partido que ser dono dos seus próprios passos e garantir a consolidação de suas ideias nos espaços governamentais.

Teti Britto foi denunciada pelo MP por compra de votos

Teti Brito
     Aquilo que este blog vem denunciando há meses nesta questão da compra de votos em nossa região parece que tem um fato concreto na Ribeira. A prefeita eleita em Ribeira do Amparo, a biomédica Tetiana de Paula Fontes Cedro Britto, conhecida como Teti Britto, é acusada de estar envolvida em um esquema ilegal de “doação” de material de construção para eleitores. Além dela, o seu marido, o ex-prefeito Marcello da Silva Britto e o candidato a vereador Edson Conceição dos Santos e mais duas pessoas foram denunciadas à Justiça pelo Ministério Público estadual. De acordo com o promotor de Justiça Pablo Almeida, o grupo cometeu o crime de compra de votos. O MP investigava o caso desde o início da campanha eleitoral e chegou à confirmação do fato no fim de setembro. Após receber informações de testemunha presencial, o promotor de Justiça requereu o cumprimento do mandado que resultou na apreensão do material de construção “doado” pela prefeita eleita, com o auxílio do seu marido e do então candidato a vereador, a um casal da zona rural do município. Segundo Pablo Almeida, os eleitores corrompidos confirmaram os fatos na delegacia e afirmaram que receberam o material em troca de votos. Os denunciados podem ser condenados a uma pena máxima de quatro anos de prisão. Além da denúncia criminal, o promotor de Justiça pede cassação do registro da candidata eleita ou do seu diploma. Se a ação for julgada antes da diplomação, Teti Britto pode nem chegar a tomar posse. Como seria bom se houvesse uma ação conjunta de autoridades afins para acabar com esta praga nesta Bahia de meu Deus! Aqui em Heliópolis não há uma só denúncia de compra de votos e teve candidato a vereador que, na semana da eleição, distribuiu 100 mil reais e garantiu a reeleição. Pior é que todos sabem, todos viram, mas ninguém pode provar ou, pior, não quer provar. É o país da democracia dos faz-de-conta!

Rapaz com 280 quilos pede socorro em Serrinha

Francisco está com 280 quilos e pede socorro (Foto: Acorda Cidade)

O jovem Francisco Araújo Silva, de 23 anos e com 280 quilos, está internado no Hospital Regional de Serrinha desde o último dia 18 por decorrência de uma obesidade mórbida que compromete a sua vida. A mãe dele, Maria Aurizete de Araújo, resolveu pedir ajuda para que o filho tenha um tratamento adequado e que consiga emagrecer. Ela pede que Francisco seja transferido para uma unidade médica de Feira de Santana ou de Salvador. Segundo Maria Aurizete, o rapaz já sofreu seis paradas cardíacas seguidas de convulsões. Atualmente Francisco sofre com a falta de ar e precisa de ajuda de aparelhos para respirar. Por conta do quadro, que a cada dia se agrava, a genitora teme pela vida do filho. A primeira ajuda que teve Francisco teve foi para retirá-lo de sua residência. Por conta do excesso de peso, Francisco não consegue tomar banho sozinho. Além disso, como não consegue se levantar, precisa usar fralda descartável. "Meu filho está internado aqui em Serrinha, mas não tem como ter um tratamento direito, porque falta até mesmo aparelho que possa medir a pressão dele. Não tem nem mesmo cama adequada", lamentou.
Informações do Bahia Notícias.

