Exclusivo!

Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

PV não é mais sublegenda do PT






O encontro estadual do Partido Verde – PV – no último sábado, dia 12 de Outubro, no auditório da Faculdade de Arquitetura da UFBA – foi concorridíssimo. Lá estavam todos os protagonistas para definirem se o PV iria de Wagner ou de candidatura própria. O debate foi quente. De um lado, os defensores do apoio ao governador: Juliano Matos – Secretário de Meio Ambiente do Estado da Bahia - Bete Wagner – Diretora do Instituto de Meio Ambiente – IME – e Juca Ferreira – Ministro da Cultura do Governo Lula. Do outro, Edigar Mão Branca, Edson Duarte e Luís Bassuma, todos Deputados Federais, partidários do lançamento de uma chapa verde para concorrer ao governo e dar sustentação à candidatura de Marina Silva à Presidente. No meio do tiroteio estava o presidente estadual do PV, Ivanilson Gomes que, em alguns momentos, teve que falar grosso para controlar os excessos.
Com a contribuição de Juliano Matos, a platéia ficou repleta de militantes, simpatizantes e apoiadores da idéia do não lançamento de chapa própria. Estavam com camisas verdes onde se lia: “PV da Bahia é Marina e Wagner”. Trouxeram ainda inúmeras faixas com os mesmos dizeres relacionados aos diversos municípios que defendem a tese de apoio ao governador. A direção do PV não aceitou porque não se tratava de um candidato a governador do partido. As faixas foram retiradas.
Apesar dos esforços da ala pró-Wagner, e dos discursos de Juliano, Bete Wagner e Juca Ferreira, os membros da executiva e os presidentes das executivas municipais fecharam a questão da candidatura própria. O nome mais cotado para garantir a vaga de candidato a governador é o do deputado federal Luís Bassuma, ex-PT. Para o senado, o nome que se apresenta mais provável é o do deputado Edson Duarte, de Juazeiro. O resultado oficial da mesa foi de 30 votos a favor da chapa própria e apenas 3 contra. O espírito do partido é disputar para valer o governo do estado. A expressão que mais se ouvia era: “Vamos deixar esse negócio de ser sublegenda do PT”.
Após o resultado, a ala contrária à tese vencedora lançou os nomes de Bete Wagner como pré-candidata ao Senado e de Juca Ferreira como pré-candidato ao Governo do Estado. A decisão ficará para a convenção em Junho de 2010. Mas, para os presentes, a chapa está prontíssima: Marina (Presidente), Bassuma (Governador) e Edson Duarte (Senador). O PPS deve apoiar o PV indicando a outra vaga do senado ou o vice. A informação do apoio do PPS foi confirmada pela presidente da Executiva Municipal de Heliópolis, Josefa Andrade, que participou, ao lado da vereadora Ana Dalva, da reunião do diretório Estadual do PPS. Ainda devem entrar no acordo o PMN e o PSL. Embora a nível nacional o PSOL deva fechar com Marina, na Bahia está difícil um acordo com o PV. Hilton Coelho já acenou com um redondo não. Fato é que ainda há muita água a rolar debaixo da ponte até Junho. Mas uma coisa é certa, o PV deu a largada e vai atropelar muita gente grande que estava no caminho atrapalhando o crescimento do partido. No mínimo vai para o 2º turno em condições privilegiadíssimas.
Para nossa região, a surpresa é o nome do professor Landisvalth Lima na lista dos pré-candidatos a deputado estadual ou a deputado Federal. A coisa ainda não está definida. Digamos que a idéia está madura. Falta ficar verde. Quanto mais verde ficar, mais consolidada estará. A estratégia montada pelos dirigentes do PV nacional é eleger 6 a 7 deputados estaduais na Bahia e 5 a 6 deputados federais. Vai indicar todos os nomes a que tem direito. Chapão completo com os aliados. Marina Silva terá militantes e candidatos em todos os 417 municípios da Bahia.

Conhecendo o Brasil de bicicleta


O pernambucano, natural do Recife, Itamar Severino Ribeiro, de 50 anos, estava tomando um senhor banho no Jorrinho, município de Tucano, localizado às margens da BR-116. Próximo a ele estava uma bicicleta com um grande embrulho na garupa. Itamar está fazendo sua 4ª viagem pelo Brasil. Ele diz ter iniciado sua aventura em 1991. Já esteve em Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte, Rio de Janeiro. Desta vez, Itamar saiu de São Paulo dia 6 de Novembro. Exatos 1 mês e sete dias depois parou no Jorrinho para descansar. Ele afirma que sua jornada é de, em média, 70 a 80 quilômetros por dia. Até aqui a bicicleta só teve que trocar pneus.
Perguntado sobre como sobrevivia, o pernambucano afirma que recebe patrocínio de postos de gasolina, casas de peças, lojas e da comunidade. “Nunca passei necessidade ou fome, graças a Deus e ao povo brasileiro que é muito bom.”. Itamar afirma ainda que o lado triste da viagem é ter visto mortes em acidentes. Ele inclusive conta que ajudou a tirar pessoas de dentro das ferragens de veículos envolvidos em sinistros. O ciclista solitário é separado e tem dois filhos, Leandro e Bruna, residentes em Guarujá, no Estado de São Paulo, de onde ele saiu para esta etapa da viagem. É avô também de três crianças. O início desta 4ª viagem se deu em Março, quando ele saiu do Recife e foi a São Paulo. Quando as contribuições não são suficientes para seu sustento na viagem, Itamar faz serviços de jardinagem para suprir o necessário. “Aí é só pedalar e viver este país maravilhoso. Moço, hoje eu posso dizer que o Brasil é bom demais!”, finaliza.

Professores fogem do debate

O debate realizado na Câmara Municipal de Heliópolis na última segunda-feira foi inédito. Mostrou a falta de compromisso que o grupo ancorado no poder tem com a educação. A sessão foi um requerimento da vereadora Ana Dalva, aprovado pelo plenário no mês de novembro. Apesar de ser sempre positivo um debate como esse, os resultados foram inócuos porque não estavam presentes, pasmem, o presidente do SINDHELI, prof. Marlon; o diretor do Colégio Waldir Pires, prof. Marizan Fonseca; o secretário de educação, prof. Antônio Valter e a primeira dama e diretora do Colégio Estadual José Dantas de Souza, profa. Josefa Elza. Além de não justificarem as ausências, provaram que não têm nada para contribuir com a educação de Heliópolis. Se não for isso, estão com medo do debate porque devem ter sérios problemas nas suas respectivas pastas e não podem revelar. Se ainda não for isso, é porque estão lá apenas a serviço dos seus respectivos chefes políticos e acham que só a eles devem dar satisfação. Por fim, se ainda não for isso, é porque são covardes, despreparados para os cargos que exercem, porque têm medo da oposição e porque preferem a proteção cômoda do poder temporal. Só compareceram o prof. Landisvalth, este blogueiro, o prof. Igor Leonardo e o prof. José Milton. O debate durou 2 horas e 45 minutos.
Sai da pauta o projeto de Lei nº 21
A única coisa concreta produzida pelo debate foi a retirada do Projeto de Lei nº 21, já com duas votações favoráveis. O professor Landisvalth insistiu no absurdo do projeto. Recebeu o apoio verbal da diretora do SINDHELI, profa. Zenaide, e isto foi decisivo para que a mesa da Câmara retirasse o projeto da pauta. Também o professor Igor Leonardo mostrou que o projeto não levou em consideração a existência de uma lei do mesmo teor, Lei 214.2002, da época do governo Aroaldo Barbosa, que não estava sendo revogada pelo novo projeto. Por fim, há erros de digitação. Por tudo isso, e sabendo que a vereadora Ana Dalva estava pronta para contestar a lei no Ministério Público, finalmente foi retirada. Mas será que as modificações serão plausíveis? Arruda mudou? Maluf mudou? ACM mudou? Este blogueiro não acredita em milagres!
Alunos como escudo
A diretora e primeira dama não foi para o debate, mas continua fazendo das suas. Ainda não resolveu o problema com este blogueiro. Meu salário este mês foi ainda mais reduzido; pouco mais de míseros 100 reais. É perseguição implacável. Ainda conta com a ajuda do presidente da Câmara Municipal que insiste em defender a esposa do seu cunhado prefeito. Agora, a primeira dama contou com a ajuda dos alunos do 3º A do José Dantas, de situação regular, para pedir a este professor a realização de uma prova para 11 alunos que não compareceram no dia marcado. A questão é a seguinte: a diretora adiou uma prova e não comunicou nem ao professor nem à secretaria. No dia marcado a prova foi realizada com os alunos que estavam presentes. Os que não fizeram alegam que a diretora deu sua palavra que a prova não se realizaria. Como a diretora informou aos alunos que o professor Landisvalth aceitou a transferência da prova numa reunião que nunca existiu, o professor está esperando que ela desfaça o equívoco para marcar a nova data. Passar por mentiroso é que eu não vou. O pepino é dela, não meu!
Irregularidades do Waldir Pires
No debate também foi colocada a questão do não fornecimento de diplomas pelo Colégio Waldir Pires, argumento utilizado pelo vereador Giomar para votar a favor do projeto de Lei nº 21. Tanto Igor Leonardo como o professor Landisvalth refutaram o argumento. A questão do Waldir Pires não tem nada a ver com o município. O colégio está subordinado à DIREC 11, por ter Ensino Médio Profissionalizante. Todos os problemas dizem respeito a questões administrativas. Talvez isso justifique a ausência do professor Marizan. Ele poderia deixar isso bem claro. Inclusive, é bom que se diga, os problemas não estão relacionados aos últimos diretores. Não se imputa culpa ao atual diretor. Mas então, por que ele não compareceu?
Arilton do Correio líder de quadrilha?
O funcionário Arilton do Correio, membro do diretório municipal do PC do B, protagonizou uma cena histórica na cidade de Heliópolis. Saiu algemado para a prisão da Polícia Federal em Paulo Afonso, na última segunda-feira. Ele é acusado de comandar uma quadrilha que fazia empréstimos consignados irregulares na cidade. Informações preliminares apontam para casos de até mortos tomarem dinheiro emprestado a bancos. Um caso concreto foi o do deficiente Zé Doca, encontrado morto em sua casa este ano (aquele que o prefeito Walter Rosário se negou a dar o caixão para o enterro). Ele fez empréstimos depois de falecido. Como ainda há muitas informações desencontradas, aguardaremos o aprofundamento das investigações para melhor comentarmos.

