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China condena ativista dos Direitos Humanos


Ni Yulan e o marido Dong Jiqin foram condenados

     A Justiça da China condenou a advogada e ativista dos direitos humanos Ni Yulan a dois anos e oito meses de prisão. A advogada foi condenada nesta terça-feira (10) sob a acusação de causar distúrbios e por fraude de um novo golpe do governo chinês contra os direitos civis. O marido de Ni Yulan, Dong Jiqin, também foi condenado a dois anos de prisão por causar distúrbios. O casal foi detido em abril do ano passado durante uma campanha das autoridades que temiam que os protestos da Primavera Árabe chegassem à China. O casal atua na defesa de pessoas desalojadas pela especulação imobiliária, que remove milhares de pessoas de forma violenta e promove demolições em nome do desenvolvimento, com prestação de assessoria gratuita a vitimas de desapropriação e corrupção.
     As acusações contra o casal surgiram em no último mês de dezembro. O governo acusa o casal de agredir funcionários do hotel onde foram obrigados a se hospedar por dez meses. O governo costuma usar os hotéis como detenções informais sem utilizar procedimentos legais. O Tribunal de Pequim afirma também que o casal não pagou às despesas do hotel de 69.972 iuanes (cerca de R$ 20.250), que não registraram os visitantes, que destruíram o livro de registro do estabelecimento e agrediu funcionários. O porta-voz do tribunal alegou que o casal se recusou a mudar de quarto ou deixar o hotel e que as perturbações causaram grandes perdas econômicas para o estabelecimento. Também disse que a advogada forjou a identidade para exercer a advocacia. Ni Yulan foi multada em mil iuanes.
     Ni Yulan, de 51 anos, foi presa em 2002 e em 2008 por “obstruir o trabalho das autoridades”. Durante a prisão de 2002, ela foi espancada e ficou na cadeira de rodas. A filha da ativista afirma que durante a prisão a mãe não teve acompanhamento médico. A missão da União Europeia em Pequim pedirá a libertação imediata de Yulan. Em 2011, advogada foi premiada com o Prêmio Tulipán de direitos humanos do governo da Holanda.
     As informações são do Bahia Notícias e de O Globo.