Má conservação das estradas eleva em até 35% o valor do frete


Os corredores de produção estão com as estradas estaduais em péssima situação
Maria José Quadros – do CORREIO
A chegada das chuvas no oeste baiano, que ocorre regularmente no final do ano, está levando uma grande apreensão aos produtores locais. Os corredores de produção estão com as estradas estaduais em péssima situação, com o asfalto arruinado ou simplesmente sem qualquer pavimentação, tornando o tráfego quase impossível em muitos trechos. Por essa malha deverão passar nos próximos meses cerca de 2 milhões de toneladas de fertilizantes e corretivos para a safra que começa a ser plantada –  depois de haver escoado, também em condições precárias, as 7 milhões de toneladas de grãos da safra anterior.
 “Não há asfalto novo há dez anos e não é feita a manutenção do existente”, diz o vice-presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes do Oeste da Bahia (Aiba), Sérgio Pitt. Ele salienta que quando a empresa transportadora faz o cálculo do frete, coloca na conta o desgaste dos caminhões provocado pelos buracos e lamaçais. O resultado é que a má conservação das vias de acesso às zonas de produção torna o frete de 30% a 35% mais caro.
Com área equivalente aos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco juntos, a região oeste do estado tem, no total, 800 quilômetros de estradas estaduais, por onde é escoada a produção de soja, milho, algodão e outros produtos, geralmente em direção a um porto de saída do país, já que boa parte do que é produzido é destinada à exportação. A área bate recordes mundiais de produtividade, mas não é tão competitiva como poderia ser devido aos problemas de infraestrutura e logística.
Ferrovia I
A expectativa dos produtores da região é que a situação venha a ter uma solução definitiva com o funcionamento da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), atualmente em construção, que vai atravessar a área de influência de diversos municípios do cerrado baiano.
A ferrovia passará a 40 quilômetros do município de Luis Eduardo Magalhães, um dos principais centros produtores do cerrado. Assim, as cargas farão esse pequeno trajeto em caminhão e, uma vez embarcadas nos vagões, irão até o Porto Sul, a ser construído em Aritaguá, em Ilhéus, de onde serão exportadas.
Mas, enquanto isso não se torna realidade, as rodovias são a única saída. “Para o Brasil ter ferrovias adequadas vai demorar de cinco a dez anos. Até lá, vamos ter pelo menos que fazer a manutenção das rodovias”, constata o diretor comercial da agroindústria Bagisa, na Chapada Diamantina, Nelson Kamitsuji. “Da porteira para dentro, somos super eficientes; da porteira para fora, falta a lição de casa do governo”, lamenta.
A Bagisa, que utiliza a BR-242 - uma das principais vias de acesso à Chapada Diamantina – para escoar seus produtos, é grande produtora de tomate e batata (in natura, pré-frita, chip e palito) para todo o Nordeste do país, além de haver atingido a marca de 1,2 milhão de toneladas/ano de maçã e começar a produzir também caqui e atemoia.
A empresa está integrada ao Agropolo Ibicoara-Mucugê-Barra da Estiva, com 19 empreendimentos de grande, médio e pequeno porte e geração de cinco mil empregos diretos. O Agropolo fornece 50% de todo o tomate e batata consumidos nos estados nordestinos. No pico da produção, saem da área 220 caminhões/dia, de 16 toneladas cada um.
Kamitsuji diz que a Bagisa chega a pagar 30% a mais de frete, enfrentando ainda outro problema: por se tratar de produtos perecíveis, há perda de qualidade, porque a precariedade das estradas frequentemente faz com que a viagem demore um dia a mais.
Portos
O superintendente de Desenvolvimento Industrial da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), João Marcelo Alves, destaca que a Bahia tem uma área muito grande, com vários polos agrícolas, e que a produção do estado está fortemente voltada à exportação. Além de infraestrutura viária, há a necessidade de portos de saída, mas a falta de qualificação dos portos locais faz com que os produtores procurem Pernambuco, Ceará ou o Sudeste, configurando a fuga de cargas da Bahia.
Ele acha que, se houver investimentos pesados e racionais nessa área, a Bahia terá muito mais ganhos com a movimentação de produtos, inclusive de estados vizinhos. Afinal, o escoamento da produção vai para onde o custo logístico é mais barato, assinala.
Ferrovia II
Nesse sentido, cita o estudo Nordeste Competitivo, publicado recentemente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O trabalho foi realizado em parceria com as federações das indústrias dos estados da região, como forma de ajudar o governo no médio e longo prazos a planejar a infraestrutura de transportes e logística regional. A estimativa é que o Nordeste precisa investir R$ 25,8 bilhões nos próximos oito anos para garantir o escoamento de sua produção.
Esse é o valor de 83 projetos de ampliação e modernização de rodovias, ferrovias, hidrovias e portos na Bahia, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. 
Segundo o estudo, as ferrovias e os portos são os que mais precisam de investimentos. Juntas, as duas malhas vão demandar 90% dos R$ 25,8 bilhões. Outros 9% devem ser investidos nas rodovias e 1% nas hidrovias.
O Nordeste Competitivo levantou os maiores gargalos de infraestrutura da região, salientando que eles podem travar o escoamento da produção dos nove estados para o mercado interno e para a exportação. A CNI afirma que a inciativa está interessada em participar dos investimentos, cujo retorno ocorreria em pouco mais de quatro anos, como resultado da economia de gastos logísticos.
Área agricultável poderia dobrar com obras de infraestrutura
Victor Longo – do CORREIO
O governo da Bahia anunciou ontem, com festa, que o Ibama concedeu o licenciamento prévio para a construção do Porto Sul, próximo a Ilhéus - uma das obras consideradas essenciais para melhorar o escoamento da produção do agronegócio do Oeste baiano, e de minério de ferro, na região Centro-Sul. Porém, antes da obra ser iniciada, o órgão ainda deverá conceder um novo licenciamento, o de implantação, com previsão para sair só no ano que vem.
O assessor de agronegócios da Aiba, Ernani Sabai, comentou o assunto. “A construção do porto vai auxiliar, mas também é preciso melhorar a malha ferroviária e as estradas”, considerou. Segundo ele, a infraestrutura precária, a demora dos licenciamentos ambientais e a burocracia estatal são os principais empecilhos para um aumento substancial na produção de commodities agrícolas no Oeste do estado.
“Hoje, essa região tem uma área agricultável de 2,25 milhões de hectares. Havendo demanda e uma melhoria dessas condições, essa área poderia chegar a 5,2 milhões”, calcula. Isso significaria multiplicar a área de produção em 2,3 vezes. Por conta dos entraves ambientais e de erros nos projetos, o governo foi obrigado a adiar em pelo menos um ano a previsão inicial de entrega da primeira etapa do porto e da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), que ligará o Oeste ao Porto Sul.
As duas obras melhorarão o escoamento da produção baiana. Antes com entrega prevista para 2014, as primeiras etapas da ferrovia (Ilhéus-Caetité) e do porto só poderão ser entregues, no mínimo, em 2015, segundo previsão do governo. Em entrevista à imprensa, ontem, o governador Jaques Wagner atribuiu os atrasos a setores contrários à implantação do Porto Sul, sobretudo na área ambiental. “Muitos preferiram ideologizar a questão dizendo não ao Porto Sul. Agora, esses devem estar achando esse licenciamento uma derrota”, declarou.
Ele ainda minimizou a possibilidade de o atraso nas obras afugentar investimentos como o da Bahia Mineração - já instalada no Centro-Sul para  explorar minério de ferro. A empresa terá um terminal privado no novo porto e depende das obras para começar a atuar. “Essa hipótese não existe”. Procurada pelo CORREIO, a empresa não se pronunciou.
Produtores dividem custos, mas reclamam de lentidão nas obras
Os entendimentos entre a Aiba e o governo do estado vêm desde 2009, em um esforço para desenvolver o Programa de Rodovias Estaduais no Oeste da Bahia, que abrange aproximadamente 800 km. Em março deste ano, a associação entregou ao governo estadual os projetos executivos de engenharia para a implantação e pavimentação da Estrada Timbaúba (45,29 km), e da Estrada da Soja (33,27 km), no total de 78,56 km. Essas duas rodovias estaduais são consideradas as mais estratégicas para o escoamento da safra do cerrado.
Foi acordado que as obras da estrada Timbaúba serão realizadas por meio de uma parceria entre o Departamento de Infraestrutura e Transportes da Bahia (Derba) e a Aiba, com a participação de 50% do custeio da obra para cada parceiro. Cabe ao Derba patrocinar todas as máquinas e equipamentos, operadores e apoio técnico, enquanto a Aiba se comprometeu a arcar com o custeio dos insumos para o asfalto, óleo diesel, transporte do material e do fornecimento de água. Segundo a associação, os empresários ligados à entidade já investiram mais de R$ 1 milhão, mas foram feitos somente 2 km de terraplenagem.
“Não conseguimos evoluir. Nada foi construído durante esses meses. As chuvas estão voltando e tudo ficará intransitável”, prevê Sérgio Pitt. Por escrito, o Derba informou que teve início a reconstrução na área do entroncamento da BR-020 – Timbaúba, “e continuará após concluir este primeiro trecho, iniciando outros nas proximidades”. O órgão informou ainda que “está prevista a implantação de uma rodovia estruturante ligando o anel da soja à comunidade de Coaceral e desse trecho partirá até o distrito de Panambí".
Os projetos a cargo da Aiba estão em conclusão e o Derba pretende licitá-los até 2013, após aprovação do orçamento. Esses estirões, segundo a nota, atravessam toda a área atualmente com maior produção de grãos, denominada estrada Rodoagro. A área em questão abrange cerca de 600 mil hectares, que respondem por 30% da produção regional.