Assassinato de Jackson Miranda elucidado


A delegada de polícia do município de Heliópolis, Dra. Lígia (foto), informou que o assassinato do jornalista e locutor Jackson Miranda, ocorrido em Heliópolis, já está desvendado. A afirmação foi feita na sessão da última segunda-feira, dia 16, na Câmara Municipal de Heliópolis, solicitada em requerimento pela vereadora Ana Dalva Batista Reis, do PPS, e aprovada por unanimidade. O ponto negativo foi a ausência do comandante do destacamento da PM de Heliópolis, Sargento Pedro Leal. Os motivos não foram revelados.
Na abertura da sessão, a delegada respondeu a uma pergunta da vereadora Ana Dalva sobre as reais condições da segurança pública do município de Heliópolis. A delegada respondeu que só poderia falar pela polícia civil. Ela e sua equipe, os policiais Flávio e Wellington , estavam agindo além das obrigações, inclusive fazendo rondas e trabalhando em atividades comuns da PM, já que o contingente policial é diminuto. “Nós estamos fazendo a nossa parte, mas é preciso que a sociedade, como um todo, contribua.” Dos crimes mais hediondos, a delegada chamou atenção para o de pedofilia. Há cinco presos pedófilos em Heliópolis. É muito para uma cidade com apenas 15 mil habitantes. Outra coisa que a delegada deixou claro: a maioria esmagadora dos crimes está ligada ao uso do álcool.
Sobre o assassinato do locutor e jornalista Jackson Miranda, Dra. Lígia disse que não poderia dizer mais para não prejudicar a investigação na reta final. “O crime está elucidado, faltam apenas alguns ajustes. É o que posso dizer.”, respondendo a uma pergunta do vereador Giomar Evangelista. Por fim, a Dra. Lígia não soube responder para a vereadora Ana Dalva como andava o processo que tratava do assassinato do Sr. Edmundo da Viuveira, ocorrido outrora. A delegada informou que, quando assumiu, este caso não estava mais na Delegacia.

Estou indo para o Partido Verde

Estou saindo do Partido dos Trabalhadores. Se tudo der certo, até o final do mês, estarei me filiando ao Partido Verde. Estarão comigo os professores José Milton, Marcone Reis, Beléu, Izabel Borges e meu irmão Raimundo Lima. Não vou sair falando mal do PT. É bom que se diga que o Partido dos Trabalhadores é o mais importante das Américas. O presidente Lula deu ao partido uma visibilidade inimaginável. O país é outro depois do PT. O problema é o PT de Heliópolis. Nunca conseguiu ser um partido ousado, com propostas inovadoras. Associou-se a um peleguismo sindical doentio e arrogante. Quando tudo parecia caminhar para uma melhora, recebe uma parcela considerável de carlistas, outrora críticos do trabalhismo. Tudo bem ainda. Afinal, todos podem mudar. O problema é que hoje, com o enfraquecimento visível do vice-prefeito, uma verve pardalesca domina a estrela sem brilho do PT de Heliópolis.
Ainda fui mordido de esperança quando Juarez Carlos, a Dra. Tereza e Irandi me procuraram para tentar salvar o partido. Chegamos a vislumbrar a idéia de lançar Joaquim Torres como um candidato aglutinador. Ficou somente numa reunião. Hoje sei que estão articulando uma chapa única e apresentam Aderaldo, Conselheiro Tutelar, como candidato único. Sei que o rapaz pode até fazer um bom trabalho, mas não posso votar em alguém que humilhou a candidatura de Valdir do Bujão, a pedido de Zé Guerra, tirando a possibilidade de o PT fazer o prefeito de Heliópolis. Mostrou, naquele episódio, quem não tem independência, muito menos visão política. Mas ele tem agora a oportunidade única de mostrar que tem condições de representar um PT do futuro. Só espero que o faça para que, no futuro, possamos nos encontrar.
Quando ao mais, estou consciente de que fiz a minha parte. Vou agora para um novo projeto. Na Bahia ainda iremos de Wagner, mas o Brasil do PV vai de Marina Silva. Isto ficou bem claro na reunião que tive com o Presidente Estadual do PV, Ivanilson Gomes. Estava presente à reunião a vereadora Ana Dalva – do PPS. Ela não pensa em sair do seu partido, no momento.

Rose, Bassuma e Ivanilson
O deputado federal Luiz Bassuma, que foi suspenso por um ano do PT por ser contra o aborto, contrariando o partido, já busca uma alternativa caso não possa se candidatar à reeleição. A esposa dele, Rose Bassuma, que faz parte do movimento das mulheres petistas e foi candidata a vereadora de Salvador em 2008, está indo para o PV. Ela deverá ser uma das fortes candidatas do PV à Câmara Federal. Especula-se ainda que o próprio Bassuma poderá se desfiliar do PT porque agora tem uma justificativa contra o partido, que não respeitou sua condição de espírita. Bassuma já entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a suspensão. Outra candidatura confirmada é a do Presidente do PV no estado, Ivanilson Gomes (foto). Sua candidatura tem um forte articulador: o deputado federal Edson Duarte, que deve concorrer a uma vaga no Senado. Além destas, fala-se na procura de um nome para uma candidatura a deputado federal na região nordeste da Bahia, carente de nomes do PV.

Ana Dalva, CPI e Projetos
A sessão da Câmara de vereadores de Heliópolis, na última segunda-feira, 21, foi muito branda. A ausência de 3 vereadores impediu que a vereadora Ana Dalva (foto) apresentasse o pedido de instalação da CPI da cobrança dos exames. A surpresa da sessão foi a apresentação em bloco dos projetos de denominação de ruas, já com os devidos pareceres das Comissões. Aqueles sem consenso não foram apresentados. São projetos do vereador Giomar Evangelista, da vereadora Ana Dalva, do vereador Claudivan e do vereador Gaminha. Um outro projeto diz respeito à obrigatoriedade da apresentação do cartão de vacina atualizado de todos os estudantes no ato da matrícula, até o 5º ano do ensino fundamental. O projeto é de autoria da vereadora Ana Dalva. Todos foram aprovados por unanimidade, em primeira discussão.

Câmara unida aprova Regime Jurídico do Servidor

O primeiro projeto por acordo foi aprovado na sessão da última segunda-feira na Câmara Municipal de Heliópolis. Trata da Lei que estabelece o Regime Jurídico Único do Servidor Municipal de Heliópolis. Isto só foi possível porque o SINDHELI, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Heliópolis, cansado de tanto apanhar da administração Valtinho, resolveu reagir. Se dependesse dos seus dois ex-presidentes, Antonio Valter e José Mário, os servidores ficavam a ver navios. É bom que se diga que quem fez maior papelão foi Zé Mário. Todos sabem que ele segue ordens de Valtinho, mas não dá para ser testa-de-ferro. Ele foi presidente do SINDHELI e poderia zelar por este histórico. Apresentar um projeto com 210 artigos às 18:00 horas, com urgência urgentíssima, para ser apreciado às 19:00 só porque tem maioria é abusar da sorte e do poder. Quem ficou bem na fita foi o vereador Mendonça. Convocou o sindicato para se reunir com as comissões da casa e melhorar o projeto. Para garantir um acordo mais amplo, o SINDHELI convidou também a vereadora Ana Dalva, Líder da oposição. Foram três dias de discussão. Sexta-feira e Sábado, 28 e 29, no SINDHELI, com as presenças de Ana Dalva, Giomar, Mendonça, Claudivam, os secretários Antonio Valter e Zé Mário, além dos dirigentes do SINDHELI e do advogado sindical. Já na segunda-feira, foram mais de três horas para fecharem todos os pontos. Por incrível que pareça, o mais difícil de negociar era justamente o secretário Zé Mário.
Por fim, bateram o martelo. Em três sessões, no mesmo dia, o projeto foi aprovado por unanimidade e segue para assinatura do alcaide. Uma das conquistas dos servidores mais festejada foi o adicional por triênio. Por sugestão da vereadora Ana Dalva, a licença-maternidade será de 180 dias. Vale ressaltar que os vereadores Giomar Evangelista e Ana Dalva Reis participaram de todas as discussões, sempre ao lado da diretoria do SINDHELI. O lado amargo é ainda a visão que se passa no meio político quando o assunto é servidor público. As conquistas são vistas como favores e os benefícios incomodam muito, principalmente prefeitos ruins e secretários de finanças testas-de-ferro.
Exame de 10 reais
O vereador Mendonça continua duvidando da denúncia da vereadora Ana Dalva sobre a cobrança de exames dentro do posto municipal de saúde. Ao invés de apurar, quer fazer com que o público desacredite na vereadora, informando que ela pegou a informação na rua, de ouvi dizer. Na sessão da última segunda-feira, a vereadora voltou a confirmar e sustentou a denúncia. Este blog vai ajudar o vereador a se convencer do fato. Basta que ele pergunte ao funcionário Zaqueu, servindo na própria Prefeitura, quem foi que pagou o exame do filho dele nestas mesmas condições.
Os Grilos em Heliópolis
O grupo que fez zoada para apoiar a 1ª Dama Pombalense, Cecília, está já bem diminuto. Correm nos bastidores que restaram apenas Mundinho do Tijuco, o vereador Valdelício e o vice-prefeito Zé Guerra. E parece também que este último está quase abandonando o barco. Já fora visto ao lado dos Pardais em pontos da cidade. Falam até de um telefonema da Deputada Fátima Nunes para seu vice. Esta Irada! E com justa razão!
Com que roupa?
A situação da Deputada Fátima Nunes, em Heliópolis, não é nada boa. Considerada uma parlamentar de participação ativa em suas bases, aqui não teve sorte. O seu representante, o atual vice-prefeito Zé Guerra, comprometeu o PT e seu principal nome com jogadas políticas desastrosas. Agora, abandonado pelos Pardais, Zé Guerra vive o seu inferno astral. Sem prestígio, apega-se às bóias de Valdelício e Mundinho do Tijuco e pode abandonar Fátima. A saída boa era ter o apoio de Valdir do Bujão e do vereador Renilson. Será? Com que roupa Fátima vai para 2010?
Eleição antecipada
Esta coisa de ficarem lançando nomes para uma eleição que só acontecerá em 2012 é típica das administrações ruins. A oposição vê logo a possibilidade de ser governo e parte para as articulações. Aqueles que votaram no governo, por não desejarem ser oposição, passam a se distanciar do prefeito para evitar a contaminação da impopularidade. Este fenômeno está acontecendo em Heliópolis desde março, e vem aumentando de intensidade.
Desaparecido
E por falar em eleição, quem anda desaparecido há um bom tempo é o ex-prefeito Zé do Sertão. Dizem que, quando aparece, vai pras bandas da Cajazeira, do Angico, chega de madrugada e não aparece na janela. Uma coisa é certa: diz que é candidato a deputado e com grandes possibilidades de ser eleito para a Câmara Federal. Bom, eu não duvido! Tudo é possível! Mas, pelo que sei, no interior, a gente tem que sair por aí batendo nas costas de um amigo e de outro para pingar os votos. Ou, ainda é possível, com a modernidade, aparecer na mídia. Não vi Zé do Sertão na TV e nem na janela. Como ele vai ser deputado? Certo fez a vereadora Ana Dalva, brincando com o fato. Perguntada sobre a candidatura de Zé do Sertão, ela respondeu: “Não sei se ele vai ser candidato. Ainda não conversamos sobre isso. Mas, se você o encontrar por aí, diga-lhe que eu topo fazer uma dobradinha com ele. Serei candidata a Deputada Estadual.” É isso!

