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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

ISTOÉ mostra quem são os grevistas que desafiam o Brasil


A maior paralisação de servidores federais da história impede que remédios cheguem aos hospitais, afrouxa a segurança nas fronteiras e gera prejuízo de R$ 1 bilhão. Saiba como atuam, quanto ganham e os planos dos líderes do movimento
     Claudio Dantas Sequeira e Adriana Nicacio – do portal da revista ISTOÉ.
Nos últimos três meses, o País vem enfrentando uma onda de greves que paralisa boa parte dos serviços públicos federais. Na contabilidade dos grevistas, 350 mil trabalhadores já cruzaram os braços – na sexta-feira 24, estimava-se que 200 mil permaneciam sem dar expediente – para reivindicar principalmente aumento salarial, no que já é considerada a maior greve da história do serviço público brasileiro. Nem as paralisações na gestão Fernando Henrique Cardoso, as mobilizações no início do primeiro mandato de Lula e protestos setorizados, como os de controladores de voo em 2006, se comparam ao movimente atual, seja em duração, grau de planejamento e senso de oportunidade – ou oportunismo. A greve que começou pequena em maio, com professores universitários, logo absorveu os servidores administrativos das universidades e, em poucas semanas, abarcou dezenas de categorias. No fim de junho, quando aderiram à onda os funcionários das agências reguladoras, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, além dos auditores fiscais, o governo se deparou com uma situação dramática. A greve atingiu serviços fundamentais e estratégicos, como a aduana, a vigilância sanitária e a segurança de fronteiras. O prejuízo até agora ultrapassa R$ 1 bilhão, mas os danos sociais são incalculáveis.
Um exemplo dessas perdas está na retenção de mercadorias no Porto de Santos. Os funcionários da Anvisa impediram que milhares de remédios essenciais contra o câncer e reagentes para o diagnóstico da gripe H1N1 chegassem aos hospitais. A escassez de kits sorológicos também obrigou alguns hospitais públicos a descartar milhares de bolsas de sangue que perderam a validade. Em outro efeito colateral do movimento grevista, a suspensão da fiscalização em rodovias e aeroportos serviu como espécie de sinal verde ao crime organizado. Na terça-feira 21, policiais rodoviários afixaram na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR), uma placa com a frase: “Passagem livre para tráfico de drogas e armas.” Dentro do governo, a ação foi interpretada como um perigoso sinal de radicalização.
O radicalismo como instrumento de negociação se tornou a principal marca do atual movimento grevista, que vem sendo conduzido por uma associação entre antigas lideranças do funcionalismo com uma nova geração de sindicalistas. Várias dessas estrelas emergentes têm pouca ou nenhuma tradição na luta sindical. Raramente saem de seus gabinetes para negociar e, por seus altos salários e perfil empresarial, ganharam da presidenta Dilma Rousseff a alcunha de “grevistas de sangue azul”. Esse grupo é considerado a elite do funcionalismo público, com salários de R$ 10 mil a R$ 25 mil, altamente qualificado, com cursos de pós-graduação, mestrado e até doutorado. Alguns sindicalistas  andam de carro importado e usam as redes sociais da internet para definir estratégias de ação. Lideranças tradicionais, insatisfeitas com os controles de gastos e a estabilização no número de servidores do Executivo, aceitaram colocar-se a reboque da turma de “sangue azul”. Dessa maneira, tentam deter avanços que o governo vem implementando na gestão do funcionalismo público. A criação de fundos de pensão que reduzem privilégios de algumas castas de servidores foi tão mal recebida pelos sindicalistas quanto a legislação sobre transparência pública, que expôs os vencimentos de cada um deles.
Um dos principais líderes do grupo dos novos nobres grevistas chama-se Pedro Delarue Tolentino Filho, presidente do Sindifisco e representante da chamada União das Carreiras de Estado, que reúne as 22 categorias mais bem remuneradas do Executivo, entre elas Banco Central, gestores públicos, CVM e Itamaraty. Com 54 anos, o auditor fiscal é formado em economia e ganha R$ 19,4 mil por mês. Em junho, embolsou R$ 23 mil, em virtude de gratificações. Mora na elegante Barra da Tijuca, no Rio Janeiro, sua mulher trabalha na iniciativa privada e a filha estuda em colégio particular. Delarue entrou para o sindicalismo na década de 1990 e rapidamente alcançou postos de comando no Sindifisco, cuja presidência ele assumiu em 2007. O sindicalista não se preocupa com o rótulo de sangue azul, diz que os auditores “não são apenas a elite do serviço público, mas do País”, e revela detalhes do planejamento da greve. “Decidimos no ano passado que não aceitaríamos mais enrolação do governo.”
Outros líderes grevistas de “sangue azul” são Álvaro Sólon de França, que preside a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), e Wilson Roberto de Sá, do Sindicado Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical). Sólon tem salário bruto de R$ 21,5 mil e, com gratificações, o valor alcança mensalmente R$ 25,2 mil. Roberto de Sá, por sua vez, recebe R$ 18 mil, que sobem para R$ 21,4 mil com os benefícios. Morador de São Gonçalo, no Rio, passa a semana em Brasília, onde aluga uma quitinete e malha numa badalada academia. Também estão nesse grupo os presidentes da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Marcos Leôncio Souza Ribeiro, da Associação Nacional dos Servidores Efetivos das Agências Reguladoras (Aner), Paulo Rodrigues Mendes, e da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários, Pedro da Silva Cavalcanti. Ribeiro ganha R$ 17,5 mil e Mendes, R$ 13,2 mil – até 2005, seu salário era de R$ 3,5 mil. Já Cavalcanti retira R$ 13 mil mensalmente, com gratificação inclusa, frequenta uma academia da Asa Sul e mora num bairro nobre do Recife. Para esses servidores, o sindicalismo está longe de ser uma atividade política. Alguns são até filiados a partidos, como o PT e PSB, mas não militam. A ausência de um conteúdo político nas manifestações é outra característica desse novo sindicalismo, que busca, acima de tudo, resultados financeiros.