Violência: promotora e juíza são vítimas


Promotora e Juíza são sequestradas em Salvador. Uma delas foi liberada muito machucada e depois de ser estuprada.
Da Redação do CORREIO
Uma promotora e uma juíza sofreram um sequestro relâmpago na noite do quinta (15) na Pituba, segundo informações da Polícia Civil, que investiga o crime. As duas foram abordadas quando se preparam para entrar em um bar na rua Amazonas. Neste momento, um trio rendeu as duas mulheres. Os bandidos então forçaram as duas a voltar para o carro - segundo testemunhas, um Fiesta - e as levaram com eles. De acordo com a Polícia Civil,  os assaltantes então ficaram circulando pelas ruas com as duas vítimas por algumas horas, quando então liberaram a juíza. Eles permaneceram com a promotora no veículo e só a liberaram na madrugada de sexta - muito ferida, espancada e depois de ser estuprada. A Polícia Civil não informou onde as duas foram deixadas nem se os bandidos roubaram algo além do carro. A promotora atua em uma comarca do interior - segundo informações não confirmadas pela polícia, Livramento de Nossa Senhora. Já a juíza trabalha em outro estado do Nordeste. Segundo fontes não oficiais, as duas foram socorridas para o Hospital Couto Maia na madrugada de sexta. A ocorrência foi registrada ainda na madrugada no plantão central da polícia e o Comando de Operações Especiais (COE) foi colocado imediatamente na investigação, com apoio do Departamento de Inteligência da Polícia Civil. As vítimas foram ouvidas na 16ª Delegacia (Pituba). As buscas pelos suspeitos continuam. A Polícia Civil não divulgou detalhes sobre o caso, como os nomes das vítimas, para preservar a investigação.