Ana Dalva encurrala Mendonça

Na sessão do último dia três, a vereadora Ana Dalva Batista Reis colocou o vereador e presidente da Câmara Municipal de Heliópolis contra a parede. Exigiu dele explicações sobre novas diárias pagas pelo erário do legislativo, desta vez ao próprio presidente. “Há um gasto desta casa de 899 reais, referente a diárias pagas a V. Sa. para deslocamento a povoados, para Poço Verde e para Salvador. Quer dizer que o senhor está cobrando diária para ir a Poço Verde, Sr. Presidente? São apenas 13 quilômetros distantes de Heliópolis. Pior, há um carro alugado a esta casa, do Sr. Emanuel Carvalho de Fontes, por 3.600,00 reais, acredito que para fazer estas viagens. Além do mais, o sr. também recebeu mais 2.346 reais de diárias e não disse para que finalidade.” Além de mostrar que está decidida a lutar contra os erros e vícios de administradores públicos, Ana Dalva ficou irritada por ter pedido a organização de uma sala para a minoria e ouviu de Mendonça a afirmação de que não havia dinheiro para tal. “Gostaria de ter de V. Excelência uma explicação sobre estes fatos e dizer que a Câmara continua gastando absurdos em consultorias, contabilidade e assessoria jurídica. No mês de maio foram exatos 9.500,00 reais. Mas tenho uma boa notícia para V. Excelência, encontrei várias empresas em Salvador e Feira de Santana que se prontificaram a fazer a contabilidade da Câmara, com consultoria e assessoria por apenas 4.700,00 reais. Se V. Excelência se interessar, pode me procurar. Porque é um absurdo, num orçamento de 63 mil reais, gastar quase 10 mil só com isso.”, finalizou.

Walter Pinheiro esquecido

Uma solenidade surpresa tomou conta da sessão da Câmara Municipal de Heliópolis na última segunda-feira, dia 3 de Agosto. Os vinte e nove Agentes de Saúde tomaram posse em definitivo como funcionários públicos do município de Heliópolis. O evento foi cuidadosamente organizado para não dar espaço à oposição. Como tudo foi feito por força de Lei, o objetivo era aproveitar o momento para exaltar exatamente quem nunca fez nada pelos Agentes de Saúde: o prefeito Valter Rosário. Para isso, lá estava a tropa de choque. Representando o prefeito, e arranjando desculpas mais uma vez para justificar a ausência do alcaide, José Mário, secretário de administração. Também estavam presentes a secretária de Saúde, Valdira, o secretário de educação Antonio Valter, sindicalistas, funcionários públicos e todos os vereadores que, mesmo não sendo convidados ou comunicados sobre o evento, não puderam se ausentar, já que a sessão solene foi logo após a realização da sessão ordinária. O grande ausente no evento foi realmente o atual secretário estadual de planejamento, deputado Walter Pinheiro. Nem mesmo o vereador Giomar Evangelista, do PC do B e agente de saúde, citou o nome do grande responsável pela luta de transformar os agentes de saúde em servidores públicos efetivos. Será que é pelo fato de ser Walter Pinheiro do PT?

Nova pesquisa aponta favoritismo de Wagner

Pesquisa encomendada pelo Instituto Getúlio Vargas, do PTB, que, na Bahia, é presidido pelo ex-deputado e atual diretor da Sudene, Benito Gama, foi divulgada ontem pelo site BahiaNotícias. A pesquisa foi realizada em Salvador e 35 municípios do interior baiano, pelo Instituto Economic Pesquisas e Projetos. A consulta será feita também em mais seis estados brasileiros. Os agentes de pesquisa foram a campo entre os dias 8 e 16 de julho, portanto é novíssima. Foram entrevistados dois mil eleitores e a margem de erro é de 2,5%. O governo do Estado foi avaliado como regular por 46% dos entrevistados, enquanto 19% consideram bom e 5,7% como ótimo. Em compensação, 16% dos entrevistados avaliam o governo petista como ruim e 9,7% como péssimo. Nem mesmo a sustentação do presidente do Senado, José Sarney, abalou de forma significativa a imagem de Lula e a avaliação do governo federal. Para 39% dos entrevistados, o governo Lula é bom e 27% o consideram ótimo. Além disso, 24% dos ouvidos acreditam que o governo é regular, enquanto 3% consideram ruim e apenas 2% escolheram a opção péssimo. Na pesquisa espontânea, quando foi perguntado aos entrevistados em quem eles votariam para o governo do estado na próxima eleição, obteve-se o seguinte resultado: Jaques Wagner 24,6%, com 10,8% de rejeição; Paulo Souto 12,2% e 11,5% de rejeição; e Geddel Vieira Lima 5,7% e 4,3%. Enquanto isso, 5,7% não souberam ou não quiseram opinar. Já na pesquisa induzida, os números são os seguintes: Wagner 35,8% e 18,1% de rejeição; Paulo Souto 27,8% e 21,4%; Geddel 14,7% e 10,8%. Brancos e nulos somaram 8,25%. Quando a pesquisa simulou os possíveis confrontos do 2º turno entre os três possíveis candidatos, o atual governador ganhou de Paulo Souto por 45% contra 37% do democrata. O petista também venceu o ministro da Integração Nacional por 49% a 29%. Na simulação entre Paulo Souto e Geddel, o ex-governador aparece com 42% contra 31% do peemedebista. O levantamento também avaliou a intenção de votos para alguns possíveis candidatos ao Senado Federal. O atual senador ACM Jr. (DEM) ficou com 25,4%, o também senador César Borges (PR) aparece com 21,9%. (Fonte: Tribuna da Bahia - 29.07.2009)

Ana Dalva lança informativo


A veradora Ana Dalva, do PPS de Heliópolis, está lnçando um informativo para prestar contas do seis primeiros meses de mandato. O nome do informativo é ANA DALVA NEWS e vai aqui publicado o seu conteúdo. Quem desejar receber via e-mail é só pedir pelo landisvalth@oi.com.br. Inclusive contribuir com críticas e sugestões.

Ana Dalva NEWS

Informativo do mandato da vereadora Ana Dalva
Heliópolis – Bahia - Nº 01 – JULHO de 2009
Ana Dalva deixa claro:
“Não faço oposição a Heliópolis”