Todo o planejamento do atual movimento grevista obedeceu a princípios comuns da iniciativa privada. O financiamento das atividades foi pensado com antecedência. Delarue, do Sindifisco, criou duas novas contribuições só para bancar o projeto de greve. Por seis meses, os filiados contribuíram com 0,1% do salário para um fundo de mobilizações e 0,6% para o fundo de greve. Foram recolhidos R$ 17 milhões, que estão sendo usados para pagar os salários de quem teve o ponto cortado pelo Executivo. Os fiscais agropecuários reunidos na Anffa também tiveram de dar uma contribuição a mais. Nos últimos 11 meses, todos os servidores recolhem 10% de seus salários para um fundo de emergência. Em maio e junho, quando o movimento esquentou, esse percentual dobrou. Hoje, a associação tem um caixa de R$ 9 milhões para enfrentar o governo. Em agosto, 11.495 grevistas de todas as categorias sofreram baixas em seu contracheque.
Com esse dinheiro, as lideranças sindicais esperam manter os protestos mesmo depois de 31 de agosto, prazo limite para o Ministério do Planejamento fechar o orçamento de 2013. Lideranças ouvidas por ISTOÉ estimam entre R$ 100 mil e R$ 450 mil o custo mensal para manter a mobilização, com gastos de pessoal, material de panfletagem, acampamentos e publicidade em rádios e tevês. Uma assembleia nos dias 1o e 2 de setembro definirá os rumos da greve, mas já há previsão de paralisação para 11, 12 e 13 do mesmo mês. Segundo os dirigentes sindicais, mesmo sem perspectivas de reajuste imediato, a pressão vai continuar, e a segurança dos grandes eventos virou elemento de barganha nesse processo. “Até agora foram feitas paralisações pontuais”, diz o delegado Marcos Leôncio Ribeiro, da ADPF. “Mas teremos a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e a Olimpíada.” Delarue reforça o poder dos grevistas. “Não temos dificuldade em organizar novas operações-padrão e paralisações.”
De parte do governo, a tendência também é o endurecimento. “Quem não aceitar o reajuste de 15,8% não terá nada”, afirma um assessor da Presidência. Para as categorias que aceitarem o acordo, novas negociações só poderão ocorrer em 2016. Pensando nisso, o governo fracionou o reajuste nos próximos três anos. Outra estratégia para enfraquecer os grevistas é levantar as fragilidades de cada categoria, para uma negociação individual posterior. Na busca por informações, o Palácio do Planalto infiltrou agentes da ABIN, da P2 (Polícia Militar) e do Exército nas assembleias e acampamentos. Também determinou o monitoramento das principais lideranças. “Brasília virou uma praça de guerra de arapongagem”, revela um agente. Francisco Sabino, vice-presidente da Fenapef, que reúne os agentes da PF, confirma que descobriu arapongas oficiais infiltrados em reuniões de sua entidade. “Estão nos acompanhando em quase todos os Estados.” Para burlar a espionagem, Sabino diz que seus colegas têm optado por se comunicar por rádio e evitado fazer reservas em hotéis ou comprar passagens com antecedência.
A motivação para manter os servidores mobilizados após o dia 31 tem a ver também com demandas que vão além da questão salarial, como reestruturação de carreira, equiparação salarial, definição de 1º de maio como data-base e uma política de reposição inflacionária, que será embutida na discussão sobre a regulamentação das greves de servidores. “A grande diferença dessa mobilização para as anteriores é que conseguimos unificar uma pauta geral, então o governo não tem como nos dividir e enfraquecer”, afirma Josemilton da Costa, presidente da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef). A entidade reúne o maior número de servidores públicos, cerca de 1,2 milhão, chamados de “carreirão”, normalmente com salários mais baixos. O próprio Josemilton, que uniu seu movimento ao dos de sangue azul, ganha pouco mais de R$ 3,2 mil como agente administrativo do Ministério da Fazenda. Tem hábitos franciscanos, mora numa quitinete em Copacabana e despacha de um gabinete sem ar-condicionado.
Diferenças salariais à parte, Josemilton demonstra estar afinado com a estratégia de radicalização dos demais líderes grevistas. “Quem elegeu Dilma foram os mesmos movimentos sociais que elegeram Lula”, diz. “A resistência em negociar pode levá-la ao isolamento. É um preço alto a pagar.” A opinião do sindicalista é compartilhada pela psicóloga Marinalva Barbosa, presidente da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), principal entidade dos professores federais – de 59 universidades, 57 paralisaram suas atividades, assim como 33 dos 38 institutos tecnológicos. “O governo não sabe negociar”, diz. Com 47 anos e doutorado na USP, ela recebe R$ 11 mil como professora associada na Universidade Federal do Amapá. Para os sindicalistas, falta jogo de cintura por parte do governo. Estão insatisfeitos com o diálogo com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, e o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. Interlocutor oficial do governo com os representantes dos servidores, a agenda de Mendonça registra 180 reuniões desde março,  numa média de duas horas para cada encontro. Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a falta de uma saída é reflexo do esgotamento de um modelo de negociação. “É preciso negociar com antecedência”, afirma. “Não adianta deixar para última hora.” Enquanto o impasse não termina, milhões de brasileiros continuam sofrendo os efeitos perversos do movimento grevista. Reivindicar melhores salários é legítimo, o que não é certo é deixar um País inteiro refém do movimento.