A vereadora Ana Dalva Batista Reis, eleita pelo Partido Popular Socialista – PPS – do município de Heliópolis, integrante da coligação A Vontade do Povo, deixa claro que sua participação no parlamento de Heliópolis é marcada pela coerência. Eleita simbolicamente como a líder da oposição, insiste na tese de não fazer oposição a Heliópolis. “Esta coisa de rotular as pessoas como de oposição leva logo a se pensar em ser contra os que estão no poder. Não faço oposição às pessoas, faço aos atos errôneos das pessoas. Se o prefeito fizer uma boa administração, é minha obrigação referendá-lo. Se ele continuar administrando Heliópolis da maneira como vem, continuarei sendo combativa, porque sou oposição ao erro, à corrupção, à falta de compromisso com o povo.” disse.
Ana Dalva questiona contas da Prefeitura e da Câmara
A vereadora Ana Dalva não se conforma com as contas apresentadas ao TCM pelo Prefeito Valter Rosário e pelo Presidente da Câmara. Ela questiona a quantidade de contratos de consultoria, de aluguel de carros para a área da saúde, de aluguel de carro para a Câmara Municipal, da quantidade de combustíveis gastos pela prefeitura e câmara. Ana Dalva também está achando muito alto o custo do lixo para o município e vai questionar seriamente. Outra questão diz respeito aos gastos com a festa de Emancipação Política de Heliópolis, no dia 11 de Abril. Luiz Caldas, Dragões do Forró e Marcelo de Dunga custaram aos cofres públicos mais de 50 mil reais. Também diz na prestação de contas que a prefeitura comemorou o Sábado de Aleluia, que também foi dia 11 de abril, fato muito estranho. O que ainda torna a prestação mais estranha ainda é que houve uma divulgação na cidade informando ter sido Luiz Caldas presente de um deputado. De tudo, o que deixou a vereadora mais irritada foram os mais de 7 mil reais de diárias gastos pela Câmara. Ana Dalva quer saber quem foi o beneficiário, já que nenhum vereador ou funcionário fez uso e o presidente da casa disse que também não utilizou uma única diária sequer.
Ana Dalva presta contas
Os primeiros seis meses de mandato da vereadora Ana Dalva foram marcados pela cautela e pela tentativa da convivência harmoniosa entre os pares. Ela tentou dialogar muito com o presidente do legislativo e deu um tempo para que o prefeito municipal se organizasse na sua nova função. Passados os tradicionais cem dias, Ana Dalva percebeu que a mudança tão propalada era mais um calote no eleitor. A percepção veio com a apresentação de projetos. No início, Ana Dalva reclamou de um erro grosseiro em um dos projetos e de alguns artigos carregados de inconvenientes. Esse, só os erros foram corrigidos, os inconvenientes não. Daí em diante, passaram a não corrigir mais nada. Tudo que viesse do prefeito, coerente ou não, a Câmara fechava questão, até em projetos que eram verdadeiros cheques em branco. Percebeu-se a má vontade dos vereadores em questionar os projetos. Alguns até admitiam os erros e problemas, mas diziam que dariam um voto de confiança ao prefeito. Para completar, todos os projetos apresentados pela vereadora Ana Dalva estão engavetados. Nem mesmo foram analisados pelas comissões. Entretanto, todos os dez projetos oriundos do executivo foram aprovados sem nenhuma vírgula de alteração sequer, alguns inclusive aprovados em um único dia. Para Ana Dalva só há uma realidade a ser dita nesta história toda: o Legislativo de Heliópolis está subserviente e vassalo do Poder Executivo. Isto, segundo ela, é perigosíssimo para a democracia e para o povo de Heliópolis.
Proposituras apresentadas pela vereadora Ana Dalva até Junho
Moções –
Foram ao todo 7 Moções: 1 - Agradecendo aos agentes públicos a transferência do lixão. 2 - Lamentando falecimento de EUFLAUSINA ISIDIA DOS SANTOS. 3 - Agradecendo trabalhos prestados do ex-Diretor Administrativo, Sr. Paulo Eliomar Dantas Andrade, ao Legislativo Municipal. 4 - Lamentando falecimento de MARIA FRANCISCA DE PINHO. 5 - Lamentando falecimento de MARIA DE SOUZA ANDRADE. 6 - Lamentando falecimento de ADALGISA BATISTA ROSÁRIO. 7 - Apresentando congratulações à CHAPA 2 pela vitória na eleição do STR de Heliópolis. Todas aprovadas.
Requerimento – Foi o que convocou o Secretario de Educação para esclarecimentos.
Indicações – Foram 11 indicações: 1 – Solicitou abastecimento de água à comunidade de Tanquinho. 2 – Pediu o início do calçamento da Rua Isaías Ribeiro. 3 - Indicou necessidade de obras de escoamento de águas na avenida Poço Verde. 4 – Pediu melhoria das estradas de Arrozal. 5 – Solicitou colocação de bancos no largo do cemitério. 6 – Solicitou organização dos logradouros públicos de Heliópolis. 7 - Indicou necessidade de criação da Casa do Estudante de Heliópolis em Aracaju e/ou Paripiranga. 8 – Solicitou limpeza em frente à escola João Benício, no povoado Farmácia. 9 – Pediu melhoria do acesso ao povoado Farmácia. 10 - Mostrou necessidade de realizar operação tampa-buraco na periferia da cidade de Heliópolis. 11 – Pediu melhoria da iluminação pública do povoado Farmácia.
Projetos de Lei - Foram apresentados 7 Projetos de Lei – 1º - Denominando de VICENÇA DE JOÃO MAIA o logradouro do povoado Farmácia conhecido até então por RUA DOS VIEIRAS. 2º - Denominando de JOÃO VIRGÍLIO o logradouro do povoado Farmácia que dá acesso ao povoado Serra dos Correias. 3º - Denominanda de MANOEL CAETANO a avenida principal do povoado Farmácia. 4º - Denominando de JOÃO PEQUENO o logradouro do povoado Farmácia localizado aos fundos do armazém do Sr. João Benício e que forma cruzamento com o logradouro denominado Rua dos Vieira. 5º - Denominando de rua FRANCISCO CLAUDINO DOS SANTOS (Chico de Minininha) o logradouro público conhecido popularmente de rua do Açude, que tem início na praça Isabel Ribeiro seguindo em direção ao açude público de Heliópolis. 6º - Tornando obrigatória a realização de exames básicos de saúde nos estudantes da rede municipal de ensino em, pelo menos, uma vez por ano. 7º - Tornando obrigatória a apresentação do cartão de vacinação atualizado do estudante no ato da matrícula escolar nas Creches e no Ensino Fundamental, até o 5º Ano, na Rede Municipal de Ensino. Todos esses projetos estão com tramitação estagnada.
Outros – Além disso tudo, a vereadora Ana Dalva apresentou emendas a projetos oriundos do executivo, mas todas fora rejeitadas pela bancada do prefeito. Ela também é membro da Comissão de Educação e Saúde e da Comissão de Constituição e Justiça. Em ambas exerce a função de Secretária.
Destaques em discursos - 1 – “O prefeito de Heliópolis, acredito, está confiando na existência de médicos em Poço Verde, Cícero Dantas, Ribeira do Pombal e Aracaju, mas nunca é demais lembrar que muitos casos poderiam ser resolvidos aqui, principalmente aqueles que podem salvar uma vida em um minuto”. Em 02.03.2009. 2 – “Eu estou aqui neste parlamento e eu sou a comprovação de que o povo valoriza sim os políticos que trabalham. Não pensem que o povo é massa de manobra. Comecem a trabalhar estrategicamente em benefício do povo.” Em 02.03.2009. 3 – “Em Heliópolis não vi nenhum professor comemorar a nomeação do professor Antônio Valter para a Secretaria de Educação ou do professor José Mário para a secretaria de Administração, mas vi professores festejarem a demissão de um diretor de colégio. Aqui, comemora-se a desgraça do outro.” Em 16.02.2009. 4 – “Estamos com 46 dias de uma nova administração e já estou assistindo ao mesmo lengalenga de sempre.(...)O lado que ganhou fica em silêncio e o povo necessitado chora baixinho na esperança de tudo melhorar. Falam que devemos dar um tempo para que as coisas se ajeitem. A dor não espera, a fome não espera, mas o povo tem que ter paciência.” Em 16.02.2009. 5 – “Aqui não se usa a razão para melhorar um projeto. A questão aqui é ser contra ou a favor do prefeito e não contra ou a favor de Heliópolis. É uma questão do grupo político. Se for assim, meu voto é contra.” Em 18.05.2009. 6 – “Espero explicações, Sr. Presidente, pois creio que esta casa não pode cometer erros. Temos que dar exemplo de seriedade na aplicação dos recursos. (...) Cheguei aqui depois de muitas dificuldades e lutas. Não quero decepcionar meus eleitores, minha família e o povo de Heliópolis.”, em 18.05.2009. 7 – “Perco a esperança quando descubro que a Prefeitura Municipal de Heliópolis gastou quase 15 mil reais com aluguel de 13 automóveis e uma criança quase morreu sufocada por não existir atendimento 24 horas no posto de saúde, sequer para fazer uma inalação.”, em 01.06.2009.

Frustração e servilismo marcam 1º semestre da Câmara de Heliópolis

Nesta última segunda-feira, dia 29 de Junho, deu-se o encerramento do 1º semestre legislativo da Câmara Municipal de Heliópolis. Quem pensava, nessa primeira parte do ano, uma mudança de comportamento dos vereadores, só encontrou frustração. Dos três novos, Ana Dalva foi a única que representou, de fato, mudança. Giomar Evangelista, esperança de muita gente, só levantou as pestanas duas vezes: na eleição da mesa, quando poderia ter sido o presidente, não fosse a pulada de muro de Clóves Pereira, e no momento em que votou numa das emendas da vereadora Ana Dalva, obrigando o voto de minerva do presidente. Fora isso, foi servilismo só ao “Excelentíssimo”, como ele mesmo chama o prefeito. Já Claudivam Alves, o mais votado, chega a ser infantil em sua vassalagem ao poder. Resumindo: Ana Dalva é o retrato da irritação quando vê o legislativo municipal cabisbaixo e inútil diante da possibilidade de transformação; Giomar Evangelista é o retrato do servilismo constrangedor, dando sinais, às vezes, de que poderia ser diferente; e Claudivam é o novo que conseguiu ser mais velho que o velho conhecido. Para não ser injusto com os novos, os velhos continuam velhos. Nada de novo. Não adianta aqui ficar analisando. Heliópolis é um município pequeno e todos se conhecem.
Dois projetos, três sessões e uma cajadada
Na última sessão do ano, o prefeito fez cabelo, barba, bigode, cavanhaque e virilha. Aprovou em um único dia, em menos de duas horas, dois projetos de Lei: o de nº 9, que trata da autorização para participar do Consórcio Regional da Cidade Digital. A aprovação foi unânime. A vereadora Ana Dalva disse que o projeto é excelente, mas que não deu para entender por que apresentado de forma tão esdrúxula, na última sessão do semestre e de urgência urgentíssima. Este blogueiro aposta em duas coisas: ou é incompetência ou falta de planejamento. Participam do projeto as cidades de Jeremoabo, Santa Brígida, Coronel João Sá, Sítio do Quinto, Novo Triunfo, Cícero Dantas, Euclides da Cunha, Ribeira do Pombal e Heliópolis. Como o beijo é a véspera do escarro (ver Augusto dos Anjos), o projeto de lei nº 10 é uma verdadeira pérola. Trata-se de uma autorização para abertura de crédito especial ao orçamento vigente, por anulações e remanejamentos de recursos. Para quem quer entender melhor: não havia dinheiro para pagar apoio às “Associações e Instituições Culturais”, tipo CONFUTURO, da Barreira do Tubarão, e remanejaram-se recursos da construção de quadras esportivas. Para justificar o projeto, o vereador Mendonça criticou o orçamento dizendo ser impossível construir uma quadra de esportes com 80 mil reais. Realmente, só dá para construir duas. A vereadora Ana Dalva votou contra. Vale registrar que a vereadora Naudinha foi a única ausente. Resultado 6 X 1. Em seguida foram feitas mais duas sessões extraordinárias e as votações seguiram sem nenhuma alteração.
Valdelício foi, definitivamente
Parece que agora é para valer: Valdelício Dantas da Gama não é mais da oposição. Na última sessão do semestre comunicou à vereadora Ana Dalva que votaria a favor de todos os projetos do prefeito. A vereadora disse que ele estava livre para tomar a decisão que quisesse, mas que gostaria de saber o motivo. O vereador disse que precisava. Citou a necessidade de um carro para tratamento de saúde em Aracaju. A vereadora não disse mais nada. Não tinha mais o que dizer diante de um absurdo daqueles e ficou falando só pelo resto das três sessões, já que Naudinha não compareceu. Desiludida, após o encerramento da última sessão, disse:”Na terra onde um vereador precisa votar cegamente nos projetos do prefeito para ter direito a um carro para tratamento de saúde, o povo está perdido! Isso não pode ficar assim.”
Sobre vilões e mocinhos
Na última postagem deste blog fiz um comentário sobre as desilusões de Valdir do Bujão. Uma pessoa muito influente, que me pediu para não divulgar o nome inicialmente, disse que eu estava completamente equivocado. Colocaram Mendonça na Câmara Municipal para afastá-lo da administração. Disse-me ainda que o Padre manda mais que o presidente do Legislativo. O homem que comanda Heliópolis é Valdir do Bujão. Todo o financiamento da campanha dos Pardais passou por ele e tem endereço na cidade de Itabaiana. Celso foi apenas uma pequena quantia, já resolvida. Como este blogueiro é desconfiado, vai pesquisar para confirmar. Até porque a fonte é parente próximo do prefeito e pode funcionar como uma espécie de desculpa para a péssima administração que ele faz. Também pode ser uma tentativa de livrar um pouco o vereador da carga negativa que vem sofrendo.

Pesquisa aponta vitória de Wagner em 2010

Pesquisa divulgada pelo instituto Campus aponta a reeleição do governador Jaques Wagner (PT) em 2010. O petista aparece com 43,7%, seguido do ex-governador Paulo Souto (DEM), com 30,4%, e do ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), que tem 16,8%. Na espontânea, Wagner figura com 29,8%, contra 11,8% de Souto, 6,1%% do deputado ACM Neto (DEM), 4,4% de Geddel e 1,2% do prefeito João Henrique Carneiro (PMDB). Nas projeções para um eventual segundo turno, Wagner venceria Souto por 48,2% contra 38,7%. Se o adversário fosse Geddel, o petista o derrotaria com 56,9% contra 24,9%. A pesquisa ouviu 2.593 pessoas acima de 16 anos em 52 municípios do estado, neste mês. A margem de erro é de 1,97% para mais ou para menos.
Dilma Rousseff já é a 2ª colocada na Bahia
O instituto Campus também pesquisou as intenções de voto para a sucessão presidencial na Bahia. Na estimulada, o governador tucano José Serra (SP) obteve 36,8%, vindo a seguir a ministra petista Dilma Rousseff (Casa Civil), com 29%. O deputado Ciro Gomes (PSB) alcançou 11,7% e a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL), 8,8%. Na espontânea, o presidente Lula, que não pode ser candidato, venceria com folga: teria 38,9% seguido por Serra (7,3%) e Dilma (7,3%).
Governos Lula e Wagner bem avaliados
Segundo o instituto Campus, a avaliação do governo Wagner está bastante positiva, já que 60,8% aprovam a administração, 26,1% reprovam e 11,7% nem aprovam nem desaprovam. O governo Lula vai além. Tem 74,2% de ótimo/bom e 20,9% de regular. Só 4,4% acham ruim/péssima. (Fonte: Bahia Notícias – www.samuelcelestino.com.br)
A palavra do leitor
Venho através deste, parabenizar e agradecer ao senhor Landisvalth e a senhora Ana Dalva, primeiramente pela vitória na câmara e depois por este blog.Porque através dele tenho acesso mesmo distante aos acontecimentos da minha querida Heliópolis, ainda que notícias não muito satisfatórias mas esperançosas, visto que vejo que existem ainda pessoas que assim como eu acreditam em uma melhoria para esta cidade e que mesmo diante de pessoas vendadas para a realidade não desistem. Bjus, lembranças a todos e até a festa do São Pedro se o senhor nos permitir...
Valterlânia Castro (valterlaniacastro@hotmail.com)

Mangabeira vence Raspador


A Associação Desportiva Mangabeira da cidade de Heliópolis (foto acima) venceu a equipe de Raspador (foto abaixo) pelo placar de 2 X 1. O jogo valeu pela última rodada da fase preliminar do campeonato organizado pelo professor e desportista Beléu. O Jogo foi concorridíssimo e aconteceu no campo do areal, em Heliópolis. Cerca de 2 mil pessoas assistiram à partida. É sucesso total. As quartas-de-final ocorrem a partir da próxima semana. Em breve divulgaremos a seqüência de jogos.















Emendas de Ana Dalva

A vereadora Ana Dalva apresentou duas emendas ao Projeto de lei nº 06/2009, de autoria do Executivo Municipal, que trata da LDO. A presidência da Câmara Municipal de Heliópolis enviou às Comissões da casa para análise.

Zé do Sertão é Federal

O que estava circulando como um boato parece se consolidar. A candidatura do ex-prefeito Zé do Sertão foi confirmada por inúmeras fontes. Só falta a confirmação do próprio candidato. Dizem que ele sairá para Deputado Federal em dobradinha com Marcelo Nilo. Qual partido? Ainda não se sabe. Certo é que não será pelo PSDB.

Gama e Valdelício

Depois que o vereador Valdelício andou dando alguns votos aos aliados, principalmente em projetos de valor duvidoso, toda a oposição gritou. Quem ouviu os gritos foi Gama. Este teve uma conversa de pé de orelha com o vereador. Parece que a conversa foi boa. Valdelício está alinhado com Ana Dalva e Naudinha. A oposição está quase refeita. Quanto a Clóvis....

Mendonça muda o foco

Cansado de rebater a vereadora Ana Dalva sem ter resultados práticos, o presidente da Câmara Municipal de Heliópolis, vereador José Mendonça Dantas, nomeou Giomar para rebater a líder da oposição. Esperta, a vereadora percebeu e deixou Giomar falando só. Agora, Mendonça resolveu eleger este blog como o alvo preferido. Durante quase uma hora falou cobras e lagartos do que aqui foi escrito. Este blogueiro não vai responder nada agora. Esperarei a sessão do dia 15 para usar a tribuna no horário popular, já devidamente reservado.

Meus melhores alunos de Português do José Dantas

Como prometido, seguem as fotos dos alunos que obtiveram as melhores notas na avaliação de Língua Portuguesa, da 1ª Unidade. Foram eles: Tailaine (1º A), Emerson (2º B), Irlaine (3º A), Maria Carlane (3º B) e Maria Orleide (3º C). A
campeã geral foi a aluna Maria Carlane, do 3º B. Parabéns.



Chapa 2 vence eleição no STR de Heliópolis

Foi uma vitória relativamente fácil. Por 679 a 407, a chapa 2, liderada por Juarez Carlos de Oliveira, do povoado Maçaranduba, venceu a chapa 1, liderada pelo ex-quase eterno presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Heliópolis - STRH - José Andrade Guerra, vice-prefeito da cidade. O pleito se deu durante todo o dia de sábado, 30 de maio último, no Colégio Waldir Pires. A chapa vencedora conta ainda com Zefinha Romão, vice-presidente, e pelos futuros dirigentes Arnado da Maçaranduba, Antonio Peixinho, Zito da Itapororoca, Zezinho de Tonho de Louro, Arnaldo do Tanque Novo, João Ambrósio, Rosineide de Ozanias da Serra, Reginalda do João Grande e Gildázio do Tanquinho. Muitos deles já eram dirigentes do Sindicato e não concordaram com mais um mandato para o vice-prefeito.
Pardais de olho no PT
Com esta derrota, Zé Guerra agora vai ter que se rebolar para não perder o PT. Os Pardais estão de olho no partido desde a última eleição. Valdir do Bujão e Lázaro estão jogando pesado para vencer o próximo PED. Basta uma aliança destes com o vereador Renilson para que o apoio do restante do grupo pardalesco esteja garantido. Tudo então estará como eles queriam: o PT autêntico enfraquecido com a colaboração e genialidade política de Zé Guerra, temperada com uma dose suicida de ambição. Como o meu PT autêntico está agonizando, resta-me apenas um balde cheio de gasolina para tentar apagar o incêndio. É justo fazer um parênteses: Lázaro não é do novo grupo PT do P. Está mais para o PC do B do P. Lembrem-se que P pode ser Partido ou Pardal.
Os derrotados da eleição do STRH
Não há necessidade mais de falar em derrota de Zé Guerra. O Sindicato era sua carta política. Acabou. Não aprendeu ainda que política é coerência, luta e união. Mas não é ele sozinho o derrotado. Perdem com Zé Guerra: Fátima Nunes e Nelson Pelegrino. Do grupo de Fátima só está vivo Arnaldo da Maçaranduba. Ela agora terá que contar com o seu carisma e com o trabalho do governador Wagner no município.
Os vitoriosos da eleição do STRH
Inegavelmente o PC do B deu uma cartada de mestre. A eleição do STRH foi para o PC do B mais importante que a vitória de Valtinho. Por quê? O prefeito era carlista. Pode qualquer hora pular do barco comunista. Se Juarez fizer um bom trabalho, as bases populares do partido serão consolidadas. Irandi sabe disso. Por isso entrou para ganhar. Quem também marca um pontinho é a vereadora Ana Dalva que, com o resultado, acabou devolvendo um pouquinho do que sofreu com Zé Guerra em pleitos passados.
Cheque em branco
E por falar em eleição, não teve jeito. A vereadora Ana Dalva contou com os votos de Naudinha e Valdelício, mas a Câmara Municipal aprovou o projeto n de Lei nº 07 que dá ao prefeito carta branca para fazer o convênio que quiser, com que quiser. A votação foi na última segunda-feira. Indignada, a vereadora ainda cobrou também o funcionamento dos postos do PSF. A falta de médico está acabando com a saúde do heliopolense.

O Senhor Sindicalista

Neste dia do Trabalhador findei a leitura do romance O Senhor Embaixador, do grandioso Érico Veríssimo, lá do Rio Grande do Sul. É uma obra que trata de uma época em que a América Latina sofria de uma doença chamada “Golpe Militar”, asfixiadora das vias democráticas do continente. O personagem central é Gabriel Heliodoro, embaixador da República fictícia de Sacramento nos EUA. Filho de prostituta, conseguiu vencer pela revolução, apoiando um golpe de estado conquistado na base das armas. Após 36 anos é preso. Seu amigo presidente não consegue segurar as forças revolucionárias. Corajoso, ao invés de fugir das margens do Potomac, em Washington, para o Sena, em Paris, foi socorrer os amigos em Cerro Hermoso, capital de Sacramento. Sucumbiu heroicamente e foi julgado pelo tribunal revolucionário. Um ex-colega de embaixada, Pablo Ortega, agora revolucionário, o defendeu, mas a sentença de morte foi decretada. Ele completou a lista de 500 executados na “Plaza de Toros”. Morreu sem lamentações, sem pedido de misericórdia, gentilmente oferecendo “los cojones” ao Museu Nacional.
Uso esta obra para analisar costumes na política local. Em nossa região, há uma infinidade de políticos que vêem a atividade como um negócio. De posse do poder, querem recuperar o investimento que fizeram. É típico. O idealismo é uma prática em vias de extinção. Até mesmo na esquerda, o ideal foi substituído por um falso vamos dar as mãos e lutar, ou pela disputa de pequenos grupos, próximos a comportamentos de idade média. Um petista disse a mim uma vez: nossa luta é para mudar a sociedade. Hoje vejo os mesmos que chegaram ao poder afirmar: nossa luta é para vencer. Ou seja, vencer é prioridade. Mudança é uma possibilidade. Isso não é uma generalização, mas uma predominância.
Sem abusar muito dos meus três ou quatro leitores, vou falar do que conheço melhor: Heliópolis. Melhor dizendo: os políticos de Heliópolis. Hoje, o sorteado foi Zé Guerra, o vice-prefeito. Ele não tem nada a ver com Gabriel Heliodoro em termos de comportamento político. Gabriel era fiel ao que acreditava e gostava de sê-lo. Ocorre que o embaixador teve um fim trágico. Vou usar tal fim como metáfora para o que se aproxima do trecho epílogo da “carreira” do sindicalista. A eleição do STRH, dia 30 de Maio, será o início do fim político ou o início da reformulação do comportamento político do atual pseudo-petista vice-prefeito.
Não, caro leitor. Não tenho o poder das cartomantes. Trago comigo uma velha frase popular: quem planta milho colhe milho! Disse que o ex-prefeito Genival Nunes pagaria um preço altíssimo por não administrar Heliópolis, entregando o seu governo a outros. Vejam a situação hoje dele. O ex-prefeito Aroaldo Barbosa não tem força hoje para eleger um vereador e caminha para o ostracismo, apesar de governar Heliópolis por três vezes. Poderia citar mais casos, mas vou parar por aí. Não quero queimar toda minha pólvora.
Está mais que visível: todos se uniram contra Zé Guerra no Sindicato dos Trabalhadores Rurais. A chapa da oposição, liderada por Juarez, tem apoio de Pardais, Bem-te-vis, parte do PT, PC do B e até da vereadora Ana Dalva. Quem não está apoiando está neutro. Muitos não querem se envolver, mas torcem pela derrota do vice. Muitos dos que lutam contra Zé Guerra são os mesmos que o ajudaram quando eu quis o melhor para o PT. Se eles tivessem me ouvido naquela época, hoje o PT teria o prefeito de Heliópolis e estaríamos realmente transformando nosso pequeno mundo heliopolitano. Ainda assim, seria possível caminharmos se o vice-prefeito fosse um aglutinador de todo esse segmento. Mas não! Ele só pensa em ter mais e mais poder. Quer lambuzar-se na fartura do poder. Ou é dele ou de ninguém. O fim será a morte política.
É pena que nosso comportamento, mesmo individual, afeta consideravelmente outros seres e elementos. Se Zé Guerra destruísse a si mesmo, problema dele. Ocorre que esta derrocada levará o PT junto. Ele não terá mais forças para controlar com mão de ferro a legenda em Heliópolis. Pior, os verdadeiros petistas são poucos. Para completar, os pardais já estão com a chapa pronta para o PED do final do ano. Ou seja, será mais uma legenda a serviço daqueles que querem apenas vencer!
Mas bem que Zé Guerra poderia usar a possibilidade de derrota para reconstruir sua caminhada política. Para isso, teria que pautar-se na humildade, num comportamento conciliador.... Vamos parar por aqui. Convoco Chico Buarque de Holanda para me socorrer: “Hoje eu tenho apenas uma pedra em meu peito / Exijo respeito / Não sou mais um sonhador!”