Doença parecida com a Aids é descoberta

     Anticorpo descoberto compromete o sistema imunitário de pessoas que não estão infectadas com o HIV 
      Efe - via O Estado de São Paulo
      Os cientistas identificaram na Tailândia e em Taiwan um anticorpo que compromete o sistema imunitário de pessoas que não estão infectadas com o HIV, de acordo com um artigo publicado nesta quinta-feira, 23, na revista "New England Journal of Medicine". O anticorpo faz com que as pessoas afetadas fiquem vulneráveis a infecções como as provocadas por microbactérias não tuberculosas (MNT), acrescentou o estudo. Os pesquisadores descobriram que a maioria dos participantes, de hospitais dos dois países asiáticos, eram portadores de um anticorpo contra o interferon-gama, ou interferon imunitário, um tipo de citocina produzida pelos linfócitos. A função mais importante dessa citocina é a ativação dos macrófagos, tanto nas respostas imunitárias inatas como nas respostas celulares adaptativas. As MNT estão estreitamente ligadas com a bactéria que causa tuberculose e pode gerar uma doença pulmonar grave. A infecção com MNT e outras de tipo oportunista são comuns nas pessoas que têm deficiências de imunidade, como as que sofrem da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids), mas são raras em quem tem um sistema de imunidade saudável. O estudo, liderado por cientistas do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, encontrou vários casos de infecções com MNT em pessoas que não tinham mostrado problemas em seus sistemas imunitários. Os pesquisadores estudaram desde 2004 casos de 203 pessoas, com idades entre 18 e 78 anos, das quais 52 apresentavam infecções com microbactérias não tuberculosas, 45 tinham outras infecções oportunistas com ou sem infecção de MNT, 58 sofriam de tuberculose e 48 estavam saudáveis. Nenhum dos participantes era portador do HIV, acrescentou o artigo. Os pesquisadores examinaram amostras de sangue dos participantes na busca dos anticorpos que ativam moléculas tais como o interferon-gama. E 88% das pessoas com MNT ou outras infecções oportunistas tinham os anticorpos que bloqueavam seu próprio interferon-gama. O artigo acrescentou que são necessárias mais pesquisas para determinar por que as povoações do sudeste asiático parecem predispostas ao desenvolvimento desta insuficiência do sistema imunitário. Como a idade média dos participantes do estudo que apresentavam MNT ou outras infecções oportunistas era de 50 anos, os pesquisadores sugerem a hipótese de que esses anticorpos se desenvolvem não apenas como resultado de fatores genéticos, mas também ambientais.