Duas boas notícias de Heliópolis

Meus dois ou três leitores vão ficar alegres com os fatos que trago aqui, regados a vodca com limão e aguardando um bacalhau comprado na promoção para o almoço desta Sexta-feira muito Santa. Os tempos estão difíceis, mas já foram bem piores.
A primeira boa notícia é com relação ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Heliópolis. Apesar do comportamento do seu quase ex-eterno presidente, Zé Guerra, a Assembléia Geral do último sábado, dia 04 de abril, foi promissora. Tudo isso graças à presença de representante da FETAG, que fez tudo dentro do regimento da entidade, apesar dos protestos do ex-presidente e atual vice-prefeito. As presenças de Dr. Jairo, vice-prefeito de Ribeira do Pombal, Cristovão, Presidente do STR de Cícero Dantas, e Marcos, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Soure, deram legitimidade ao processo. A Assembléia escolheu uma comissão diretiva provisória, fruto de acordo entre as partes interessadas. Esta comissão administrará o STRH até que sejam empossados os novos diretores, que serão eleitos em 30 de Maio, data também escolhida por consenso. Os diretores provisórios são: Presidente: Marcondes de Pinho, Tesoureiro: Joaquim Messias Torres e Secretária: Nalva. Como se pode perceber, não há nenhum parente de Zé Guerra. Esta diretoria provisória nomeará a comissão eleitoral responsável pela realização do pleito em 30 de Maio. A única coisa que ainda não foi resolvida é o impedimento da candidatura de Zé Guerra. Ele quer concorrer pela quarta vez. Mas a chapa de Juarez Carlos, da oposição, está torcendo para que ele possa concorrer legalmente. Derrotá-lo, de uma vez por todas, é o grande sonho daqueles que ainda acreditam num sindicato que volte a ser dos associados e não de uma família só. Fato é que Zé Guerra está numa situação difícil. Os únicos com peso eleitoral que ainda o acompanham é Agostinho do Camboatá e João de Pinho. Zezinho, Dra. Teresa, Juarez, Joaquim Torres, Dilma, os Peixinhos e tantos outros estão todos na oposição. Só esperamos que eles organizem o STRH e tratem bem o povo trabalhador rural sofrido de Heliópolis, lógico, se vencerem as eleições.
A segunda boa notícia vem da Câmara Municipal de Heliópolis. Apesar de o Prefeito Municipal não ter mudado a tabela-base de vencimentos dos professores, a partir do valor de 640,00, sugerido pela vereadora Ana Dalva, do Projeto de Lei nº 02.2009, um grupo de sindicalistas do SINDHELI, mais precisamente Maria Eugênia, José Ilson, Zenaide, Igor Leonardo e Quelton, todos professores, procuraram a vereadora Ana Dalva na sessão da última segunda feira, 06 de Abril, para se inteirarem da situação. Inclusive marcaram uma reunião para uma tomada de posição. Foi o Tesoureiro do SINDHELI, prof. Claudiano, quem convidou a vereadora para o encontro. Ela lamentou não poder participar por causa de outro compromisso, mas está feliz pela mobilização. “A democracia não funciona esperando pela boa vontade das pessoas. Diálogo, luta e pressão, nessa ordem, são os ingredientes da evolução e do progresso de quaisquer categorias.”. Então, viva!

O sindicalismo agoniza em Heliópolis

Os dois principais sindicatos de Heliópolis estão passando por uma crise sem precedentes. O primeiro é o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Heliópolis. Tudo porque o Sr. José Andrade Guerra quer disputar, pela quarta vez consecutiva, a presidência da entidade. É o chavismo sindical. Só que, na Venezuela, Hugo Chaves tem apoio para modificar a Constituição. No STRH, Zé Guerra acha-se acima do Estatuto da entidade. Além disso, faz nepotismo às claras. Tem uma tia e um irmão trabalhando e recebendo ilegalmente. Aliás, a dita comissão eleitoral tem o irmão como membro, o que também não é permitido pelo Estatuto. Para completar o drama, desde o dia 19 de Março o STRH não tem administradores. É que o mandato dos seus diretores findou e o presidente deveria ter convocado eleição até dia 19 de Fevereiro. É sabido que a eleição foi marcada para dia 28 de Março. Como desgraça pouca é bobagem, Zé Guerra sacou dinheiro irregularmente da conta do sindicato e, segundo seus oponentes, está “comprando” votos e quitando os débitos dos sindicalizados em atraso. Foi por tudo isso que a Dra. Cristiane Menezes Santos Barreto, Juíza de Direito da Vara Cível de Cícero Dantas, suspendeu o processo eleitoral que estava, pois, eivado de vícios. E não está descartada a possibilidade de intervenção no STRH. Para regularizar a situação, tem que se convocar uma Assembléia Geral para indicar uma diretoria provisória. Esta nomeará uma Comissão Eleitoral para, dentro de noventa dias, realizar o pleito. Estes são os verdadeiros motivos que fizeram a chapa liderada por Juarez Carlos de Oliveira entrar com o pedido de liminar. Embora estivesse com a eleição praticamente ganha, corria risco de ela ser invalidada, devido às irregularidades aqui relatadas. Prudência.
O outro sindicato que está em vias de insolvência é o SINDHELI. Na sessão da última segunda-feira, a vereadora Ana Dalva esperou em vão para que houvesse uma pressão pela implantação do piso salarial de 640,00 reais, para 25 horas, já que o Prefeito Municipal está propondo 564,00 reais. O cálculo do prefeito está pautado no piso de 950,00 reais para as 40 horas. Ana Dalva luta pelo novo piso, o de 1.132,00 reais, o mesmo que está dando fortes dores de cabeça ao Prefeito de Poço Verde, Toinho de Dorinha, já que, lá, a categoria entrou em greve. Em Heliópolis, nem sequer ir para a Câmara os professores vão. Tudo vai depender, na verdade, do esforço pessoal do Secretário de Educação, ex-sindicalista, da pressão da vereadora Ana Dalva e da colaboração do Presidente do Legislativo, vereador Mendonça, e de seus edis, para fazer ver ao prefeito a necessidade, como propôs a vereadora, de mandar o substitutivo com os novos valores.

A Eleição do STRH foi suspensa

A chapa de oposição, liderada por Juarez Carlos da Silva, entrou com liminar pedindo suspensão da eleição do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Heliópolis, marcada para o último sábado, dia 28 de março. O pedido foi acatado. As irregularidades eram muitas. Uma delas: a composição da comissão eleitoral, composta só praticamente de pessoas ligadas ao atual, e quase eterno presidente, vice-prefeito José Andrade Guerra. A dita comissão era “reforçada” pelos mesmos que se juntaram para boicotar a eleição no CEJDS: as professoras Magnólia e Auxiliadora e o professor José Roque. Além do mais, há denúncias de compra de votos e distribuição de cestas básicas.
Depois do fato, e para minimizar o impacto negativo, Zé Guerra reuniu seus comandados e, ao lado do advogado Ricardo Oliveira, tranqüilizou a todos, convocando nova eleição para trinta dias depois. Parece que, desta vez, ele percebeu que a coisa era séria e não saiu por aí dizendo que não mais precisava de advogado, já que estava estudando Direito. Só para lembrar, ele está fazendo o 1º semestre do curso na Ages.
A suspensão da eleição não agradou a alguns associados. Muitos afirmavam que foi covardia da oposição. Outros diziam ser um ato de prudência, para um preparo melhor. Fato é que todos concordam que Zé Guerra seria derrotado no sábado, marcando o fim de um longo período de sufoco para a palavra democracia. A chapa de oposição não é lá essas coisas. Não mudará os velhos vícios do sindicalismo heliopolitano, mas a derrota de Zé Guerra seria o início de uma reação contra o conservadorismo e o mandonismo familiar no STRH. A suspensão da eleição, portanto, só beneficiou ao vice-prefeito. Ele terá tempo para armar mais algumas.

Câmara de Heliópolis inicia período legislativo

A Câmara Municipal de Heliópolis iniciou o período legislativo de 2009. A sessão começou com um atraso de 45 minutos e foi iniciada pelo vereador José Mendonça Dantas. O que chamou atenção foi a ausência do Prefeito Municipal ou de um representante. Sequer foi enviada alguma mensagem do Poder Executivo desejando, como de praxe, boa sorte ao poder fiscalizador. O presidente logo se defendeu dizendo que havia dito ao prefeito que ele deveria estar lá. Mendonça informou ainda que o prefeito estava numa audiência em Salvador. Por fim, o vereador Mendonça informou que a vereadora Josefa Naudija (Naudinha) apresentou atestado médico. Está em tratamento de saúde. O vereador José Dantas de Santana (Gaminha) se recupera de problemas cardíacos. Este chegou inclusive a ser socorrido, recolhido ao hospital Santa Teresa, em Ribeira do Pombal, e levado posteriormente a Salvador. Segundo familiares, Gaminha já se encontra em Heliópolis e passa bem.
A sessão foi aberta e foram lidas três indicações: uma do vereador Claudivan pedindo instalação de uma torre de telefone celular em Heliópolis. As outras duas são da vereadora Ana Dalva: uma solicitando instalação de poço artesiano na localidade de Tanquinho, para beneficiar 36 famílias, e outra pedindo ajuda do prefeito para agilizar calçamento da rua Isaías Ribeiro, recurso já empenhado, fruto de uma emenda do Deputado Colbert Martins, no valor de 100 mil reais, pedido da vereadora.
Além do presidente, três vereadores usaram da palavra: José Clóvis (PTC), Giomar do Laboratório (PC do B) e Ana Dalva (PPS). Clóvis desejou boas vindas a todos e disse que o seu mandato estava a serviço do povo. Giomar do Laboratório disse estar empenhado em fazer um bom mandato e exaltou sua luta em prol dos agentes de saúde. A vereadora Ana Dalva deu boas vindas a todos e falou da violência que está deixando a sociedade intranqüila. Segundo ela, tudo isso fruto dos erros cometidos pela falta de estrutura na família, pelo sectarismo das religiões, pela incompetência dos políticos e pelos números decadentes da educação.
Por fim, o presidente comunicou a mudança do horário das sessões. Agora as reuniões ocorrerão às segundas-feiras, às 19 horas. O horário nasceu de um acordo entre todos os vereadores. O presidente comunicou ainda que a vereadora Ana Dalva apresentou quatro projetos de lei que foram incluídos no expediente da sessão seguinte.
Os bastidores – O que o público não viu é que a vereadora Ana Dalva pediu que os colegas pensassem na possibilidade de haver duas sessões por semana. Ninguém aceitou.&. Quem estava presente na sessão foi o assessor do bom deputado Álvaro Gomes, o Irandi. Ele informou da liberação de uma emenda de Daniel Almeida, no valor de 500 mil, para melhorar as ruas de acesso à Ba 393, a partir do posto Andrade, em direção a Poço Verde, como havia anunciado o prefeito Valter Rosário. As obras ficarão a cargo da CONDER, a mesma empresa que fará o calçamento da Isaías Ribeiro.&. Irandi disse ainda que esta semana haverá uma reunião do PC do B para fazer um levantamento dos primeiros meses da administração Valtinho. Se depender do partido, o povo de Heliópolis não vai poder reclamar.&.A explicação de Irandi sobre a falta de médicos, reclamada pela vereadora Ana Dalva, é que os médicos não querem clinicar em municípios pequenos. Lembrete: o salário é de 8 mil reais.&. Conversando com Ana Dalva, Irandi disse que não a via como uma vereadora de oposição porque sabe que quando o prefeito precisar dela para melhorar Heliópolis, ela jamais dirá não.&. Ana Dalva retribuiu a gentileza e disse que só deve ter medo dela os que querem meter a mão na coisa pública.&. Para sanar curiosidades, os quatro projetos de Ana Dalva são de denominações de logradouros. Ela prestará homenagem aos pioneiros do povoado de Farmácia, onde ela nasceu. Vicença de João Maia, João Virgílio, João Pequeno e Manoel Caetano serão os lembrados. Veja maiores detalhes no especial “História do Povoado Farmácia”, neste blog.

História do povoado Farmácia

O povoado Farmácia - município de Heliópolis - nasceu nos anos iniciais da década de cinqüenta no século XX. Por volta de 1952, com a abertura da estrada, hoje BA-393, uma senhora de nome Vicença, acompanhada de seu filho Venâncio e de sua mãe Alexandrina, comprou uma pequena propriedade onde hoje é a rua dos Vieira. Nas margens da estrada construiu um Boteco de Palha vendendo cachaça com cascas de pau. Logo para o local acorreram vários agricultores e tropeiros. Não demorou muito e o boteco foi apelidado de Farmácia da Vicença. Quando alguém desejava curar-se de algum mal, dirigia-se à Farmácia. Vicença também gostava de beber. Era, segundo moradores mais antigos, muito valente, principalmente quando alcoolizada. Com a viuvez de um senhor chamado João Maia, Vicença virou companheira dele e passou a ser conhecida por Vicença de João Maia. Nesta época já havia novos moradores no local. O primeiro a construir uma casa de alvenaria foi o sr. João Pequeno, que não chegou a morar no local. Vendeu a casa para João Virgínio, o 2º morador do povoado que nascia. A 2ª casa de alvenaria foi construída por Manoel Caetano. Ali constitui família casando-se com Dalva Batista e só saiu do local em 1956, indo para a cidade de Ilhéus. Daí em diante o povoado cresceu e seus moradores iniciais tiveram destinos diversos. Venâncio, filho de Vicença, saiu da Farmácia e tem paradeiro desconhecido. A mãe de Vicença logo foi embora e não se sabe onde viveu. Manoel Caetano morreu em Salvador, depois de viver muitos anos em Ilhéus. Fim trágico foi o de Vicença de João Maia. Numa briga de bêbados, foi atingida por uma estaca na cabeça. Já afetada pelo álcool e sem se preocupar muito com a saúde, morreu em conseqüência disso. Dizem que a infecção foi tão violenta que, durante o velório, bichos saiam do orifício aberto em sua cabeça. A última morada de Vicença foi no centro da principal avenida do povoado.
Em homenagem a estes pioneiros, a veradora Ana Dalva, do PPS, está apresentando projetos de Lei para denominar ruas do povoado com os nomes de Vicença de João Maia, João Virgílio, João Pequeno e Manoel Caetano.

O pirata de Silopoileh II - Conto

O seu pai não dava muita importância ao nascimento do filho. Tinha mais com o que se preocupar. Não tinha culpa se, por um momento em domínio do gozo, fecundara aquela maluca. Não tinha juízo mesmo, agora ela era pior. Doidinha só a gota! Só era chamar. Tava sempre pronta. E foi assim que aquele desmiolado veio ao mundo. Criado ao léu, sem limites, virou um Zé Gomes da vida. Logo cedo vieram as queixas dos vizinhos e as brigas intermináveis. Ora uma briga com um colega, ora um gesto obsceno com uma senhora, ora um roubo num quintal qualquer. Vildor era um acúmulo de problemas. Os pais? Nada! É esse povinho daqui. Não tem o que fazer. Isso é inveja. Não podem ver ninguém crescer... Vildor sempre tinha razão. Toda mãe é santa. Todo pai tem seu caminho de razão.
Assim foi crescendo o garoto. Um dia seu pai ganhou na loteria. Acertou as cinco dezenas da Quina. Mais de trezentos mil reais. Em Silopoileh todos tiveram problemas com Vildor. Mas agora Vildor estava com a mão numa grana razoável. Não demorou muito muitos amigos aparecerem. Sim. O pai de Vildor melhorou a casa, comprou um caminhão e saiu pelo mundo com o filho. Noitadas, viagens sem nexo. O dinheiro foi minguando.
Um dia, Vildor atirou uma pedra e errou o alvo. Arranhou a geladeira da vizinha. Absurdo! Um rapaz já crescido atirando pedra! Não se dá ao respeito, Vildor? É claro que a reação dele foi a já esperada. Mandou a vizinha para certo lugar e ainda mostrou a ela todos os seus documentos em plena rua. O pai de Vildor, após receber mais essa queixa, reagiu. Disse o diabo à pobre senhora. Mais, pegou a geladeira e atirou-a no meio da rua. Em seguida tocou fogo. Foi até uma loja, comprou uma geladeira novinha e mandou entregar à queixosa. Enquanto isso, gritava para todos ouvirem: “Tenho dinheiro! Meu filho pode fazer o que quiser!”
Mas nem todo rio manda suas águas para o mar ou o perfume não vive o tempo todo do seu cheiro. O dinheiro acabou. Vildor, já vinte anos, foi para longe. São Paulo era o limite, mesmo sem gostar muito do trabalho. Um dia matou para roubar. Ninguém viu. Respirou por um tempo. Depois a maconha, a cocaína, o craque, as armas clandestinas, uma segunda morte. Já era doutorado em violência e perversidade. Mas nunca lhe faltou o carro novo, a vida regada a uísque e mulheres. A polícia jamais o pegaria.
Sei que veio o desajuste. Os bandidos passaram a ver nele o perigo. Cortar o mal pela raiz. Era hora de limitar Vildor. Não demorou muito e ele já era perseguido por vários grupos das mais inúmeras favelas de São Paulo. Teve que fugir e veio parar novamente em Silopoileh. Passou a infernizar a vida do povo da cidade. Precisava alimentar seu vício e seu ódio. O pai, já bem pobre, era taxista. Seu orgulho impedia de ver o filho como um problema. A mãe fumava e bebia pelos bares a se orgulhar da valentia do filho. Honrado, digno, valente! Era o soberano Vildor o orgulho da família. O resto era coisa de invejosos. Qual bandido o quê!
Foi numa noite de sábado em Silopoileh que um homem se aproximou e começou a discutir com Vildor por causa do carro mal estacionado. Não precisava dizer muito para Vildor sacar a arma. Só que já era tarde. Uma automática de 9 milímetros fez o povo se abaixar. O desconhecido foi preciso. Vildor sucumbiu na sua própria história. Jaz perpetuamente sobre sua arrogância e a cidade respirou aliviada, amando aquele pirata, aquele estranho, aquele anjo de justiça. Sim! Pode ser até um bandido. Provavelmente o é, mas anjo sim.
Enquanto isso, tomada pela cirrose, a mãe resmunga em cada canto: Puta que pariu pra essa cidade. Puta que pariu pra esse povo. Mataram meu filho. Excomungados! Mataram meu filho! E o pai, catando detritos no fundo de um restaurante, gritava dissonante: Deixa estar que Vildor vai voltar. Deixa estar, raça miserável!