Justiça condena prefeito a dois anos de prisão

Ribeiro Tavares: corrupto

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) condenou, nesta quinta-feira (23), José Rufino Ribeiro Tavares Bisneto, prefeito do município de Candeal, no nordeste baiano, a dois anos de detenção por desvio de rendas públicas, através do remanejamento de recursos sem autorização da Câmara de Vereadores, e abertura de créditos suplementares, também sem autorização legislativa. A decisão atendeu a um pedido formulado pelo Ministério Público estadual. O prefeito perdeu o mandato e teve seus direitos políticos suspensos por oito anos. A pena de detenção será convertida em pagamento de 300 salários mínimos e prestação de serviços à comunidade. Ainda nesta quinta, o MP ofereceu denúncia contra Jusmari Terezinha Souza de Oliveira, prefeita do município de Barreiras, no oeste da Bahia, e contra o empresário Pedro Blen da Silva. A gestora é acusada de ter alugado, em 2009, máquinas e veículos para realizar serviços de terraplanagem e melhoria de estradas em povoados do município, ao contratar diversas empresas pelo valor de R$ 327,9 mil. A promotoria mostrou também que, embora outras empresas constem como credoras, o denunciado Souza, representante da Blen e Souza Ltda., foi o único beneficiário, que recebeu R$ 261,3 mil, valor menor que o efetivamente contratado. Quanto ao prefeito de Botuporã, no sudoeste baiano, Moaci Nunes de Queiroz, também foi denunciado ter fechado, no exercício financeiro de 2009, contratos diretos com pessoas físicas e jurídicas no valor de R$ 1.979.945,00, sem atender às hipóteses previstas para o caso de inexigibilidade de licitação, de acordo com o MP. Jusmari (PSD), em Barreiras, e Moaci Queiroz (PP), em Botuporã, tentarão a reeleição no pleito de outubro.
Informações do Bahia Notícias.

Quatro irmãos morrem a caminho do enterro da mãe

Os quatro irmãos morreram no local (foto: PRF)

Vítimas estavam em um carro que bateu de frente com um caminhão. Acidente aconteceu na BR-116, perto do município de Jequié.
Do G1 - BA
Quatro homens morreram em um acidente na BR-116, trecho próximo à cidade de Jequié, no sudoeste da Bahia, na noite de quarta-feira (22). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os homens eram irmãos e seguiam para o sepultamento da mãe no município de Ibirataia, que fica na mesma região. Segundo a PRF, os quatro irmãos, com idades entre 34 e 44 anos, viajavam em um Fiat Pálio, quando o veículo invadiu a contramão na altura do km-680 da rodovia. O motorista do caminhão não teve ferimentos. A Polícia Rodoviária Federal informou que as vítimas saíram de uma cidade no interior de São Paulo com destino a Ibirataia. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Jequié.