Assim nasce um Coronel


A posse dos vereadores da Câmara Municipal de Heliópolis foi uma cortina de fumaça que teve a função incontestável de esconder os verdadeiros acontecimentos da política deste município.
1 - Tudo começou com a novela Gaminha, o retorno, se é que o vereador tenha saído algum dia do grupo dos pardais. Impossibilitado de eleger o presidente da câmara, em conversa com o grupo, Zé do Sertão foi convencido de que deveríamos apoiar alguém do grupo do prefeito eleito que tivesse um maior campo de diálogo com a oposição. Já que era para renovar, todas as raposas velhas seriam eliminadas da possibilidade de assumir a presidência. Restavam os vereadores Claudivan e Giomar do Laboratório. O nome de Claudivan foi imediatamente vetado porque é uma espécie de Mendonça II. Não tem independência para remar o legislativo municipal. Única alternativa: Giomar. No mês de novembro, em Aracaju, mantive contato com Henrique, dono do Laboratório Diaclin e coloquei a proposta a pedido de Zé do Sertão. Ana Dalva logo soube e apoiou a idéia, já que não votaria nem em Gaminha ou Renilson. Naudinha imediatamente concordou. Faltavam Valdelício e Clóvis.
2 – Sabendo que Valdelício poderia votar em qualquer um, já que não faz questão de nada, Zé do Sertão o colocou como articulador da candidatura de Giomar. Ele ficaria encarregado de convencer Clóvis Pereira. Segundo Giomar, Clóvis era o único problema. Começaram então as articulações.
3 – A primeira condição imposta para se apoiar Giomar era que ele fizesse valer o Regimento Interno da Câmara. Outra exigência era que respeitasse os direitos da oposição. Sabia-se que Giomar jamais romperia com Valtinho, mas também sabíamos que os pardais não dariam confiança a Giomar. A cúpula pardalesca não confia numa proposta nova. São conservadores demais para isso. E para não dizer que estávamos preocupados com cargos, ele estaria livre para compor a sua chapa com quem quisesse.
4 – O que deu errado? O erro chama-se Clóvis Pereira. Mais uma vez a negociata superou a política, o novo foi sufocado pelos velhos vícios da política heliopolitana. Reparem: um grupo se dispõe a apoiar um candidato de um outro grupo e este candidato que recebe apoio é anulado pelo seu próprio grupo. Para isso, convoca-se o poder do dinheiro. Clóvis Pereira mancha sua história, joga lama no ventilador de sua própria vida, desonra o nome de uma das famílias mais exemplares e católicas do município de Heliópolis. Vai se juntar a Marcelo Evangelista, Manoel Rodrigues e Gaminha, formando o quatuor monetaríssimus.
5 – Por que Giomar não pode ser Presidente da Câmara Municipal de Heliópolis? Quais as razões? Esta coisa dita por Valtinho a uma emissora de que o nome de Mendonça como candidato único era porque ele era o melhor nome não passa de proselitismo político. Mendonça foi candidato único porque a oposição não poderia lançar uma chapa, já que só restavam agora três nomes: Ana Dalva, Naudinha e Valdelício. Mais: Ana Dalva chegou a propor a construção de uma chapa com um nome deles, mas não quiseram. Mendonça foi imposto pela cúpula pardalesca. Queria os seis votos e os teve. A oposição votou toda em branco.
6 – Mas por que mesmo Giomar não poderia ser o Presidente da Câmara Municipal de Heliópolis? Ora, ora, pois! Estava sendo apoiado pelo grupo Bem-te-vi e isso seria uma desmoralização. Nada disso! Era só todos apoiarem e anularia toda articulação da oposição. Seria a unanimidade e o prefeito continuaria com sua hegemonia na câmara.
7 – Quem matou a charada foi Ana Dalva. Não querem Giomar na presidência porque os processos eleitorais ainda estão tramitando. Imaginem uma decisão pela anulação do pleito? Quem assumiria a prefeitura? O todo poderoso presidente da Câmara! Hoje, o cunhado do Prefeito Municipal, sr. José Mendonça Dantas. Para Giomar sobrou a Secretaria da Câmara, para Renilson a Vice-Presidência e para Gaminha a Tesouraria. Só para ilustrar, no outro dia, o helicóptero que trouxe o deputado Álvaro Gomes à posse de Valtinho foi objeto de um fato curioso. O Deputado convidou o prefeito para uma sobrevôo pelo município. Valtinho aceitaria, desde que o vice-prefeito Zé Guerra também fosse. Em caso de acidente, o presidente da Câmara era Mendonça. Prevenção!
8 – Ainda na posse dos vereadores, uma turma já estava preparada para ovacionar o Vereador Mendonça, o mais aplaudido da manhã. Foi mais claqueado até que o prefeito. A mesma turma que o aplaudiu, vaiou a vereadora Naudinha. Pura pirraça. Puro marketing para esconder o nascimento do mais novo coronel da política regional. Está fazendo tudo o que quer, mesmo operado de uma apendicite. Cabelo, barba, bigode, cavanhaque, virilha. Menos as pernas. Estas só Lázaro as faz.
9 – Na parte da manhã, também chamou atenção o discurso da vereadora Ana Dalva, do PPS. Ela mandou um recado firme aos seus opositores. "Tirem o ódio do caminho que eu quero passar com minha esperança". Veja-o integralmente neste blog.
10 – Quem é capaz de deter o poder de Mendonça? Ele parece concentrar nele todas as decisões! E Valtinho? É o único com currículo suficiente para frear o cunhado. Pelo menos isso ele deixou bem claro no discurso de posse. "Não serei manipulado por ninguém." Está claro que Valtinho tem apreço por Mendonça, mas será que vai engolir a mentalidade conservadora do cunhado? Será que a 1ª dama, professora Elza, tão consciente de suas atitudes, vai estragar um futuro promissor do marido na política, deixando-o mergulhar nas águas turvas do mandonismo tradicional? Este blogueiro acredita que, pelo discurso da posse e pelo partido que representa, Valter Almeida Rosário vai ser o dono das suas ações e vai ser o grande comandante dos pardais. O problema é que, ultimamente, os discursos estão servindo apenas como lenitivo das esperas. Só um tempo depois é que a gente percebe que nada mudará e que Valtinho, mesmo com a foice e o martelo, será água de um mesmo rio que busca as águas do mar.

Discurso de posse da vereadora Ana Dalva


Saúdo os colegas do parlamento municipal, autoridades do governo que saem e autoridades do governo que entram. Meus senhores, minhas senhoras, meus familiares e, principalmente, meus 408 amigos que me garantiram esta vaga na Câmara Municipal.
Agradeço de coração aos que votaram três vezes para que este sonho virasse realidade. E para honrar tanta confiança procurarei ser a exata medida daquilo que esperam de mim. Para isso, não esquecerei quem sou, de onde vim e aonde quero chegar. O meu nome é Ana Dalva Batista Reis. Sou filha de Júlio Reis e Ana Batista. Nasci no povoado Farmácia. Sou baiana de Heliópolis. Sou mulher e mãe. Só Deus pode mudar isso que sou. Hoje, sou vereadora eleita pelo PPS. Vereadora por 4 anos. O cargo é temporário. Ele não pode ser superior à minha condição de mãe, de mulher, de heliopolitana. Digo isso porque há pessoas que colocam o cargo como fim último das coisas. Eu sou mãe, mas estou vereadora. Eu sou filha de Heliópolis, mas estou exercendo temporariamente um cargo de vereadora. Meu comportamento tem que ser medido pela história da minha vida e não pelo eventual desempenho no cargo.
Esta casa já foi palco de muitos debates. Ainda bem. É assim que deve ser. E quanto melhor o nível, melhor para a cidade. Cada pessoa aqui presente deve se sentir representada em cada assento nesta casa. Espero que a representação tenha a ver com a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Se o debate for pautado na vida particular das pessoas ou numa discussão de torcida organizada de passarinhos, não evoluiremos. Farei o possível para ser protagonista de um parlamento que debata idéias que sirvam para melhorar a vida das pessoas. Quero ver crianças com saúde indo para escola aprender. Quero ver o funcionário público satisfeito com seu salário e atendendo bem as pessoas. Quero poder desfilar pelas ruas sem pisar em lama ou esgoto. Quero ver o trabalhador sorrindo ao lado de sua esposa, feliz porque seu filho vai estudar numa universidade. Quero ver uma pessoa sorrindo por ter saúde, por estar bem alimentada, indo para igrejas e templos para agradecer a Deus a dádiva recebida. Quero ver o agricultor sorrindo a safra conseguida do seu suor com a ajuda das instituições públicas e divinas. Por fim, quero ver Heliópolis colocando em prática sua vocação de ser grande, progressista e liberta. São sonhos possíveis. Quero ajudar a torná-los práticos. Sei que não é fácil depois dos exemplos dados no último pleito. Vi pai expulsar filho de casa, vi separação de casais, vi ameaças de morte e vi o pior de todas as coisas numa eleição: vi pessoas sendo negociadas como sabão em pó, farinha ou boi na pesagem. E o objeto do desejo era o voto. O voto que garantiu a vitória de uns e a derrota de outros. O voto no balcão dos negócios desgraçando e manchando o futuro desta terra. Enquanto a eleição municipal for decidida pelos grandes empresários, comerciantes ou ciganos endieirados, meus sonhos continuarão apenas como sonhos. Tudo isso ainda acontece porque Heliópolis não é ainda a prioridade da política. Precisamos debater Heliópolis e não cifras, dinheiro, apostas, negócios. Precisamos preparar o município para os nossos filhos e netos, para o futuro.
Portanto, senhoras e senhores, meu caminho está projetado. Sei o que quero. Minha atuação aqui nesta casa terá um norte. Enquanto esta casa for a voz dos oprimidos, dos perseguidos, dos que trabalham, dos que sentem fome, sede e frio, dos que desejam um mundo melhor, eu estarei contribuindo para que ela seja uma casa de excelência. Aproveitando aqui a oportunidade, quero tranqüilizar o futuro prefeito, Sr. Valter Almeida Rosário. Serei nesta casa uma vereadora de oposição, mas não farei oposição a Heliópolis. Se o senhor não mudar a história, sei que haverá projetos bons para minha terra. Estarei pronta para emendá-los, corrigi-los e aprová-los. Não precisa nem pedir ou mandar recado. Quero o melhor para o município. Também quero reciprocidade. Quando aqui apresentar um projeto em benefício da cidade, quero o apoio de todos. Agora, serei implacavelmente contra perseguição a funcionários, achatamento salarial dos servidores, caixa dois, superfaturamento de obras, em suma, todas as formas de corrupção que possam enlamear a administração pública e impedir o crescimento da nossa cidade. Torço para que estas coisas não aconteçam e que a resolução dos inúmeros problemas que enfrentamos seja uma meta.
Por fim, avisamos aos colegas deste parlamento que estaremos 4 anos juntos. É muito tempo para uma convivência pacífica. Respeitemos uns aos outros. A minha atuação será regimental e pautada na ética. Quero reciprocidade.
Aos funcionários municipais deixo a certeza de que estarei aqui para lutar pelos direitos de cada um. Se a missão for grande demais, gritarei e farei com que minha voz e este mandato cheguem a cada canto onde se possa fazer justiça.
Aos meus eleitores, amigos e simpatizantes. Estou aqui por vocês, para vocês e com vocês. Não importa a causa, lutaremos sempre e iremos aonde houver um lugar onde a palavra que impera seja resolução. Farei o possível para exercer um mandato digno, honrado, representativo.
Aos que lutaram bravamente para que aqui eu não chegasse. Aos que gastaram dinheiro contra a minha candidatura. Aos que me ameaçaram. Aos que vivem engolindo todos os dias o veneno que querem que eu beba. Aos que me detestam sem motivo. Aos exploradores de consciências, aos corruptos, aos salafrários, aos desumanos, aos incoerentes, aos preguiçosos, aos impostores... Um aviso curto e grosso: Eu estou só começando. Tirem do caminho o ódio que eu quero passar com a esperança de um futuro melhor!
Muito Obrigada!