Governador deu dinheiro a policial que ameaçava delatar esquema corrupto


BRENO COSTA e FILIPE COUTINHO – da Folha de São Paulo
Agnelo Querioz (PT)
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), pagou R$ 7.500 para o policial militar João Dias Ferreira na mesma época em que o PM ameaçava delatar um esquema de desvio de recursos em convênios do Ministério do Esporte, quando o órgão era comandado por Agnelo (2003-2006). As transferências - três depósitos de R$ 2.500, com intervalo de cerca de 30 dias entre cada um - constam dos extratos bancários de Agnelo remetidos pelo BRB (Banco de Brasília) à CPI do Cachoeira esta semana, e aos quais a Folha teve acesso. Os pagamentos ocorreram nos 1º de fevereiro, 4 de março e 31 de março de 2008. Na época, Agnelo, então no PC do B, era diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em dezembro de 2007, dois meses antes do início dos pagamentos, uma auditoria do ministério identificou fraudes em convênios firmados com ONGs de João Dias. Com a auditoria, a Polícia Militar do DF abriu uma sindicância para investigar João Dias, que passou, então, a pressionar o ministério a recuar e, segundo o próprio, ameaçou revelar à imprensa as irregularidades ocorridas na gestão Agnelo. Em abril daquele ano, o ministério, já comandado por Orlando Silva (à época, do mesmo partido de Agnelo Queiroz), esvaziou a apuração contra a ONG de João Dias. Na ocasião, o ministério havia enviado um ofício em resposta à Polícia Militar relatando irregularidades nos convênios e afirmando que eles estavam inadimplentes. No entanto, cinco dias depois, o ministério enviou um novo ofício pedindo que o parecer anterior fosse desconsiderado. Em outubro passado, o policial afirmou à Folha que o recuo ocorreu "pouco depois de fazer ameaças de denunciar à imprensa irregularidades no ministério". O sigilo bancário de Agnelo só foi enviado à CPI do Cachoeira pelo BRB, controlado pelo governo do DF, quase dois meses depois do prazo estipulado e gerou reclamação formal da comissão ao banco.
OPERAÇÃO SHAOLIN
O policial João Dias Ferreira chegou a ser preso em abril de 2010, numa operação da Polícia Civil do DF, batizada de Operação Shaolin - uma referência às ONGs do policial, ligadas à prática de artes marciais. A acusação era relativa aos desvios ocorridos, segundo a polícia, no Programa Segundo Tempo, na época em que Agnelo Queiroz era o ministro do Esporte.
OUTRO LADO
Em nota, Agnelo disse por meio do porta-voz que o dinheiro refere-se à compra de um carro. À época, já era sabido pelo Ministério do Esporte, em razão de duas auditorias, que Dias era suspeito de desviar dinheiro da pasta quando Agnelo era o ministro. De acordo com a nota, a compra foi desfeita dois meses depois, mas o governador não apresentou o contrato de compra. Não há, nos extratos de Agnelo, nenhum registro do PM devolvendo o dinheiro. "As operações financeiras dizem respeito à compra de um veículo usado --Honda Civic, modelo 2006/2007. A transação foi feita em fevereiro de 2008, mediante a entrega de 10 cheques nominais pré-datados, mas acabou desfeita pouco mais de dois meses depois, com a devolução do carro e a restituição dos cheques", diz a nota, assinada pelo porta-voz Ugo Braga.Braga diz ainda que a compra é legal. "A operação é absolutamente legal e o governador Agnelo Queiroz tanto não tem motivo para escondê-la que prontamente ofereceu seu sigilo bancário, assim como o telefônico e o fiscal, à CPMI do Congresso no dia de seu depoimento, em 13 de junho passado."

Pedreiro acusado de estupro



Osvaldo Nunes - Pedófilo
O pedreiro Osvaldo Nunes da Silva, de 52 anos, foi preso, na noite de quarta-feira (22), por investigadores da Delegacia Territorial (DT) de Cícero Dantas, acusado de estuprar uma menina de 12 anos. Denúncia feita por um vizinho levou os policiais à casa do suspeito, onde foi flagrado na companhia da garota. Conduzido à delegacia, o pedreiro admitiu  ao Delegado Dr° Ozorio Miguel de Souza Ramos o fato e relatou já ter praticado sexo com ela duas outras vezes. A primeira delas seria no início de agosto, quando a conheceu durante a festa em homenagem à padroeira da cidade. Ele afirmou que a garota o procurava. A adolescente, no entanto, contou que Osvaldo ofereceu-lhe R$ 10 em troca de sexo, o mesmo valor pago por ele pelos outros dois encontros. Exames realizados no Hospital Municipal de Cícero Dantas comprovaram que a garota sofreu abuso. O delegado comunicou o fato ao Conselho Tutelar, que acompanhou todos os procedimentos seguintes, inclusive o momento em que a menina foi entregue à família. Sem antecedentes criminais, o suspeito foi autuado por estupro de vulnerável, com pena que varia entre oito e 15 anos de prisão, na carceragem da DT/Cícero Dantas, à disposição da Justiça criminal. Um preservativo usado, encontrado dentro de um cesto de lixo na residência do pedreiro, foi encaminhado para exames periciais.
Informações do Jornal da Rádio Regional de Cícero Dantas, do Cícero Dantas.Net, do portal Rodrygo Ferraz e do Bahia Notícias.

TJ derruba limitações no atendimento do PLANSERV


     O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) suspendeu as limitações nos atendimentos médicos e na “coparticipação”, na qual o governo do Estado cobrava uma taxa caso o servidor excedesse o quantitativo de serviços descritos na Lei do Planserv. A Corte baiana acatou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) ingressada pelos partidos que fazem oposição à administração estadual – PMDB, DEM e PSDB – e derrubou os artigos 1º e 2º da Lei Estadual nº 12.351/2011. De acordo com os oposicionistas, as limitações nos atendimentos do Planserv violam artigos da Constituição do Estado da Bahia, que asseguram aos servidores públicos estaduais o direito à saúde. Em sua decisão, os desembargadores Carlos Alberto Dultra Cintra e Jerônimo dos Santos afirmaram que o direito representa prerrogativa constitucional. “Não se coaduna com o cumprimento desse dever constitucional qualquer tipo de restrição ou, como na espécie, a limitação do atendimento médico, inclusive nos casos de urgência e emergência, aos servidores públicos estaduais beneficiários do Sistema de Assistência à Saúde - Planserv”, diz a decisão. Para o deputado estadual Luciano Simões (PMDB), o governo terá que cumprir o que foi decidido. “Esperamos que o Estado tenha bom senso e cumpra a decisão judicial. Recorrer será ir de contra a saúde dos baianos”, cobrou. O parlamentar afirmou ainda que o Executivo estadual já teria conhecimento que a medida seria inconstitucional. “O governo vinha reforçando seu caixa retirando, inconstitucionalmente, dos servidores públicos estaduais. Desde o primeiro momento da votação deste projeto tínhamos a certeza da sua inconstitucionalidade. Apelamos diversas vezes para que o governador Wagner retirasse de pauta e abrisse um canal franco de diálogo com o funcionalismo público, mas isso não foi feito”, criticou. Informações do Bahia Notícias.

Ana Dalva News: Ana Dalva desarticula renúncia fiscal em Heliópoli...

Ana Dalva News: Ana Dalva desarticula renúncia fiscal em Heliópoli...: Vereadora Ana Dalva (PPS) A vereadora Ana Dalva (PPS) desarticulou mais uma sangria aos cofres públicos planejada pelo prefeito Walte...

Primo do goleiro Bruno é assassinado

Policiais observam corpo de Sérgio Rosa Sales,
primo do goleiro Bruno Fernandes (foto: Leo Fontes)


Sérgio Rosa Sales foi assassinado
Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes de Souza, foi assassinado na manhã desta quarta-feira na região norte de Belo Horizonte, bairro Minaslândia, com vários disparos de arma de fogo. Ele era réu, juntamente com o goleiro, no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, a ex-amante de Bruno. Sérgio foi o único dos réus que chegou a confirmar quase toda a versão do adolescente que denunciou toda a trama e assassinato. Mais tarde, os dois voltaram atrás nas versões que tinham dado. O adolescente, atualmente com 18 anos, cumpre medida socioeducativa. Sérgio aguardava em liberdade o julgamento. Com ele eram oito réus. A morte de Sérgio Rosa Sales foi confirmada pela assessoria de imprensa da Polícia Militar, que informou que a perícia está no local. Não há suspeitos do crime e não se sabe se o assassinato tem relação com a morte de Eliza. Depois de ficar preso por um ano e um mês, Sérgio ganhou a liberdade provisória em 11 de agosto de 2011. Pesou a favor dele o fato de a Justiça ter considerado que ele colaborou com as investigações. Ele responderia pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (homicídio com uso de meio cruel, com impossibilidade de defesa da vítima e cometido com o intuito de garantir a impunidade de outro crime), sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Bruno; Luiz Henrique Romão, o Macarrão (amigo e ex-secretário de Bruno); e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola (ex-policial e suposto autor do homicídio) continuam presos. Os outros quatro réus aguardam o julgamento em liberdade. Ainda não há data para acontecer o julgamento, porque há recursos em tramitação. O STF (Supremo Tribunal Federal) ainda vai analisar um pedido de liberdade da defesa de Bruno. Eliza Samudio desapareceu em junho de 2010. Ela pedia pensão para o filho que teve com o goleiro Bruno. Segundo a denúncia, Bruno não queria pagar e, por isso, montou um plano para matá-la com ajuda de Macarrão. O corpo de Eliza nunca foi encontrado.
Informações da Folha de São Paulo

Polícia Civil divulga balanço de operação em Pombal. Há 11 foragidos


                 Informações da Ascom/PC
     Mais de 17 quilos de maconha e certa quantidade de crack e cocaína, duas armas, seis veículos e cinco motocicletas apreendidos em Ribeira do Pombal, onde também foram cumpridos 22 mandados de prisão temporária e efetuados quatro flagrantes. Este foi o resultado final da operação Ato de Valor, deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MPE), em conjunto com as polícias Rodoviária Federal, Civil, Militar e Técnica na sexta-feira (17) e encerrada neste final de semana, com o objetivo de combater o tráfico de drogas e outros crimes na região. O produtor rural Alan Jobard Almeida e Silva, 56 anos, está entre os 22 presos por determinação judicial, tendo os policiais localizado em sua fazenda, 17,3 quilos de maconha escondidos num brejo.  Segundo informou o delegado Jorge Figueiredo, diretor do Departamento de Narcóticos da Polícia Civil (Denarc), a droga estava misturada a uma grande quantidade de semente e acondicionada em diversos sacos, aparentando ter sido preparada para o plantio. Catorze porções de crack e certa quantidade de cocaína foram apreendidas na casa de Paulo Ricardo Reis dos Santos, o “Neném”, 23 anos, e cinco porções de maconha estavam em poder de Paulo Renildo de Jesus Santos, o “Sula”, 23, ambos com prisão temporária decretada e autuados em flagrante por tráfico. Jacson Naziozeno Santos Oliveira, flagrado com um revólver de calibre 38, com três munições, e Ubirlan Barbosa dos Santos, encontrado com um revólver calibre 32, com cinco munições, foram autuados por porte ilegal de arma. A operação Ato de Valor resultou ainda na apreensão de um Fiat Uno, um Santana, dois Gols, um Fiat Pálio e uma caminhonete S-10, bem como cinco motocicletas. As investigações indicaram que os seis veículos e as cinco motos, cuja origem está sendo apurada, eram utilizados para transportar drogas. Aparelhos eletroeletrônicos, celulares e computadores também foram apreendidos em Pombal.
     Helicóptero

     Sessenta e duas equipes das cinco instituições, totalizando 235 profissionais, participaram da operação de combate ao narcotráfico, deslocando-se em 62 viaturas. Um helicóptero da PRF sobrevoou a região, tendo sido cumpridos todos os 33 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, sem que os policiais deflagrassem sequer um tiro ou empregassem o uso da força. Desde março deste ano, após denúncias da comunidade ao MPE sobre a intensa movimentação do tráfico em Ribeira do Pombal, o Denarc passou a intensificar as investigações. Um prédio municipal, ao lado da DT local, funcionou com base de apoio operacional, onde foi feita a triagem dos presos, bem como a lavratura dos flagrantes. Peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizaram no local exames de corpo de delito nas pessoas conduzidas, bem como a perícia do material apreendido, emitindo imediatamente os laudos. Além de Alan Jobard, Paulo Ricardo, Paulo Renildo, Jacson  Naziozeno e Ubirlan, foram cumpridos mandados de prisão contra José Lucas Matos Silva, Émerson Scott dos Santos de Santana, Marcos Roberto Linhares Araújo, José Ailton dos Santos, Ricardo Oliveira Gama, Humberto Gonçalves da Gama (Humberto Som), Roniclei Santos de Jesus, Marcelo Rocha Góis, Alexsandro Santos de Castro, Givaldo de Jesus Reis, Roberto Matos, José Édson dos Santos Tavares, José Flávio Santos de Oliveira, Tamiris Medeiros Gama, Belonaide Maria de Jesus, Jicélia Souza dos Santos e Roberta Alcâncara de Souza. Outras 11 pessoas, que também tiveram a prisão temporária decretada, permanecem foragidas.

Concursos somam 16 mil vagas com salários de até R$ 22 mil


     São pelo menos 104 concursos com 16.544 vagas distribuídas em todo território nacional
     Da Redação do CORREIO
     Nesta segunda-feira (20), pelo menos 104 concursos públicos estão com inscrições abertas em todo o Brasil, e somam 16.544 vagas para cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 22.911,73 no Ministério Público de Contas do Estado do Pará. Veja relação completa dos concursos abertos e os seus respectivos editais clicando aqui

Indústria da Seca: No semiárido brasileiro, acesso à água ainda é moeda eleitoral


     Marcelo Pellegrini – da revista CARTA CAPITAL
Moradores do semiárido do Piauí vão buscar água com
baldes em regiões distantes. Foto: FTP
     Com o início do segundo semestre de 2012, gradualmente as atenções passam a se concentrar nas eleições para prefeito e vereador em todo o Brasil. No entanto, não são planos de governo e propostas de melhoria de serviços públicos que podem determinar os rumos dos pleitos em mais de mil municípios brasileiros, mas sim um elemento inusitado: a seca. Castigados pela pior estiagem dos últimos 30 anos, muitos dos 1.133 municípios do semiárido brasileiro ainda vivem um problema crônico de abastecimento de água, que muitas vezes é usado como moeda eleitoral. Para evitar o círculo vicioso em que má gestão pública gera seca e vice-versa, a Articulação do Semiárido (ASA) lançou a campanha ‘Não troque seu voto por água. Água é direito seu’. Formada por cerca de mil organizações da sociedade civil que atuam na gestão e no desenvolvimento de políticas para o semiárido, a ASA já visitou mais de 1100 municípios do semiárido e convocou as organizações locais para fiscalizar e denunciar os abusos no uso eleitoreiro da água nas eleições municipais 2012. “O poder político foi mantido por muito tempo através de medidas assistenciais urgentes contra a seca, que são entendidas como uma bondade e não como um direito”, afirma Naidson Baptista Quintella, coordenador executivo da Articulação no Semiárido (ASA), na Bahia. “Esse tipo de política gera gratidão e um cabrestamento político”, conta. Atualmente, os municípios do Nordeste e de Minas Gerais possuem 1533 cidades em situação de emergência, segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil. Ao todo, o País tem 2442 municípios em situação de emergência e 3 em estado de calamidade pública.
     Indústria da Seca
Mesmo barrenta, água tem valor de ouro no sertão piauiense. Foto: FTP
     O quadro denunciado pela ASA revela uma chantagem política comum dos tempos do coronelismo. Muitos políticos, segundo a entidade, aproveitam as medidas de emergência e socorro às vítimas da estiagem – como carros-pipa, distribuição de alimentos e de sementes – para comprarem votos e manterem-se no poder. “As secas sempre foram uma oportunidade para alguns enriquecerem ou se elegerem às custas da fome, sede e miséria de outros”, afirma Quintella. Exemplo disso é o estado do Piauí, que teve 54 prefeitos cassados por irregularidades nos últimos quatro anos e já recebeu, neste ano, 31 denúncias de irregularidades eleitorais, segundo o Comitê de Corrupção Eleitoral do Piauí. No entanto, ao contrário do que se imagina, muitas vezes, o problema não diz respeito à falta de água, mas sim à sua distribuição. “É um quadro surrealista. Temos um monte de água cercada de seca”, diz o coordenador da Força Tarefa Popular (FTP) do Piauí, Arimateia Dantas. Segundo ele, o Piauí não sofre com falta de água represada, mas sim com as obras das adutoras que andam a passos lentos. “A estrada da política no semiárido sempre foi a concentração. As grandes obras sempre beneficiaram os coronéis e raramente chegam às comunidades carentes”, reforça o coordenador da ASA, Naidson Quintella. Para Dantas, da FTP, quanto mais longe o cidadão está da água, mais fragilizado fica.”Uma moradora do município de Francisco Macedo, no Piauí, vizinho à barragem de Estreito, disse que perdeu as esperanças quando a caixa d’água chegou à porta de sua casa, há um ano, mas a água não chegou até hoje”, revela. Enquanto isso, grande parte das cidades que a Força Tarefa Popular percorreu continua dependente de carros-pipas e cestas-básicas distribuídas pelo governo. “Vimos muitos carros-pipas circulando pelas cidades e quando perguntamos sobre a paralisação das obras muitos moradores não sabiam explicar”, conta Arimateia Dantas. “Além disso, obras do governo federal são vistas como obra do prefeito ‘X’, ou seja, uma distorção”, completa. Apenas este ano, o governo federal já investiu 15,6 bilhões de reais em ações de combate à seca no Nordeste.
     Solução
     Uma das iniciativas da campanha ‘Não troque seu voto por água’ é mostrar que políticas assistencialistas e periódicas, como distribuição de cestas básicas e carros-pipas, não resolvem o problema. Segundo Naidson Quintella, da ASA, somente a construção de cisternas e adutoras, somadas às linhas de crédito e programas do governo federal, como a Bolsa Família e a Bolsa Estiagem, podem resolver o problema da seca no semiárido. No entanto, Arimateia Dantas não é tão otimista. Para o líder da FTP do Piauí, não há interesse político para que o problema seja resolvido com celeridade. “Isso não é um castigo de Deus, é um castigo nosso mesmo”, lamenta. Desde 1999, a Lei de Combate à Corrupção Eleitoral configura como crime o oferecimento de benefícios em troca de água. “A situação não está como era há 30 anos, melhorou bastante por sinal. Mas temos que agir para evitar que esses coronéis retornem”, conclui Quintella.